Reportagens com clipes descrevendo histórias de artistas famosos,
principalmente de intérpretes da Black Music, além de destacar a importância do Blues no Showbiz.
Eles ficaram conhecidos pelo hit "The Five Satins In The Still Of The Night"
Luís
Alberto Alves
Este grupo vocal de R & B foi formado em
New Haven, Connecticut, em 1955. O primeiro hit deles “The Five Satins In The
Still Of The Night” chegou ao terceiro lugar da parade de R&B e Pop Top 30
em 1956. Com sua forte maneira de cantar, trazendo riffs Doo Wop de fundo,
deram nova roupagem ao Rock Roll que ainda engatinhava.
O conjunto consistia de Fred Parris, Al Denby,
Ed Martin, Jim Freeman e o pianista Jessie Murphy. Parris era o compositor,
trazendo experiência valiosa após passar pelos The Scarlets em 1953, que fizeram
sucesso no ano de 1954 com a canção “Dear One”. Parris foi prestar Serviço
Militar no Exército três anos depois no Japão quando estourou a canção de sua
autoria: “In The Still Of The Night "acompanhada
de" To The Aisle ".
Após voltar do Serviço Militar em 1958,
reorganizou o grupo, trazendo Richie Freeman, West Forbes, Sylvester Hopkins e
Lou Peeples. Não conseguiram voltar às paradas, apesar da bela canção “Shadow”,
figurar nas paradas de 1959.
No começo da década de 1960 a regravação de “In
The Still Of The Night” renasceu o Doo Wop e apareceram nas paradas Pop de 1961.
Terminaram o grupo e voltaram depois em 1970. Desta vez com Parris, Freeman,
Jimmy Curtis e Nate Marshall, agora batizados como Black Satin. Em 1975 estouraram com o hit “Everybody Stand And Clap
Your Hands (For The Entertainer)”. Em
1982 explodiram com a canção “Memories Of Days Gone By”. Passaram a fazer shows
de flash backs.
O maior sucesso do grupo foi a balada "16 Candles"
Luís
Alberto Alves
O grupo The Crests surgiu em Nova York no ano
de 1956 e logo se tornaram um dos conjuntos de Doo Wop mais badalados da época,
após a descoberta de Al Browne. O cabeça era o tenor Johnny Mastro, seguido de
Harold Torres, Talmadge Gough, JT Carter e Patricia VanDross. No ano seguinte
já gravavam pela Joyce Records, alcançando as paradas com o hit “Sweetest One”.
Depois mudaram para a Coed Records.
Sem Van Dross lançaram um dos clássicos do Doo
Wop, “16 Candles”, balada bem orquestrada. Chegou ao posto dois da Billboard,
abrindo caminho para mais sucessos: ‘Six Nights A Week”, “The Angels Listened
In” e “Step By Step”.
Nessa época viveram praticamente na estrada.
Após “Trouble In Paradise”, em 1960, soltaram dois singles de autoria de Johnny
Mastro, porém a gravadora queria mais e pretendia lançá-lo como artista solo.
Ele aceitou e enfraqueceu o grupo.
Para o seu lugar entrou James Ancrum. Voltaram
ao sucesso com o hit “Model Girl”. A partir daí vieram mudanças. Depois de
lançar o single ‘The Worst That Could Happen”, em 1968, Gough foi para Detroit
trabalhar na GM, entrando Gary Lewis. A gravadora lançou outro conjunto, Little
Miracles. Para azeitar mais a situação começaram a brigar com Coed a respeito
da posse do nome da banda.
Sairam e a qualidade das canções caíram.
Tentaram a volta por cima com o hit “You Blew Out The Candles”, flagrante
plágio de “16 Candles”, sem bons resultados. Prosseguiram fazendo shows na
década de 1960, embora Torres tenha se tornado joalheiro. Em junho de 1987
fizeram apresentação com a formação original, sem Van Dross, em Nova York.
Um dos primeiros grupos de RAP a usar uma
banda ao vivo, Stetsasonic do Brooklyn nasceu em 1981, e também foram os
primeiros a promover uma consciência negra positiva que encontrou a sua
expressão máxima nos chamados sons margarida em idade de De La Soul e The
Jungle Brothers. O grupo era composto pelos DJs "Prince Paul" Huston
e Leonard "Wise" Roman, o tecladista / baterista / DJ Marvin
"DBC" Nemley e rappers Glenn "Daddy O" Bolton, Martin
"Delite" Wright e Bobby "Frukwan" Simmons.
Daddy e Delite fundaram o grupo como The
Stetson Brothers, depois que a Hat Company começou a se apresentar em vários
clubes de Hip-Hop de Nova York, introduzindo outros membros ao longo da
caminhada. O álbum de estréia foi On Fire, de 1986, mas a cereja do bolo
estourou com hit “Sally”.
Porém, Blood, Sweat & Tears, de 1991, é
considerado pela crítica como o melhor álbum deles. Por loucura, talvez, Daddy
O alegando falta de inspiração, resolveu dissolver a banda. Ele passou a
trabalhar com Mary J. Blige, Queen Latifah, Big Daddy Kane, e os Red Hot Chili
Peppers como produtor e remixer.
Enquanto isso, Prince Paul já havia se
estabelecido como um produtor para seu trabalho com De La Soul e Fine Young
Cannibals, e mais tarde trabalhou com Frukwan no Gravediggaz.
Com uma carreira que começou no início dos
anos de 1970, Lovebug Starski já se apresentou em quase todos os clubes de
Hip-Hop em toda a área de Nova York. Nascido no bairro barra pesada do Bronx,
Starski começou como um menino recorde em 1971.
Depois de anos, Starski tornou-se a casa de DJ
no clube famoso Disco Fever, em 1978. Pouco tempo depois passou a discotecar no
Club Harlem World e the Renaissance. Gravou
o primeiro single: “Positive Life” na Tayster Records. Depois soltou a
trilha sonora, em 1986, do filme Rappin´ Na Atlantic Records antes de lançar o
álbum House Rock, na Epic Records.
Mas a falta de juízo o levou a ficar cinco
anos preso, reduzindo suas atividades na década de 1980. Só a partir dos anos
de 1990 que passou a tocar novamente com seu velho amigo DJ Hollywood.
Flash criou o vocabulário básico que todo DJ segue até hoje
Luís Alberto Alves
DJ Grandmaster Flash e seu grupo Furious Five
inovaram o Hip-Hop, explorando novos horizontes líricos e sonoros. Joseph
Saddler, nome de batismo de Grandmaster, nasceu em Barbados em 1958 e na
adolescência começou a fazer as primeiras gravações, quando já moravam no
bairro do Bronx, onde tocava em bailes e festas da vizinhança.
Aos 19 anos dividia os cursos técnicos em
eletrônica durante o dia e a noite trabalhava como DJ. O passar do tempo o fez
desenvolver diversas séries de técnicas inovadoras, incluindo corte
(deslocamento entre as faixas exatamente na batida), backspinning (giro manual
de gravação ao repetir breves trechos de som) e phasing (manipulação de
velocidades de plataforma giratória). Criou o vocabulário básico que todo DJ
segue até hoje.
Até 1977 ele não colaborava com outros
rappers. Sua primeira parceria ocorreu com Kurtis Blow e passou a trabalhar com
The Furious Five, Melle Mel, Cowboy, Kid Creole entre outros. O grupo se tornou
lendários em Nova York. Apesar da fama, só conseguiu gravar após o estourou do
hit “"Rapper's Delight”, com a rapaziada do Sugarhill Gang, que no Brasil
ganhou o nome de “Melô do Tagarela”.
O mercado percebeu que existia espaço para
lançamentos de Hip-Hop. Neste vácuo vieram as canções “Superappin” para o selo the Enjoy label, de
Bobby Robinson. Entraram na Sugar Hill Records, de Sylvia Robinson, que lhe
prometeu uma grande oportunidade de estourar cantando RAP. O primeiro hit
vendeu 50 mil cópias em 1980, depois soltaram a canção “Birthday Party”, outro
estouro.
Em 1981 veio o álbum "The Adventures of
Grandmaster Flash on Wheels of Steel" foi a primeira gravação
verdadeiramente marco do grupo, introduzindo técnicas de "corte" do
Flash para criar uma impressionante colagem de som de trechos de músicas de
Chic, Blondie e Queen. Flash e próximo esforço do Five, de 1982 "The
Message", foi ainda mais reveladora - pela primeira vez, o Hip-Hop se
tornou um veículo não só para se gabar e ostentando, mas para o comentário
social mordaz, com Melle Mel entregando um RAP detalhando as duras realidades
da vida no gueto.
O disco foi um grande sucesso de crítica, e
foi um enorme passo na solidificação RAP como uma forma importante e duradoura
de expressão musical. Após 1983, anti-cocaína
polêmica "White Lines", as relações entre Flash e Melle Mel ficaram
feias, e o rapper logo deixou o grupo, formando uma nova unidade também
apelidado the Furious Five. Após uma série de álbuns solo Grandmaster Flash,
incluindo 1985 eles disseram que não poderia ser feito de 1986 da The Source, e
1987, de Da Bop lança Bang, ele reformou a formação original do grupo num show
beneficente no Madison Square Garden.
Logo após, o grupo gravou um novo LP, em 1988, On the Force, que ganhou uma recepção
morna dos fãs e críticos. Outra reunião seguida em 1994, quando o Flash e os
Five se juntaram a um pacote turístico RAP incluindo também Kurtis Blow e
Run-DMC.
Um ano depois, Flash e Melle Mel também
apareceram na capa da Duran Duran de "White Lines". Com exceção de
algumas compilações durante o final dos anos 90, o Flash foi relativamente
calmo até 2002, quando um par de álbuns mix apareceu: The Adventures Oficial
Grandmaster Flash em Strut e Essential Mix: Classic Edition em Ffrr.
Spoonie Gee, nascido Gabe Jackson no bairro
perigoso do Harlem, em Nova York, ganhou este apelido porque só comia esse
alimento na infância. Na adolescência mostrou talento na poesia e passou a
freqüentar o Rooftop Club, ponto de encontro dos DJs
como DJ Hollywood e Brucie B.
Sua carreira começou na Enjoy Records, onde o
dono, Bobby Robinson era seu tio. Suas gravações mais famosas foram “New Rap
Language”, ao lado do grupo the Treacherous Three, apoiado pelo próprio patrão,
“Love Rap”. Ele cresceu junto com Robinson e sua esposa virou a mãe de aluguel,
quando sua irmã morreu aos 12 anos.
Mais tarde cortou laços familiares e uniuse
ao grupo Band of Deserters na Sugarhill Records. Lançou por este selo os álbuns
Sponnie´s Back e Monster Jam, além de reedição de sua estréia com Peter Brown
em New York, pelo selo Spoonin Rap.
Na década de 1980 a carreira de Spoonie entrou
em marcha lenta. Em 1984 passou a trabalhar num centro de reabilitação para
deficientes mentais. Três anos depois encontrou o caminho do sucesso outra vez,
na Tuff City Label, com Marley Marl. Ali produziu o álbum The Godfather, pelas
mãos de Teddy Riley.
Marley é reconhecido como grande talento em produção musical
Luís Alberto Alves
Marlon Williams, depois
conhecido como Marley Marl, é do bairro do Queens, Nova York. É reconhecido por
causa do grande talento em produção musical, principalmente do primo MC Shan,
Big Daddy Kane, Masta Ace, Roxanne e Biz Markie, Shanté.
A marca registrada
dele é o espírito acessível e o bom gosto pela velha escola da Black Music dos
EUA. Ganha vários elogios pelas inovadoras técnicas de amostragem, usando o
SP1200 em trabalhos de Hip-Hop. Atua como apresentados de programa semanal de
rádio Rap Attack na WBLSFM de Nova York. Já fez produções excelentes para Kool
G. Rap, Chuck D. LL Cool J, King Tee e Chubb Rock.
George Martin imortalizou as canções dos Beatles com arranjos simples e ao mesmo tempo muito bonitos
Luís Alberto Alves
A alma
de qualquer artista ou conjunto musical é o maestro responsável pela produção
das canções, de diamante retirado da terra até se transformar numa linda jóia nas
vitrines. O produtor pega composição em estado bruto, às vezes carecendo de
bons arranjos, e a transforma em sucesso comercial, escolhendo o melhor
instrumento para valorizar a melodia.
George Martin fez isto com os Beatles. Ouso a
dizer que sem ele, talvez os quatro meninos de Liverpool não tivessem conquistado o mundo do Showbiz, entrando para a galeria das grandes bandas.
Nascido em 1926, antes de cruzar os caminhos de George, Paul, John e Ringo,
Martin estudou na Guildhall School of Music de Londres, para anos depois entrar
na EMI Records em 1950, aos 24 anos.
Em 1960 entrou na Parlophone Records para
produzir grande variedade de artistas, entre eles: Shirley Bassey e Matt Monro,
bandas de Jazz como Temperance 7, John Dankworth, Humphrey Lyttelton e artistas
de comédia. Um deles foi Peter Sellers, cujo hits: “ Right Said Fred” e “Hole
In The Ground” estouraram no Reino Unido em 1962.
Nessa época entrou nos caminhos dos Beatles e
com eles ficou até o grupo se acabar em 1970, com a famosa frase de John
Lennon: “O sonho acabou”. Uma das exigências de Martin foi a troca do baterista
Pete Best por Ringo Starr, para que a banda pudesse assimilar suas ousadas idéias
musicais em termos práticos.
É dele os toques de música clássica para “Yesterday”
e “For No One”, também criou estranho som em Revolver e Lonely Hearts Club Band
do SGT. Pepper. Não parou por ai: fez dois álbuns orquestrais de músicas dos
Beatles, com Brian Epstein assinando como Cilla Black, Gerry and The Pacemakers
e Billy J. Kramer and The Dakotas a Parlophone. Ele supervisionou as gravações.
Em 1965 saiu da EMI e montou seu próprio
estúdio, AIR London com os colegas produtores Ron Richards (Hollies) e John
Burgess (Manfred Mann). Quatro anos depois, a parceria criou outro estúdio na
ilha caribenha de Montserrat, que se tornou um centro de gravação preferido
para artistas como Paul McCartney, Dire Straits e os Rolling Stones.
Ele continuou a trabalhar com vários novos
artistas da EMI. Na década de 1970 produziu uma série de álbuns de sucesso pela
América. Durante este período, trabalhou com Neil Sedaka, Ringo Starr, Jimmy
Webb, Jeff Beck e Stackridge, produziu a trilha sonora do filme de 1978 de
Lonely Hearts Club Band do Sgt. Pepper. Ele manteve a conexão Beatles,
preparando o lançamento 1977 da gravação ao vivo no Hollywood Bowl, e produziu
dois trabalhos solo de McCartney, Tug Of War (1981) e Pipes Of Peace (1983).
Ele também produziu a trilha sonora do filme
musical de McCartney Give My Regards To Broad Street. No final dos anos 1970,
AIR foi comprada pela Chrysalis Records, com Martin se tornando diretor da
empresa.
Martin foi menos prolífico como um produtor
durante a década de 1980, mas criou uma versão de Dylan Thomas "Under Milk
Wood em 1988 e trabalhou com o ex-membro Dexys Midnight Runners Andy Leek em
seu álbum solo de estréia. Ele foi premiado com um CBE para serviços para a
indústria da música em 1988.
Em 1990 anunciou planos para substituir AIR
Studios com um 'estado da arte' complexo de áudio e vídeo no norte de Londres,
e sua atenção meticulosa em remasterizar todo o trabalho dos Beatles para disco
compacto, demonstrando resultados notáveis. Martin foi fundamental na produção
de 1992 para televisão de um documentário para assinalar o 25 º aniversário do
sargento. Lonely Hearts Club Band da Pepper.
Em meados dos anos 90, ele
foi uma parte importante da série Beatles Anthology, embora estivesse
desapontado por não ter sido convidado para produzir os dois novos singles, “Free
As A Bird” e “Real Love”, tarefa que ficou com Jeff Lynne.
Pelo que já fez na indústria da música, Martin
já entrou para a história do Showbiz, por causa da personalidade tranqüila e
talento extraordinário. Recebeu o Grammy Trustees em 1995, pelos serviços prestados
a tantos artistas. Dois anos depois ao palco da Music For Monteserrat, num
concerto de caridade e produziu Elton John no “Candle In The Wind ´97´,
tornando o single mais vendido de todos os tempos.
O ano de 1998 marcou o lançamento de sue
último álbum, In My Life, coleção de covers dos Beatles, nas vozes de Celine
Dion, Jim Carrey, Goldie Hawn e Sean Connery, grandes estrelas do cinema.
Poucos produtores causaram impacto tão grande no mundo da música, como George
Martin e ganharam imenso respeito.