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#BMW - Morre #QuincyJones, o gênio da produção de grandes discos

Luís Alberto Alves/Hourpress

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Junior Marvin: Outro grande nome do Reggae

Junior Marvin é outro grande nome do Reggae


Junior Marvin, nascido Donald Hanson Marvin Kerr Richards Jr, em 1949, ficou conhecido no mundo da música como Junior Marvin-Hanson, Junior Hanson e Junior Kerr. Guitarrista e cantor é associado com Bob Marley and The Wailers por causa do estilo Reggae. Começou a carreira como Junior Marvin e a banda Hanson em 1973.

 A partir dai o seu som passou a lembra Gass, Keef Hartley Band, Toots & The Maytals e Steve Winwood. Em 2007 gravou o CD solo Wailin ´For Love. Porém dois anos depois ele saiu junto com Al Anderson da banda Hanson e criou o grupo The Original Wailers.

 Há 41 anos, quando formou seu próprio conjunto, a Hanson, gravou dois discos. Conheceu Bob Marley em 1977 e se uniu a ele e sua banda The Wailers. Após a morte de Marley, Marvin lançou álbuns usando o nome The Band Wailers. Nessa época saíram os discos: Majestic Warriors, Jah Message, e Live 95-97 My Friends. Em 1997 saiu dos Wailers e mudou-se para o Brasil, onde criou um grupo de curta duração, Batuka.


 Após o retorno à Jamaica continuou a trabalhar como músico de gravação. Recentemente fez turnê com Kaliroots e The Band Wailers. Repetiu a mesa dose com a The Original Wailers desde 2009. Em 2013 lançou os CDs Smokin ´To The Big M Music e Lion To Zion Dub Wise, disponíveis no iTunes e CDBaby. Agora em 2014 começou uma nova banda, Junior´s Force One Marvin. Promete soltar o CD, Live´até julho deste ano.

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Bonnie Raitt: Desde criancinha na trilha do Blues

Apesar de várias tempestades na carreira, Bonnie Raitt se manteve fiel ao Blues

 Durante muito tempo a vocalista e guitarrista Bonnie Raitt não ganhou a simpatia da crítica especializada, porque não conseguia fazer sucesso comercial. Em 1989, com o álbum Nick of Time, o 10º da carreira, após 20 anos de estrada de Blues, Rock e R&B ela conseguiu quebrar essa escrita. De Burbank, onde nasceu em 1948, filha de uma estrela da Broadway, John Raitt, ela pegou numa guitarra aos 12 anos e logo teve empatia com o Blues.

 Dois anos depois começou a gravar com artistas de Blues de Boston, entrando para valer no circuito desta música. Conheceu Dick Waterman, que a apresentou para ídolos como Howlin´Wolf, Sippie Wallace e Mississippi Fred McDowell. Ganhou respeito e logo assinou com a Warner Bros Records. O álbum Give It Up, 1971, foi sua porta de entrada. Ganhou elogios pelos vocais estilo Soul Music e seleção de canções reflexivas e pelo talento em tocar guitarra.

 O ano de 1972 teve participações e gostos ecléticos em composições de Jackson Browne e Eric Kaz e até três hits de Raitt. Em 1973 soltou o disco Takin ´My Time. Durante cinco anos lançou um disco a cada 12 meses, retornando com Streelights (1974), Home Plate (1975), Sweet Forgiveness (1977) e a regravação de “Runaway”, de Del Shannon, The Glow (1979), que teve várias estrelas num concerto antinuclear feito em Madison Square Garden.

 Ao longo da carreira, ela permaneceu uma ativista comprometida, fazendo vários concertos beneficentes e trabalhando muito em nome do Rhythm and Blues Foundation. Até o começo da década de 1980 sua caminhada estava em apuros. O álbum Green Light (1982) recebeu boas críticas, mas não vendeu muito e Warner Bros a demitiu.

Para o caldo ficar mais quente Raitt lutava contra drogas e álcool. Trabalhou em algumas faixas com Prince, mas os horários de ambos não batiam e o material permaneceu inédito. Depois lançou Nine Lives (1986), um de seus piores discos.

Por fim juntou forças com o produtor Don Was para lançar Nick of Time, aparentemente do nada, o álbum ganhou vários Grammys, incluindo Álbum do Ano e durante aquela noite ela foi a superstar. O disco seguinte, Luck of the Draw (1991) estourou nas paradas, rendendo os hits: “Something to Talk About” e “I Can't Make You Love Me”.

Após soltar o álbum Longing in Their Hearts (1994), Raitt ressurgiu em 1998 com o disco Fundamental. Nesse pique lançou o CD Silver Lining (2002), seguido de Souls Alike (2005) pela Capitol Records. Em 2006 gravou o CD ao vivo, Bootleg-feel, Bonnie Raitt and Friends, com participações de Norah Jones e Ben Harper entre outros artistas.


 Após esses trabalhos ela se afastou da vida de músico profissional, passando mais tempo ao lado dos pais, irmão e sua melhor amiga. A pausa de gravações e turnês rendeu bons resultados. Em 2012 retornou focada e renovada com seu primeiro álbum de estúdio em sete anos, Slipstream, lançado por sua própria gravadora, Redwing Records.

Furry Lewis: Hábil guitarrista e gigante do Blues

Furry Lewis viveu bastante para ver seu talento reconhecido


 Furry Lewis foi o único canto de Blues da década de 1920 a alcançar maior atenção da mídia nas décadas de 1960 e 70. Grande guitarrista de Memphis mais gravado do final dos 20. Sua fama era baseada em grande parte por ser bem ágil em seus 70 anos. Apesar dessa virtude, não tinha estilo extravagante.

 Nascido Walter Lewis em Greenwood, Mississippi, entre 1893 e 1900, logo sua família mudou para Memphis, quando tinha sete anos de idade e ali ficou pelo resto da vida. Ganhou o nome de Furry quando ainda era menino, por outras crianças. Construiu sua própria guitarra de scraps encontrados ao redor da casa onde morava.

 Porém o pai só admitia como guitarrista, Blind Joe, que veio de Arkansas. Sua inspiração foi Casey Jones e John Henry, entre outras. A perda de uma perna num acidente de estrada de ferro em 1917 não jogou sua carreira para baixo. Apressou sua entrada no mundo da música profissional, pois assumiu que não havia emprego remunerado para aleijados, negros iletrados em Memphis.

 Na cidade de Beale Street, no final de sua adolescência, teve inicio a carreira. Tentou aprender gaita, mas nunca teve jeito. Depois passou a tocar em shows de viajantes de Medicina e nesse ambiente começou a mostrar estilo visual chamativo raro, incluindo tocar guitarra atrás da cabeça, imitado por Jimi Hendrix décadas depois.

 Em abril de 1927 começou a carreira de gravações, com uma viagem para Chicago com o colega guitarrista Landers Walton para a Vocalion Records, resultando em cinco hits, também com o bandolinista Charles Jackson. Logo ficou demonstrado que Lewis era bom para trabalhar em estúdio de gravação, tocando para o microfone naturalmente como era para o público ao vivo.

 Outubro daquele mesmo ele voltou a Chicago para gravar mais seis canções, apenas com a própria voz e a guitarra. Raramente fez este trabalho com mais ninguém, por causa do estilo de tocar, difícil de acompanhar.

                                                                 Showman
 A interação de voz e guitarra na gravação e em pessoa fez dele um showman bem eficaz nos dois locais. Mas vendeu pouco disco. Algumas de suas gravações permaneceram na memória, muito além das vendas modestas, principalmente os hits “John Henry” e “Kassie Jones, Pts. 1 & 2”, uma das grandes gravações de Blues da década de 1920.

 Quando a crise econômica de 1929 afetou o mercado de Country-Blues, continuou investindo neste ramo. Nunca fez nada na vida além de música. Sua marca de Country-Blues acústico estava fora de moda em Memphis durante a fase do pós-guerra, para tentar reviver o serviço de músico de estúdio ou cantando.

 No final da década de 1950 o estudioso Sam Charters o descobriu e o convenceu a retornar à carreira. Nessa fase todas as estrelas do Blues que tinha feito carreira em Memphis durante os anos de 1930 estavam aposentadas. Lewis era o único vivo e pouco lembrado pela maioria dos norte-americanos.

 Sob direção de Charters gravou dois discos para os selos Prestige/Bluesville em 1961. Eles mostraram Lewis em excelente forma, com voz tão boa como sempre e a técnica na guitarra bem afiada. O público, inicialmente de Blues Hardcore, ficou espantado e comovido com o que ouviram. À medida que a década de 1960 avançou, Lewis surgiu como um dos favoritos redescoberto talentos dos anos de 1930, tocando em festivais, aparecendo em talk shows e mídia em geral.

 Provou ser uma figura pública qualificada, prendendo a atenção do público com histórias de sua vida, ao mesmo tempo engraçadas e comoventes, alegando certas conquistas como a de inventor da guitarra bottleneck. Tornou-se celebridade do Blues durante a década de 1970, visto que passou a aparecer em programas de televisão e filmes de Hollywood, incluindo uma aparição ao lado do ator Burt Reynolds numa comédia.

 Nesta altura Lewis tinha várias novas gravações, apesar de o material não ter o grande peso como os gravado no final da década de 1920. Mas eram Blues de qualidade, rendendo bom dinheiro. Em 1981 ele morreu, reconhecido como um dos gigantes do Blues. Sua música continua a vender bem, atraindo novos ouvintes muitos anos depois.


Jess Stacy: O grande pianista da big band de Benny Goodman


Jess Stacy brilhou na big band de Benny Goodman


 Jess Stacy foi um dos grandes pianistas de Swing, conhecido pelo solo no hit “Sing, Sing, Sing”, cortado da gravação em estúdio, mas recolocado num álbum histórico de Benny Goodman em 1938, Carnegie Hall Concert, e liberado pela primeira vez no ano de 1950. Músico autodidata, como a maioria de sua época, Stacy era parte do cenário fértil do Jazz de Chicago na década de 1920, com estilo de tocar influenciado por Earl Hines e Bix Beiderbecke.

 Ainda era desconhecido quando veio para big band de Goodman em 1935. Não demorou em seu estilo de tocar piano conquistar vários fãs e um dos melhores que trabalhou naquele grupo por nove anos. Depois passou um tempo nas bandas de Bob Crosby, Horace Heidt e Tommy Dorsey, além de gravar com Eddie Condon e outros trabalhos solo, no inicio de 1935.

 Permaneceu casado pouco tempo com a cantora Lee Wiley, tentou liderar duas grandes bandas de sua autoria, mas caiu no ostracismo ao mudar-se para Califórnia em 1947, principalmente tocando em bares.  O ano de 1963 marcou sua aposentadoria da música, voltando a gravar brevemente em ocasiões especiais ao longo dos próximos 20 anos.



Billy Higgins: Outro grande mestre na arte de tocar bateria

Billy Higgins fez parte do quarteto de Coleman Ornette



 Billy Higgins era integrante do quarteto liderado por Coleman Ornette, inovador no renascimento do Free Jazz. Ele continua sendo um dos mais importantes e controverso baterista da história da Música. Versátil e intuitivo, seus padrões rítmicos ágeis alcançavam equilíbrio perfeito entre forma e função, inspirando o grande trompetista Lee Morgan a dizer que Higgins nunca exagera, mas o pessoal sabe que ele sempre está presente.

 Nascido em Los Angeles, em 1936, começou a carreira tocando R&B, apoiando headliners, incluindo Bo Diddley, Amos Milburn e Jimmy Witherspoon. Em 1953 se juntou ao amigo de escola e trompetista Don Cherry no The Jazz Messiahs, que contava também com o saxofonista James Clay. Três anos depois começou sua carreira de músico de estúdio, às vezes aparecendo junto com o saxofonista Lucky Thompson e o baixista Red Mitchell.

 Nessa altura do campeonato, Higgins e Cherry se reuniu com Coleman. O canal foi um desconhecido saxofonista do Texas que trabalhava demais para aperfeiçoar um léxico musical liberado das restrições de estruturas harmônicas, melódicas e rítmicas convencionais. Junto com o grupo de ensaio de Coleman, onde ficou vários anos, demorou em fazer seus primeiros shows sozinho.

 Só em 1958 que abriu apresentação de Paul Bley no L.A´s Hilcrest Club. A sensibilidade de Coleman o deixava irritado, rendendo mais tarde o apelido de Harmolodics.  Após o lançamento do disco de Coleman, naquele mesmo ano, Somenthing Else!!, a controvérsia a respeito do seu comportamento dividiu músicos, críticos e fãs.

 Em 1959 foi para Nova York para uma temporada no Five Spot Café. O hit “Love it or hate it” virou assunto na cidade e com a chegada do novo baixista Charlie Haden, Coleman passou a fazer os sons e estruturas que havia perseguido durante anos.

 Sua entrada na Atlantic Records, onde lançou o disco The Shape of Jazz to Come virou divisor de água quando se fala de Jazz. Higgins despontou logo como um dos mais procurados bateristas neste gênero musical contemporâneo. Provou ter a sensibilidade Hard Bop nas veias, pois não fazia uma fluida e abstrata abordagem da nova geração.
 Porém uma apreensão de drogas em 1961 deixou Higgins sem seu cartão de acesso à bota, motivando a deixar a banda de Coleman. Centrou forças em trabalho de estúdio, virando baterista oficial na Blue Note Records durante o apogeu dessa gravadora.

 Na década de 1970 Haggins apareceu em alguns discos, como no Dexter Gordon Go, Jackie McLean's A Fickle Sonance e Lee Morgan's The Sidewinder. Mais uma vez sua habilidade e flexibilidade revelava seu grande talento. Mesmo depois que a Liberty Records comprou a Blue Note em 1967, ele permaneceu na casa muito tempo. Inclusive contribuindo como baterista de primeira no álbum Attica Blues Achie Shepp.

 Ele tocava com frequência com o pianista Cedar Walton e baixista Bill Lee e o trompetista Bill Hardman que liderou a big band Ensemble Brass por vários anos durante o começo da década de 1970. Após quase duas décadas em turnê e em Nova York, Higgins resolveu sossegar o facho em Los Angeles a partir de 1978.

 A partir de 1979 gravou o álbum Soweto, nele apoiava o saxofonista Joe Henderson e o trombonista Slide Hampton durante a primeira metade da década de 1980. Depois de aparecer como estrela e colaborador de longa de data de Dexter Gordon em 1986, ele se reuniu com Coleman, Cherry e Haden para uma turnê em 1987, que resultou em um novo disco de estúdio, In All Languages.

 O ano de 1988 marcou a união com Kamau Daaood para criar o World Stage, loja que organizou oficinas criativas, atividades comunitárias e apresentações ao vivo. Atraiu muito dos maiores nomes do Jazz ao site do World Stage, tanto como artistas quanto tutores. Higgins voltou a atenção para o ensino num ambiente formal, como numa faculdade de Jazz na Ucla.


 Infelizmente o restante de sua vida o castigou com doença hepática originada por uma hepatite contraída décadas atrás. Em março de 1996 passou por transplante de fígado, mas seu organismo o rejeitou. Voltou à mesa de cirurgia 24 horas depois. Restabelecido retornou à música meses depois. Viajou para Nova York para estreitar a colaboração com Coleman. No entanto em 2001 o fígado voltou a falhar e na espera por um doador morreu aos 64 anos.

Tony Williams: Baterista que deixou o Jazz muito cedo

Tony Williams aprendeu a tocar bateria quando era criança

  A morte de Tony Williams, em 1997, foi grande perda para o Jazz. Aos 51 anos, aparentava ter menos idade, saudável e sem o longo tempo de janela que caracteriza os grandes bateristas. Sua carreira durou quase 35 anos. Ao lado de Miles Davis criou o estilo aberto neste instrumento e o manteve durante as décadas que o seguiram.

 A música já fazia parte do DNA de Williams. O pai era saxofonista e o levava aos clubes onde, aos 11 anos, mostrava o potencial de futuro grande músico. Para aprimorar a técnica teve aulas com Alan Dawson e aos 15 frequentava as Jam Sessions de Boston.

No período 1959/1960 esteve diversas vezes junto com Sam Rivers. Em dezembro de 1962, aos 17 anos, foi para Nova York tocar com Jackie McLean. Poucos meses depois se uniu a Miles Davis e sua batida influenciou e inspirou outros músicos, pois junto com Herbie Hancock e Ron Carter eles eram o dream team na arte de tocar bem.

 Com 18 anos deu as caras no clássico álbum de Eric Dolphy Out to Lunch. Permaneceu ao lado de Davis até 1969, levando suas próprias sessões ocasionais e virando nome familiar no mundo do Jazz. Ele gostava também de Rock e quando deixou Davis formou a The Fusion Band Lifetime, trio com Larry Young e John McLaughlin.

 Em seguida estudou composição e excursionou com o grupo de Herbie Hancock. No começo da década de 1980 dirigia seu próprio conjunto, ao lado de Wallace Roney como Miles Davis substituto e um repertório por clássicos do baterista, incluindo o padrão “Sister Cheryl”.

 Após romper com seu quinteto de longa data, em 1995 Williams reduziu o grupo para trio, gravando uma série de canções interessantes para Ark 21 Records e parecia ter grande futuro à frente. Sua morte prematura não deixou o Jazz órfão de suas obras, pois começou a carreira bem cedo.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Sandy Denny: A big boss da Folk Music britânica

Sandy Denny  foi uma das maiores cantoras de Folk Music do Reino Unido

 A cantora Sandy Denny (Alexandra Elene Maclean Denny), morta aos 31 anos, foi uma das belas vozes da Folk Music, a mesma que tem como representante maior a norte-americana Joan Baez, com suas letras revolucionárias. Britânica, Sandy mostrou seu talento, inicialmente nos mais famosos clubes populares de Londres como: Les Cousins, Bunjies e o Hoose, na Escócia.

 Conhecida pelo repertório eclético começou cantando letras de Tom Paxton e do namorado Jackson C. Frank, além de canções tradições do Reino Unido.  Aos 20 anos, em 1967, lançou dois álbuns: Sandy & Johnny e Alex Campbell and His Friends. No ano seguinte passou seis meses como membro do Strawbs.

 O disco Together Was Not não foi lançado até 1973, apesar de ele ter diversas canções, onde Sandy dava verdadeiro show nos vocais, inclusive a versão do famoso hit: “Who Knows Where The Time Goes?”.  Em maio de 1968 ela se uniu a Fairport Convention e gravou três lindos discos: What We Did On Our Holidays, Unhalfbricking, Liege And Lief. Estes álbuns inventaram o Folk Rock inglês sozinhos.

 Sem sombra de dúvida foram os melhores de sua curta carreira e vida. Mesmo com a banda tomando outro caminho, Sandy saiu para criar Fotheringay ao lado de Trevor Lucas. Este quinteto gravou um disco solo antes de virem as pressões internas, mas as contribuições de Sandy nas faixas “The Sea”, “Nothing More” e” The Pond and The Stream”.

 O álbum de estreia oficial, The North Star Grassman and The Ravens, saiu em 1971. Tinha várias canções belas, incluindo “November Late”, “Blackwaterside” e “John The Gun”, além da participação especial do guitarrista Richard Thompson, ex-membro da banda Fairport Convention. Ele iria aparecer em outros lançamentos de Sandy.

 O ano de 1973 seria inesquecível para ela, por causa dos hits “It’ll Take A Long Time” e simpática versão de “Quiet Joys of Brotherhood”, autoria de Richard Farina. Like Na Old Fashioned Waltz incluiu um lindo solo que fechou esse bom período para Sandy. Esses discos confirmariam o seu grande talento para compor e cantar lindas canções de uma forma pungente.

 Nessa época gravou um álbum de hits de Rock com a banda The Bunch. Fez dueto, também, com Robert Plant na faixa “The Battle of Evermore”, terceira canção do quarto disco de enorme sucesso do Led Zeppelin e cantou a trilha sonora do premiado filme Pass f Arms, de Peter Elford. Depois se casou com Lucas e mesmo sem gostar de turnês, saiu com ele em um novo trabalho da banda Fairport Convention, do álbum Rosie, de 1973.

 Sandy neste período já bebia muito e preocupava o staff da gravadora. Antes de finalizar o álbum Rendezvous, maneirou nas doses. Ficou grávida e ganhou a filha Georgia. Planejou gravar outro disco na América. Porém a situação estava ruim, com seu casamento se acabando.

Numa visita à casa dos pais em 1978 ela caiu na escada, talvez por causa da embriaguez. Bateu a cabeça no chão de pedra, mas não foi ao hospital. Um mês depois a encontraram desmaiada na casa de um amigo. Quatro dias depois, 21 de abril daquele ano, ela morreu de hemorragia cerebral.

 Apesar da insegurança e falta de fé no seu talento, Sandy Denny é lembrada como uma das melhores cantoras e compositoras do Reino Unido. Ao longo dos anos, seu trabalho acabou reconhecido. Principalmente por causa do estilo de cantar sem forçar a voz, suave que definiu o padrão de outras intérpretes que a sucederam.