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Luís Alberto Alves/Hourpress

quinta-feira, 21 de março de 2013

The Clark Sisters: O som Gospel que virou lenda


Na cerimônia do Prêmio Grammy, quando receberam o segundo troféu

Ensaio no conservatório, na década de 1960; famoso em Detroit até os dias atuais

  A história do grupo vocal de Gospel mais famoso dos Estados Unidos, The Clark Sisters, começou em 1966, Detroit, Michigan. Lideradas pela organista e vocalista Elbernita "Twinkie" Clark-Terrell, as cinco irmãs não deixaram cair a peteca erguida pela mãe, Mattie Moss Clark. Ela era presidente nacional do Departamento de Música da Igreja de Deus em Cristo, com sede em Memphis e fundou o Conservatório de Música de Clark, em Detroit. Até hoje, as irmãs prosseguem os ensinamentos do Gospel. Neste estilo musical foi o primeiro grupo a ganhar um Disco de Ouro, além de introduzir o conceito de corinhos nas vozes de tenor e soprano.

  The Clark Sisters é composto por Jacky Clark Chisholm, Elbernita "Twinkie" Clark, Dorinda Clark Cole e Karen Clark Sheard. A quinta irmã, Denise Clark Bradford, não se apresenta mais com o grupo desde 1986. Filhas da conhecida diretora de corais gospel dos Estados Unidos, Dra. Mattie Moss Clark, são consideradas pioneiras do Gospel Contemporâneo. Durante as décadas de 1970 e 1980 estiveram sempre nas paradas de R&B e Gospel da Billboard, vendendo milhões de discos. Abriram as portas para talentos como The Winans Family, Bebe&CeCe Winans, Commissioned, Kirk Franklin, Mary Mary entre outros.

 Seus maiores sucessos são os hits " Crossover", "Jesus is a Love Song", "Pure Gold", "Expect a Miracle", "You Brought The Sunshine", "Is My Living in Vain", "Will of Gold", " Hallelujah" entre outros. Já ganharam dois Grammys.  Com 16 álbuns gravados, o último deles saiu em 2009, A Clark Family Christmas, elas venderam milhões de discos, entrando na história da música gospel dos Estados Unidos.

  O curioso é que as Clarks Sisters não utilizam muitos instrumentos em suas apresentações. Centram fogo apenas no vocal e o público sentem o poder da unção existente nos louvores que saem dos seus lábios. Por causa disso ficaram conhecidas como The Sound Clark. Jacky é alto tenor, marcada pelo vocal suave e profundo, Dorinda (alto), a irmã Jazzy é especialista em scats e riffs, Karen (soprano) também é conhecida pelos riffs entoados de seus lábios, além de correr pelo palco e descer até a plateia e por alcance vocal muito elevado. É conhecida  pelo vibrato (prolongamento das notas, num processo semelhante ao eco) nas apresentações ao vivo.

  Twinkie Clark derrama rajadas de Soul, explorando bem suas qualidades de alto, tenor, soprano e baixo, sendo o coração do conjunto musical. No início do grupo foi a encarregada de compor os louvores, cantar, produzir, além de contar com grande capacidade vocal de soprano para contralto. A vantagem da The Clark Sisters é que não existe vocalista único no grupo. Cada uma delas se responsaliza para entoar uma canção. Karen é famosa por soltar a voz no hit " Hallelujah", quando se percebe nitidamente que o público entra em transe durante a apresentação. A vibração aumenta quando ela canta "Blessed and Highly Favored", a vencedora do Grammy.


Tamella Mann: voz de ouro do Gospel dos Estados Unidos


Tamella Mann, sem sombra de dúvida, é atualmente uma das maiores cantoras de Gospel dos Estados Unidos
  O Gospel é o pai do Blues, portanto é a música que influenciou todos os estilos de Black Music existentes nos Estados Unidos e América Central. Quem consegue cantar bem o Gospel poderá nadar de braçadas nos outros gêneros, pois são poucos os que conseguem dominar as suas difíceis harmonias vocais. Para tirar dúvidas é ouvir os hits gravados por Tamela Mann. Também é aconselhável assistir ao filme Sparkle, onde atua ao lado do marido, David Mann e Whitney Houston. Outra dica é ouvir o CD Best Days.


  Ao contrário de muitos mercenários do Gospel, Tamella apresenta suas canções visando abençoar e curar vidas, mantendo-as encorajadas para continuar a trilha que Jesus Cristo colocou cada pessoa neste mundo. O CD Best Days, segundo ela, é o instrumento para compartilhar força e alegria existentes no coração de um bom filho de Deus. Produzido por Myro Butler, o álbum valoriza a voz poderosa de Tamella que despeja milhões de toneladas de emoção em cada canção. "Best Days", a faixa que batizou o CD, revela que o cristão pode olhar o seu passado, mas com força suficiente para não deixá-lo retomar sua vida com os velhos vícios e erros, pois é possível ver a luz no fim do túnel, com obras maravilhosas.

  A diferença de Tamella em relação aos mercenários do Gospel, existentes em todo o mundo atualmente, principalmente no Brasil, é que ela coloca o coração em tudo que põe a mão. Seja em filme, peça de teatro ou emissora de televisão, onde contracena ao lado do marido na comédia de sucesso, Meet the Browns. De acordo com ela, a fé sempre foi o fundamento principal de sua vida. Principalmente quando lembra de sua mãe, em Fort Worth, Texas, onde cresceu ao lado de 13 irmãos, sendo a caçula da família. A velha não permitia que ninguém ouvisse Blues ou R&B em casa, só Gospel. Dai choviam canções de The Clark Sisters, Andrae Crouch, Walter Hawkins, The Brothers Williams  e Inez Andrews.

  Desde criança, Tamella sabia que Deus a tinha escolhido para o ministério de Louvor. Aos oito anos de idade participava de ensaios de jovens na igreja ao lado dos irmãos mais velhos. Ali começou a aprender as músicas que eles cantavam. Embora jovem, sua voz começou a chamar a atenção do diretor do grupo de louvor, que era seu tio e pastor da igreja. O batismo de fogo foi interpretar o louvor de James Cleveland, " I Don’t Feel No Ways Tired". Durante a interpretação começou a chorar e descobriu que Deus a levaria cada vez mais para o louvor, em sua caminhada aqui na Terra.

  Aos 12 anos já participava do grupo de louvor da igreja onde a família congregava. Após concluir o Ensino Médio, conheceu três jovens que mudariam sua vida para sempre: David Mann (o futuro marido), Darrel Blair (seu futuro pastor) e o amigo Kirk Franklin (a ajudou na carreira de ministra de louvor e participou de cinco de álbuns dele). Nisto tudo reconheceu as bençãos de Jesus Cristo em sua vida. Principalmente por ter participado do grupo musical de Franklin, The Family.

  Após capacitá-la, Deus abriu mais portas para Tamella servi-lo por meio do Louvor. Conseguiu papel na peça de teatro “He Say. . .She Say. . .But What Does God Say?” Logo o ator, escritor, produtor Tyler Perry a escolheu para trabalhar na peça " I Can Do Bad All By Myself".  Dai a carreira de atriz desbrochou trabalhando em filmes como  “Diary of a Mad Black Woman,” “Madea Goes to Jail” e “Madea’s Big Happy Family". Madea´s tornou-se uma das franquias de maior sucesso de Hollywood.

  Porém, mesmo trabalhando com cinema, sua paixão pela música não diminuiu. Gravou quatro CDs, entre eles o premiado The Master Plan. Oposto de outros artistas, que ficam pressionados quando entram num estúdio para gravar um Álbum, Tamella fica animada e motivada. Isto é visível no CD Best Days. Sente que Deus a orienta. Deste disco, sua canção favorita é "All To Thee". Louvor de adoração que diz num dos trechos: " Menos de mim, mais de ti, toda a glória e toda a honra pertence a você". Ela e o marido são porta-vozes da Associação Americana de Diabetes, ajudando a educar as pessoas sobre escolhas alimentares sauda´veis e a importância dos exercícios físicos em suas vidas.



Lenny Williams: cantor de canções para curar dor de amor


Williams é uma das mais belas vozes da Black Music

   Lenny Williams é o cantor ideal para interpretar baladas "mela-cueca", daquelas em que o sujeito atacado com dor de corno ouve a canção milhares de vezes e não se cansa.

   Nascido em Little Rock, Arkansas, mesma cidade do ex-presidente Bill Clinton, ele é considerado como um dos mais influentes cantores de R&B e Soul Music. Quando se ouve o hit "Because I Love You" é possível perceber o estrago que a voz de Williams provoca em corações apaixonados e desapaixonados. Gravado no álbum solo So Very Hard To Go, o seu estilo atravessou fronteiras, influenciando novos talentos da Black Music deste milênio. 

  Ainda jovem aprendeu a tocar trompete na época em que estudava no Ensino Fundamental. Ali surgiu o interesse pela música. A habilidade para cantar despertou quando passou a soltar sua voz em corais e conjuntos vocais. Trabalhou ao lado de ícones como Andre Crouch e Billy Preston, considerado por muitos o quinto Beatles.

 Após vencer vários concursos de caça talentos, muito comum nos Estados Unidos, assinou o primeiro contrato com a Fantasy Records. Ali gravou os singles "Lisa Gone", hoje considerado clássico do R&B, e "Blue Feelin", composta por John Fogerty da banda de rock Credence Clearwater Revival.

  Depois passou pouco tempo pela Atlantic Records antes de investir em carreira solo. Em 1972 uniu-se à banda Tower of Power, que começava ganhar força como ícone do Funk. Nesta empreitada vieram os hits "So Very Hard To Go" e  "Don't Change Horses (In The Middle Of The Stream)". Nos dois anos em que ficou na Tower of Power, Williams participou de três álbuns marcantes no grupo, além de turnês por todos os Estados Unidos, Europa e Ásia.

  No final de 1975 voltou aos projetos solo. Assinou com a Motown Records, depois foi para ABC Records, após dois anos. Até 1981 lançou vários sucessos, como "Shoo Doo FuFu Ooh", " Choosing You", " You Got me Running", "Love Hurt Me Love Healed Me" e " Midnight Girl". Os discos Spark of Love e Love Current impactaram os fãs, principalmente por causa do hit "Because I Love You", do álbum Spark of Love.

  Após sair da MCA, que havia comprado a ABC Records em 1979, Williams lançou discos nos selos independentes Rockshire e Knobhill. Em 1986 foi convidado para cantar no grupo vocal Don't Make ME Wait For Love, liderado pelo saxofonista Kenny G. O single tornou-se Top 20 nas paradas Pop e R&B dos Estados Unidos.


  Da década de 1990 em diante, Williams prosseguiu em carreira solo com turnês por diversos países do mundo, principalmente em 2004 e 2005. Também participou de filmes de Hollywood ao lado de estrelas como Deborah Cox, Mel Jackson e Martha Washinghton. Enquanto tiver fôlego, vai continuar derretendo corações ao soltar sua voz em belas canções que entraram nas vidas de vários fãs em todo o mundo. 


quarta-feira, 20 de março de 2013

Cherrelle: alquimia de Funk e Disco Music



Funk com Disco Music rendeu muito sucesso na carreira de Cherrelle
A década de 1980 foi a época de ouro para Cherrelle, quando aos 24 anos acabou conhecida nas paradas de sucesso dos Estados Unidos e Europa. Misturou bem R&B, Funk e Disco Music para colocar suas canções na boca e coração do público.

A maioria dos hits é de batida leve, ancorado em sintetizador e baterias eletrônicas, quando gravados em estúdios. São as canções típicas para tocar em casas de shows, onde as pessoas dançam sem qualquer preocupação com o ritmo.

Querem apenas balançar o corpo, enquanto seguram nas mãos uma lata ou garrafa de bebida ou outro tipo de "substância" para manter o pique durante a noite.

Entre suas canções que estouraram nas paradas estão "I Didn´t Mean to Turn You On", " Where Do I Run To" e "Everything I Miss at Home", além dos duetos "Saturday Love" e " NeverKnew Love Like This" com Alexander O´Neal.

Antes de gravar seus discos, trabalhou com feras como Norman Connors e Michael Henderson e fez turnês acompanhando Luther Vandross. Quando o fundador da Tabu Records, Clarence Avant ouviu uma fita demo de Cherrelle, acabou ganhando um contrato com a gravadora, para lançar seu primeiro álbum em 1984, com a produção de Jimmy Jam e Terry Lewis.

Neste primeiro disco, o destaque foi o hit "I Didn´t Mean to Turn You On". A música teve um clipe homenageando o filme King Kong, onde o gorila tinha interesse nela. O hit foi regravado depois por Mariah Carey em 2001. O segundo álbum, High Priority, ganhou Disco de Ouro e o dueto com Alexander O´Neal estourou em diversos países da Europa e bem colocado na parada Pop dos Estados Unidos.




 O terceiro disco saiu em 1988, com a canção "Everything I Miss at Home" virando sucesso nas paradas de R&B dos Estados Unidos. O destaque desse disco foi colocar composições baseadas em torno de relacionamentos amorosos que não deram certo. É ai que entra a canção "Never Knew Love Like This".O hit permaneceu duas semanas nas paradas de R&B da Billboard daquele ano.

 Três anos depois lançou o álbum The Woman I Am. Desta vez a produção coube a Narada Michael Walden, conhecido por trabalhar  com Whitney Houston. Com ele, Cherrelle gravou os hits "Never in My Life", "Tears of Joy", "Still in Love With You" e o cover de Carla Thomas, "Gee Whiz. A balada "Never in My Life" caiu como luva nos bailes, porque a voz de menina de Cherrelle combinava bem com o clima de romantismo, quando as pessoas estão em busca de outro alguém. Michael Walden acertou a mão, num arranjo simples e leve, sem carregar nos instrumentos.

Só em 1999 voltou com a dupla de produtores Jam e Lewis para gravar o disco independente The Right Time, que teve a participação do rapper Keith Murray. Continua em atividade lançando discos independente, sem esquecer da fórmula que a lançou e a mantém no mercado após mais de 29 anos.





terça-feira, 19 de março de 2013

Marvin Sease: cantor de músicas sensuais que mulheres gostam de ouvir

Sease tinha a mesma voz grave que tornou famoso Barry White

  Ouvir as canções de Marvin Sease é o mesmo de pegar as músicas de Barry White. A voz rouca e as letras carregadas de sensualidade, como fazia o brasileiro Wando, mas com levada de Samba ou Pop. A maratona dele começou quando chegou a Nova York em 1966 com 20 anos de idade. Trazia na voz a beleza do Blues e Gospel misturado em grandes doses de Soul Music, bem no estilo de Johnnie Taylor e Tyrone Davis. Trazia em suas canções o desejo que toda mulher tem quando fica sozinha no quarto com um homem.

  Quando conheceu o sucesso, brindava a plateia com letras cheias de erotismo. Teve sorte da distribuição de seus discos ser feita profissionalmente. Ainda jovem cantava num grupo de louvor na igreja onde congregava em Charleston. Em Nova York uniu-se ao grupo Gospel Crowns. De início escolheu o R&B (o famoso Blues de rua) e montou uma banda de apoio com ajuda de seus três irmãos. Ao ficar sem conjunto para acompanhá-lo, lançou mão do play back em apresentações em bailes e clubes locais.

Numa boate do Brooklyn, chamada Casablanca, Sease ganhou o pão de cada dia em atuações regulares. Depois passou a trabalhar no circuito de bares e participar de festivais de Blues. Em 1986, aos 30 anos, lançou o primeiro disco pela sua própria gravadora. Mais tarde o relançou pela Mercury Records, com uma faixa de 10 minutos: "Candy Licker", tornando-se sucesso no circuito Sul de Nova York. As mulheres o descobriram e passaram a lotar seus shows.

  Dai para frente gravou diversos discos: Breakfest (1987), The Real Deal (1989), Show Me What You Got (1991), The Housekeeper (1993), Do You Need a Licker? (1994), Please Take Me (1996), Bitch Git It All (1997), Hoochie Momma (1999). Please Take Me chegou ao posto 14 da Billboard R&B. O CD Women Would Rather Be Licked (Mulheres Preferem ser Lambidas) chegou ao mercado em 2001. O CD e DVD, ambos ao vivo, de Candy Licker foram lançados em 2005.  Em 2 de fevereiro de 2011, aos 64 anos, a voz e Sease acabou silenciada para sempre por causa de uma pneumonia.






Joe Tex: gigante da Soul Music



Tex foi um dos inspiradores do RAP na década de 1960
  A Joe Tex coube a honra de colocar a primeira canção no estilo Soul Music "Hold What You've Got" nas paradas Pop de 1965 dos Estados Unidos. A voz rouca e frases lembrando os grandes pregadores do evangelho foram as primeiras sementes do RAP, do qual outro vocalista da época, e ainda vivo, Blowfly copiou com brilhantismo.

Como ocorreu com diversos artistas, Tex teve seu talento subestimado na década de 1960 pela Atlantic Records, embora seus discos tornassem sucessos rápidos, o que não ocorria com as outras estrelas da Black Music.

Nascido Joseph Arrington, na cidade de Rogers, Texas, em 1933, logo cedo Tex mostrou que seu talento vocal iria impactar a música norte-americana.

 Aos 21 anos (1954) ganhou um concurso de caça talentos  e mudou-se para Nova York onde gravou diversos singles, alguns como baladas e outros no estilo do roqueiro Little Richard. Só conheceu o sucesso ao associar-se com editor de canções Buddy Killen. Em 1961 compôs o hit "Baby You're Right". Quatro anos depois estourou com "Hold What You've Got" , balada na praia de R&B.


 A partir dessa canção, virou máquina de escrever músicas de sucesso. Em 1966 o público delirou com  "I Believe I'm Gonna Make It" , uma carta imaginária que um soldado envia do Vietnã, tornando-se o primeiro grande sucesso da carreira associado ao conflito na Indochina, onde muitos jovens norte-americanos morreram ou ficaram malucos quando voltaram de lá.

  Em 1967 veio com RAP misturado ao Funky. Era a nitroglicerina "Skinny Legs and All". Essa composição já revelava o futuro do Hip-Hop nas paradas Pop dos Estados Unidos. Depois lançou "I Gotcha" anunciando que o Funk estava virando Disco Music na década de 1970. Mesmo assim lançou em 1977 o hit "Ain't Gonna Bump No More (With No Big Fat Woman)" que ficou entre as 12 mais da Parada Pop norte-americana.

 Ainda na década de 1970 converteu-se ao Islamismo, mudando o nome para José Hazzies, passando a maior parte do tempo em sua fazenda no Texas, apesar de unir-se a Wilson Pickett, Ben E. King e Don Covay para gravar uma versão moderna do Soul Clan em 1980. Dois anos depois morreu de um ataque cardíaco, quando tinha apenas 49 anos.



The People´s Choice: banda brilhante da Filadélfia



Som instrumental era a praia preferida da The People´s Choice
A banda The People´s Choice foi outro grupo vocal da sensível Filadélfia, terra conhecida pela revelação de diversos conjuntos  vocais de grande qualidade surgidos na década de 1970. 

  Funk e Soul eram as praias deles. Formada em 1971, por Frank Brunson, tiveram vários vocalistas, além de inúmeros sucessos instrumentais.  

O primeiro foi o hit "I Likes To Do It" que chegou ao posto 9 na Billboard R&B e 38 na Billboard Hot 100. O negócio acabou melhor para a The People´s Choice quando a dupla Kenny Gamble e Leon Huff, criadores do inesquecível The Philly of Sound (O Som da Filadélfia), assistiram a um show da banda. 

 Huff e Gamble disseram que gostariam de ter gravado a canção "I Likes To Do It" na Philadelphia International Records. Em 1974 assinaram com o novo selo e lançaram o single de sucesso "Do It Any Way You Wanna". Venderam mais de 1 milhão de cópias em três meses, ganhando o Disco de Ouro. 

Até 1980 emplacaram vários hits nas paradas de sucesso dos Estados Unidos: "Party Is a Groovy Thing" ( 1974), "Boogie Down U.S.A" (1975), "Do It Any Way You Wanna", "Nursery Rhymes (Part I), "Here We Go Again" (1976), "Movin´in All Directions", "We Got The Rhythm", "Jam Jam Jam Ought to Be Dancin" (1980). Em novembro de 2007, Brunson, o cabeça da banda, morreu. 




T-Connection: outra banda relâmpago das décadas de 70 e 80


T-Connection sumiu depois da década de 1980
   A banda T-Connection foi outro relâmpago nas décadas de 1970 e 1980, atuando entre o Funk e a Disco Music. Nativos de Nassau, na região do Caribe, eram liderados pelo vocalista, guitarrista e tecladista Theophilus "T" Coakley.

   Também faziam parte do grupo Kirkwood Coakley (baixo, bateria), David Mackey (guitarras) e Anthony Flowers (bateria, percurssão).


  Logo após a criação da banda em 1975, mudaram para Miami e assinaram contrato com a Dash, subtítulo da TK Records para grupos de Disco Music.

Ali lançaram quatro discos entre 1977 e 1979, o principal deles foi "Do What You Wanna Do" (1977), o mais popular da banda e chegando ao primeiro lugar da Billboard Singles Disco e 15º lugar na parada R&B.

Depois entraram na Capitol Records e gravaram mais quatro álbuns na linha de Funk sintetizado. Não chegaram ao fim da década de 1980 quando resolveram jogar a toalha e encerrar as atividades. Em 2002, a Capitol lançou a coletânea The Best Of T-Connection.  Foi mais um grupo relâmpago: rápido surgiu e velozmente acabou.