Barbara continua uma lenda no Blues |
Muitos sabem que o show biz é uma arena onde os leões devoram seus pares todos os dias. Não é fácil entrar e mais difícil resistir, produzindo músicas de qualidade para se manter no topo das paradas e virar amigo íntimo do sucesso. A blueswoman Barbara Lynn é exemplo disso. Aos 71 anos é ainda grande referência quando se fala de Rhythm and Blues. Cantora e compositora, é conhecida do público por causa do hit " You´ll Lose a Good Thing", que estourou nas paradas em 1962.
Nascida no Texas, quando criança já tocava piano, porém mudou para a guitarra, inspirada por lendas do Blues como Slim e Jimmy Reed e artistas como Elvis Presley e Brenda Lee. Ganhou diversos concursos de caça talentos e formou uma banda só com mulheres na década de 1950. Não demorou para passar a se apresentar em clubes do Texas.
A experiência a levou a ser vista pelo cantor Joe Barry. Ele a apresentou ao produtor Huey P. Meaux. Dai foi para a Sugarhill Recording Studios e várias gravadoras de Nova Orleans a conheceram. Escreveu em parceria com Meaux a canção " You´ll Lose a Good Thing". Lançada pela Jamie Records, o hit chegou ao primeiro lugar da Billboard R&B e Top 10 da Billboard Hot 100 em 1962. A música acabou regravada por Aretha Franklin. Lynn aproveitou a deixa e lançou um disco com dez de suas letras.
Emendou turnês junto com astros como Gladys Knight, Stevie Wonder, Smokey Robinson, Dionne Warwick, Jackie Wilson, Sam Cooke, Otis Redding, James Brown, Al Green, Carla Thomas, Marvin Gaye, Temptations e B.B. King. Ficou ao lado da nata da Black Music norte-americana. Fez show no lendário Apollo Theater, no American Bandstand e teve a canção "Oh Baby (We´ve Got a Good Thing Goin´" (1964) interpretada pelos Rolling Stones.
Ficou na Jamie Records até 1966. No ano seguinte assinou com a Meaux Tribe e lançou o hit "You Left the Water Running", regravado por Otis Redding e outros cantores. Em 1968 foi para a Atlantic Records e gravou o álbum Barbara Lynn. Aos 28 anos (1970) casou-se, teve três filhos e por causa da grana curta liberada pelas gravadoras resolveu ficar longe do show biz nas décadas de 1970 e 1980. Porém em 1984 visitou o Japão e gravou um disco ao vivo, You Don´t Have to Go.
Após a morte do marido , retomou a carreira e voltou ao Texas para morar com a mãe. Aproveitou para fazer outras turnês internacionais, inclusive na Europa. Em 1994 gravou seu primeiro álbum de estúdio após 20 anos de ausência, So Good e lançou diversos discos em várias pequenas gravadoras. Continua em atividade e morando na cidade onde nasceu: Beaumont, onde tudo começou em 1942.