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#BMW - Morre #QuincyJones, o gênio da produção de grandes discos

Luís Alberto Alves/Hourpress

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

The Noisettes: a melhor banda ao vivo da Grã Bretanha


Quando você assiste algum show de The Noisettes é bom se preparar pelo inesperado. Desde o lançamento da nitroglicerina Saturday Night e deliciosos Funks (o legítimo dos Estados Unidos) como "Don´t Upset The Rhythm" ou a Soul Music "Never Forget You", em clima da década de 1960, é possivel perceber que não existem nenhum tipo de brincadeira na interpretação dessas canções. Em 2009 isto ficou visível com o CD Wild Young Hearts. As canções falavam do modo de agir dos jovens, independentemente de sua idade. A regra é se divertir, sem virar seguidor de bloco ou Maria vai com as outras.  
Produzido por Jim Abbiss, o CD brilha sob os holofotes e o deixa mais cativante com a mulher Shingai Shoniwa, junto com Smith na guitarra e Jamie Morrison na bateria. O curioso é que algumas bandas não mudam o estilo durante décadas. Igual sujeito que anda de terno sempre. Nunca ousa usar jeans e camiseta. Parece soldado de quartel. Ao ouvir Shoniwa, é possível perceber influência vocal de Deborah Harry e Kate Bush, Billie Holiday e Diana Ross.
The Noisettes se definem como gangue; três divas com coleções de gravações diferentes. Nas reuniões para gravar outro CD procuram introduzir novos sons, seja de hits africanos, Jazz, Van Morrison ou mesmo Black Sabbath. Fazer música para a rapazida é manter sempre os ouvidos abertos. Eles colocam essa energia em execução. Sem sombra de dúvida é a melhor banda ao vivo na Grã-Bretanha. Tentam provar que a Pop Music pode ser alternativa e emocionante.




 

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Prince: outro gênio da Black Music


Prince Rogers Nelson, mais conhecido como Prince, nasceu em 1958 em Minneapolis, Estados Unidos. Sua música mescla R&B, Funk norte-americano, Soul além de absorver New Wave, Pop, rock, Blues, Jazz e Hip-Hop. Suas características peculiares o levou ao auge do show-biz, por causa de estranhos arranjos de baterias e uso de riffs de sintetizados nas suas canções. Acabou criando o Som de Minneapolis.

Não é artista cometa que aparece rápido e some na mesma velocidade. Apesar do aspecto calmo é extremamente exigente e perfeccionista. Produz, compõe, arranja e executa quase todas suas músicas. Alguns exageram o chamando de gênio, em virtude da qualidade de seus hits.

 A queda para a carreira artística começou na infância quando fugiu de casa e comprou sua primeira guitarra. Ao lado do amigo André e do primo Charles Smith criou a banda Grand Central, nascida na escola secundária. Passaram a tocar em clubes e festas de Minneapolis. Não demorou para o conhecimento musical de Prince atravessar fronteiras, ditando as regras do grupo. Logo virou vocalista.

Apesar de jovem já trazia influência de Sly Stone, James Brown, Jimmy Page e Jimi Hendrix. Ou seja, só de artistas renomados e competentes. Em 1976 passou a trabalhar numa fita demo com o produtor Chris Moon. Também conheceu Owen Husney e ele iniciou contato com grandes gravadoras, lançado a proposta de Prince como estrela do futuro.

A Warner Bros Records se interessou. Ofereceram o controle criativo de suas canções. Em 1979 ele já tinha uma banda de apoio com Andre Cymone no baixo, Gayle Chapman e Matt Fink nos teclados, Bobby Z na bateria e Dez Dickerson na guitarra. Era o início da grande caminhada do sucesso. De forma inteligente, Prince criou uma banda multi-racial, de gênero misto, como fez Sly Stone quando surgiu. Gravou o álbum por conta própria e estourou na Billboard 200 com dois hits: " Why You Wanna Treat Me So Bad?" e "I Wanna Be Your Lover".

Em 1980 lançou Dirty Mind, trabalho solo usando demos originais. No palco, Lisa Coleman tomou o lugar de Chapman na banda. Ela sentiu as letras sexualmente explícitas nos concertos de Price. Essa foi uma das marcas de Prince. Depois escreveu, produziu o álbum The Time. No decorrer dessa década gravou e compôs para outros artistas como Sheena Easton e The Bangles e suas canções se tornariam versões nas vozes de Chaka Khan, Tom Jones entre outros. "Nothing Compares 2 U" foi outro grande sucesso comercial em 1990.

A partir dai passou a trabalhar com feras do porte de Miles Davis, Grahan Larry, George Clinton, Ani DiFranco, Madonna, Cyndi Lauper, Kate Bush, Rosie Ganes, Angie Stone e Sheryl Crow. Em 1982 gravou o álbum duplo 1999, vendendo 3 milhões de cópias. A faixa título foi um protesto sobre a proliferação nuclear e tornou-se hit top 10 internacional. Com "Little Red Corvette" uniu-se a Michael Jackson e Lionel Richie, como a primeira onda de artistas negros na MTV.

Dois anos depois lançou Purple Rain e vendeu 13 milhões de cópias nos Estados Unidos e 24 semanas consecutivas  no topo da Billboard 200. O filme do qual a música fez parte arrecadou mais de US$ 80 milhões nos Estados Unidos. As canções "When Doves Cry" e "Let´s Go Crazy" estouraram nas paradas de todo o mundo. Para selar, ele o álbum ganhou o Oscar de Melhor Trilha Sonora Original. Daí para frente lançou diversos CDs de sucesso e passou a viver da fama. Pois tudo que toca estoura nas paradas.


PJ Morton: bom filho de Nova Orleans


PJ Morton é a essência do trabalho duro. É outra pérola da Soul Music, além de ser filho de uma lenda do Gospel, o bispo Paul S. Morton. Porém, procurou levar sua carreira para além dos limites do Gospel, misturando Jazz, Folk e Soul em seu repertório. Para ajudar, nasceu em Nova Orleans, cidade altamente musical.
 
Quando começou a cantar, na infância, na igreja e tornou-se pianista, não demorou para fazer letras. Acabou influenciado pelos louvores e seu pai, mas bebeu na fonte de talentos iguais Stevie Wonder, Sting, Prince e James Taylor.
 
Aos 20 anos de idade já era veterano e compunha para outros artistas. Logo formou sua própria banda de Jazz, a Freestyle Nation. No início de 2005, lançou de forma independente seu primeiro CD: Emotions, o melhor álbum de Soul daquele ano. Também procurou expandir seu trabalho como compositor e produtor de outros artistas, incluindo Kierra Kiki Sheard.
 
Dois anos depois gravou Perfect Song. Foi indicado a vários prêmios. Entre 2007 e 2008 a carreira de Morton decolou, principalmente no mundo evangélico. Passou a trabalhar com diversos artistas deste segmento e ganhou o Prêmio Stellar pelo hit "Let Go, Let God" com DeWayne Woods.
 
Em 2008 foi para o terceiro CD, desta vez ao vivo numa noite de Verão em Los Angeles. O álbum Live From LA recebeu diversas críticas positivas. Depois partiu para turnê. Mas não dormiu no ponto, no ano seguinte voltou ao estúdio para gravar outro CD em parceria com o cantor e produtor Warryn  "Baby Dubb" Campbell. Saiu o disco Walk Alone, bem criativo e eclético, lançado em 2010.
 
 

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Rahsaan Patterson: outra boa cria da Black Music



Rahsaan Patterson canta e compõe. Ficou famoso ao interpretar "The Kid" num programa popular de televisão em 1980. Nascido no Bronx, bairro barra pesada de Nova York, seu estilo de cantar lembra Stevie Wonder. Após aparecer num show de caça talentos em 1984, ganhou a chance de entrar no Kids Incorporated. Lançado como "The Kid" ficou no programa vários anos, aparecendo ao lado de futuras estrelas como Fergie, Mario Lopez e Shanice.

Sua permanência resultou em experiência como backing vocal para diversos artistas. Em 1997 assinou contrato com a MCA Records, lançando o álbum que ficou na posição 48 da Billboard Top R&B/Hip-Hop Albuns. Destacaram-se os singles "Where You Are" e "Stop". Ganhou um público fiel nos Estados Unidos e Exterior. Valoriza muito a Soul Music em seu repertório. Mescla muito Jazz e Blues.

 Aproveitou a oportunidade para lançar Love In Stereo em 1999, recebendo boas críticas. Ganhou as paradas o hit " The Moment"; Aproveitou para emendar uma turnê pelos Estados Unidos e Europa. Após sair da MCA Records continuou tocando ao vivo e fazendo trilhas sonoras.

De 2004 em diante investiu em outro CD After Hours, bem aceito pelo público. Depois criou sua própria gravadora. O álbum ficou na posição 65 da Billboard Top R&B/Hip-Hop Albuns. Porém os hits "So Hot" e "The Kiss of April" não emplacaram. Três anos depois lançou Wines & Spirits. Em 2008 veio com o CD The Ultimate Gift, ganhando o prêmio de artista underground do ano. Uma de suas características é manter ao vivo, o mesmo pique registrado nas gravações, como fazia Tim Maia em seus shows. Em 2011 apresentou-se no Clube BB King Blues. Merecendo excelentes críticas.


Phil Perry: voz de ouro da Black Music

Phil Perry nasceu e se criou em East St. Louis. Ali passou a maior parte da carreira como um dos vocalistas mais procurados para backing de outros artistas.
 
A capacidade de cantar em multi-oitava repercutiu em álbuns de Anita Baker, Boz Scaggs, Rod Stewart, Peabo Bryson e George Duke.
 
Também se destacou por uma série de discos, destacando sua capacidades de interpretar canções clássicas da Soul Music, bem como em outros gêneros.
 
Ele chamou a atenção dos fãs como vocalista do grupo Montclairs. O destaque foi o hit "Begging's Hard to Do" em 1972. Treze anos depois casou-se com Lilian Tynes. Ali começou uma parceria que dura até hoje. Em 1991 ele seguiu carreira solo. Gravou um remake de "Call Me", de Aretha Franklin. Saiu melhor do que o original. Em 1994, o disco Pure Pleasure incluiu regravações memoráveis de "After The Love is Gone" e "If Only You Knew", além de sete minutos de muitas baladas de amor dos Spinners, como "Love Don't Love Nobody". Depois lançou My Book of Love, desprezado pela crítica. Reserve foi outro disco em que ele assumiu de forma mais forte o papel de compor e produzir, colocando sua marca pessoal no desempenho vocal. Em 2001, o CD Magic, pela Peak Records, mostrou que Perry tinha controle completo sobre sua música.

Em 2005 assinou com a Shanachie Records e lançou dois CDs ali de clássicos do Soul. Um deles,  "A Mighty Love " o ajudou a ganhar o Prêmio Readers ´Choice em 2007. No ano seguinte gravou com o veterano Chris Davis, revelando seu grande talento em compor. Em 2009, ao lado de Melba Moore lançou o CD The Gift of Love, recheado de canções novas, bem recebidas pela crítica e fãs. Ganhou outro prêmio.

Pieces of a Dream: filhos pródigos da Filadélfia


Pieces of a Dream nasceu na Filadélfia em 1976. Todos os membros do grupo ainda se encontravam no Ensino Médio. O nome da banda foi inspirado numa canção de Stanley Turrentine. Logo se apresentaram na WRTI-FM, pioneira em Jazz. Integravam o conjunto o tecladista James Lloyd, o baterista Curtis Harmon e o ex-baixista Cedric Napoleão. Como naquela época, continuam gerido pelo pai de Curtis, Danny e o tio Bill Harmon.

Muitas pessoas desanimaram os integrantes do conjunto. Porém, a lenda do Jazz, Grover Washington Jr, que marcou história com seu sax, ajudou o Pieces of a Dream ganhar renome internacional.  Tornaram-se populares na Filadélfia após virar a banda da casa num programa de televisão local, o City Lights. Ali  que conheceram Grover. Foram tocar  no local e ele estava gravando um álbum ao vivo. Sentou-se com os meninos para acompanhar "Mr.Magic". Disse que estava abrindo uma empresa de produção e que os Pieces Of a Dream seriam os primeiros contratados.

Durante o transcorrer dos anos, o conjunto sofreu mudanças, mas continuam fieis ao Jazz e Soul. Os últimos lançamentos do trio são  "Acquainted with the Night" , "Sensual Embrace: The Soul Ballads" , e "Love's Silhouette ". Nestes álbuns são visíveis o instrumental  de primeira linha e baladas românticas. Deram uma canja nesses discos o falecido Grover Washington Jr., Maysa, Eva Cassidy, Maxi Priest, Gerald Albright e Ronny Jordan.

De 1981 a 1984, Pieces of a Dream reforçou o nome com três álbuns na Elektra Records. Definiram a essência do Smooth Jazz com os hits "Pieces of a Dream", "We are One" e "Imagine This". Depois mudaram para a EMI/Blue Note onde gravaram sete álbuns. Em 2001 comemoraram 25 anos de estrada. No CD para festejar a data incluíram os remakes de "Mahogany" e "Upside Down". Em março de 2006 vieram com Pillow Talk, marcando três décadas de show biz da banda. Vocais cada vez mais afinados e lindos solos de guitarras mostram que Pieces of a Dream são ótimos filhos da Filadélfia.




 

Natural Four: retrato de uma bela harmonia vocal

O que dois funcionários da GM (Christopher James e Alfred Milton Bowden), um estivador (Allen Richardson) e empregado de uma escola têm em comum? Essa turma foi responsável pela criação da banda Natural Four em 1966. No ano seguinte, sob a gerência de Fred Ivey, cujo irmão tinha uma loja de discos de vinil (naquela época ainda não existia CD, Pen Drive, MP3, MP4), começaram detalhar que tipo de canções o grupo iria colocar no mercado.
 
Logo um funcionário da loja compôs algo para eles. Durante sete dias a Natural Four ficou dentro do estúdio de Boola Boola e nas mãos do produtor Willie Hoskins e do compositor Lonnie Cook. Após dez horas, Cook tinha escrito várias músicas, entre elas a clássica "I Thought You Were Mine" para rivalizar com "Beggar Choosey", dos The Miracles, há um ano na estrada do show biz. O arranjo lento, imaginado por Cook, na sua ausência, ganhou mais velocidade.
 
A euforia tomou conta do grupo quando Bob White interpretou a canção e vendeu 30 mil cópias e ela atingiu o sétimo posto nas paradas. Chris, Pumpkin, Allen e John estavam andando na rua quando a ABC Records ouviu falar do quarteto e convovou Hoskins para Los Angeles. O hit "I Thought You Were Mine" impressionou os executivos da ABC. Eles sugeriram a regravação da música. Saiu outro disco. Desta vez o hit "Why Should We Stop Now" também estourou. A ABC assumiu a distribuição e ela ocupou a posição 31 na Billboard de R&B em 1969.
 
Desconfiados com o mundo artístico, os rapazes não saíram de seus empregos. Aumentavam os salários cantando em concertos feitos em escolas e clubes na região de Los Angeles. O trabalho da ABC não os convenceu. Após lançar três singles, saíram em busca de outra gravadora. Como o verdadeiro sucesso ainda estava longe, Richardson e Bowden, pularam do barco sendo substituídos por Steve Striplin e Whitley Delmos, todos escolhidos pelo produtor Willie Hoskins.

Em 1971 gravaram um único disco pela Chess Records. O destaque  foi o hit "Give a Little Love". No ano seguinte assinaram com a Curtom Records e John January, outro membro original, saiu da banda. Entrou Darryl Cannady. A canção "Things Will Be Better" não estourou. O terceiro disco, com o hit "Can This Be Real" entrou entre os 10 nas paradas de R&B em 1974. Mas cometeram um erro ao gravar "Love That Really Counts", cópia de "Can This Be real". O erro do Natural Four é ter caído nas mãos de maus produtores e compositores. Eles deixavam o músculo para o conjunto e a carne nobre repassavam a outros artistas. Marcaram época na Black Music por causa da bela harmonia vocal.

New Shade of Soul: a arte de cantar sucessos do passado



New Shade Of Soul é daqueles grupos especialista em cantar clássicos da Black Music. Com eles é possivel ouvir canções inesquecíveis de bandas como Blue Magic, Stylistics, Bloodstone, Chi-Lites, Delfonics, Smokey Robinson & The Miracles, Earth, Wind and Fire, The Platters, The Drifters e outros.

É a chance de dançar de rosto coladinho ou mesmo curtir o verdadeiro Funk, original, nascido nas ruas dos Estados Unidos, ou o bom e velho Soul, trazendo à lembrança os hits de James Brown e cia.

Outra faceta do New Shade of Soul é fazer apresentação em eventos beneficentes. Dependendo do ambiente, eles não hesitam em interpretar canções de cantoras famosas, além de resgatar pérolas das décadas de 1950 e 60.  Os responsáveis por essa viagem no tempo são George Buonocore, Russel Targrove e Mike Jones.


Todos eles gostam de R&B e cresceram ouvindo esse gênero musica. George tocou com Sam&Dave and The Young Rascals. Russell tocava num grupo familiar. Mike teve ouvidos conquistados pelo som dos Spinners e Temptations. Quem assistir ao show dos New Shade of Soul só terá o trabalho de sentar (bem díficil) ou dançar, recordando a época em que canções bonitas eram rotina no rádio e televisão.


Nyee Moses: bela voz como se fosse irmã gêmea de Sade



Algo de diferente aconteceu nas paradas de sucesso dos Estados Unidos em 2008, quando Nyee Moses permaneceu na Billboard com seu álbum Among Us. Ficou ali 28 semanas, quebrando o top 10 e tornando-a "30 Melhores Músicas de 2008".

Todos sabem que é difícil as emissoras de rádios adotarem o artista desconhecido. Só alguém com canções muito lindas. Nyee Moses fez isso. Sua equipe de produção, muito competente, soube trabalhar os hits do CD, remake do clássico Summertime misturado ao disco de Gil Scott Heron, Is a Revolution.

A ideia de Nyee era trazer à luz as situações políticas que ainda vigoram atualmente, e como a mídia aborda o assunto.  Hubert Laws, que fez trabalho idêntico com Gil Scott na década de 1970, esteve por trás desta grande jogada dela.

O grupo encarou a missão de colocar Nyee nas paradas, mesmo sendo desconhecida, como o batalhão de soldados faz na guerra: todos lutando para se manter vivos. A diferença é que Nyee é capaz de não deixar essa guerra acabar e navegar através do mundo incerto.

Com essa estratégia passou a ser ouvida em diversas rádios, principalmente em entrevista. Reconhece que não é fácil ter uma canção na Billboard, ao lade outras de artistas consagrados.

Para não dar milho aos bodes, Nyee procura manter a honestidade. Ao falar da canção "Journey", lembra de sua mãe, que a socorreu nos momentos difíceis. De crescer em tempos ruins. O CD Among Us é a maneira cativante e sexy de narrar a história de amor de alguém. Dai, o fato de muitos a compará-la com Sade. Por que sua música tem o brilho dos sonhadores e percussão mesclada com sintetizadores Spacey, guitarras elétricas e letras de canções numa voz com dor sensual. Nyee reconhece que se espelhou em Sade, motivo de honra para ela. Não é aventureira.

Cresceu tocando violino e guitarra, antes de mesmo de começar a cantar. Diversas de suas canções, são poemas escritos na adolescência, quando ainda não imaginava a carreira de cantora para si. Só quando os pais a ouviram que tomou coragem de seguir em frente. Ela mesma não gosta de sua voz. Queria algo diferente. Cercou-se de bons músicos e o caminho passou a ser trilhado de forma competente. A voz doce e sensual, em cima de canções bem arranjadas, terminam a cobertura do bolo no formato Smooth Jazz.