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#BMW - Morre #QuincyJones, o gênio da produção de grandes discos

Luís Alberto Alves/Hourpress

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Leig Jones: um diamante lapidado da Soul Music


Que Leig Jones é bonita, ninguém duvida. Mas também é uma artista que sabe transmitir naturalmente suas emoções quando canta. Apesar de branca, é fã de R&B, Jazz, Blues e Pop. Nascida em Los Angeles, já percorreu selo como Motown e Stax Records, dois ícones da história da música mundial. Berry  Gordy e Al Sino foram os responsáveis pelo seu lançamento na estrada do show bizz.

É uma grande massagem nos ouvidos desfrutar das canções do CD Music My Soul lançado pela Peak Records. Ali trabalhou com feras do porte do compositor Bruce Fisher e Billy Meshel, além de grande equipe de amigos. O álbum é repleto de hits para festas, mas falando diretamente ao coração.
Ela escreveu algumas faixas, onde mostrou maturidade. Todas trazendo um pouco do seu interior.

A faixa título "Cain´t Get Enough of Your Love" revela a qualidade do CD. Para deixar o trabalho mais bonito, viajou até Oklahoma para trazer o baixista e produtor Wayman Tisdale, que participou das gravações dos discos da banda DeBarge na década de 1980, inclusive no clássico All This Love. Outro que não faltou fou Walter Afanasieff, o mestre do Funk agridoce, "Freefall". Ou seja, é Soul puro..

Leigh Jones sempre soube que queria ser  cantora. E a primeira música que ela gravitava como uma criança era Soul Music, na voz das Pointer Sisters "" American Music ", em seu primeiro show. A filha de Gary & Annie Jones - ambos cantores e pianistas, por direito próprio - Leigh cresceu rodeado por muitos dos melhores músicos de Los Angeles e participou de sessão muitos dos shows de seu pai como um cantor de estúdio.

Ao redor da casa, havia abundância de Jazz vocal clássico por nomes como Ella Fitzgerald, Nat "King" Cole e sua filha Natalie Cole que Leigh absorvia como uma esponja. Os azuis gritty de Etta James definiram seu gosto pela Soul Music. Outra turma que atraiu foi Rufus, Chaka Khan e Whitney Houston, além de Mariah Carey.

 Curiosamente, a forma como a indústria da música funciona, Leigh encontrou-se inicialmente lutando com produtores para  poder fazer a música que ela sentia um canto mais confortável. Não se esquece de que seu primeiro produtor tesourou três de suas canções, todas de Rock alternativo. Ou seja, pouco tempo depois, eles queriam transformá-la em nova Britney Spears e Christina Aguilera. Para bem da música isto não aconteceu. Tudo mundo quando seu amigo Lorenzo Pryor a apresentou ao mestre Berry Gordy. Dai pra frente todos sabem como ficou a história. Quando ela canto, no formato de cappella a inesquecível "Smille", de Charles Chaplin, o diamante começou ser lapidado.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Orquestra de Teutônia: a Love Unlimited brasileira

Com 26 músicos, a orquestra é a maior sensação no sul do Brasil, onde realiza vários shows

Maestro Dalferth introduziu coreografias

O timbre do baixo elétrico  é idêntico ao da orquestra de Barry White


  O ditado popular diz que nos pequenos frascos estão os melhores perfumes.  Essa máxima é aplicada à Orquestra de Teutônia, do Rio Grande do Sul, cidade com 30 mil habitantes. Criada em 1983, ela é uma mistura de três grandes orquestras (The Love Unlimited – banda de apoio de Barry White -, Ray Conniff e Tabajara, do maestro Severino Araújo).  Em cima desse tripé é mesclado repertório popular, incluindo Rock, Pop, Soul, Jazz, Samba, Chorinho e Blues.

O show realizado em 12 de setembro, no Teatro Brigadeiro, em São Paulo, promovido pelo Grupo Otimiza, empresa de eventos e dona da revista Truck&Motors, mostrou a grande qualidade dessa orquestra. A competência dos seus músicos contribuiu, em 2000, para ficar em primeiro lugar no 4º Festival Internacional de Música de Grimma, na categoria Orquestras Estrangeiras, concorrendo com grupos do Japão, Iugoslávia, Hungria, Polônia, Holanda, Chechênia e República Tcheca. O apoio do Ministério da Cultura foi essencial ao ceder 14 passagens aéreas.
  A coreografia dos músicos (trombone de vara, piston e trompete) durante a apresentação é um dos diferenciais em relação a outras orquestras, onde todos tocam sentados.  Quando executaram canções de Michael Jackson, em São Paulo, eles imitaram a coreografia Moon Walk, quando tocavam o hit “Billie Jean”. Tudo sem nenhum integrante se esbarrar no instrumento do parceiro. A ótima afinação tem o dedo profissional do maestro Astor Jair Dalferth.

Graduado em Música pela Universidade Estadual do Rio Grande do Sul, ele rege a orquestra desde 1989. Dalferth foi quem introduziu as coreografias na Orquestra de Teutônia. Outro destaque neste grupo de músico é o gostoso timbre do baixo elétrico, idêntico ao da The Love Unlimited Orchestra, que sob a batuta de Barry White vendeu mais de 90 milhões de discos em todo o mundo.
  No terceiro CD lançado em 2007, Tributo a Ray Conniff, os cantores da Orquestra (dois homens e duas mulheres), destacando os solistas Marlon (ele consegue cantar Soul e Funk como se fosse um negro do Harlem ou de Chicago) e Diana, que além de bela voz, toca saxofone maravilhosamente bem. Ali, Dalferth misturou timbres da voz humana com os timbres dos metais, marca registrada de Ray Conniff. Incluiu canções, também, de Ary Barroso, Burt Bacharach, Bert Kaempfert, ABBa e The Carpenters.
  A sintonia entre músicos e cantores solos funciona perfeitamente na Orquestra Teutônia. Isto ficou nítido quando interpretaram o hit “Don´t Cry For Me Argentina”.  A pausa dos instrumentos de sopros, com os músicos engrossando o coral embelezou a canção. Outro ponto forte é o domínio do uso de scat (técnica de canto que consiste em se cantar vocalizando tanto sem palavras quanto com palavras sem sentido e sílabas, como fazia Billy Stewart na década de 1960 e George Benson apresenta em seus shows). Eles fizeram isto ao cantar um dos maiores sucessos do grupo sueco ABBA, “Dancing Queen”.
Fundação
  Fundada em 1983, inicialmente com 13 músicos que se reuniam toda semana com o professor Airton Grave. O projeto inicial era levar canções instrumentais para festas comunitárias e diversos eventos sócio-culturais. O trabalho da orquestra se concentrava no Centro Cultural 25 de Julho, de Teutônia, numa escola que visava a formação de novos instrumentistas. Em 1986, com mais de 50 alunos inscritos para aulas de trompete, trombone, saxofone, clarinete, teclados, violão e bateria. Alguns instrumentos foram comprados pelo Centro Cultural e emprestados aos alunos. Após três anos de estudos, nasceu a Orquestra Mirim de Teutônia, com a maioria dos alunos com 12,13 ou 14 anos.
  Quem mais se destacou passaram a integrar a Orquestra. Em 1991, o número de músicos chegava a 24, numa faixa etária de 16 anos. A partir de 1996, o crescimento gradual levou o grupo a espetáculo nos principais eventos culturais, congressos e feiras do Rio Grande do Sul. Em 1997 participaram do 3º Festival Internacional de Música de Grimma, na Alemanha, categoria Orquestras de Sopro, concorrendo com mais de 25 grupos europeus e conquistando o primeiro lugar.  Dois anos depois gravaram seu primeiro CD, neles estão reunidos os hits mais interpretados por eles desde 1996.
  O diferencial da Orquestra de Teutônia é a série de Concertos Didáticos com objetivo de repassar dados, curiosidades e aprendizado a toda rede escolar de Teutônia, chegando a atingir cerca de 40 mil ouvintes.  O repertório é composto do melhor da MPB, Jazz, temas musicais do cinema mundial, Rock, Pop, canções Latino-Americana, folclore gaúcho, alemão e italiano. Com 26 músicos distribuídos em naipes de saxofones, trompetes, trombones, teclados, guitarra, baixo elétrico, bateria e percussão, realizam várias apresentações no sul do Brasil. Mas pelo visto os shows vão se espalhar por todo o País e Exterior. Talento e competência a Orquestra de Teutônia tem de sombra.





quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Kipper Jones: o ícone da black music








Kipper Jones dividiu a história da indústria da black music moderna. Entrou na Motown Records na última era de Berry Gordy. Depois passou pelas mãos de mestres como Larkin Arnold e tutelado por Stevie Wonder, Quincy Jones, BabyFace e seu grande ídolo: Luther Vandross.

Em seguida gravou e tocou com feras como  Johnny Mathis, The Winans, Brian Wilson, Anita Baker, Teddy Pendergrass, Brian McKnight, Teena Marie, Eric Clapton, Charlie Wilson, Lauryn Hill, e até mesmo a banda ícone do Rock: Sly Stone.

Mas foi como compositor, onde a lenda do Kipper Jones está mais associada. Foi de suas composições que a estrela e atriz Vanessa Williams (The Right Stuff) ganhou o disco de platina, após vender 5 milhões de cópias pela Atlantic Records. E dele os hits "I Wanna Be Down", "Baby", "Brokenhearted"

Depois escreveu "Never Too Busy" para Kenny Lattimore, o célebre Funk "Deep", gravado por Chaka Khan. Na década de 1990 chegou à Virgin Records, onde lançou o CD Ordinary Story. Logo pegou o macete das gravadoras, onde é preciso colocar o estilo sobre o conteúdo, mas sem deixar em segundo plano a integridade artística.

Kipper é a autêntica expressão da Soul Music unindo gerações, pois sua música é atemporal. Ficou longe de casa (nasceu em Flit), e criou-se em Los Angeles. Está no caminho de ser outro ícone da black music.
 
 

F.L.Jones: outra promessa do R&B

F.L. Jones é a história da perseverança no Funk. Manteve-se fiel às raízes desafiando a moda e os esquemas propostos pelo mercado. Talento não lhe falta: canta, compõe e executa tudo dentro do estúdio. Tem um excelente dom para melodias.

Em seu novo álbum, Becoming  Myself, ele funde o amor da época de ouro da Soul Music, com o brilho contagiante da moderna, impactando direto o coração.

Quando tinha cinco anos começou a cantar para os amigos do pai no salão de barbeiro da cidade. Recebeu grande influência de Stevie Wonder, Donnie Hathaway, Parliament-Funkadelic, Aretha Franklin e Prince.  Para completar, cresceu na era do Hip-Hop, mas seu coração sempre pertenceu à era das bandas de R&B.

Refinou o talento em clubes e teatros, onde descobriu as manhas para agradar o público. Mudou para Nova York e ali descobriu os desafios da cidade grande. Seis meses depois conseguiu um papel no musical Rent. A produção agradou em cheio na Austrália, o colocando diante de milhões de pessoas naquele país.

Retornando para os EUA,  realizou  uma turnê nacional de "Rent", e então começou a tocar ao vivo extensivamente em Nova York, em locais como o Jazz Standard, Le Bar Bat, The Bitter End. Ele também marcou o longa-metragem, "200 american" e atuou como compositor e supervisor de música nos filmes "Whirlwind" e "Raw Moves."
Mas o seu sonho foi o de gravar seu próprio álbum, e algum tempo depois conseguiu, quando passou a trabalhar ao lado de Michael Levey. Tudo feito, na maioria das vezes, em sua casa. A maioria em questão de minutos. No hit "Hey Friend", ele incluiu efeitos de palmas, uma linha de baixo deslizando e staccato (prolongamento de uma nota) piano, juntamente com seus vocais sem esforço. O tiro foi certeiro, com uma música bem arranjada e som de extrema pureza.
 "I Choose You" pulsa com uma batida disco que está totalmente modernizada. O sulco é de propulsão, com a guitarra de trituração e uma vibe febril que constrói a tensão, pingando com uma sensualidade que está incorporado nas notas. Ea faixa-título mostra lado FL do concurso, uma balada que é uma declaração de intenções de como ele quer ser o seu eu autêntico, o tempo todo reconhecendo os desafios universais que enfrentamos na busca do cumprimento final do amor.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Chris Jones: outra doce voz do Gospel




Se Chris Jones não tivesse morrido em 2006, sua carreira seria recheada de muito sucesso. O início foi no grupo de Louvor de uma igreja em Detroit em 2001. Ali soltava a voz cantando os hits " Exalt the King" e " Love  me Like a Rock". Mas poucos prestaram atenção a ele.
 
No começo de 2006, ele lançou o segundo CD pela Tyscot Label, que o colocou no grande pedestal da música Gospel dos Estados Unidos. Nele são visíveis as influências de Kirk Franklin, Fred Hammond e Kurt Carr. Neste trabalho, Jones seguiu a trilha dos grandes intépretes do Gospel.
 
Este CD foi parcialmente composto por letras de Jones e recheada com canções de outros artistas. Ele é lindo. O barítono Soulfun Chris Jones, que lembra o estilo de Hammond, dá um show. A faixa-título "Praise Him", composta por Ernest Lee, e "Sion" e as baladas " We Life Your Name" e "I Give You Everything"   valorizam o trabalho. Para quem gosta de música Gospel alegre, é dificil ficar sem ouvir Chris Jones.
 

The Jones Girls: as doces vozes do The Philly Sound


Entre 1979 e 1984, o grupo The Jones Girls, composto pelas meninas Shirley, Valorie e Brenda Jones interpretaram lindas canções da Soul Music que saíram de Detroit. Foi ali que começaram cantando Gospel e na década de 1960 e início da de 1970 fizeram backing vocal, depois montaram uma banda regional até chegar ao sucesso em nível nacional.

No começo tentaram chegar às paradas gravando no selo de Curtis Mayfield, mas fracassaram. Porém ao entrar como grupo de apoio na banda de Diana Ross, durante turnê no início dos anos de 1970, a situação mudou. Caiu sobre elas o olhar clínico de Kenny Gamble e logo chegaram à International Records do famoso The Philly Sound, que tanto artista de qualidade colocou no mercado.

Logo de cara estouraram com o single "You Gonna Make Me Love Somebody Else", sucesso nas paradas de Soul e Pop e Dance Music. Depois veio a linda balada "We´re A Melody", que trazia a marca do Som da Filadélfia, com arranjos sofisticados e excelentes harmonias.

Individualmente as meninas cantavam muito bem, em conjunto o resultando era excelente. Sob as mãos da dupla Gamble & Huff e com ajuda dos compositores Dexter Wansel e Cynthia Biggs, diversas melodias bonitas passaram a frequentar as paradas dos Estados Unidos. No segundo e terceiros discos brotaram pérolas como "Night over Egypt", "I Just Love The Man", e um cover do hit dos Stylistics, "Children Of The Night".

Mas no auge do sucesso, o grupo trocou a Philadelphia International pela RCA Records em 1984. Não conseguiram repetir a alquimia do The Philly Sound. No ano seguinte a vocalista Shirley Jones seguiu carreira-solo, retornando ao berço da dupla Gamble & Huff, emplacando a canção "Do You get Enough Love". No restante da década de 1980, Shirley continuou gravando esporadicamente.

Nos anos de 1990, o grupo se reuniu para concerto especial e lançou álbum em 1992, direcionado para a Europa. No restante da década, elas se dedicaram à criação de seus filhos e fazendo backing vocal para outros artistas. Em 2000 lançaram o CD The Best Og The Jones Girls, focado nos amantes da Soul Music, com canções bem orquestradas. No ano seguinte morreu Valorie.

Atualmente, Brenda Jones vive em Atlanta e canta com frequência com sua banda de quatro músicos, interpretando  tanto Jazz e R & B, incluindo várias músicas da época em que estava no The Jones Girls. Ela está planejando uma mudança para Nova York e, agora que seus filhos estão crescidos.Shirley Jones também foi para  Atlanta e lançou uma turnê com o musical "Til Death Do Us Part", que viajou por diversas cidades dos Estados Unidos em 2008. Aproveitou para aparecer numa série de concertos na Europa ao lado de Jean Carne, Glenn Jones e Cherelle. Dois anos depois lançou o CD Feels Like Heaven.

Jon B: a voz branca do R&B

A cor foi a grande barreira que Jon B enfrentou para entrar na praia do R&B, predominantemente dominada por artistas negros.  A situação só refrescou graças aos contatos mantidos com BabyFace e colocar nas paradas os hits " Someone to Love", "They Don´t Know" e "Are You Still Down", esta última ao lado de Tupac Shakur.  Mas no final da década de 1990 acabou vítima das fusões de selos musicais e foi mal aproveitado em algumas gravadoras., como ocorreu no selo Mathew Knowles.Em 2004 conseguiu dar a volta por cima, exercendo o talento de cantor, compositor, produtor e músico com o CD Helpless Romantic ao abrir sua própria gravadora. A maturidade artística veio com o nascimento da primeira filha, Azzure Zuna, que significa lua azul.

Jon B reconheceu que não estava em bom caminho na Mathew Knowles Records. É diferente de ser independente. Ele se recorda que na época da fusão de vários selos, acabou engrossando o time de artistas abandonados. Não esquece da falta de promoção do CD lançado em 2001 Pleasures You Like. Para complicar não fizeram a divulgação  de dois clipes. A política da empresa o atrapalhou bastante.

Reconhece que quando se alcança sucesso, ocorre confusão com o time do contra. Pessoas que apostam em canções de péssima qualidade para se ganhar dinheiro e fazer sucesso. Ele ficava fulo da vída, porque a Mathew Knowles assinou contratos com Kool & The Gang, Ray J, Chaka Khan, EW & F, De La Soul e outros grandes grupos, mas faltava dinheiro para investir em seu trabalho. Não tinha sequer uma equipe de funcionários para lhe dar apoio nos shows, em sintonia com seus objetivos. Reconhece que suas grandes conquistas nos últimos dez anos se deve a parcerias com Tupac Shakur e BabyFace, principalmente sua primeira indicação ao Grammy. Mesmo assim, sua gravadora o deixou de lado. Jon B aprendeu, após muito sufoco, que Soul Music não é composta apenas de letras tristes, mas de boas mensagens enviadas às pessoas de todo o mundo. Essa é a razão para que elas gostem de suas canções e comprem seus CDs.

 

Yolanda Johnson: uma descendente da The Gap Band

Como já ocorreu com diversos artistas da black music, Yolanda Johnson é nativa do Brooklyn, Nova York, verdadeiro celeiro de talentos. Aos cinco anos começou a compor. O pai, Samuel Jonathan Johnson era artista da Columbia e um dos primos, Wilson, participava da The Gap Band.

Após atingir a maioridade, ela se mudou para Los Angeles e colocou como meta a carreira artística. No papel de compositora focou-se no conteúdo lírido de suas canções. Logo descobriu que a música ameniza as dores provocadas pelo coração.

Em 2002 lançou o primeiro CD, com edição limitada. Permaneceu cantora regional. Quatro anos depois retornou com o hit "Individual". Este álbum a colocou no circuito indie de Soul Music. Logo emendou turnê por todo o país.

Em 2008 passou a trabalhar em outro CD, batizado de Breathing. Numa menção ao primeiro CD, quando cantou a maioria dos hits segurando a respiração, aguardando o aval do público. Agora pode ter mais calma, pois os fãs já conhecem seu potencial, visto que todos estão cheios de amor e ele faz com que as pessoas não consigam respirar direito. Por outro lado, o amor pode ser tão difícil e literalmente lhe tirar o fôlego. Em 2009, o CD Breathing chegou às lojas.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Lyfe Jennings: da dureza do presídio para a música

As letras compostas por Lyfe Jennings refletem a realidade de quem conheceu a realidade das prisões norte-americanas. Ele já esteve dentro delas. Nascido na cidade de Toledo, Ohio, Estados Unidos, desde criança era mestre em provocar dor de cabeça em sua mãe. Ohio é célebre em revelar grandes talentos da black music, Isley Brothers (banda responsável pelo surgimento de Jimi Hendrix em 1965), Ohio Players entre outros.

Foi ali que começou cantando em grupo de louvor das igrejas evangélicas. Mas por falta de maturidade logo acabou atrás das grades ainda na adolescência. Ali dentro teve inspiração para compor o primeiro hit "Momma", faixa Soulful descrevendo a paranoia da mãe em tentar educar um filho problemático, atraído pelas más companhias.

Ora ensaiava algumas músicas do grupo New Edition ora percorria as ruas em busca de emoções fortes, sempre coibidas pela polícia. Na gravação de "Momma" contou com a ajuda de Anthony Hamilton para dar uma canja no baixo. Tentou transmitir a dor que uma mãe sente ao ver o filho mergulhado no caminho errado da vida.

Ao lançar o CD I Still Believe, Jennings prometeu que passaria a focar mais a família, se preparando para dura e escorregadia caminhada na estrada do sucesso. Onde muitos caem nos primeiros quilômetros. Tentou aproveitar a chance oferecida pela nova gravadora Jesus/Warner Brothers, mesmo com ele tendo controle total sobre a produção do disco. Deixou as ruas para viver nos estúdios, como os artistas responsáveis fazem.

No outro CD fez questão de batizá-lo de Lyfe 268-192, fazendo menção ao antigo número de presidiário. Ali encontrou inspiração para compor letras comprometidas com a realidade, deixando de fora letras água com açúcar. É a resposta aos críticos que insistem em perguntar onde encontra inspiração para suas canções. Ele cita o hit "Haters", música bem dançante, porém de mensagem profunda. Ali destaca as mentiras de estava maluco e não tinha mais chance de recuperação. "Haters" é a forma de dizer que estava cansado da loucura das ruas e das mentiras.

Reconhece que os dez anos passados na prisão surtiram efeito na conduta. No pátio alguns detentos o questionavam o porquê de ficar tocando guitarra em vez de jogar basquete. Nesses intervalos nasceu a canção "Cry", faixa do seu primeiro CD. Mostrou a importância do diretor da prisão em não deixar mergulhar de vez no limo da criminalidade.

De volta às ruas encontrou maneiras mais simples de simplificar o seu som, compondo letras sem delongas, mas com a pureza que as grandes canções merecem. Nelas coloca o relacionamento complexos com as mulheres, a família e até consigo mesmo. Isto é possível ver nas faixas "Holla", "Done Cryin", "Statistics". A grande sacada foi mostrar, por meio da música, o que os homens pensam sobre o amor, relacionamentos, intimidade e compromisso. É a resposta ao questionamentos das mulheres de que não há homens bons. Entre todos os seus hits, Jennings destaca o Reggae "That´s Love".

A letra fala do amor de uma mãe cuidando dos filhos, mesmo sofrendo o desprezo do marido. Resgata a alquimia da Jamaica, onde há tanta pobreza, mas a música traz a grande riqueza dos sentimentos, valorizando o amor. Nesse hit é vísivel as mãos talentosas do produtor Wyclef Jean.
Mesmo crescendo ouvindo RAP, com artistas do naipe de Tupac, Biggie e Jay-z, Jennings conseguiu aglutinar vários gêneros em suas canções. Não foi em vão que ganhou a letra "Like This", do grupo de RAP ATL Ludacris.