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#BMW - Morre #QuincyJones, o gênio da produção de grandes discos

Luís Alberto Alves/Hourpress

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Boys II Men: a todo vapor 20 anos depois


Quando se fala de Soul Music atual, não se pode esquecer do grupo vocal Boyz II Men, um dos melhores na década de 1990. Nathan Morris, Wanya Morris, Shawn Stockman e Michael McCary influenciaram a nova geração de artistas da black music, principalmente por causa de suas harmonias, algo meio em falta atualmente.
Formado na Filadélfia, costa leste dos Estados Unidos, eles foram descobertos pelo produtor Michael Bivins quando invadiram uma festa. Tempos depois a crítica rotulou suas canções de Motownphilly, ou seja a mistura dos arranjos da Motown Records e as doces melodias do Philly Soun, conhecido na década de 1970 como o Som da Filadélfia. Bivins os levou para a Motown e o primeiro álbum Cooleyhighharmony estourou nas paradas dos Estados Unidos. Um dos destaques foi a canção "Hard to Say Goodbye to Yesterday". Com harmonias mais trabalhadas, Boys II Men trouxe o violão e o espírito da velha Soul Music mesclada ao funk eletrônico, tudo recheada com letras bem românticas. A diferença é que os quatro membros do grupo cantavam no mesmo timbre, sem destaque para nenhuma voz, como ocorria com a maioria dos conjuntos nas décadas de 1960 e 1970.
Em 1992, compuseram a trilha sonora do filme Baby Face, de Eddie Murphy. A canção "The End of The Road" explodiu. Dois anos depois, a parceria junto aos produtores LA Reid, Jimmy Jam e Terry Lewis rendeu bons frutos, destacando os hits "I´ll Make Love to You", "On Bended Knee", " Water Runs Dry" e "Thank You". Tudo estava bem até a Motown passar a vender a imagem do grupo como quatro rapazes ingênuos, quando na verdade era escolados nas duras lições ensinadas pelas ruas. Isto provocou crise de identidade.
Mesmo assim eles prosseguiram na trilha do sucesso. O dueto com Mariah Carey no hit "One Sweet Day" foi exemplo disto. Em 1997 erraram o pulo ao apostarem na canção "A Song for Mama". Dois anos depois, Michael Shawn Wayna resolveu sofisticar mais ainda a produção de músicas do grupo. Fracassaram e saíram da Motown, pois perceberam que não recebiam boa promoção de seus discos.
Assinaram com a Arista Records, onde estava o velho amigo LA Reid. Em 2002 lançaram o CD Full Circle. O ano 2004 trouxe a má notícia da aposentadoria precoce de Mike McCary, por causa de uma crônica doença nas costas. Os Boys II Men torna-se um trio. Era o salto para criação do selo próprio. Pela MSM Records lançaram CDs de clássicos da Soul Music. O álbum A Journey Through Hitsville recebeu boas críticas e vendeu bem.
No ano passado completaram 20 anos de estrada preparando o álbum Twenty, com 10 regravações de antigos sucessos e 10 novas canções, algumas com vocalistas convidados. O primeiro single foi "More Than   You´ll Ever Know" com Charles Wilson. Não se pode dizer que os novos grupos possam ter os Boys II Men como reverência, como muitos fazem em relação aos Chi-Lites e Ray, Goodman e Brown.








quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Ward Brown mantém viva a velha escola da Soul Music

Como não poderia deixar de ser, Ward Brown é de Chicago, grande meca de muitos talentos da black music. Não é como um R Kelly, mas sabe compor canções que agradam em cheio os jovens que gostam do Hip-Hop influenciada pelo R&B, num mercado que valoriza letras de forte descrição doméstica. Apesar que os velhos autores de Soul Music de 40 ou 50 anos atrás procuravam falar de romantismo de outra forma, por causa da camisa de força colocada pelas gravadoras, tolhendo a criatividade. Isto ocorria na Motown, por exemplo, cheia de canções água com açúcar, até Marvin Gaye chutar o pau da barraca, e passar a cantar letras políticas, influenciadas pela Guerra do Vietnã.
Brown procurou seguir a linha da velha guarda da Soul Music sem esquecer das lutas enfrentadas pela comunidade negra dos Estados Unidos. Nas suas andanças pelo mundo, descobriu que o público europeu gosta mais de Soul do que os norte-americanos. Dai começou a viajar constantemente para o velho continente, onde grava e vende bem os seus álbuns.
Dois de seus CDs (Labor of Love  e Soul Satisfied) explodiram nas paradas de sucesso da Europa, agradando a crítica. Mesmo assim, Brown espera ganhar a atenção dos seus irmãos nos Estados Unidos. Segundo ele, as rádios deveriam abrir mais espaço aos bons vocalistas para apresentar seus hits, de forma mais intimista, como "Close to You" e "The Key". Na avaliação de Brown deveria existir espaço nos Estados Unidos para uma cantora que pode fazer melodias de Dance Music, como "The Beg", "Last Call" e "Hopelessly in Love" . A pista de dança é uma homenagem ao papel desempenhado no RAP, que fala da evolução do R&B, usando a melodia de Whodini no hit "Five Minutes of Funk".
Pesquisando mais fundo no passado musical da black music, descobriu o hit "The Beg", de Raymond Earl da década de 1970. A letra fala de um homem que se ajoelha perante a mulher que ama após cometer um erro grave. Essa canção mostra a excelente linha de contrabaixo saltitante, uma das marcas do Funk antigo, mesclado com riffs de guitarra, mostrando a velha Soul Music da época do som de Memphis.
Outra canção inesquecível é "Last Call", sua carta de amor endereçada a sua casa em Chicago. A velha Soul Music continua pulsando, para o bem dos nossos ouvidos.





quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Wando: o cantor que colecionava calcinhas


Luís Alberto Alves/Hourpress

Wando ficou conhecido nos últimos anos por causa de suas músicas românticas, rotuladas pela crítica de brega. Não tinha vergonha de colocar nas suas letras as situações que namorados e maridos e mulheres vivem dentro de quatro paredes. 

Mas era poeta. Sabia como mexer nas palavras. "Moça", megasucesso de 1975 é exemplo disso. Para dizer que a personagem da composição tinha dormido com outros homens, escreveu que ela não era mais pura. 

Neste célebre disco de vinil, com 12 canções, produzido pela extinta Som Indústria e Comércio, sob a direção de Paulo Rocco, Wando reuniu um time de bambas. Só nos metais colocou oito músicos e nas cordas deixou mais dez. 

Sabia onde queria chegar. 
Nesse disco estão os hits "Na Baixa do Sapateiro", "Moça" e o lindo "Samba Magoado", entre outras pérolas. Nos 66 anos encerrados no dia 8 de fevereiro de 2011, ele enfrentou a época em que cantor brasileiro para fazer sucesso tinha de gravar em inglês como fez Fabio Jr., Michael Sullivan, Christian entre outros. 

Mas como sabia tocar violão muito bem, Wando conseguia romper o bloqueio, ao fazer composições que o povão gostava de ouvir. 

Adotava estratégias de marketing, como distribuir calcinhas, maçãs e até convites de motel, durante suas apresentações ao vivo. Gravou 28 discos e vendeu 10 milhões de discos. 



quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Evaldo Braga: de menor abandonado a cantor de sucesso


O dia 31 de janeiro de 1973 foi uma terça-feira. Naquela data, o cantor Evaldo Braga, junto com seu motorista ao volante de um Volkswagen/TL, pegou a Via Dutra para vir participar do Programa do Chacrinha, exibido em todas noites de quarta-feira na então TV Tupi. Não conseguiu chegar. Perto da cidade de Três Rios, o seu carro entrou embaixo de uma carreta parada no acostamento, ao tentar ultrapassar outro veículo. Morreu na hora. Estava com 25 anos. O curioso é que no domingo (29) ele havia participado do Programa Silvio Santos, na época na Rede Globo. Na sua vez de cantar, entrou com uma miniatura de caixão de defunto nas mãos. Silvio Santos brincou e perguntou se Evaldo não tinha medo da morte. Apenas sorriu, dizendo que isto acontece na hora determinada por Deus. Desconhecia que não estaria mais para sempre no mundo artístico três dias depois.
Seu estilo era o brega, marcado por canções de letras tristes, a maioria inspirada em sua própria vida. Cantava bem.
Caso tivesse nascido nos Estados Unidos, teria sido tema de filme em Hollywood. Não conheceu os pais. A mãe, prostituta na cidade de Campos (RJ), o jogou num latão de lixo logo após seu nascimento. Este fato o inspirou a compor o hit "Eu Não Sou Lixo". Acabou criado num orfanato do Rio de Janeiro, em companhia de outro garoto, que anos mais tarde chegaria à seleção brasileira que disputou a Copa do Mundo, em 1970, e sagrou-se tricampeã mundial de futebol. Era Dadá Maravilha, artilheiro na maioria dos times onde jogou nas décadas de 1960 e 1970.
Durante muito tempo trabalhou de engraxate nas portas das gravadoras e de rádios. Conheceu diversos artistas. Um deles, Nilton César, lhe ofereceu sua primeira chance de trabalho no mundo artístico, como seu divulgador. Logo conheceu Edson Wander e escreveu a canção "Areia no Meu Caminho", em parceria com Reginaldo José Ulisses.
Ao conhecer o sucesso, várias mulheres ex-garotas de programa apareceram dizendo ser a mãe que o havia jogado na lata do lixo no final da década de 1940. Ignorou a maioria. Passou a vender muitos discos e seus hits estouravam na programação de rádios populares, como na televisão. Porém, a crítica não enxergava suas virtudes. A cada disco, nunca ouvia elogios, apenas frases negativas. Perdeu a paciência e revelou numa entrevista que não fazia música para a elite, mas para as pessoas que moravam na Zona Norte do Rio de Janeiro. Por ser pobres e sofridos, conseguiam entender suas letras. Nos anos 2000, o hit "Sorria, Sorria" virou trilha sonora de um anúncio comercial de televisão. Tardiamente, a crítica reconheceu que Evaldo Braga cantava.


domingo, 29 de janeiro de 2012

Peter Brown: o pioneiro das gravações domésticas


Peter Brown é um produtor e compositor que na década de 1990 foi confundido por outro cantor que gravou o hit "Chasing Fireflies". A diferença deste Peter, nascido em 1953, é o pioneirismo em gravar em casa suas canções em vez de usar os estúdios dos grandes selos. Foi do seu quarto que ele produziu o primeiro disco "A Love Affair Fantasy", lançado no mercado em 1977, pela Drive Records,  e a canção "Do Ya Wanna Get Funky With Me" estourou nas paradas, ajudando a  vender 1 milhão de cópias.  Depois gravou o hit "Dance With Me", com Betty Wright de backing vocal. O sucesso se repetiu em 1978.
O ano de 1979 trouxe o single "Crank It Up. Como estava em alta, assinou com a RCA Records, em 1980. Ali emplacou os hits "Baby Gets High". Quatro anos depois entrou na Columbia Records, para explodir com "They Only Come Out At Night".
O curioso é que após degustar o doce sabor do sucesso Peter Brown resolveu aposentar-se. Ele alegou que preferia ficar ao lado da família, em vez de enfrentar os frios e iguais quartos de hoteis mundo afora. Também problemas nos ouvidos, por causa do barulho, estavam tirando o seu sossego, principalmente em estúdios de gravação. Um de seus últimos sucessos é "Material Girl", gravado por Madonna. Em 1998, a DNA Records lançou o álbum Get Funky With Me, O Melhor dos Anos TK (sua primeira gravadora).





Jobim, o Tom do Brasil


Falar de MPB sem citar Tom Jobim, é o mesmo de comentar futebol esquecendo Pelé ou Michael Jordan quando comparar os craques do basquetebol mundial. "Garota de Ipanema", composição sua em parceria com Vinicius de Moraes, é a canção que lembra o Brasil em qualquer lugar do planeta. Até a crítica norte-americana e os maiores nomes do Jazz e Blues reconhecem a importância de Tom Jobim na história da música brasileira e do mundo. É célebre o show em que o pianista Herbie Hancock senta-se ao lado de Jobim e a quatro mãos tocam "Wave". O mesmo se repete na década de 1960, quando interpreta "Garota de Ipanema" junto com Frank Sinatra, durante show nos Estados Unidos, no auge da Bossa Nova.
Antonio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim, de 1950 a 1994, período dedicado à música, revelou grande competência na arte de compor, cantar, arranjar e ser maestro. Também sabia dedilhar um violão com pitada de mestre. Ao morrer em dezembro de 1994, em Nova York, um fã disse que o mundo tinha ficado mais triste após sua partida; ao cantarolar  alguns versos de "Garota de Ipanema".
Ainda jovem aprendeu a tocar piano e violão. Entre vários professores, teve a sorte de encontrar pelo caminho o alemão Hans-Joachim Koellreutter, introdutor da técnica dodecafônica no Brasil.
Antes de enveredar pela estrada da música, estudou o primeiro ano de Arquitetura, mas logo desistiu. No início da década de 1950 passou a trabalhar de pianista em bares e boates de Copacabana, como no célebre Beco das Garrafas.
 Em 1952 acabou contratado como arranjador na gravadora Continental. É desta época sua primeira canção: "Incerteza", parceria com Newton Mendonça, que 11 anos depois seria parceiro no inesquecível "Samba de uma Nota Só". Depois foi para a Odeon, deixando de lado o hábito de compor. Mesmo assim escreve "Tereza da Praia" (1954) gravada por Lúcio Alves e Dick Farney, "Solidão" e "Sinfonia do Rio de Janeiro". Com Dolores Duran, escreve "Se é Por Falta de Adeus".
No ano de 1956 musica a peça Orfeu da Conceição com Vinícius de Moraes. Ele seria um de seus mais constante parceiro. Dai surge a pérola "Se Todos Fossem Iguais a Você", regravada inúmeras vezes. O embrião da Bossa Nova (mistura de Jazz com Samba) teve o seu dedo, ao participar da orquestração do disco Canção do Amor Demais (1958), com vários hits de Elizeth Cardoso. Neste álbum o então desconhecido João Gilberto começava mostrar sua batida de violão que ficaria famosa em todo o mundo, décadas depois.
As harmonias de "Chega de Saudade" e "Eu não Existo sem Você" são as pistas de que a Bossa Nova já estava presente naquele disco. A confirmação veio em 1959, quando João Gilberto gravou o disco Chega de Saudade, com arranjos e direção musical de Tom Jobim. Depois vieram na voz de Sílvia Telles "Amor de Gente Moça", "Só em Teus Braços", "Dindi" e "A Felicidade".
Quando participou do célebre Festival de Bossa Nova do Carnegie Hall, em Nova York, em 1962, Tom Jobim já era um dos grandes talentos da MPB. A partir daquele ano começa a compor diversos clássicos, como "Samba do Avião", "Só Danço Samba", "Ela é Carioca", "O Morro Não Tem Vez", "Inútil Paisagem", "Vivo Sonhando". Nos Estados Unidos  gravou discos, participou de espetáculos e criou sua própria editora, a Corcovado Music.
Em 1967 gravou com Frank Sinatra, um dos maiores mitos do show-biz dos Estados Unidos, o álbum Francis Albert Sinatra e Antonio Carlos Jobim, com arranjos de Claus Ogerman. Ali estão as versões em inglês dos hits "The Girl From Ipanema", "How Insensitive", "Dindi", "Quiet Night of Quiet Stars" e canções norte-americanas, como "I Concentrate On You", autoria de Cole Porter.
Do final da década de 1960 continuou trabalhando, participando de festivais no Brasil, aprofundando seus estudos musicais e compondo canções instrumentais, como "Stone Flower", "Matita Perê" e "Urubu", entre outras. É dos anos de 1970 "Águas de Março", "Ana Luiza", "Lígia", "Correnteza", "O Boto", "Ângela", além de participação em discos de Elis Regina, Miúcha e Edu Lobo. Mesmo com pequena participação, cantou no coro da versão brasileira do hit norte-americano "We Are The World", que levantou dinheiro para reduzir a fome na África.
Em 1987 lançou o disco Passarim. Os destaques foram as canções "Gabriela", "Luíza", "Chansong", "Borzeguim" e "Anos Dourados". Cinco anos depois virou enredo da Escola de Samba Mangueira. Seu último álbum Antonio Brasileiro, foi lançado em 1994, poucos antes de sua morte, no mês de dezembro, quando se recuperava de um câncer em Nova York.






sábado, 28 de janeiro de 2012

AgapeSoul: a velha escolha vai continuar


AgapeSoul é uma banda moderna, com suas bases fixadas em San Francisco, Califórnia. Compõem o time o baixista, cantor, compositor e produtor Darryl Anders, Indra Jones, Aaron Green, Lars Vince, Blankenship Mike e Perridge Cam.
A praia do grupo é interpretar canções falando de amor, com o balanço sensibilidade da Soul Music. Já participaram da abertura de shows de Tower of Power, Narada Michael Walden, Zigaboo Modeliste, Booker T. Jones, Joyce Cooling. Foi candidata duas vezes ao Grammy.
Atualmente, em diversas casas ao redor do mundo as crianças estão ouvindo o videogame Crazy, cuja a trilha sonora é da AgapeSoul. Uma das vantagens desta banda, é que os músicos tocam instrumentos reais, deixando a informática neste segmento em segundo plano, em canções com melodias bonitas e letras inteligentes. Nos seus CDs é visível a qualidade de hits de Soulful regados a doses de Jazz.
É uma nova voz na velha escola da Soul Music, onde diversos talentosos aprenderam suas maravilhosas aulas. Gente como Sam Cooke, Marvin Gaye, Aretha Franklin, Earth, Wind & Fire entre outros.



Melody Angel: ainda há vida pensante entre os novos talentos

Michael Jackson e Slash foram as fontes de inspiração de Melody Angel, ao assistir o vídeo "Dirty Diana" e depois o filme "Purple Rain". Ao vê-los, Melody Angel decidiu que queria ser livre como eles estavam durante a apresentação no palco.
Nascida em Chicago, ela começou a gostar de música aos 7 anos de idade.
Além de ser excelente vocalista, Melody  Angel toca guitarra, bateria, baixo e piano. É grande fã de rock. É apaixonada por Michael Jackson, por que ele sempre foi fiel a si mesmo, sem se preocupar com a opinião dos outros. Outras fontes inspiração são Prince e o guitarreiro Jimi Hendrix.
Para compor, procura contar suas histórias baseadas nas experiências da vida. Outro detalhe curioso, é que além da música, seu outro amor é o skateboarding. Passou a praticar o esporte aos 15 anos e gosta de voar baixo nas colinas. Também não ficam de fora desta lista, o tênis e basquete, quando encontra brecha na agenda. Melody Angel é defensora de muitas causas, inclusive das comunidades carentes. Oposto do que ocorre com grande parcelas de artistas jovens, preocupados apenas em ganhar dinheiro ou colecionar carros de luxo.



25th Street Band reúne feras para gravar CD


O circuito de Jazz de Londres foi o responsável pelo nascimento da 25 th Street Band no final da década de 1980 e início da de 1990. Escorados no Rock e Funk, a dupla  com o guitarrista/tecladista Russ Klinger e o tecladista Dave Radnor  são os responsáveis pela alquimia musical. Para gravar o primeiro álbum chamaram vários amigos de estrada  como Tom Brechtlein, Jiffry Hussain,  Morninghton Lockett,  David Bitelli, Henry Armburg Jennings e a vocalista Jandira Silva. 
Em 2007, a banda lançou o CD The Key of H. Para a gravação desse álbum, os músicos acima participaram como convidados. Todos cobras criadas: Brechtlein é baterista e já trabalhou com Chick Corea, Wayne Shorter e Robben Ford. Hussain é baixista e esteve presente em discos de Chaka Khan, Whitney Houston e Dionne Warwick. Lockett foi saxofonista de Ronnie Scott e Jimmy Smith; Bitelli é outro saxofonista que já trabalhou com Elton John e George Michael. E Jennings é trompetista de Peter King Martin.






Tony Adamo: de locutor de rádio a cantor

Tony Adamo, antes de ser cantor/compositor, era agente de Hollywood e locutor de rádio. Nascido em San Francisco, Califórnia, sua família tem fortes laços com o Bronx e Brooklin, dois tradicionais bairros de Nova York.
Tudo começou durante sua ida à Guerra do Golfo, na década de 1990. Ali passou alguns dias, onde ouvia som  de mísseis e bombas durante 15 horas. Este cenário o inspirou a virar escritor. Logo começou a criar músicas sobre sua experiência militar no Oriente Médio.
Anos mais tarde, durante sessão de gravação, começou amizade musical com um membro do grupo Cold Blood, Mic Gillete e Mesquite Skip. Tempos depois, Mic o apresentou a Stephen "Doc" Kupka, co-fundador da banda Tower of Power e dono da Strokeland Records.
Surge o CD de Adamo "Dance of Love, Straight Up Deal". Durante as sessões de gravação, "Doc" Kupka sugeriu a ele e seu produtor, Jerry Stucker que ouvissem vários hits da banda Tower of Power  para entrar no clima. "Doc" sentiu firmeza na voz de Adamo. Ambos escolheram as canções "This Time is Real" e " What is  Hip". Ao ouvir Adamo cantando as novas músicas, após a produção, ele ficou espantado. O naipe de metais do hit "This Time is Real" foi composto pelos membros da Tower of Power, com Mic Gillete escrevendo o arranjo de sopro.
Seu primeiro CD foi produzido por alguns dos melhores músicos do mundo, como Al Schmitt, Erik Zobler e  Ed Cherney (engenheiros de gravação), Ron McMaster (masterização) e os músicos profissionais de Funk e Jazz  Mike Clark, Paul Jackson, Reggie McBride, Eddie Harris, Ernie Watts, Blackbyrd McKnight, Bill Summers, Steve Gadd, Neil Larsen, Freddie Washington, Robert Quintana, Melecio Magdaluyo, Henry Hung, Sandy Griffith, Richie Mercadorias, Jerry Stucker, James Gadson e Kenneth Nash. Com este time de feras é difícil não conseguir dar certo na carreira artística. Nesta praia do Jazz-Soul misturado com Funk, Tony Adamo continua surfando.



sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Patti Austin: a grande afilhada de Quincy Jones

Desde criança, Patti Austin já demonstrava que seria uma ótima intéprete de Soul, Jazz e outros estilos de música contemporânea. Nos últimos 25 anos ninguém tem mais dúvida a respeito disso.
 Afilhada de lendas como Quincy Jones e Dinah Washington, ela só despontou para valer no final dos anos de 1970, quando gravou alguns de seus álbuns pelo selo Creed Taylor. Mas o seu trabalho ao lado de Jones no início da década de 1980 iria mudar a opinião da crítica a respeito do seu talento, principalmente nas canções de Soulful.
Sinais disto são visíveis nos hits "Betcha Wouldn´t Hurt Me" e "Razmatazz". Eles abriram portas para sua entrada na Qwest Records, onde fez dueto ao lado de James Ingram na canção "Baby Come To Me".
Pelas mãos de Quincy Jones vieram as produções impecáveis de "Do You Love Me", além do clássico de Thom Bell "Stop, Look, Listen". Em 1983 repetiu a dose junto com Ingram na faixa "How Do You Keep the Music Playing?".
Na década de 1990 passou a gravar com outros produtores, como Jimmy Jam e Terry Lewis, responsáveis pelo lançamento de "The Heat of Heat". Austin procurou, sempre, abranger diversos estilos, quando tinha menos material, mas com arranjos pesados. Em algumas vezes, as letras eram ruins, porém faziam isto para tentar salvar o álbum. Exceção para o CD The Real Me, trabalhado por David Pack, responsável pelo deslanchamento de sua carreira. Nele estão os clássicos "Love Letters" e "Smoke Gets in Your Eyes" e o dueto com Pack na faixa "True Love".
 Mesmo lançando CDs irregulares na década de 1990, Austin sempre colocava uma ou duas pedras preciosas, valorizando sua voz. Em 1999 isto é visível em Street of Dreams, quando cantou letras memoráveis de Jazz. Fez isto em 2002 no CD For Ella, em homenagem a Ella Fitzgerald. No final de 2007, gravou Avant Gershwin, tremendo sucesso comercial e de crítica, responsável pelo Grammy de Melhor Perfomance de Jazz Vocal. O outro CD saiu três anos depois, após entrar na Shanachie Records, recheado de Rock e Soul.







quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Black Street ainda continua na estrada do show-biz


O grupo Black Street surgiu em 1992 pelas mãos de Teddy Riley, pioneiro do balanço New Jack e conhecido por seu trabalho como membro de Guy. O conjunto passou por diversas mudanças de integrantes ao longo dos anos, com os membros atuais e antigos incluindo Riley, Eric Williams, Mark Middleton, J-Stylz, Stonestreet Joseph, Little Levi, Dave Hollister, Philips Terrel e Hannibal Chauncey.
O álbum de estreia colocou nas paradas os hits "Call Booti" e "Before I Let You Go". Em 1996 estouraram com "No Diggity" e ganharam o Grammy de Melhor Perfomance R&B. A canção "Another Level" trouxe um Disco de Platina.
Depois sofreram turbulência e ocorreram diversas mudanças no grupo e até suposto fim do conjunto, mas a ameaça de ação judicial por parte da gravadora os fizeram voltar à ativa com o lançamento de um álbum em 2003. Três anos depois participaram da New Jack Reunion Tour com Teddy-Riley, Mark Middleton, Eric Williams e o novo membro J-Styliz.


Atlantic Star foi destruída na guerra de direitos autorais


Apesar de nunca ter chegado ao posto de superbanda, a Atlantic Star foi um dos mais consistentes conjuntos de Soul Music na década de 1980, com diversas canções que ainda hoje tocam nas rádios e bailes. O grupo recebeu forte influência musical da Earth, Wind & Fire e Kool & The Gang. Era composto por Cliff Archer, Porter Carroll, Joseph Philips, Damon Rentie, William Sudderth e os irmãos Wayne, David e Jonathan Lewis. O vocalista era Sharon Bryant.
Em 1978 eles assinaram contrato com a A&M Records e apareceram nas paradas com o hit "Stand Up". Mas a sorte grande veio dois depois, pelas mãos do produtor do Commodores, James Carmichael. Que lapidou a canção "When Love Calls" e a balada " Send For Me". Passaram a gravar num estilo suave de Funk/Soul. Wayne e Davi Lewis aproveitaram para mostrar o talento de compositores. Vieram os sucessos "Circles" e "Touch a Four Leaf Clover". Chegaram ao topo das paradas da Soul Music.
O êxito trouxe discussões a respeito da divisão de direitos autorais, pois começaram as discussões com a vocalista Bryant. Em 1984, cinco integrantes saíram, deixando apenas os irmãos Lewis  e Philips. Entraram na banda mais quatro membros e a linda e talentosa cantora Barbara. No ano seguinte voltaram ao sucesso com o hit "Secret Lovers".
Dai para frente, a banda baseou-se na canção "Secret Lovers" como modelo de futuros lançamentos, passando para uma batida mais Pop. Em 1987 assinaram com a Warner Brothers Records, e emplacaram o hit "Always", sem influência do Soul e Funk.
Mas a lua-de-mel na Atlantic Star durou pouco, pois Wayne Lewis ficou noiva e a briga pela distribuição de  direitos autorais voltou à tona, com Weathers saindo da banda em 1988. Nas décadas seguintes o som do grupo começou a decair. Nos anos de 1990, a Atlantic Star tinha se transformado num conjunto de balada Pop, com David Lewis assumindo os vocais. Em 1992 conseguiram fazer sucesso com a canção "Masterpiece", composta por Kenny Nolan. Mas o álbum Crazy Love foi um fracasso comercial.
Dois anos depois, eles saem da Warner Brothers Records e lança a balada "I´ll Remember You". Foi o último suspiro da Atlantic Star. Em 1997, David Lewis deixa o grupo para congregar numa igreja evangélica. Os irmãos Wayne e Jonathan Lewis mantiveram a Atlantic Star respirando até o final da década de 1990. A partir dai, passaram a tocar apenas os seus sucessos do passado, sem lançar nenhum CD.





Ashford & Simpson: 40 anos de grande parceria



A dupla Nickolas Ashford  & Valerie Simpson tem uma carreira reconhecida e celebrada como intérpretes, compositores e produtores, pois colocou diversos artistas no topo das paradas de sucesso de todo o mundo nos últimos 40 anos. Ambos têm 31 singles no Billboard R&B, seis no Top 10. Foram responsáveis por diversos Discos de Ouro que outros intérpretes ganharam no decorrer deste tempo. Frutos de suas gravações de estúdio. Em 2002 acabaram introduzidos no Hall da Fama dos Compositores.
O início da carreira artística da dupla foi no coral do grupo de louvor da Igreja Batista do Harlem, em Nova York, onde se conheceram e depois acabaram casando-se. Logo ocorreu o entrosamento, com Ashford firmando-se como cantor e Simpson com excelente compositora e produtora. Trabalharam na Motown Records e suas letras influenciaram várias gerações de artistas nas últimas quatro décadas.



Archie Bells & The Drells: outra joia do Philly Sound


Archie Bell & The Drells foi um dos grupos que incendiaram as pistas de dança no final dos anos de 1960 e 1970. Vieram ao Brasil, a convite da promotora de bailes Soul Grand Prix, realizando diversos shows no Rio de Janeiro. A praia do grupo era o Funk.
Seus integrantes eram do Estado do Texas. No início enfrentaram a excelente concorrência das bandas da Filadélfia, Detroit e Memphis (em termos de comparação, seria no Brasil as músicas de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia).
O cabeça do grupo era Archie Bell. Ele começou  a cantar ainda jovem no grupo de louvor da igreja onde congregava em Houston. Na adolescência formou a banda Drells para rimar com Bell. Trouxe os amigos Willie Parnell, Wise e James Buter Billy. Venceram um concurso local e foram apresentados ao popular DJ Lee Frazier. Ele os ajudou nos primeiros discos. Em 1968 gravaram o álbum Tighten Up, antes de Bell prestar Serviço Militar. A faixa "Hi Everybody I´m Archie Bell of The Drells from Houston, Texas" estourou nas paradas, pois era no estilo de Funk de James Brown. A outra faixa título "Tighten Up" transformou-se num grande sucesso internacional.
Para não perder o feeling, a banda entrou no time dos compositores Kenny Gamble e Leon Huff, do célebre som da Filadélfia, conhecido como Philly Sound nos Estados Unidos. Da união, vieram os hits " I Can´t Stop Dancing", "Showdown" e "Do The Choo Choo".
Porém, à medida que a década de 1970 avançava, o sucesso começou a minguar, mesmo com o grupo investindo em hits no estilo Soul Music, como é o exemplo das canções "I Could Dance All Night" e "Let´s Groove". O problema é que a dupla Gamble e Huff passou a investir em bandas mais jovens, deixando Archie Bell & The Drells em segundo plano. O conjunto desapareceu no final de 1979, após gravar o álbum  Strategy.
Na década de 1980, Archie Bell prosseguiu como artista solo e recompôs os Drells para fazer shows de flash backs. Não deu certo. Nos anos de 1990 voltou à carreira solo.




Sheila & B. Devotion não consegue se manter no topo


Exemplo mais fiel da cantora que não consegue se manter no topo  é Sheila & B. Devotion. Começou sua carreira em 1962, aos 16 anos. Aproveitou sua popularidade na França e uniu-se a um trio de cantores africanos (B. Devotion), formando o grupo Sheila & B.  Devotion. Gravou o álbum Singin in The Rain. Estouraram nas paradas as faixas "Love me Baby" e "You Light My Fire". A regravação de "Singin´in The Rain", um clássico da década de 1950 em versão Disco Music, é que manteve Sheila & B. Devotion, por algum tempo nas paradas de sucesso. Em 1979, Bernard Edwards, integrante da Banda Chic, produziu o álbum Space. Outro tiro certeiro. No ano de 1981, ela lançou o disco Little Darlin, sem o trio B. Devotion, mudando seu estilo musical. Fracassou, pois não conseguiu se adaptar aos novos ritmos da década de 1980.





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