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#BMW - Morre #QuincyJones, o gênio da produção de grandes discos

Luís Alberto Alves/Hourpress

quinta-feira, 19 de junho de 2014

The Tokens: O conjunto que revelou Neil Sedaka


The Tokens revelou o cantor Neil Sedaka, intérprete do megasucesso "Oh! Carol" 

Luís Alberto Alves

 The Tokens nasceram em 1955 no bairro do Brooklyn, em Nova York. Foram um dos grupos, com integrantes brancos, de bela harmonia musical no começo da década de 1960, num mercado onde conjuntos formados por negros faziam muito sucesso. Ficaram conhecidos por causa do single “ The Lion Sleeps Tonight”, que estourou nas paradas de 1961.

 Era composto por Linc­Tones, que saiu do Lincoln High School, Hank Medress, Neil Sedaka, Eddie Rabkin e Cynthia Zolitin. Depois Jay Siegel entrou no lugar de Rabkin. Gravaram “I Love My Baby” para Melba Records, sem nenhum sucesso. Em 1958 perderam Sedaka para carreira solo de enorme sucesso. O mesmo caminho tomou Zolitin, reduzindo a banda para dupla , gravando dois singles para Roulette Records.

 Dois anos depois juntaram forças com Mitch Margo e seu irmão Phil e mudaram o nome do grupo para The Tokens. Lançaram o hit “‘Tonight I Fell In Love” pela pequena Warwick Records. Ficaram entre as 15 mais das paradas de sucesso dos Estados Unidos.

 Firmaram parceria criativa com produtores e compositores Hugo Peretti e Luigi Creatore na RCA Records. Para aumentar as forças entrou o compositor George Weiss, reformulando a canção folclórica “Wimoweh”. O single chegou ao topo das paradas nos EUA e Reino Unido. Depois o quarteto teve outro vocalista, Joseph Venneri, em shows ao vivo, substituído em seguida por Brute Force.

 No começo de 1962 entraram na Capitol Records e criaram a Big Time Production em Nova York.  Tentaram repetir o sucesso de Ritchie Valens, mudando a letra para “La Bomba”, música popular mexicana. Porém nunca recuperaram o sucesso desfrutado com “The Lion Sleeps Tonight”.

 Até início da década de 1970 lançaram vários singles por diversas gravadoras, incluindo a do próprio grupo, B.T. Puppy Records, formada em 1964. Para aumentar a grana fizeram backing vocal para vários artistas, entre eles, Bob Dylan (Highway 61 Revisited).

 Em 1967 entraram na Warner Brothers Records. Porém a gravadora recusou lançar álbum conceito que eles tinham feito, Released Itself, que lançaram quatro anos depois pela Buddah Records. Depois conheceram a ribanceira: Mitch Margo foi para o Exército entre 1969/1971, Medress saiu da banda em 1970. Virou produtor e lançou com Tony Orlando and Dawn canção de sucesso.

  Medress também produziu um remake de "The Lion Sleeps Tonight”, em 1972, com Robert John, que alcançou o número 3 nos EUA. Fez o mesmo com os roqueiros Dan Hill e Buster Poindexter, nome de guerra de David Johansen. The Tokens continuou sem Medress até 1973, quando o trio restante mudou seu nome para Cross Country e assinou contrato com a Atco Records.

 Colocaram  nas paradas o remake de Wilson Pickett  “In The Midnight Hour ", que alcançou o número 30 em 1973. The Tokens finalmente se dividiu  em 1974. Sete anos depois fizeram um show de reunião em Nova York, com os irmãos Margo, Siegel e Medress. Mitch tentou manter o nome Tokens vivo por meio de novas formações nas décadas de 1980 e 1990, regravando “The Lion Sleeps Tonight” em 1988 na Downtown. Phil virou gerente de bandas de rock e Siegel é dono de estúdio em Nova York.


Bobby Day: Autor de “Rockin´Robin” de Michael Jackson



Maior sucesso de Bobby Day foi "Rockin´Robin"

Luís Alberto Alves

 Robert Byrd é o nome de batismo de Bobby Day, nascido em 1932 no Texas. Quinze anos depois mudou para Los Angeles e formou o grupo The Flames. Na década de 1950 gravou em diversos selos usando vários nomes. Em 1957 conheceu o gosto doce do sucesso com o hit “Day ´Buzz, Buzz, Buzz”, usando o nome de Hollywood Flames.

 Subiram nas paradas dos Estados Unidos como Bobby Day And The Satellites, lançando os hits “‘Little Bitty Pretty One” pela Class Records. Em 1955 fez um disco solo e três anos depois soltou as canções “Rockin´Robin” e “Over And Over”.

 Apesar de lançar vários singles de R&B na década de 1950, nunca mais voltou para o Top 40. Nos anos de 1960 formou o grupo Bob E Earl, com o ex­colega de Hollywood Flames, Earl Nelson, com ele saindo antes do hit da dupla “Harlem Shuffle” estourar.

 Mais tarde gravou sem sucesso, usando vários codinomes pelas gravadoras Rendezvous, RCA e Tirofijo e no seu próprio selo, Bird Land. Antes de fixar moradia na Flórida mudou para a Austrália. Suas músicas não faziam mais sucesso. Em 1972 Michael Jackson regravou “Rockin´Robin” e chegou ao posto dois das paradas e nesse mesmo ano Os Jackson Five regravam “Little Bitty Pretty One”. Em 1989 Bobby faz belo show no Reino Unido e morreu de câncer no ano seguinte.


The Five Satins: Grupo que deu nova roupagem ao Rock



Eles ficaram conhecidos pelo hit "The Five Satins In The Still Of  The Night"

Luís Alberto Alves

 Este grupo vocal de R & B foi formado em New Haven, Connecticut, em 1955. O primeiro hit deles “The Five Satins In The Still Of The Night” chegou ao terceiro lugar da parade de R&B e Pop Top 30 em 1956. Com sua forte maneira de cantar, trazendo riffs Doo Wop de fundo, deram nova roupagem ao Rock Roll que ainda engatinhava.

 O conjunto consistia de Fred Parris, Al Denby, Ed Martin, Jim Freeman e o pianista Jessie Murphy. Parris era o compositor, trazendo experiência valiosa após passar pelos The Scarlets em 1953, que fizeram sucesso no ano de 1954 com a canção “Dear One”. Parris foi prestar Serviço Militar no Exército três anos depois no Japão quando estourou a canção de sua autoria:  “In The Still Of The Night "acompanhada de" To The Aisle ".

 Após voltar do Serviço Militar em 1958, reorganizou o grupo, trazendo Richie Freeman, West Forbes, Sylvester Hopkins e Lou Peeples. Não conseguiram voltar às paradas, apesar da bela canção “Shadow”, figurar nas paradas de 1959.


 No começo da década de 1960 a regravação de “In The Still Of The Night” renasceu o Doo Wop e apareceram nas paradas Pop de 1961. Terminaram o grupo e voltaram depois em 1970. Desta vez com Parris, Freeman, Jimmy Curtis e Nate Marshall, agora batizados como Black Satin. Em 1975 estouraram com o hit “Everybody Stand And Clap Your Hands (For The Entertainer)”.  Em 1982 explodiram com a canção “Memories Of Days Gone By”. Passaram a fazer shows de flash backs.

The Crests: Conhecidos por causa da balada “16 Candles”




O maior sucesso do grupo foi a balada "16 Candles"

Luís Alberto Alves

 O grupo The Crests surgiu em Nova York no ano de 1956 e logo se tornaram um dos conjuntos de Doo Wop mais badalados da época, após a descoberta de Al Browne. O cabeça era o tenor Johnny Mastro, seguido de Harold Torres, Talmadge Gough, JT Carter e Patricia VanDross. No ano seguinte já gravavam pela Joyce Records, alcançando as paradas com o hit “Sweetest One”. Depois mudaram para a Coed Records.

 Sem Van Dross lançaram um dos clássicos do Doo Wop, “16 Candles”, balada bem orquestrada. Chegou ao posto dois da Billboard, abrindo caminho para mais sucessos: ‘Six Nights A Week”, “The Angels Listened In” e “Step By Step”.

 Nessa época viveram praticamente na estrada. Após “Trouble In Paradise”, em 1960, soltaram dois singles de autoria de Johnny Mastro, porém a gravadora queria mais e pretendia lançá-lo como artista solo. Ele aceitou e enfraqueceu o grupo.

 Para o seu lugar entrou James Ancrum. Voltaram ao sucesso com o hit “Model Girl”. A partir daí vieram mudanças. Depois de lançar o single ‘The Worst That Could Happen”, em 1968, Gough foi para Detroit trabalhar na GM, entrando Gary Lewis. A gravadora lançou outro conjunto, Little Miracles. Para azeitar mais a situação começaram a brigar com Coed a respeito da posse do nome da banda.


 Sairam e a qualidade das canções caíram. Tentaram a volta por cima com o hit “You Blew Out The Candles”, flagrante plágio de “16 Candles”, sem bons resultados. Prosseguiram fazendo shows na década de 1960, embora Torres tenha se tornado joalheiro. Em junho de 1987 fizeram apresentação com a formação original, sem Van Dross, em Nova York.

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Stetsasonic: Primeiro grupo de RAP usar banda ao vivo



Stetsasonic foram pioneiros em usar banda ao vivo

Luís Alberto Alves

 Um dos primeiros grupos de RAP a usar uma banda ao vivo, Stetsasonic do Brooklyn nasceu em 1981, e também foram os primeiros a promover uma consciência negra positiva que encontrou a sua expressão máxima nos chamados sons margarida em idade de De La Soul e The Jungle Brothers. O grupo era composto pelos DJs "Prince Paul" Huston e Leonard "Wise" Roman, o tecladista / baterista / DJ Marvin "DBC" Nemley e rappers Glenn "Daddy O" Bolton, Martin "Delite" Wright e Bobby "Frukwan" Simmons.

 Daddy e Delite fundaram o grupo como The Stetson Brothers, depois que a Hat Company começou a se apresentar em vários clubes de Hip-Hop de Nova York, introduzindo outros membros ao longo da caminhada. O álbum de estréia foi On Fire, de 1986, mas a cereja do bolo estourou com hit “Sally”.

 Porém, Blood, Sweat & Tears, de 1991, é considerado pela crítica como o melhor álbum deles. Por loucura, talvez, Daddy O alegando falta de inspiração, resolveu dissolver a banda. Ele passou a trabalhar com Mary J. Blige, Queen Latifah, Big Daddy Kane, e os Red Hot Chili Peppers como produtor e remixer.  


 Enquanto isso, Prince Paul já havia se estabelecido como um produtor para seu trabalho com De La Soul e Fine Young Cannibals, e mais tarde trabalhou com Frukwan no Gravediggaz.

Lovebug Starski: Rapper conhecido de todos os clubes de Nova York



Starski ficou cinco anos preso

Luís Alberto Alves

 Com uma carreira que começou no início dos anos de 1970, Lovebug Starski já se apresentou em quase todos os clubes de Hip-Hop em toda a área de Nova York. Nascido no bairro barra pesada do Bronx, Starski começou como um menino recorde em 1971.

 Depois de anos, Starski tornou-se a casa de DJ no clube famoso Disco Fever, em 1978. Pouco tempo depois passou a discotecar no Club Harlem World e the Renaissance. Gravou  o primeiro single: “Positive Life” na Tayster Records. Depois soltou a trilha sonora, em 1986, do filme Rappin´ Na Atlantic Records antes de lançar o álbum House Rock, na Epic Records.


 Mas a falta de juízo o levou a ficar cinco anos preso, reduzindo suas atividades na década de 1980. Só a partir dos anos de 1990 que passou a tocar novamente com seu velho amigo DJ Hollywood.

DJ Grandmaster Flash: O revolucionário do Hip ­Hop




Flash criou o vocabulário básico que todo DJ segue até hoje

Luís Alberto Alves

 DJ Grandmaster Flash e seu grupo Furious Five inovaram o Hip-Hop, explorando novos horizontes líricos e sonoros. Joseph Saddler, nome de batismo de Grandmaster, nasceu em Barbados em 1958 e na adolescência começou a fazer as primeiras gravações, quando já moravam no bairro do Bronx, onde tocava em bailes e festas da vizinhança.

 Aos 19 anos dividia os cursos técnicos em eletrônica durante o dia e a noite trabalhava como DJ. O passar do tempo o fez desenvolver diversas séries de técnicas inovadoras, incluindo corte (deslocamento entre as faixas exatamente na batida), back­spinning (giro manual de gravação ao repetir breves trechos de som) e phasing (manipulação de velocidades de plataforma giratória). Criou o vocabulário básico que todo DJ segue até hoje.

 Até 1977 ele não colaborava com outros rappers. Sua primeira parceria ocorreu com Kurtis Blow e passou a trabalhar com The Furious Five, Melle Mel, Cowboy, Kid Creole entre outros. O grupo se tornou lendários em Nova York. Apesar da fama, só conseguiu gravar após o estourou do hit “"Rapper's Delight”, com a rapaziada do Sugarhill Gang, que no Brasil ganhou o nome de “Melô do Tagarela”.

 O mercado percebeu que existia espaço para lançamentos de Hip-Hop. Neste vácuo vieram as canções  “Superappin” para o selo the Enjoy label, de Bobby Robinson. Entraram na Sugar Hill Records, de Sylvia Robinson, que lhe prometeu uma grande oportunidade de estourar cantando RAP. O primeiro hit vendeu 50 mil cópias em 1980, depois soltaram a canção “Birthday Party”, outro estouro.

 Em 1981 veio o álbum "The Adventures of Grandmaster Flash on Wheels of Steel" foi a primeira gravação verdadeiramente marco do grupo, introduzindo técnicas de "corte" do Flash para criar uma impressionante colagem de som de trechos de músicas de Chic, Blondie e Queen. Flash e próximo esforço do Five, de 1982 "The Message", foi ainda mais reveladora - pela primeira vez, o Hip-Hop se tornou um veículo não só para se gabar e ostentando, mas para o comentário social mordaz, com Melle Mel entregando um RAP detalhando as duras realidades da vida no gueto.

 O disco foi um grande sucesso de crítica, e foi um enorme passo na solidificação RAP como uma forma importante e duradoura de expressão musical.  Após 1983, anti-cocaína polêmica "White Lines", as relações entre Flash e Melle Mel ficaram feias, e o rapper logo deixou o grupo, formando uma nova unidade também apelidado the Furious Five. Após uma série de álbuns solo Grandmaster Flash, incluindo 1985 eles disseram que não poderia ser feito de 1986 da The Source, e 1987, de Da Bop lança Bang, ele reformou a formação original do grupo num show beneficente no Madison Square Garden.

 Logo após, o grupo gravou um novo LP,  em 1988, On the Force, que ganhou uma recepção morna dos fãs e críticos. Outra reunião seguida em 1994, quando o Flash e os Five se juntaram a um pacote turístico RAP incluindo também Kurtis Blow e Run-DMC.

 Um ano depois, Flash e Melle Mel também apareceram na capa da Duran Duran de "White Lines". Com exceção de algumas compilações durante o final dos anos 90, o Flash foi relativamente calmo até 2002, quando um par de álbuns mix apareceu: The Adventures Oficial Grandmaster Flash em Strut e Essential Mix: Classic Edition em Ffrr.


quarta-feira, 11 de junho de 2014

Spoonie Gee: Talento do RAP nascido no Harlem


Spoonie Gee mostrou ter talento na adolescência

Luís Alberto Alves

 Spoonie Gee, nascido Gabe Jackson no bairro perigoso do Harlem, em Nova York, ganhou este apelido porque só comia esse alimento na infância. Na adolescência mostrou talento na poesia e passou a freqüentar o Rooftop Club, ponto de encontro dos DJs como DJ Hollywood e Brucie B.

 Sua carreira começou na Enjoy Records, onde o dono, Bobby Robinson era seu tio. Suas gravações mais famosas foram “New Rap Language”, ao lado do grupo the Treacherous Three, apoiado pelo próprio patrão, “Love Rap”. Ele cresceu junto com Robinson e sua esposa virou a mãe de aluguel, quando sua irmã morreu aos 12 anos.

  Mais tarde cortou laços familiares e uniu­se ao grupo Band of Deserters na Sugarhill Records. Lançou por este selo os álbuns Sponnie´s Back e Monster Jam, além de reedição de sua estréia com Peter Brown em New York, pelo selo Spoonin Rap.


 Na década de 1980 a carreira de Spoonie entrou em marcha lenta. Em 1984 passou a trabalhar num centro de reabilitação para deficientes mentais. Três anos depois encontrou o caminho do sucesso outra vez, na Tuff City Label, com Marley Marl. Ali produziu o álbum The Godfather, pelas mãos de Teddy Riley.

Marley Marl: O expert na produção da RAP Music


Marley é reconhecido como grande talento em produção musical

Luís Alberto Alves

 Marlon Williams, depois conhecido como Marley Marl, é do bairro do Queens, Nova York. É reconhecido por causa do grande talento em produção musical, principalmente do primo MC Shan, Big Daddy Kane, Masta Ace, Roxanne e Biz Markie, Shanté.

 A marca registrada dele é o espírito acessível e o bom gosto pela velha escola da Black Music dos EUA. Ganha vários elogios pelas inovadoras técnicas de amostragem, usando o SP1200 em trabalhos de Hip-Hop. Atua como apresentados de programa semanal de rádio Rap Attack na WBLS­FM de Nova York. Já fez produções excelentes para Kool G. Rap, Chuck D. LL Cool J, King Tee e Chubb Rock.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

George Martin: O homem que imortalizou as músicas dos Beatles


George Martin imortalizou as canções dos Beatles com arranjos simples e ao mesmo tempo muito bonitos


Luís Alberto Alves

  A alma de qualquer artista ou conjunto musical é o maestro responsável pela produção das canções, de diamante retirado da terra até se transformar numa linda jóia nas vitrines. O produtor pega composição em estado bruto, às vezes carecendo de bons arranjos, e a transforma em sucesso comercial, escolhendo o melhor instrumento para valorizar a melodia.
 George Martin fez isto com os Beatles. Ouso a dizer que sem ele, talvez os quatro meninos de Liverpool não tivessem conquistado o mundo do Showbiz, entrando para a galeria das grandes bandas. Nascido em 1926, antes de cruzar os caminhos de George, Paul, John e Ringo, Martin estudou na Guildhall School of Music de Londres, para anos depois entrar na EMI Records em 1950, aos 24 anos.

 Em 1960 entrou na Parlophone Records para produzir grande variedade de artistas, entre eles: Shirley Bassey e Matt Monro, bandas de Jazz como Temperance 7, John Dankworth, Humphrey Lyttelton e artistas de comédia. Um deles foi Peter Sellers, cujo hits: “ Right Said Fred” e “Hole In The Ground” estouraram no Reino Unido em 1962.

 Nessa época entrou nos caminhos dos Beatles e com eles ficou até o grupo se acabar em 1970, com a famosa frase de John Lennon: “O sonho acabou”. Uma das exigências de Martin foi a troca do baterista Pete Best por Ringo Starr, para que a banda pudesse assimilar suas ousadas idéias musicais em termos práticos.

 É dele os toques de música clássica para “Yesterday” e “For No One”, também criou estranho som em Revolver e Lonely Hearts Club Band do SGT. Pepper. Não parou por ai: fez dois álbuns orquestrais de músicas dos Beatles, com Brian Epstein assinando como Cilla Black, Gerry and The Pacemakers e Billy J. Kramer and The Dakotas a Parlophone. Ele supervisionou as gravações.

 Em 1965 saiu da EMI e montou seu próprio estúdio, AIR London com os colegas produtores Ron Richards (Hollies) e John Burgess (Manfred Mann). Quatro anos depois, a parceria criou outro estúdio na ilha caribenha de Montserrat, que se tornou um centro de gravação preferido para artistas como Paul McCartney, Dire Straits e os Rolling Stones.

 Ele continuou a trabalhar com vários novos artistas da EMI. Na década de 1970 produziu uma série de álbuns de sucesso pela América. Durante este período, trabalhou com Neil Sedaka, Ringo Starr, Jimmy Webb, Jeff Beck e Stackridge, produziu a trilha sonora do filme de 1978 de Lonely Hearts Club Band do Sgt. Pepper. Ele manteve a conexão Beatles, preparando o lançamento 1977 da gravação ao vivo no Hollywood Bowl, e produziu dois trabalhos solo de McCartney, Tug Of War (1981) e Pipes Of Peace (1983).

 Ele também produziu a trilha sonora do filme musical de McCartney Give My Regards To Broad Street. No final dos anos 1970, AIR foi comprada pela Chrysalis Records, com Martin se tornando diretor da empresa.

 Martin foi menos prolífico como um produtor durante a década de 1980, mas criou uma versão de Dylan Thomas "Under Milk Wood em 1988 e trabalhou com o ex-membro Dexys Midnight Runners Andy Leek em seu álbum solo de estréia. Ele foi premiado com um CBE para serviços para a indústria da música em 1988.

 Em 1990 anunciou planos para substituir AIR Studios com um 'estado da arte' complexo de áudio e vídeo no norte de Londres, e sua atenção meticulosa em remasterizar todo o trabalho dos Beatles para disco compacto, demonstrando resultados notáveis. Martin foi fundamental na produção de 1992 para televisão de um documentário para assinalar o 25 º aniversário do sargento. Lonely Hearts Club Band da Pepper.

Em meados dos anos 90, ele foi uma parte importante da série Beatles Anthology, embora estivesse desapontado por não ter sido convidado para produzir os dois novos singles, “Free As A Bird” e “Real Love”, tarefa que ficou com Jeff Lynne.

 Pelo que já fez na indústria da música, Martin já entrou para a história do Showbiz, por causa da personalidade tranqüila e talento extraordinário. Recebeu o Grammy Trustees em 1995, pelos serviços prestados a tantos artistas. Dois anos depois ao palco da Music For Monteserrat, num concerto de caridade e produziu Elton John no “Candle In The Wind ´97´, tornando o single mais vendido de todos os tempos.

 O ano de 1998 marcou o lançamento de sue último álbum, In My Life, coleção de covers dos Beatles, nas vozes de Celine Dion, Jim Carrey, Goldie Hawn e Sean Connery, grandes estrelas do cinema. Poucos produtores causaram impacto tão grande no mundo da música, como George Martin e ganharam imenso respeito.