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Luís Alberto Alves/Hourpress

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Priscilla Renea: menina e grande compositora de talento

Priscilla já compôs para várias estrelas


    Priscilla Renea apareceu no mercado em dezembro de 2009, com o CD Jukebox, lançado pela Capital Records. Cantora e compositora, já escreveu canções para Madonna, Rihana, Selena Gomez e Cheryl Cole.  Aos dois anos de idade, ela já cantava. Porém não gostava das canções que ouvia nas rádios. Daí passou a escrever suas próprias letras, com o som que gostava. Com visão de marketing passou a colocar no youtube as composições.  Recebeu mais de 30 mil acessos e logo apareceu na MTV.
   Em 2007 chamou a atenção da Capital Records e dois anos depois assinou com a gravadora. Passou a escrever e gravar diversas fitas demos para Rihanna. Uma delas foi o hit “Emergency”, num dueto com Rihanna e Akon. Quando Jukebox chegou ao mercado, no início de dezembro de 2009, vendeu 1.200 cópias em sua primeira semana e não chegou a Billboard 200. Apesar do fracasso de vendas, o CD acabou bem recebido pela crítica.
  Algumas pessoas calculam que o fracasso ocorreu por causa do lançamento do single “Dollhouse”, que chegou às paradas em 18 de agosto de 2009. O single não esquentou lugar na Billboard Hot 100, mas atingiu o posto número 11 na parada de singles Heatseekers e posto 31 nas canções Club Hot Dance e 34 no Pop Songs. O segundo single “Lovesick”, no mercado em 2 de março de 2010, também falhou.
  Estes problemas não a impediram de continuar compondo. Escreveu “Promise This” para a cantora pop britânica Cheryl Cole´s , fez o mesmo com “Bed California King” entregue para Rihanna. Em 2011 e 2012 continuou escrevendo canções para Madonna, Mika, Demi Lovato, Chris Brown e Selena Gomez & The Scene.

Rene & Angela: dupla que sacudiu o mercado na década de 1980


A dupla ficou famosa por causa de uma série de canções que viraram clássicos nos Estados Unidos

   Durante alguns anos a dupla Rene e Angela sacudiu o mercado musical dos Estados Unidos. Ficaram famosos por causa de uma série de canções que o tempo transformou em clássicos. O acerto é resultado da união de ambos. Angela Winbush trabalhou como músico de apoio na década de 1970, principalmente com Stevie Wonder. Nessa época conheceu o cantor e compositor Rene Moore, organista de igreja.
   Em pouco tempo passaram a compor juntos, colocando no mercado composições melódicas com letras interessantes. Um dos destaques é o hit gravado por Stephanie Mills: “ Learned to Respect The Power of Love”.  Outra canção foi “Uprising Love”, na voz do grupo Tavares. Logo a dupla assinou com a Capitol Records e gravaram três álbuns de sucesso. A canção “I Love You More” abriu o caminho deles. Em 1983 lançaram “My First Love”.
  O ano de 1985 marcou a entrada da dupla na Mercury Records. Ali gravaram o álbum Streetcar Named Desire, rendendo três hits de sucesso no topo das paradas com as canções “Save Your Love”, “Smile” e “You do Note Have to Cry”. Porém, no auge da popularidade, a dupla passou a perder público e Angela pulou fora do barco. Por causa de contratos, ficaram juntos durante sete anos.
   Rene engatou numa carreira-solo e lançou em 1988 o disco Love Destination. Um fiasco nas paradas. Continuou a trabalhar com outros artistas como produtor ou músico de estúdio, principalmente ao lado de Michael Jackson.  Angela passou a compor e produzir para os Isley Brothers. Para melhorar sua vida, aproximou-se muito de Ron Isley, casando com ele. Em 1987, numa carreira-solo, fez sucesso com os hits “Angel” e “It´s The Real Thing”
  O mercado, inicialmente, duvidou da competência  de Angela. Mas logo tornou-se compositora e produtora muito procurada no mercado. Em 1994, após o final do casamento com Ron Isley, estourou de novo com o remake do hit “My First Love”. Infelizmente um câncer de ovário brecou seu pique. Mesmo assim transformou-se em fonte de inspiração para uma nova geração de artistas femininas.

Ra-Re Valverde: na contramão da Soul Music Tradicional


Ela criou o próprio estilo de som, com boas letras  e recheadas de sua bela voz

  Ra-Re Valverde pilotou na contramão da Soul Music tradicional ao criar o seu próprio estilo de som, com boas letras recheadas com sua linda voz. Isto é visível no CD A Beautiful Mess. O álbum começou a ser gravado em 2007, após muitas pesquisas.  Valverde reconheceu que ficou com medo e só resolveu pisar no acelerador após participar de um festival com Jill, Erykah e Queen Latifah em 2005. Ali, ela resolveu investir em equipamentos de gravação e partiu em busca de informações de como produzir um CD. Tudo escorado nas influências de Chick Corea, Bobby McFerrin, John Lee Hooker, Sarah Vaughn, Ella Fitzgerald, Nina Simone, Stevie Wonder, James Taylor, Bjork, Sting, Milles Davis e Oleta Adams.
  Após passar por esse processo, passou a compor e colocar em prática algumas ideias. A primeira canção que saiu de sua mente foi “Outside the Box”. Esse hit definiu o restante do álbum. Para evitar uma produção mecânica, sentou-se à mesa e passou a escrever as músicas, tendo como inspiração Coltrane e Miles Davis, assim como Marvin Gaye e até discos de Bjork. A explicação para ouvir diversos tipos de gêneros de canções foi para contar boas histórias aos fãs.  Nesse processo gastou muitas energias em composições instrumentais. Uma delas é “Intermission RV”.
  O ponto alto deste CD foi Valverde contar profissionais de renome, inclusive professores de músicas. Ela reconhece que tudo correu bem, porque gosta do que faz. Acostumou-se a viajar num estúdio móvel e dormir em quartos de hotéis ou mesmo no ônibus usado para a turnê. Na estrada, Valverde reconhece que grandes inspirações, mesmo após terminar um show de 2 horas. O cansaço serviu como adrenalina.  As amizades e trabalhos ao lado de Rahsaan Patterson, Lalah Hathaway, Jill Scott, Jennifer Lopez e Trina Broussard contribuíram no resultado final de seu CD.
  Mas o ponto alto da carreira de Valverde foi ter estudado no Berklee College of Music e Escola LaGuardia. Ali esteve ao lado de grandes músicos e professores, onde era ampla a liberdade de expressão musical. Isto ajudou a entender os diferentes gêneros, como Jazz, Música Clássica e até mesmo os ritmos africanos e indígenas.  Quando saiu do Berklee, procurou honrar no show-biz a formação em Gestão de Negócios de Música. Aprendeu a compreender os elementos essenciais que todo artista deve saber sobre o negócio e desempenhar bem o seu papel na indústria da música.
  Quando está na estrada, prefere optar por apresentações acústicas. Pois o som íntimo possibilita mais proximidade com o público. Mas às vezes fica ao lado de uma banda com bateria, baixo, guitarra e dois backing vocals. Nesse período procura compor e gravar ao mesmo tempo para não perder a emoção do momento. Quando chegar a hora de transformar o hit em faixa do CD, não há perda da ideia inicial.

Marlon Saunders: outro diamante do Berklee College of Music

Para ganhar mais dinheiro, Saunders faz trilha sonoras


  Marlon Saunders é professor de canto no Berklee College of Music, além de cantor, compositor e produtor. Tem dois CDs solos em selo independente, o segundo gravado em 2003, Come into my mind. Acabou aclamado pela crítica de Acid-Jazz e Jazzhole. Co-produziu o álbum Love 360 e contribuiu no projeto Soul Jazzy de Abril Colina, lançado em 2007. Outro grande álbum recente de Saunders foi Birth of the Apocalypse.
  Como backing vocal trabalhou em estúdios e turnês ao lado de Bobby McFerrin, Dianne Reeves, Joe Henderson, Ron Carter, Shawn Colvin, Nine Inch Nails, Billy Joel, Shania Twain, Vanessa Williams, Sting, Martha Wash, Michael Jackson, Lauryn Hill, Freddie Jackson, Jeffrey Osbourne, Peabo Bryson, Dance Theatre of Harlem e Ronald K. Brown.
  Outro grande destaque de Saunders é sua canção “The Beginning of Never”. Para aumentar o orçamento familiar, ele compõe diversas trilhas sonoras, uma delas integrou o Burning Rangers, o hit foi “We´re burning Rangers”. Também transformou em versão capella a música “Dreams, Dreams”, ao lado de um pequeno conjunto vocal.

Saoul: a Black Music que veio da Romênia

Saoul sempre foi apaixonado pelo som da banda de George Clinton


    A vida de Saoul mudou quando sua família saiu da Romênia para ir morar na Alemanha em busca de melhores condições de vida. Ali se envolveu com Rock, Funk e Soul. Na escola passou trocar experiências musicais com os colegas de classe, quando passou a imitar artistas famosos.
  Após sete anos, os pais divorciaram e o consolo para espantar a tristeza foi abraçar com firmeza a guitarra Gibson. Depois resolveu estudar piano, baixo, bateria e percussão e outros instrumentos.
   Com 16 anos gravou várias fitas demos, tudo com capa, para ser apresentado às gravadoras da Alemanha. Uma delas chamou a atenção do produtor John Davis. Ele treinou Saoul em diferentes aspectos do processo de gravação, bem como a indústria da música em geral.
   Numa Jamsessions encontrou-se com George Clinton e os P-Funk All Stars. Ali mostrou sua fita demo para Michael Hampton, um dos lendários guitarristas da banda de Clinton.  Hampton fincou impressionado com o desempenho de Saoul. Ele sugeriu sua mudança para os Estados Unidos para melhorar as chances de ser descoberto, especialmente na área da Funk Music.
  Quando completou 18 anos foi para o Reino Unido e ali criou sua própria gravadora, a Phreakyamind. Passou a produzir diversos projetos, incluindo Soul e Rock. Em 2009 lançou Biscuits Funk. O CD entrou na coletânea Soul Unsigned e ganhou grande destaque na Europa.

Kevin Sandbloom: herdeiro das ideias pacifistas de Bob Marley

Quando pegou uma guitarra pela primeira vez, apaixonou-se por Bob Marley

   A partir do momento em que pegou uma guitarra nas mãos, aos 16 anos, Kevin Sandbloom , colocou algo na cabeça. Apaixonou-se pelas canções de Bob Marley. Reconhece que suas letras são  reflexos do Papa do Reggae. As primeiras músicas que tocou foram de BB King, Stevie Wonder, Beatles, Steely Dan, Prince e Sade.
  Na primeira banda em que tocou na época de Ensino Fundamental , na cidade de Pasadena, não teve vergonha de misturar Bill Withers com Beatles ou Elvis Costello, Parlamient ou Pink Floyd.  Foi nessa atmosfera eclética que moldou sua trajetória musical, bem como compositor local Peter Galvin, que liderava a banda The Bedshredders.
   Galvin foi o primeiro a mostrar a Kevin o que era possível fazer com suas canções. Reconheceu que suas letras eram infantis ao lado das suas.  Logo pegou o jeito e passou a se apresentar em diversos locais. Um deles foi o café Nuyorican Poets em Nova York e outros lugares de renome.
   Logo virou uma máquina de compor. Gravou quatro CDs e está em turnê com o álbum Activate Mad Love. Muitos artistas passaram a lhe pedir canções. Ao lado de Melany Bell passaram a escrever juntos e desenvolver arranjos juntos.  Para não criar confusão na cabeça do público, enfatizou o seu sobrenome Sandbloom na venda de shows por todos os Estados Unidos. Isto ficou visível na série da ABC Family “Lincoln Heights”. O lendário guitarrista Robben Ford colocou uma de suas canções em seu CD Supernatural.


Kelli Sae: a pureza de cantar a dura realidade da vida

Antes da carreira-solo, Kelli já foi vocalista de Count Basie e Defunkt

    Para quem não está sintonizado no mundo do show-biz, Kelli Sae pode ser alguém novo nas paradas. Engano. Ela já foi vocalista de Count Basie e Defunkt e trabalhou com músicos afamados e aprendeu com todos.  O CD Pure não é o seu primeiro álbum solo, porém é o melhor. Kelli o escreveu, arranjou e produziu todas as músicas ao lado de um grande time de músicos que escolheu a dedo, sem qualquer interferência da gravadora.
   É uma grande mistura de sons, culturas e influências. Nele revela a miscelânea de sangue de sua mãe porto-riquenha e o pai afro-americano. Variou de clássicos espanhóis como Tito Puente e Celia Cruz com Barbra Streisand e James Brown e o inesquecível som da Motown.
  Bateu no liquidificador todos esses ritmos e saiu um som que é a cara de Kelli Sae. Os R&B puritanos vão perceber a sensualidade de Minnie Ripperton e a sexualidade audaciosa de Marvin Gaye e The Isley Brothers. Também não fica de fora o calor do ritmo latino. Ela teve coragem e com competência de regravar o som do psicodélico Jefferson Airplane. Colocou em seu CD toda energia do Rock que se ouvia nos Estados Unidos em 1967.
   Por meio de suas canções, ela revela como resistiu à dor do divórcio, a perda de sua mãe para o câncer, o suicídio de um amigo e a vontade de parar de lutar para ser uma cantora de destaque. Desceu no mais profundo abismo e ali descobriu quem era. Sobreviveu a tudo, se apaixonou outra vez. Encontrou inspiração para compor belas canções.  Elas cortam o coração neste CD Pure.  Os hits “No Good” e “Blow Your Head Off” são exemplos disto.


Yvette Rovira: grande cantora e discípula de Gandhi e Martin Luther King

Aos oito anos de idade, Yvette já estudava canto; é defensora do pacifismo

   Yvette Rovira é de uma família que mais se concentrava nas ciências do que nas artes (a mãe e o irmão são engenheiros). Mas ela foi ungida com o dom da música. Logo foi estudar canto aos oito anos de idade e este caminho o levaria da Flórida para um curso de licenciatura em composições no Berklee School Music de Boston e depois partiu para Nova York onde terminou de gravar seu novo CD.
  Entrou no mundo do show-biz sob batuta do produtor Rob Mounsey (Rihanna e Mary J. Blige) e com o mesmo grupo de músico com quem esteve junto nos últimos anos. Gravou 12 faixas, cujos hits se dividem em Funk, e a velha escola de R&B, carregados com o peso da percussão latina.
  Neste CD mostrou o talento de leitura de partitura, pois só aprendeu a ler e escrever música após entrar no Berklee como estudante de segundo ano e depois de um com especialização em canto na Loyola New Orlean University. No início sentia vontade de se concentrar mais em Pop Music e composições próprias. Ali conheceu a maioria das pessoas que agora fazem parte de sua banda.  Um deles é o rapper Lex Doe, que escreveu para ela o hit “Light City” e “Psychedelia”, inspirada na canção dos Beatles “Lucy in The Sky in Diamonds”.
   Ao ouvir Yvette é fácil perceber que suas letras ressoam como uma mensagem positiva ao mundo atual, mas sem se esquecer de revelar sua presença de espírito, e isto é visível na balada Pop “Passion”, onde revela o seu amor pela música. No hit “Everybody Stand Up” ela abre a canção com palavras do líder espiritual Mahatma Gandhi: “Seja a mudança que você deseja ver no mundo”. É uma crítica às pessoas que se queixam de tudo, mas não oferecem solução para os problemas.  Ivette nunca escondeu que se inspirou nos exemplos de Gandhi e Martin Luther King em lutar por opiniões positivas.
    A composição “Give me Just a Little Time” funde Pop, Gospel e Hip-Hop e conta a história por meio dos olhos de um homem que viveu 80 anos segurando a mão de sua esposa e observando o amor de sua vida ir embora. A inspiração foi o MC Atlas, que tinha acabado de perder a avó.  O curioso é que essa visão de compositora não a prejudica como cantora, porque nem sempre os compositores são grandes cantores ou vice-versa.
   “Das 12 faixas, apenas duas não foram escritas por ela: “Can Love Find a Way”, do produtor Rob Mounsey, e “ Do Not Le Me Lose This Dream”, uma das músicas menos conhecida fora da estreia de Aretha Franklin em 1967 na Atlantic Records. Ela reconhece que essa canção a marcou, pois sente o próprio sonho de ser capaz de prosseguir na carreira de intérprete. De sua memória não sai a lembrança do seu pai a colocando para dormir, enquanto cantava e tocava violão. Isto a fortaleceu na luta de se tornar uma cantora.