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#BMW - Morre #QuincyJones, o gênio da produção de grandes discos

Luís Alberto Alves/Hourpress

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Gene Pitney: Talento que pegou o auge do Rock



Pitney pegou o auge do Rock na década de 1950
Luís Alberto Alves

 Gene Pitney nasceu em Connecticut em 1941. Começou a gravar aos 18 anos, no auge do Rock. O primeiro sucesso veio como compositor, escrevendo o hit “Loneliness” para Roy Orbison, depois emendou “Today´s Teardrops” para Bobby Vee.

 A primeira gravação solo surgiu em 1961, com as canções “I Wanna Love My Life Away” e “‘Town Without Pity” e “The Man Who Shot Liberty Valance”. Nessa época escreveu para vários cantores, como Ricky Nelson (“Hello Mary Lou”) e The Crystals (“He’s A Rebel”). Dois anos depois foi ao Reino Unido, onde seu hit “Twenty Four Hours From Tulsa” atingiu o Top 10, depois conheceu os Rolling Stones e a rapaziada gravou “That Girl Belongs To Yesterday”.

  Apesar de compor baladas apaixonadas, não conseguia enfrentar as canções feitas pela dupla Barry Mann e Cynthia Well, que emplacaram hits como: “I Must Be Seeing Things” (1965), “Looking Through The Eyes Of Love” (1965) e “Just One Smile” (1966) entre outros.
 Gene gravou discos em espanhol e italiano, como “Nessuno Mi Puo Guidicare”, que chegou ao segundo lugar no Festival de San Remo e Country Music ao lado de George Jones e Melba Montgomery.

 No final da década de 1960 sua popularidade caiu, mas continuou em turnês pela Europa, fazendo sucesso com os hits: “Maria Elena” (1969), “Shady Lady” (1970) e “Blue Angel” (1974). No final de 1989 voltou às paradas no remake de “Something’s Gotten Hold Of My Hear” na voz de Marc Almond.

 Pitney morreu em 2006, mas será lembrado pelos vocais apaixonados e escolha impecável de repertório durante toda a carreira. Sua marca como compositor jamais será esquecida. Faleceu uma noite após fazer um show no País de Gales.


Wayne Fontana: Artista de sucesso, mas envolvido sempre em encrencas



Luís Alberto Alves

 Glyn Ellis era o nome de batismo de Elvis Presley Fontana. Ele entrou na Fontana Records e ali a banda de gravação ganhou fama por causa dos bons acompanhamentos.

 O primeiro hit, “Hello Josephine”, de 1963, foi seu cartão de visita ao sucesso. A praia de Fontana era o R&B, como acabou reconhecido no hit “Hum, Hum, Hum, Hum, Hum, Hum”, ocupando o quinto lugar nas parada do Reino Unido.

 Em 1965 repetiu a dose trazendo a canção “”The Game of Love”, número dois nas paradas e liderando a invasão musical nos Estados Unidos.  Depois se esforçou com outra canção “Just A Little Bit Too Late”.

 Resolveu em seguida mergulhar em carreira solo, a partir de 1965. Gravou a balada “It Was Easier To Hurt Her”, antes de encontrar o êxito com Jackie Edwards “Come on Home”. Após desistir da música no começo da década de 1970, ele entrou no circuito de remake, ganhou dinheiro, mas sempre estava envolvido em encrencas.


Tommy Roe: De bandas de colégio ao sucesso



Luís Alberto Alves

 Da Geórgia, Sul dos Estados Unidos, que estourou para o sucesso Tommy Roe em 1942. Começou a carreira cantando em grupos nascidos em colégios. Ganhou fama com a canção “Sheila”.  Liderou as paradas dos Estados Unidos e chegou ao Top 3 do Reino Unido, onde passou a desfrutar de grande popularidade.

 Em 1963 marcou dois Top 10, “The Folk Singer” e “Everybody”. O hit “Sweet Pea” ganhou o Airplay. Surfou em mais sucesso nos hits “Heather Honey” e “Jam Up Jelly Tight”.

 Na década de 1970 optou por discrição na carreira artística. Algumas de suas canções, em ritmo de nostalgia, saíram do baú, quando a música “Dizzy” retornou ao top das paradas do Reino Unido em 1992, numa versão pelo Wonder Stuff.


Novela Boogie Oogie Oogie revive sucessos de mais de 30 anos



Com essa formação, a Earth Wind & Fire veio ao Brasil em 1980

Luís Alberto Alves

 A novela das 18 horas da Rede Globo resolveu apostar na bela trilha sonora do final da década de 1970 e começo da de 1980. Era o auge da Disco Music. No intervalo é massagem para os ouvidos ouvir a metaleira da banda Earth Wind & Fire no inesquecível sucesso “September”, que estourou nas paradas de todo o mundo em 1979 e serviu de cartão postal no primeiro show que o grupo realizou no Brasil. O primeiro deles foi no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo.

 Mas as boas surpresas não para por ai. Também faz parte da trilha o balanço e os lindos arranjos de guitarra da Banda Chic, outro meteoro dançante daquela época. Para deixar o bolo mais bonito acrescentaram a Disco Music, carregada de Soul Music, do pessoal da KC & The Sunshine Band, famosos no País por causa da balada “Please Don´t Go”, responsável pelo namoro e casamentos de quem freqüentava os salões de baile.

 Nesses dois exemplos é possível notar que a Globo não brincou ao escolher as músicas para embalar a novela Boogie Oogie Oogie, completamente ambientada nos anos de 1970 e 1980.  Era o tempo de bons conjuntos musicais. The Commodores também estão incluídos na trilha sonora, como Anita Ward, famosa pelo hit “Ring My Bell”, que não foi suficiente forte para impedir que ela escolhesse os bancos universitários para manter o sustento de casa.


 Jovens e adolescentes de hoje não conseguem entender a energia positiva existente naquelas festas. Nas canções, mesmo de letras simples, porém carregadas de bons arranjos. Elas faziam o público dançar. Oposto do existente atualmente onde a barulheira e hits sem qualquer apelo não conseguem se eternizar. A rapaziada da Eart Wind & Fire está na estrada há 46 anos, por exemplo. Dessa ruindade de artistas de meia tigela que tortura nossos ouvidos, quantos conseguirão completar 5 anos de carreira? Separei abaixo alguns do grandes sucessos daquela época. Reviva a era que as belas canções faziam parte da festas.

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Lucky Millinder: Outro grande mestre do Rhythmn and Blues


Lucky era versátil, mesmo não sabendo ler música

Luís Alberto Alves

 Ele às vezes cantava ou dançava, mas não sabia ler música - ainda assim foi considerado um excelente condutor, um "dynamaestro." Também chamado de uma multa mestre de cerimônias, um grande showman, colorido e excêntrico, inteligente e astuto. E seu grupo se diz ter sido a maior grande banda para tocar Rhythmn and Blues.

  De acordo com o baterista Ed ("Eddie") Shaughnessy, que se juntou a Lucky no Savoy Ballroom, em Nova York, "ele era um mestre da estimulação da música para manter os dançarinos felizes. Quero dizer, às vezes - eu não sei qual era a contagem ... é utilizado para parecer 1500-2000 pessoas lá em cima dançando”.  Nos seus 66 anos vividos, terminados em 1966, Millinder sacudiu o limoeiro do ShowBiz.

 Em 1933 tocou em diversas residências de Monte Carlo e Paris, antes de voltar a Nova York, quando assumiu a liderança da Rhythmn And Blues Band com excelentes instrumentistas: Henry “Red” Allen, Charlie Shavers, Harry “Sweets” Edison, JC Higginbotham e Billy Kyle.

    Sete anos depois aumentou o time com a entrada de Buster Bailey (clarinete), Bill Doggett (piano), George Duvivier (baixo) e Panama Francis (bateria). Mas antes da fama, aos 17 anos espalhou o boato, em Chicago, de que era filho de um milionário de Nova York. Acabou contratado pelo lendário Cotton Club, ganhando bom salário. Durante o final da década de 1920 ganhou a vida como mestre de cerimônias.

 Sua vida mudou ao ajudar o mafioso Al Capone que havia perdido US$ 10 mil num jogo de dados. Ao recuperar parte do dinheiro, ganhou US$ 50 mil do criminoso. Daí o apelido Lucky (sorte), pois conseguiu assim criar a primeira banda com essa grana.

 Daí para frente tudo embalou. Entrou na Decca Records em 1941, lançando vários discos até assinar com a RCA Victor em 1949. Nas turnês atraia grande público. Em 1953 desfez a banda. Passou a vender bebidas em anúncios publicitários. Morreu de crise hepática em 1966.



Slim Gaillard: O maluco que colocou fogo na Black Music


Gaillard escreveu várias músicas de sucesso

Luís Alberto Alves

  Slim Gaillard teve uma infância aventureira. Durante viagem de navio, no qual o pai era mordomo, acabou deixado para trás em Creta, Grécia. Mais tarde trabalhou de boxeador profissional, agente funerário e motorista de caminhão para contrabandistas.

 Sua base era Detroit, onde no início da década de 1930, começou a tocar guitarra, para em seguida mudar-se para Nova York formando dupla com o baixista Slam Stewart. Grande parte do repertório era composta de versões. O duo teve vários discos de sucesso, incluindo “Flat Foot Floogie”. Com a ida e Stewart para o serviço militar, Bam Brown ocupou a vaga.

 Ao morar em Los Angeles, Gaillard continuou escrevendo músicas de sucesso, muitas em parceria com Brown. É deles o hit “Opera In Vout”, de 1946. Outra mina de ouro foi a canção “Down By The Station”, que virou canção de ninar e clássico infantil.


 Este perfil não o impediu de gravar ao lado de Charlie Parker e Dizzy Gillespie. No final da década de 1940 permaneceu com o excêntrico artístico, quando tocava piano com as mãos de cabeça para baixo. Muitos o considerava maluco. No final dos anos de 1950 deixou a música de lado para se dedicar à televisão e aparições em festivais. Além de cantar e tocar guitarra, Gaillard era expert em piano, vibrafone e saxofone.

Ella Mae Morse: A bela voz da canção “Boogie Cow-Cow”





Luís Alberto Alves

 Ella Mae Morse foi grande cantora de Jazz e Blues. A primeira experiência musical ocorreu na banda fundada pela mãe, que era pianista e o pai, baterista. Aos 12 anos acabou ouvida numa Jam session por Jimmy Dorsey. Foi logo contratada.
Ella começou a cantar aos 12 anos

 Permaneceu pouco tempo com ele e voltou ao Texas, para cantar em bandas locais. Ali encontrou com Freddie Slack, antigo pianista do grupo de Dorsey. Foi fazer backing vocal na Capitol Records em 1942 e gravou o hit “Boogie Cow-Cow”, autoria de Gene de Paul e Don Rave.


 Vendeu 1 milhão de discos. Serviu para emplacar mais sucessos: “‘Mr. Five By Five”, “Shoo Shoo Baby”, “Tess’ Torch Song (If I Had A Man)”, “Milkman, Keep Those Bottles Quiet”, “The Patty Cake Man”, “Captain Kidd”, “Buzz Me”, e “The House Of Blue Lights” (1946). Ela apareceu também em alguns filmes, como South Of Dixie , Ghost Catchers e How Do You Do. Pouco tempo depois resolveu se aposentar.

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Louis Jordan: O homem que influenciou o Rock




Jordan era cantor, compositor e humorista

Luís Alberto Alves

 Louis Thomas Jordan nasceu praticamente no começo do século passado, em Los Angeles. Saxofonista popular e cantor começou a fazer turnês ainda na adolescência, apoiado em artistas clássicos como Ma Rainey, Ida Cox e Bessie Smith. Na década de 1930 mudou para Nova York e tocou nas bandas de Louis Armstrong, Clarence Williams, Chick Webb e Ella Fitzgerald.

 Depois passou a trabalhar nas orquestras de gravações da RCA Victor Records, Vocalion Records, Vocalion Records e Decca Records. Estourou nas paradas com o hit “‘Gee, But You’re Swell” e “Rusty Hinge”. Em 1938 formou seu primeiro conjunto, Elks Rendezvous Band, após conquistar contrato exclusivo com a Decca Records. Ganhou destaque cantando e tocando Blues. Resolveu fazer promoção própria por meio de comédias.
 No início de 1939 mudou o nome de sua banda para The Tympany Five. Chegou às paradas interpretando as canções: “T-Bone Blues” (1941), “Knock Me A Kiss” e “I’m Gonna Leave You On The Outskirts Of Town” (1942). Depois sapecou “GI Jive”, “‘Is You Is Or Is You Ain’t (Ma Baby)’ (1944), “Mop Mop”, “You Can’t Get That No More”, “Caldonia” e “Somebody Done Changed The Lock On My Door”(1945).

 Após o término da Segunda Guerra Mundial continuou frequentando as paradas: “Buzz Me”, “Don’t Worry Bout That Mule”, “Salt Pork, W. Va.”, “Reconversion Blues”, “Beware”, “Don’t Let The Sun Catch You Cryin”, “Stone Cold Dead In The Market (He Had It Coming)”, “Petootie Pie”, “Choo Choo Ch’Boogie”, ‘That Chick’s Too Young To Fry”, “Ain’t That Just Like A Woman”, “Ain’t Nobody Here But Us Chickens” e  “Let The Good Times Roll”(1946); ‘Texas And Pacific”, “Open The Door, Richard”, “Jack, You’re Dead”, “I Like “Em Fat Like That”, “I Know What You’re Putting Down”, “Boogie Woogie Blue Plate”, “Look Out” e “Early In The Morning” (1947); “Barnyard Boogie”, “How Long Must I Wait For You”, “Reet, Petit, And Gone”, “Run, Joe”, “Don’t Burn The Candle At Both Ends”, “Daddy-O” e “Pettin’ and Pokin’’ (1948).

 Jordan ficou na Decca até 1954, para assinar com a Aladdin Records, depois com a Mercury Records. Mas o seu reinado tinha chegado ao fim, pois a nova geração de artistas queria algo bem rápido. Os problemas de saúde contribuíram para ele não agüentar a competição com Little Richard e Chuck Berry. Porém muitas de suas canções acabaram regravadas por eles, como “Run, Joe” e “Is Not That Just Like a Woman”, “Just Like a Woman”, “Buzz Me”, “Let The Good Times Roll” entre outras.

 Bill Haley chegou a admitir que seu estilo musical revolucionário era cópia da banda de Jordan na época em que tocavam na Decca Records. A saúde frágil obrigou Jordan a reduzir a jornada de trabalho quando chegou aos 60 anos, e fazendo gravações esporádicas com velhos amigos como Ray Charles, Paul Gayten e Johnny Otis. Suas últimas aparições nos estúdios ocorreram em 1974 com o trompetista Wallace Daveport Sweet Georgia Brown. Depois sofreu oito meses numa cama, morrendo de ataque cardíaco no começo de 1975. Seu talento influencia até hoje filmes, peças de teatro, publicidade televisiva e bandas de R&B, mais de 50 anos após seu auge.