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#BMW - Morre #QuincyJones, o gênio da produção de grandes discos

Luís Alberto Alves/Hourpress

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Dinah Washington: Grande voz do Jazz, mesclada à falta de juízo




Se tivesse juízo, Dinah Washington teria carreira longa de sucesso

Luís Alberto Alves

 Ruth Lee Jones era nome de batismo de Dinah Washington. Viveu apenas 39 anos, porém deixou marcado para sempre o seu nome no Jazz. Nascida no Alabama e crescida em Chicago, ela cantou pela primeira vez nos grupos de louvor da igreja, onde também tocava piano. Depois passou a trabalhar em clubes locais até Lionel Hampton encontrá-la e ser contratada.

 De 1943 a 1946, com 23 anos, Dinah gravou sucessos como “Evil Gal Blues”, composta por Leonard Feather e “Salty Papa Blues”. Após sair das asas de Hampton optou por cantar R&B e estourou de novo nas paradas com os hits: “ Blow Top Blues” e “I Told You Yes I Do”.

 Nos anos seguintes prosseguiu na praia do R&B, mas flertou com Jazz, Blues e canções populares, sendo a grande voz da Soul Music. O erro dela foi se envolver com drogas e bebidas, morrendo precocemente.

  Desde o início da carreira, Dinah misturou com êxito música sacra e o lado lascivo do Blues. Esta receita ajudou o público a gostar de suas interpretações, algo raro para artistas negros daquela época. Sem noção, gastava muito dinheiro com jóias, carros, casacos de pele, bebidas, drogas e mulheres.

 A voz de Dinah era linda, pois cantava colocando muita emoção, mesmo quando as letras não tinham grande riqueza lírica. Transformava algo banal em bom material. Entre seus sucessos populares estão: “What A Diff´rence A Day Make”, maior sucesso solo, e “September In The Rain”.

 Cantou bastante tempo sozinha, porém no final da década de 1950 gravou duetos ao lado do então marido, Eddie Chamblee. Esses hits explodiram nas paradas, além de duplas junto com Brook Benton, “Baby (You Got What It Takes”) e “A Rockin´Good Way (To Mess Around And Fall In Love)”.

 Ela deixou vasto repertório gravado, variando desde Jazz, em apresentações com Clark Terry, Jimmy Cleveland, Blues Mitchell e outros, a álbuns de canções associados à Fats Waller e Bessie Smith. Essas canções a colocou no posto de uma das principais vozes mais versáteis do Jazz.

Foi casada inúmeras vezes e teve diversos amantes. Num filme de 1958, Newport Jazz Festival Jazz On A Summer’s Day, era visível o desgaste provocados por esses excessos. Quando todos imaginavam que estava feliz ao lado do sétimo marido misturou bebida com remédios e veio o fim.


segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Clyde McPhatter: Uma das melhores vozes do R&B




McPhatter é considerado uma das melhores vozes do R&B

Luís Alberto Alves

  Clyde McPhatter durante três anos esteve no vocal do grupo de R&B Billy Ward and His Dominoes. Saiu em 1953, quando estava com 19 anos, para formar os Drifters. Porém no ano seguinte teve de prestar serviço militar no Exército. Depois emendou carreira solo, emplacando diversas canções nas paradas: “Treasure of Love”, “Without Love (There is Nothing) e “A Lover’s Question”.

 Nessa época já era figura influente no ShowBiz, inspirando uma geração de cantores. Beberam na sua fonte artistas como Elvis Presley, Ry Cooder e Otis Redding. Infelizmente após sair da Atlantic para MGM Records, em 1959, a carreira entrou em declínio.

 Na Mercury Records, no começo da década de 1960, visitou as paradas poucas vezes. O hit que mais rendeu foi o single “Lover Please”, de 1962. A canção “Little Bitty Pretty One” virou padrão para diversas bandas do Reino Unido, inclusive regravada pelos Paramounts.


 Clyde ganhou vários concorrentes e o prestígio passou a cair. Atormentado com problemas pessoais veio a Inglaterra em 1968 e dois anos depois continuava no mesmo poço. Em 1970 lançou o álbum Welcome Home, pela Decca Records, sua última gravação. Dois anos depois morreu de ataque cardíaco, causado por abuso de bebidas alcoólicas. Ele é considerado uma das melhores vozes do R&B.

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Ivory Joe Hunter: Do Texas para brilhar na Black Music





Hunter deixou vários hits imortalizados nas paradas de sucesso

Luís Alberto Alves

  Ivory Joe Hunter era figura bem conhecida no Texas por causa de seu programa de rádio até a década de 1940, quando se mudou para a costa Oeste dos Estados Unidos. Criador de suas próprias gravadoras, lançou vários discos.

 Soltou diversos singles com acompanhamento da Duke Ellington Orchestra. Um deles foi “I Almost Lost My Mind”, hit número 1 em 1950. Uma versão mais popular feita por ele na Atlantic Records no final daquela década também estourou nas paradas.

 Depois emplacou o hit “Since I Met You Baby” e chegou ao top da parada de R&B de 1956 e número 12 na parada nacional. Pela King Records fez muito sucesso com as canções “Don’t Fall In Love With Me”, “What Did You Do To Me”, “I Like It”, “Waiting In Vain”, “Guess Who”, “Landlord Blues”, “Jealous Heart” e “I Quit My Pretty Mama”.


  Repetiu a dose na MGM Records lançando os hits “I Almost Lost My Mind”, “S.P. Blues”, “I Need You So” e “It’s A Sin”. Talentoso, Hunter era hábil em cantar nos estilos Pop, Spirituals e baladas. Antes de morrer de câncer em 1974 realizou grande concerto beneficente em Nashville.

Big Maybelle: Cantora de carreira problemática por causa de drogas





Luís Alberto Alves

 Big Maybelle (foto) foi descoberta quando cantava numa igreja em 1935, aos nove anos de idade. O líder da banda Memphis, Dave Clark, percebeu que a garota tinha futuro no ShowBiz. Ao acabar o grupo, ela foi cantar na orquestra de Christine Chatman, com quem gravou pela primeira vez para a Decca Records em 1944.

 Três anos depois entrou na King Records, onde passou a assinar com o nome artístico de Big Maybelle. Em seguida entrou na OKeh Records, subsidiária da CBS Records. Seu estilo de interpretar Blues, aos gritos, ficou marcante no hit “Blues Gabbin, numa parceria com Rose Marie McCoy.

  Depois ela soltou as canções “Way Back Home” e “My Country Man”, ambas explodindo nas paradas. Em 1955 gravou pela primeira vez o hit “Whole Lotta Shakin ´Goin´On”, mais tarde sucesso na voz de Jerry  Lee Lewis.

 Logo virou atração no circuito de clubes de Black Music, interpretando baladas emotivas e comédias. Ao sair da OKeh Records para a Savoy, deixou gravado o álbum Candy, de 1956, que explodiu em 1959 num filme de Newport Jazz Festival.


 Big teve muita influência na Soul Music da década de 1960, principalmente no discos que lançou pela Brunswick Records, Scepter e Chess Records. Quando entrou na Rojac Records, em 1966, foi aconselhada a gravar sucessos pop do Beatles e Donovan e fez algum sucesso com os hits “‘Don’t Pass Me By” e “96 Tears”, essa última escrita por Rudy Martinez. Infelizmente a carreira de Big teve muitos problemas por causa do seu vício em drogas, que acarretou sua morte aos 58 anos.

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Mel Walters: A sombra de Teddy Pendergrass



O estilo de cantar de Walters é igual ao de Teddy Pendergrass

Luís Alberto Alves

 Mel Walters, ainda na adolescência, já cantava em clubes de R&B da cidade de San Antonio, Texas, onde nasceu em 1956. Mais tarde engrossou o coro da igreja. Depois passou algum tempo como DJ na rádio daquela cidade, mas encontrava oportunidade para cantar em bases militares dos Estados Unidos.

 Começou a atrair atenção no circuito de R&B em 1996 e dois anos depois ganhou o Jackson Music Award. De sua voz saíram os sucessos: “Hit It And Quit It” e “Got My Mhiskey”, do terceiro álbum, Woman In Need. Walters recebeu forte influência de Teddy Pendergrass, principalmente no estilo vocal suave e inclinação para cantar baladas.


 No quarto álbum soltou o single “Hole In The Wall”. Depois vieram outros como: “Shoes Man”, “Show You How To Love Again”, “How Can I Get Next To You” e “The Smaller The Club”. Sem grandes pretensões virou atração nas rádios populares.

Willie Clayton: A voz gostosa da Soul Music de Chicago


Clayton gravou o primeiro disco aos 14 anos de idade


Luís Alberto Alves

Willie Clayton nasceu no Mississippi, mas cresceu em Chicago. De voz gostosa, característica de vários artistas da Soul Music, conquistou diversos fãs, principalmente de Blues. Aos 14 anos, em 1969, gravou o primeiro disco por um selo obscuro de Dallas. Porém entrou de vez nas paradas em 1974 com o hit “ I Must Be Losing You” pela subsidiária Pawn Hi Records.

 Desde o lançamento produziu um grupo boas canções, batizadas de Soul Blues, primeiro de Memphis e mais tarde de Chicago, mantendo viva as raízes da Música Afro/Americana contemporânea. Sua produção raramente estourava nas paradas de sucesso nacionais. Fazia estrago regionalmente.


 Por uma pequena gravadora de Nashville soltou os hits “Tell Me” e “‘What A Way To Put It”, ambos produzidos pela General Crook, de Chicago. No final da década de 1980, após passagem ruim pela Polydor Records, Clayton voltou ao som de casa, lançando vários álbuns de qualidade nas décadas de 1990 e 2000.


Bunny Sigler: Compositor de Ouro da Philadelphia Records



Luís Alberto Alves

 Bunny Sigler (foto), nascido Walter Sigler, em 27 de março de 1941, na Filadélfia, fez o próprio marketing ao fazer uma coletânea de antigos hits de R&B da década de 1960 como: “Let The Good Times Roll/Fell So Good” e “Lovey Dovey/`You’re So Fine”. No começo da carreira já fazia parte do grupo The Opalas, gravando disco em 1959 pela Philadelphia V-Tone.

 Após completar 60 anos, Sigler deixou de lado a gravação de discos para centrar fogo na escrita de canções, inclusive para Jackie Moore, Joe Simon, Three Degrees, O´Jays, Intruders e Billy Paul, maioria artista da Philadelphia International Records.


Em 1973  retornou as paradas com remake de um velho hit de Bobby Lewis. No final da década de 1970 gravou hits da Disco Music na Gold Mind Records, garantindo seus maiores sucessos: “‘Let Me Party With You” e “Only You”, este último gravado com Loleatta Holloway.

Jimi Hendrix: Há 44 anos as drogas matavam o maior guitarrista do mundo




Jimi Hendrix foi considerado um dos maiores guitarristas do mundo

A banda que teve o privilégio de fazer o último show da vida de Hendrix, horas antes de sua morte

Luís Alberto Alves

 O show da banda de Funk (o legítimo dos Estados Unidos) War entraria para história naquele final de semana de 18 de setembro de 1970. Embalados pelo sucesso e escorados no lema “Faça Amor, Não Faça Guerra”, o grupo criado em Los Angeles no final de 1969 resolveu espalhar, por meio de canções, paz e harmonia. As vozes eram as armas e músicas as munições contra o sistema, comandado pelo presidente truculento Lyndon Johnson, que foi o vice de John Kennedy assassinado em 1963.

  Este som eletrizante levou Jimi Hendrix à apresentação da banda War no Ronnie Scott Club de Londres. Ele não conseguiu permanecer muito tempo sentado e logo subiu ao palco para dar uma canja. Tocou várias canções, enriquecendo as melodias com seus inesquecíveis solos de guitarra. 


Ao final do show, Hendrix retornou ao hotel e nunca mais acordou. Antes de dormir tomou vários comprimidos de calmantes e morreu sufocado pelo próprio vômito. Desde a adolescência não conseguia suportar a perda da mãe e a ausência do pai. Procurou refúgio no tenebroso mundo das drogas. Perdeu a vida aos 28 anos. 

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Walter Beasley: Um dos saxofonistas mais vendidos do mundo







Beasley é professor no conceituado Berklee College of Music

Luís Alberto Alves

 Walter Beasley é um saxofonista americano, professor de música na Berklee College of Music, e fundador da Affable Publishing and Records Affable. Nascido na Califórnia, aos 13 anos já cantava em espanhol numa banda de Los Angeles. Na época de Ensino Fundamental e Médio participou de vários grupos musicais.

 Após se formar na Berklee em 1984, no ano seguinte assumiu o cargo de professor. Três anos depois lançou o primeiro disco solo. Desde 1998 é considerado um dos dez melhores saxofonistas mais vendidos do mundo.

 Cresceu fã com R&B e Funk dos Estados Unidos. Seu estilo mescla R&B e Jazz Contemporâneo. Não é apenas um saxofonista e cantor, mas também compositor e produtor. Já lançou 20 álbuns, o último em 2013: Live in the Club          



Marion Meadows: A pérola do saxofone soprano do Jazz



 
Meadows começou a tocar clarinete aos oito anos de idade
Luís Alberto Alves

 Nascido na Virginia, mas criado em Connecticut, Marion Meadows começou a tocar clarinete aos oito anos de idade, quando já estudava música clássica. Nessa época já ouvia vários artistas de Jazz, como Stanley Turrentine, Johnny Hodges, Coleman Hawklins e Sidney Bechet.

 A boa impressão causada pelo estilo de tocar saxofone soprano o levou a adotar este instrumento como parceiro. Para refinar a técnica estudou no Berklee College of Music, onde estudou arranjo e composição. Também teve ajuda de feras como Joe Henderson, Dave Liebman e Eddie Daniels. Ganhou experiência profissional ao lado do baterista Norman Connors. Também trabalhou nas bandas de apoio de Brook Benton, Eartha Kitt, Phyllis Hyman, Jean Carne, Temptations, Michael Bolton, Angela Bofill e Will Downing.

 No final da década de 1980 entrou no grupo Avant Gard, antes de assumir o Smoth Jazz como praia musical. Conta a lenda que enquanto esperava o trem na Grand Central Sation começou a tocar e explorar acústica incomum daquele edifício. Acabou ouvido pelo compositor Jay Chattaway, que o apresentou a Bob James.

 Era o empurrão para entrar na gravadora dele. Em 1991 chamou a atenção da crítica especializadas por causa do excelente álbum lançado no selo de James. Meadows é aventureiro do que muitos jazzistas. Não teve vergonha de incorporar sons latinos ao lado de formas mais tradicionais da Black Music dos Estados Unidos. Fez o mesmo com gêneros do Oriente.