Reportagens com clipes descrevendo histórias de artistas famosos,
principalmente de intérpretes da Black Music, além de destacar a importância do Blues no Showbiz.
Como pianista e produtor, Karukas é muito conhecido no Smoth Jazz
Luís Alberto Alves
Gregory Harry "Gregg" Karukas é
conhecido no Smoth Jazz como grande artista na área de produção e pianista.
Ainda na infância começou a tocar bateria, guitarra, trompete e teclados. Na
adolescência assumiu o lado pianista e passou ao profissionalismo.
Defensor do sintetizador, aos
16 anos estreou um dos primeiros Minimoogs e ajudou a criar o grupo Fusion East
Coast, ao lado de ex-pilotos da Força Aérea dos Estados Unidos, e passou a
navegar de vez na praia do Jazz. O time aumentou com a entrada de Shannon Ford,
Carl Cable e Wink Robinson. Mais tarde vieram Michael Manring, Gerry Kunkel,
Joe Dougherty e Steve Bloom na percussão.
Após mudar para Los Angeles, em 1982,
desenvolveu estilo melódio e a Soulful fez dele um dos pilares do Smoth Jazz
naquela cidade. Karukas é conhecido por escrever letras que afloram emoções
fortes. Dois de seus mais conhecidos singles são: “Girl in The Red Dress” e “Nightshift”.
Também colaborou com o compositor brasileiro Dori Caymmi e Ricardo Silveira em
vários projetos, produzindo e arranjando. Em 2013 ganhou o Grammy de Melhor
Álbum New Age. Firmou o burro na sombra ao criar a própria gravadora, a
Nighttowl Records.
Euge Groove estudou piano antes de partir para
o saxofone, ainda no Ensino Médio. Na universidade de Miami passou a gostar de
Jazz. Passou a tocar no All American College Band no parque da Disney World, em
Orlando. Em 1984, aos 22 anos, concluiu o mestrado em Música, e começou o
período de dedicação total a essa nobre arte.
Simpatizante do saxs alto, tenor e clarinete,
tocou em bandas de Pop Music. Em 1987 foi para Los Angeles e junto com James
Slater escreveu o hit “Hearts On Fire”, gravado por Richard Elliot, quando ele
saiu em carreira solo. Aliás, a vaga ficou com Groove na Tower of Powers, onde
Elliot tocou vários anos.
Também emprestou o talento no grupo Huey Lewis
and The News. Em 1990 saiu numa turnê com Richard Marx, depois emendou com Joe
Cocker e Eros Ramazzotti. De 1997 em diante gravou com Aaron Neville, Bonnie
Raitt, Paula Abdul e Elton John.
No final da década de 1990 Groove resolver
pausar a agenda de shows para trabalhar num projeto solo, do qual saiu o
primeiro álbum. É desta época o codinome artístico Euce Groove. A canção “Romeo
And Juliet”, composta em Verona durante turnê com Ramazzotti, estourou na
internet. O sucesso o levou para Warner Brothers Records em 2000.
Nesta nova década emendou outra viagem de
apresentações com Joe Cocker, além de trabalhar com Tina Turner, no seu vídeo
especial de aniversário, gravado em Londres. Paralelo a isso soltou o single “Vinyl”.
O hit ficou mais de dois meses nas paradas de sucesso da Inglaterra, rendendo o
prêmio de Melhor Artista Breakout do Ano. Groove continua transitando bem entre
as praias do Jazz e Pop.
Elliot mescla o som da Motown Records e Rock na suas canções
Luís Alberto Alves
O escocês Richard Elliot traz em suas canções
a mescla do som da Motown Records e Rock, com pitadas de R&B. Estourou na
década de 1960 e início da de 1970. Como saxofonista foi outro sangue novo no
Jazz. Aliás, o responsável pela queda a esse gênero da Black Music é craque
Dexter Gordon. Com ele Elliot aperfeiçoou suas habilidades e encontrou muito
trabalho nos estúdios de Los Angeles ao lado de artistas como Natalie Cole,
Pointer Sisters e Melissa Manchester.
De 1972 a 1987 tocou na banda Tower of Power,
onde começou a escrever o nome na galeria dos gigantes do Jazz. Logo lançou
seus próprios discos e estourou nas paradas de sucesso. Gravou pela Manhattan
Records várias canções, passando em seguida para Blue Note Records e caiu no
gosto popular.
No final da década de 1990, Elliot já tinha
pique para produzir seus álbuns prevalecendo o seu gosto. Todos no estilo
R&B. O ecletismo dele fisgou novos músicos e flertou com a Salsa. A
habilidade para tocar sax tenor e soprano lhe garantiu vida longa nesta sinuosa
e traiçoeira estrada do sucesso.
Mindi
Abair literalmente nasceu no mundo da música. De família de artistas, ganhou
vida durante uma turnê e ficou na estrada até os cinco anos. Criada na Flórida
estudou piano e começou a tocar saxofone aos oito. Logo chegou à banda da
escola em Coachman Park de Clearwater, depois freqüentou o conceituado Berklee
College of Music, para em seguida fixar morada em Los Angeles.
Dali criou o próprio grupo e colocou os pés na
estrada, incluindo acompanhamento a artistas como Backstreet Boys, Jonatham
Butler, The Gap Band, Bobby Lyle, Mandy Moore, Adam Sandler e John Tesh. Após
essa experiência rumou para carreira solo na praia do Smoth Jazz participando
de inúmeros festivais.
Em 2006 lançou o primeiro álbum, trazendo
convidados como Lalah Hathaway e Keb ´Mo´ e trabalho ao lado do guitarrista
Peter White. Nos seus CDs teve acompanhamento do pianista Russel Ferrante e do
organista Ricky Petersen e do pai, o saxofonista Lance Abair. Entre suas canções
mais famosas, estão: “Lucy”, “Save The Last Dance” e “Flirt”. Mindi toca sax,
flauta e teclados e canta suavemente.
É da cidade de Youngstown, Ohio, que surgiu Booker Newberry III (foto), especialista em canta Soul. O começo da carreira foi na banda local,
Mystic Nights, em 1971, aos 15 anos.
Encontrou a fama quando resolveu ir para Filadélfia e ali formou o
quinteto Sweet Thunder.
Logo emplacou nas paradas, de 1978, o hit “Baby,
I Need Your Love Today” gravado na WMOT Records. Pularam para Fantasy Records.
No selo anterior lançaram três discos. Em 1979 o grupo se separou.
Durante pouco tempo Newberry trabalhou com o
The Group Impact. Em 1983 assinou contrato na Boardwalk Records e soltou o
álbum Love Town. O ano de 1984, já na Malaco Records, voltou às paradas.
Repetiu a dose em 1986, com o disco Take A Piece Of Me, nas paradas de R&B
dos Estados Unidos.
Antes de chegar ao auge, Arrington tocou em várias bandas de Ohio
Luís Alberto Alves
Steve Arrington é cantor, compositor,
bateristas, produtor musical, engenheiro e ministro da palavra do Senhor.
Nascido em Dayton, Ohio, tocou em várias bandas daquela cidade até aprender
percussão latina e passar a trabalhar com Coke e Pete Escovedo e Sheila E.
Em 1975
uniu forças com a banda de Funk Slave, onde virou baterista e backing vocal. Colocou
voz nos hits “Just a Touch of Love”, “Watching You” e “Wait for Me”. Sete anos
depois saiu do conjunto, deixando nas paradas de sucessos os singles: “Weak At
The Knees” e "Nobody Can Be You But You".
Seu disco de maior sucesso em carreira solo
foi Dancin' in the Key of Life. Esse single passou três semanas no segundo
posto nas paradas de Disco Music. Outro single, “Feel So Real” ficou nos
primeiros lugares nas pistas de dança e rádios do Reino Unido.
Cansado das falsidades do show biz, aceitou
Jesus Cristo em 1984 para mais tarde ser ungido pastor. Seis anos após deixou
de lado a Pop Music. Em 2009 lançou CD de R&B e Funk, Pure Thang. Repetiu a
dose dois anos depois, soltando o CD Love, Peace and Funky Beatz.
Como bom músico, Narada já produziu lindos discos para outros artistas
Luís Alberto Alves
Narada Michael Walden é conhecido por tocar
diversos instrumentos, especialmente teclados, além de ser bom vocalista,
compositor, arranjador e produtor. Com dez anos de idade teve as primeiras
lições de músicas. Para deixar os ouvidos mais sensíveis passou a curtir discos
de bandas de rock como The Who e Soulful e R&B como Temptations.
Aos 18 anos, em 1970, formou a dupla The
Ambassadors, para depois entrar na Michigan University. Em 1973 criou um trio
de rock progressivo, The New McGuire Sisters, liderado por Sandy Torano, antigo
membro da banda Edgar Winter.
Em 1974 já estava na Mahavishnu Orchestra.
Viajou a Londres para gravar o álbum Apocalypse, que teve a participação do
guitarrista Jeff Beck. Ele gostou tanto do talento de Narada, que o convidou
para retornar e fazer outros trabalhos com George Martin (maestro produtor de
todos os álbuns dos Beatles). Dessa experiência saiu o disco Wired, que teve
quatro canções de Narada.
Mais tarde encontraria o roqueiro Carlos
Santana e as meninas da banda Pointer Sisters. Após o fim da orquestra
Mahavishnu em 1975, começou a batalhar para lançar seu primeiro disco solo na
Atlantic Records, antes de entrar no conjunto de Tommy Bolin até a morte do
guitarrista.
Conseguiu emprego com Roy Buchanan e produziu
o álbum Here & Now para Don Cherry. Só em 1976 conseguiu tirar da gaveta o
tão sonhado álbum solo, antes de montar a própria banda para turnês pelos
Estados Unidos. Os primeiros três discos tinham grandes doses de canções
religiosas, amparadas em bons arranjos de Jazz e Funk. Não vendeu bem.
O ano de 1980 trouxe dois singles: ‘Tonight
I’m Alright” e “I Shoulda Loved You”. Ambos estouraram nas paradas britânicas.
Sua influência reduziu no mercado musical dos Estados Unidos, embora tenha
conseguido emplacar nas paradas o hit “Gimme Gimme Gimme”, dueto ao lado de
Patti Austin.
Antes em 1981 produziu um lindo álbum para
Stacy Lattisaw. Sete anos depois retornou às paradas britânicas com o single “Divine
Emotions”, mas não soube administrar o seu sucesso.
O sucesso das meninas do Stargard durou menos de dez anos
Luís Alberto Alves
Stargard foi uma banda de Funk (legítimo dos Estados Unidos)
formada por Rochelle Runells, Debra Anderson e Janice Williams.Viraram capas de revistas em 1977 por causa
do hit “Theme Song of Which Way Is Up?”, escrita pelo compositor de milhares de
sucessos do Temptations, Norman Whitfiel. A canção serviu de tema para o filme
estrelado por Richard Pryor.
No ano de 1978 entraram na MCA
Records e chegaram aos primeiros lugares das paradas dos Estados Unidos. O
segundo álbum What You Waitin' também manteve o grupo nas alturas. Depois
mudaram para a Warner Bros Records, destacando o single “Wear It Out”, com
parte da produção nas mãos de Verdine White, baixista da banda Earth, Wind
& Fire.
Debra Anderson saiu do grupo e as
duas vocalistas, Rochelle e Janice ainda conseguiram gravar mais dois discos:
Back 2 Back (Warner Bros) em 1980 e Nine Lives (MCA) dois anos depois. A partir
dai desapareceram do cenário artístico da Black Music dos Estados Unidos.
Lloyd Grimes era o nome verdadeiro de Tiny
Grimes. Nascido na Virginia em 1916, depois de muito tocar bateria e piano,
escolheu o violão como instrumento. Incomum entre guitarristas, usava apenas
quatro cordas. Foi um dos primeiros a usar amplificação elétrica.
No final dos anos 30 e início dos anos 40, ele
trabalhou em Nova York, atraindo grande atenção quando se juntou Slam the Became. No começo da década
de 1940 participou de vários grupos pequenos, semeando as sementes do Bebpop
entre artistas como Charlie Parker, por exemplo.
Ajudou romper barreiras tocando também Rock e
coktail lounge Jazz, quando a situação financeira ficava apertada. Nos anos de
1970 e 1980 rodou o mundo mostrando o talento em clubes e festivais até morrer
em 1989.
Thelma fez muito sucesso no final da década de 1940
Luís Alberto Alves
Thelma “Baby Doll” Cooper colocou fogo no
Blues. Nos seus discos tinha a boa cozinha da Orquestra de Doc Bagby, que
produziu vários hits no final da década de 1940, incluindo "Cute Pappa,"
"Boyfriends," e “Oooh! Daddy." As letras das canções de Thelma
deixavam bem claro o seu interesse por homens, inclusive na célebre música “I
Want a Man”, mas o nome correto da canção era “"I Want a Man for Christmas”,
talvez para não passar sozinha nesse feriado. O curioso é que o hit não passava
de composição natalina, sem nenhum tipo de sacanagem na letra.
Na canção “Cute Pappa” é bem clara a sintonia
de Thelma com o parceiro Doles Dickens. Durante muitos anos ele ficou conhecida
por ter nome semelhante ao de Dolly Cooper, que usando o codinome de Little
Clydie entrou para a história ao gravar o hit “Big Rock Inn”, descrito como uma
das grandes gravações do Rock por uma mulher negra. Até hoje ninguém sabe se de
fato Thelma usou o nome de Little Clydie para fazer essa gravação.