Reportagens com clipes descrevendo histórias de artistas famosos,
principalmente de intérpretes da Black Music, além de destacar a importância do Blues no Showbiz.
Callier foi ignorado pela crítica especializada durante muitos anos
Luís
Alberto Alves
Em 1945 nascia em Chicago Terry Callier. Amigo
de infância do Soulman Curtis Mayfield, cresceu cantando nas ruas daquela
cidade, fazendo parte de vários grupos de Doo Wop. Aos 18 anos entrou na Chess
Records para lançar o single “Look At Me Now”, porém o álbum de estréia gravado
em 1965 pela Prestige Records saiu quatro anos depois, porque o produtor sumiu
com as fitas originais.
O disco misturava Soul, Folk e Jazz.
Infelizmente ele nunca recebeu elogios pelo excelente trabalho, mesmo lançando
bons álbuns pela Cadet e Elektra Records na década de 1970. Em 1983 Terry
resolveu se aposentar da música e foi trabalhar de programadora de computador
na Universidade de Chicago.
Mesmo ausente do circuito, sete anos depois,
os DJs de Acid Jazz britânico, Gilles Peterson e Russ Dewbury reviveram as canções
de Terry nas pistas de dança do Reino Unido. Ele não resistiu e gravou um álbum
ao vivo, trazendo novos hits, recebendo boas críticas de celebridades como Paul
Weller e Beth Orton. Em 2003 saiu o remix Total Recall.
A banda fez muito sucesso no início da década de 1970
Luís
Alberto Alves
O grupo The Ebonys é de New Jersey e fizeram
muito sucesso no início da década de 1970. Era formado por Jenny Holmes, David
Beasley, James Tuten e Clarence Vaughan. A marca registrada do grupo consistia
num barítono na liderança respondendo com falsete na segunda voz.
Também foram descobertos pela dupla de
produtores, inventores do Som da Filadélfia, Gamble e Huff. Gravaram vários
discos pela Philadelphia International Records e chegaram às paradas com os
hits: “You´re The Reason Why” (1971) e “It´s Forever” (1973).
Três anos depois entraram na Buddah Records,
mas tiveram pouco sucesso. Só
conseguiram obter êxito com o single “Making Love Ain´t No Fun (Without The One
You Love”. Depois desapareceram do mundo artistico.
A banda foi descoberta pela dupla de produtores Gamble e Huff
Luís
Alberto Alves
Essa banda foi formada na Filadélfia em 1960. Tinha como integrantes Eugene “Bird” Daughtry, Phil
Terry, Robert “Big Sonny” Edwards e Sam “Little Sonny” Brown. Eram
amigos dos produtores Gamble e Huff, mais tarde criadores do The Philly of Sound.
Naquela década fizeram muito sucesso com os
hits “(We´ll Be) United”, “Together” e “Cowboys To Girls”, quando venderiam 1
milhão de discos, antecipando o lindo e famoso Som da Filadélfia, criados por
Gamble e Huff. Outro estouro nas paradas foi a canção “(Love Is Like A)
Baseball Game”, uma das melhores metáforas esportivas da Soul Music.
Em 1970 Sam Brown saiu do conjunto para entrar
Bobby Starr. Chegaram às paradas com “When
We Get Married”, “(Win Place or Show)
She’s A Winner”, “I´ll Always Love My Mama” e “I Wanna Know Your Name”.
Na década de 1980 Daughtry reviveu a banda
gravando a canção “Who Do You Love?”, mas de curta duração. Em 1994 morreria de
câncer e Brown iria se matar no ano seguinte. Starr prosseguiu liderando uma
versão ao vivo do grupo. Apesar da boa qualidade de suas composições, a banda
perdeu terreno para os concorrentes The O´Jays e Harold Melvin and The Blue
Notes, todos produzidos por Gamble e Huff.
O grupo gravou uma das canções mais famosas da época: "Book Of Love"
Luís
Alberto Alves
Formada em 1955, em Newark, New Jersey, a
banda The Monotones gravou uma das mais memoráveis canções novidade Doo-Wop dos anos 50, "Book
Of Love '. O grupo era um sexteto, Warren Davis, George Malone,
Charles Patrick, Frank Smith, John Ryanes e Warren Ryanes. O início deles foi
num coral da igreja ao lado de Dionne Warwick e Cissy Houston (futura mãe de
Withney Houston), antes de criar o próprio grupo.
Em 1956, eles apareceram no programa de televisão
Amateur Hour de Ted Mack, cantando a canção da banda The Cadillacs: “Zoom”. Ganharam
o primeiro prêmio e começou a pensar mais seriamente em uma carreira na música.
Inspirado por um comercial de televisão para creme dental ('Você quer saber
onde o amarelo foi depois de escovar os dentes com Pepsodent'), Patrick, Malone
e Davis escreveu “Book Of Love” para uma melodia similar.
Eles gravaram na Bell Studio, em New York e foi
lançado pelo pequeno selo da Mascot, subsidiária do Hull Records. Em seguida,
foi pego por Argo Records para distribuição nacional e, finalmente, chegou a
número 5 nos EUA.
O grupo estava em turnê quando o hit entrou
nas paradas, e meses se passaram antes que eles tivessem a chance de gravar um
follow-up. Um single chamado 'Tom Foolery' foi lançado, mas falhou nas paradas;
o terceiro, "The Legend Of Sleepy Hollow", foi um recorde, estourando
nas rádios. Infelizmente o grupo desistiu da carreira artística, embora membros
nãos originais fizessem turnês na década de 1990 usando o nome do conjunto.
A banda The Five Keys deu nova roupagem ao
R&B nos Estados Unidos e revolucionou o Blues no começo da década de 1950.
Formado inicialmente com o nome de The Sentimental Four em Newport News,
Vírginia, em 1945, o grupo era composto por Rudy West, primeiro tenor; Bernie
West, baixo, Ripley Igram, oitava tenor, Raphael Ingram, segundo tenor e James Descei
Smith, segundo tenor.
Em 1949 mudaram o nome do conjunto para The
Five Keys. Nessa época entrou o guitarrista Joe Jones e Maryland Pierce. Com o
pianista Joe Jones, sem nenhum parentesco com o guitarrista, gravaram o hit “The
Glory of Love”, estourando nas paradas dos Estados Unidos, mesclando padrões
antigos e originais do R&B.
O ano de 1952 marcou a saída de Rudy West para
o Serviço Militar, cedendo o lugar para Ulysses K. Hicks. Em 1954 pulou fora do
barco Dickie Smith, abrindo vaga para Ramon Loper. Entraram na Capitol Records.
Aprofundaram mais o som do Blues, mesclado ao Pop e maior instrumentação.
Explodiram com a canção “Ling, Ting, Tong”. Depois soltaram os hits “Close Your Eyes”, “Out Of
Sight, Out Of Mind” e o remake de “The Gypsy”. Em 1958 Rudy West e
Loper se aposentaram. Entraram no conjunto Thomas “Dickie” Threatt e Charles “Bobby”
Crawley, segundo tenor. Pegaram a época das vacas magras na King Records entre
1958 e 1961. Passaram a competir com as novas bandas de Rock.
Jesse Green é compositor, arranjador e produtor de discos de Black Music
Luís
Alberto Alves
Jesse
Green é um pianista americano de Jazz, compositor, arranjador e produtor. Seu
pai tocava trombone na big band Kathy Preston. A primeira influência musical
veio do primo Erin, que era expert em piano clássico. Aos sete anos começou a
estudar o instrumento. Dois anos depois entrou na banda de show da escola. Aos
dez anos chegou à final de um concurso de caça talentos. Venceu executando um
hit de Count Basie.
No Ensino Médio
já tocava trombone em diversas bandas, como District Concert Band, Regional
Concert Band, All-State Jazz Ensemble, Fred Waring’s U.S. Chorus, National
Honors Jazz Band, District Chorus Instrument Ensemble, and the John Philip
Sousa Memorial Concert Band. Durante o primeiro ano a escola virou
membro da Universidade East Stroudsburg Jazz Ensemble. Durante cinco temporadas
foi pianista na celebração do the Arts Festival Cota, grande banda fundada por
Phil Woods.
Como estudante na Universidade de East
Stroudsburg, Green tocou trombone na Banda de Concerto e Brass Ensemble e piano
no Jazz Ensemble. Com este Jazz Ensemble, ele fez apresentações com Clark
Terry, Lew Tabackin, Freddie Hubbard, Al Grey, Urbie Green, Phil Woods Dave
Liebman, Benny Carter, e Jimmy Heath. Como trombonista, Jesse foi selecionado
dois anos em uma fila para a Banda de Concerto Inter-Collegiate.
Aos 17 anos ganhou o Prêmio Nacional Downbeat
Student para "Melhor Composição Alargada e Arranjo" com seu meio
original & Half. Desde então, ele escreveu muitos outros arranjos para big
band, bem como pequenos grupos. Em 1992
entrou na Chiaroscuro Records. Seu álbum de estréia, Lift Off, apresentou Paul
Rostock no baixo, Bobby Durham na bateria, e convidado Joe Cohn na guitarra. O
segundo disco, Sea Journey, foi lançado em 1995. Esta foi uma gravação ao vivo
no SS Noruega e incluiu Jackie Williams na bateria, Michael Moore no baixo, e o
convidado Gary Burton em vibes.
Neste mesmo ano Jesse apareceu com o Urbie
Verde Quintet na Royal Caribbean "Majesty of the Seas"; uma gravação
ao vivo do quinteto, Mar Jam Blues, lançado em 1997. Já o CD Sylvan Treasure,
de 2002, contou com saxofonistas Phil Woods, Dave Liebman e Chris Potter, assim
como Pat Dorian no trompete, Bruce Cox na bateria, e Frank Hauch no baixo. Green
foi selecionado em 2002 no quarto lugar na maior competição de piano de jazz, o
Piano Competition Martial Sola Jazz, realizado na França. Dois anos depois
chegou ao primeiro posto, no Grande Concurso de Piano de Jazz Americano, em
Jacksonville, Flórida.
Burning Spear é outro grande representante do Reggae de raiz da Jamaica
Luís
Alberto Alves
Winston Rodney mais conhecido pelo nome
artístico de Burning Spear é um cantor de Reggae de raiz da Jamaica e um dos
mais influentes artistas deste gênero a partir de 1970. Nascido em Saint Ann
Bay, na juventude era fã de R&B, Soul e Jazz, que ouvia das rádios dos
Estados Unidos. Recebeu grande influência de Curtis Mayfield e James Brown. A
pitada política nas suas canções veio do ativista Marcus Garvey, principalmente
em relação aos temas do Pan Africanismo e autodeterminação.
Em 1969, Bob Marley sugeriu que Burning
mantivesse contanto com o Studio One, selo de Coxsone Dodd. Nesse mesmo ano
lançou o single “Door Peep”, que incluiu o saxofonista Cedric Brooks na
gravação. Como trio lançou diversos hits na Dodd e dois álbuns antes de ir
trabalhar com Jack Ruby, em 1975, onde lançou a canção “Marcus Garvey”, seguida
de "Slavery Days". Logo depois soltou o disco Marcus Garvey, que o
levou para a Island Records.
A partir de 1976 adotou o nome artístico de
Burning Spear e passou a produzir os próprios discos. Três anos após fez show
com capacidade esgotada no Rainbow Theatre de Londres, resultando num álbum ao
Vivo. Em 1980 saiu da Island Records e entrou na EMI Records, estreando o selo
Hail HIM, gravando no estúdio Tuff Gong de Bob Marley, sendo auxiliado pelo
produtor Aston Barret.
Em 1985 foi indicado ao Grammy. Retornou à
Jamaica no começo da década de 1990 e lançou dois discos antes de voltar a
Heartbeat. É dessa época os álbuns:
The World Should Know (1993), Rasta Business (1995), Appointment with His
Majesty (1997) e o que lhe deu o Grammy,
Calling Rastafari (1999). Spear passou
vários anos em turnês e gravando discos ao vivo, incluindo Burnning Spear Live
in Paris, Live in South Africa, Live in Vermont, Peace and Love Live, Live at
Montreux Jazz Festival and (A)live 1997.
O passar dos anos sofisticou a música de
Burning, com ele colocando toques de Jazz e Funk em suas canções. Essa postura
ajudou a ganhar o segundo Grammy em 2009, com o CD Jah Is Real. Apoiado na sua
empresa, Burning Music Production, criada em 1980, manteve sob controle todos
seus álbuns. Já lançou 40 singles, CDs, DVDs e discos de vinil, muitos deles em
edição de luxo, incluindo faixas bônus e making of das gravações.
Nome Kendrick é em homenagem ao talentoso vocalista da banda Temptations
Luís
Alberto Alves
Kendrick Lamar é outro grande talento do Hip
Hop. Em 2004 assinou com a Indie Records, para oito anos depois fazer joint
venture com a Aftermath e Interscope Records. Ficou conhecido por ser membro da
West Coast Hip Hop de Black Hippy, ao lado de outros companheiros de gravadora
e rappers com sede na Califórnia.
Começou
a sentir o gosto da fama em 2010, após lançar o CD Dedicated. No ano seguinte
veio com o primeiro álbum independente, Section, exclusivo no iTunes. Elogiado
pela crítica, entrou na lista dos lançamentos de Hip Hop digitais do ano.
Antes de explodir, Lamar acumulou muita
experiência na internet e ali trabalhou com artistas como Dr.Dre, Drake, Young
Jeezy, Talib Kweli, Warren G e Lil Wayne entre outros. Mas quase no final de
2012 que ele estourou de vez com Good Kid, M.A.A. D, cheio de hits polêmicos
iguais as faixas "Swimming Pools (Drank)", "Bitch, Don't Kill My
Vibe” e "Poetic Justice". Ganhou Disco de Platina.
No começo de 2013, a MTV coroou Lamar o rapper
número 1 em sua lista anual. Também recebeu sete indicações ao Grammy, incluindo
a de Melhor Artista Novo, Álbum do Ano e Melhor Canção RAP. Era o prêmio para
menino batizado com o mesmo nome de Eddie Kendricks, vocalista dos Temptations
na década de 1970. Desde criança Lama já apresentava talento artístico. Aos 16 anos chamou atenção da Top Dawg Entertainment
(TDE), ao produzir a mixtape Youngest Head Nigga in Charge (Hub City Threat:
Minor of the Year). Dai para frente o resultado todos sabem.
Pusha T é outra estrela da Black Music que saiu do Bronx
Luís
Alberto Alves
Terrence Thornton é o nome verdadeiro de Pusha T, conhecido pelo duo com o irmão Gene, no hit “No Malice”. Ele é o co-fundador
e diretor co-presidente executivo (CEO) da Re-Up Records. Em setembro de 2010,
Thornton anunciou assinatura com a
gravadora de Good Music Records, onde lançou o primeiro projeto solo, a mixtape Fear of God, para depois sair o CD
My Name Is My Name em 2013.
Pusha T foi criado no bairro barra pesada do
Bronx, em Nova York. Ali que nasceu o duo Clipse. Com ajuda do produtor musical
Pharell Williams entraram na Elektra Records em 1997, lançando o álbum solo
Footage, único disco por aquela gravadora. Terrence era o que dia mais dinheiro.
Em 2004 criaram a gravadora Re Up Records, formando o grupo de Hip Hop Re Up
Gang, com os colegas Ab Liva e Sandman.
Em 2006 soltaram o terceiro disco de estúdio e
o mais comercial, Hell Hath No Fury, elogiado pela crítica. Três anos depois
veio Clipse e depois resolveram dar um tempo na dupla. Após entrar na Good
Music Records, em 2010, Pusha T apareceu em diversos projetos de colegas de
gravadora, como Kanye West My Dark Fantasy.
Logo depois ele começou a trabalhar em seu primeiro EP Fear of God II: Let Us
Pray, que inicialmente incluía quatro canções da mixtape e cinco novas canções.
Em 31 de agosto de 2011, Thornton
assinou contrato com a Def Jam Records.