Tyner começou a estudar piano na adolescência |
Luís
Alberto Alves
Alfred McCoy Tyner,
nascido em 1938 na Filadélfia, começou a estudar piano na adolescência, antes
de juntar forças ao Jazztet, liderado por Benny Golson e Art Farmer 21 anos
depois. Em 1960 estava ao lado de John Coltrane e ficou com ele até 1965,
quando se tornou conhecido como tenorman, por causa do quarteto clássico,
fazendo várias turnês internacionais e gravando diversos álbuns, incluindo os
célebres Impressions (1963) e A Love Supreme (1965).
Com apoio de vários artistas do Jazz começou a
gravar usando o próprio nome. Ao longo da década de 1970 excursionou e gravou
geralmente com um quarteto ou quinteto. Vários de seus discos conquistaram
sucesso de crítica e público. Permaneceu em turnê e gravando nos anos de 1980,
na maioria das vezes como líder, mas também tocando ao lado de Sonny Rollins no
Milestone Jazzstars.
No início da carreira, Tyner foi influenciado
por Bud Powell, Thelonious Monk e Art Tatum, mas durante o tempo que passou com
Coltrane desenvolveu o próprio estilo. Não se contentou em usar apenas a mão
esquerda, mas tocando com as duas de forma vigorosa e forte emoção rítmica. Seu
contato instrumental e composição apresentam uma consciência harmônica
avançada.
Em alguns de seus discos, Tyner adotou
recursos estilísticos de outros campos da Música, incorporando elementos da
tradição clássica européia, africana e asiática. Inesquecível é o disco de
composições de Burt Bacharach, em 1997, onde mostra grande afeição para linha
Pop melódica. Em 200 retornou às raízes do Jazz.
Tyner é um dos seletos artistas que viveram e
prosperaram de forma criativa na era mais excitante do Jazz. Jovens talentos
como Joe Lovano, Christian McBride e Jeff Tain “Watts” são músicos que desejam
tocar como este grande sobrevivente do Jazz.