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Luís Alberto Alves/Hourpress

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Firmeza e carisma das meninas do Salt-N-Pepa


O feminismo está presente nas canções e atitudes da Salt N Pepa

Luís Alberto Alves

 O grupo Salt-N-Pepa surgiu no final da década de 1980, quando o hip-hop se preparava para se tornar um gênero musical dominado apenas por homens. As gatinhas do Salt-N-pepa, até seus DJs eram mulheres quebrou esse paradigma no hip-hop. Foram as primeiras artistas de rap a cruzar o mainstream pop, lançando as bases para aceitação generalizada desse ritmo no começo da década de 1990.

 As canções do grupo eram compostas de letras feministas, num sexy pop/oriented. Destaque para os hits “Push It” e “Shake your thang”. Elas desafiaram a lógica e foi uma das poucas bandas de hip-hop a desenvolver uma carreira longa. Ao lado de LL Cool J, o trio estourou nos anos de 1980 e 1990, chegando ao auge em 1994 com os hits “Shoop” e “Whatta Man”, chegando ao Top Ten.
A canção "Let´s Talk About Sexy" virou hit Pop até os dias de hoje

 A história delas começa numa loja Sears (que existiu no Brasil durante muitos anos) do bairro do Queens, Nova York, quando a colega de trabalho e o namorado resolveu fazer uma dupla de rap numa música que estava produzindo para Media Arts. Fizeram a resposta a Doug E. Fresh e Slick Rick “The Show”.

 O hit foi lançado como o single de “Super Nature” em 1985. Começava a carreira de Cool & Vicious Cheryl “Salt” James e Sandy “Pepa” Denton. Estouraram nas paradas. A dupla, agora chamada Salt-N-Pepa, assinou com a gravadora indie label Next Plateau. No ano seguinte produziram o disco Hot, Cool & Vicious, que teve a presença da DJ Pamela Green.

 Em 1987 voltaram às paradas com os hits "My Mike Sounds Nice," "Tramp," e "Chick on the Side".  Antes de um DJ de San Francisco fazer o remix do hit “push It” e de “Tramp”. “Push It” virou febre nos Estados Unidos. Acabou nomeado ao Grammy. Dois anos depois soltaram A Blitz of Salt-N-Pepa Hits: The Hits Remixed The remix album A Blitz of Salt-n-Pepa Hits, seguindo do terceiro álbum, Magic Blacks. Rendeu boas críticas e vendeu bem.

 A comunidade hip-hop gostou do disco, apesar de críticas de que as meninas tentavam cruzar hip-hop com Pop. Ficaram oito semanas no topo das paradas de rap e ganharam Disco de Ouro. Outro single do álbum, "Let's Talk About Sex" virou hit Pop até hoje, mais tarde regravaram a canção no estilo rap, com o título de "Let's Talk About AIDS."

Depois gravaram o quarto disco. Assinaram com a Polygram Records. Soltaram o álbum Was Catchy and Sexy Without Being a Sellout. A novidade foi um som novo, sofisticado e o sucesso chegou com o hit “ Shoop” nas paradas pop. O dueto “Whatta Man”, ao lado das meninas do Em Vogue”, rendeu o terceiro lugar nas paradas Pop e R&B de 1994.

 O último single do disco, "None of Your Business," fez pouco sucesso, mas ganhou o Grammy de Melhor Performance de rap de 1995.  Depois as meninas deram um tempo para desfrutar do dinheiro ganho com direitos autorais.


MC Lyte: A primeira mulher do Hip Hop a ganhar dois Discos de Ouro


Luís Alberto Alves

MC Lyte foi uma das primeiras rappers femininas a apontar o sexismo e misoginia no hip-hop. Passou a apresentar o tema em suas canções de forma aberta, ajudando que outras imitassem seu gesto, como Queen Latifah e Missy Elliott. Nascida e criada no Brooklin começou a cantar aos 12 anos de idade, gravando o single: "I Cram to Understand U," que a levou para sua primeira gravadora.
MC Lyte já ganhou dois Discos de Ouro

 Em 1988 lançou o álbum Lyte As a Rock. Depois soltou Eyes on This. A crítica considera seus dois melhores discos, especialmente o segundo, que gerou o single “Cha Cha Cha”, alcançado os primeiros lugares nas paradas de hip-hop, e faixa antiviolência “Cappucino” explodindo nas rádios e bailes.

 Três anos depois lançou Act Like you know, um soul mais burilado baseado nas canções de cantores do passado. Em 1993 gravou Ain't No Other, rendendo o single “Ruffneck”, que acabou indicado ao Grammy de Melhor RAP Único e ganhou o primeiro single de ouro, por uma artista feminina.

Depois foi para Elektra Records e ali soltou, em 1996, o álbum Bad As I Wanna B, num dueto com Missy Elliot na faixa "Cold Rock a Party,". Dois anos depois soltou “Seven & Seven, incluindo novas participações de Elliott, assim como de Giovanni Salah e LL Cool J.

 Além dos seus discos, MC Lyte juntou forças com outros artistas, como Xscape de Atlanta no álbum "Keep on Keepin' On", que virou trilha sonora de sunset park e ajudou Lyte ganhar o segundo disco de ouro individual. Depois apareceu em vários programas de tv, incluindo comédias.


 Aproveitou para investir em projetos sociais, incluindo campanhas contra a violência. Em 2001 a Rhino Records soltou cd com 16 faixas na coletânea The Very Best of MC Lyte. Em 2003 veio o CD Da Undaground Heat, Vol. 1.

Monie Love: A primeira dama do Hip Hop britânico



 Luís Alberto Alves

 Monie Love (Simone Wilson) nasceu em Londres em 1970 e na adolescência se destacou com o single “Ladies First”, autoria de Queen Latifah. Com jeito moleque, seus CDs às vezes estouram em outras derrapam, embora tenham sempre algum hit que estoura nas paradas. Exemplo disso ocorreu com Down to Earth de 1993.
Monie Love hoje tem um programa de rádio em Miami

 Nesses 44 anos Monie já fez seu nome nas rádios dos Estados Unidos. Figura respeitada no Hip-hop britânico, ela conseguiu o mesmo impacto junto aos americanos, contando com a proteção de Queen Latifah. Ela foi uma das primeiras artistas deste gênero a entrar numa grande gravadora, a Warner Bros.
 A música está no DNA do família. O irmão, Dave Angel, é músico e seu pai toca Jazz. A entrada no Showbiz foi como MC na Jus Bad equipe, junto com o DJ Pogo, Sparki e MC Mell´O. O grupo lançou o single “Free Style” pela Tuff Sulco Records em 1988.

 No ano seguinte estourou nos Estados Unidos cantando as canções “Ring My Bell”, “Ladies First”, “Doin ´Our Own Dang” e “Buddy” de De La Soul. Sua versatilidade e envolvimento na House Music a deixou mais a vontade na Black Music norte-Americana.

 Seu álbum de estreia, Down to Earth acabou indicado ao Grammy, por causa da faixa “Monie in the Middle", em que descreve o direito de a mulher ter o seu direito de escolha num relacionamento. Teve destaque também o hit “It's a Shame (My Sister)", escrito para a banda de Stevie Wonder.

 Em 1991 destacou-se no remix de Whitney Houston, “My Nam eis Not Susan”, quando apareceu no clipe dela. O ano seguinte teve repeteco com “Full-Term Love”, que fez bonito nas paradas de hip-hop.  O último lançamento de Monie ocorreu em 2000, no EP  Slice of Da Pie. Em 2013 apareceu cantando a faixa ““ Sometimes", de Ras Kass, no CD Barmageddon.


 De 2004 até 2006 trabalhou na WPHI FM 100,3 da Filadélfia. Atualmente mora em Miami, tem quatro filhos e mantém o programa First Ladies numa rádio local.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Linda Noyes: A simbiose de vários estilos musicais


Linda Noyes é típica menina prodígio, se envolvendo com música desde o início da infância

Linda Noyes, nascida Linda Marie Rodrigo em 1966 na cidade de Nova York é típica cantora índie, que gosta de canções Pop/Rock, Soul Music, além de compor, fazer arranjos, produzir e editar seus discos. O primeiro single de estreia: “Take You to Paradise” teve parte da produção, arranjos e desenvolvimento do projeto pelas mãos de sua filha de 16 anos, Samantha Noyes.

 No seu liquidificador musical entram Jazz, Soul Fusion, Dance, Funk, Electronic, Eclectic Film Score, Blues, Standards, R&B, Alternative, Adult Contemporary, and Clássica. Também tem jogo de cintura para compor trilha sonora para cinema e televisão, seja para personagem cômico, narração ou mesmo dublagem.

 Ela começou a gostar de música ainda na infância, quando adorava andar pela casa soltando a voz no hit: “Theme From A Man and A Woman”, autoria de Francis Lai. Mais tarde se apaixonou por valsa, levando-a estudar piano clássico para aprender a sequência de como interpretar este estilo. Com 8 anos de idade compôs, arranjou e cantou sua primeira canção original, uma valsa.

Três anos mais tarde ela e as irmãs realizariam um concerto no Central Park de Nova York, com sua na guitarra e vocais. A mudança para Hollywood lhe deixou chocada culturalmente, mas continuou cantando e compondo. Aos 19 anos juntou forças musicais com Roy Smith, criando o Duo Mirror, Mirror de Pop/R&B.

 Na Primavera de 1988 a dupla ganhou popularidade após shows ao vivo e entrevistas no programa de variedades Way off Broadway, exibido em South Florida Cable Canal Rede 33. Poucos meses depois o empresário de ambos, Jimmy Maples os levou para um giro na costa Sudeste dos Estados Unidos, principalmente em Augusta, Georgia, onde deixou James Brown agitado. Ele prometeu colocar a dupla na sua gravadora, Scotti Bros.

Um ano depois Linda cantava e tocava com vários artistas, como John Anderson e Chuck Leavell, em Albany. Dai para frente escreveu e produzir várias trilhas para WHYI da Clear Channel. Depois foi ao ar pedir dinheiro para ajudar o Footy Fourth Annual Wing Ding Fundraiser, programa de tratamento e prevenção do abuso de drogas da comunidade.


 Fez shows em escolas, casas, igrejas e prefeituras por essa causa. Nessas apresentações ficaram visíveis suas influências musicais, incluindo artistas como Todd Rundgren, Hall & Oats, Carole King, Toto, Earth Wind & Fire, Tina Turner, Chaka Khan, Michael Jackson, James Brown, Gladys Knight, Steely Dan, Gato Barbieri, Stevie Wonder, Carlos Santana, Teddy Pendergrass, Barry White, Elton John, criando uma fusão pop musical do Rock, Soul, Jazz, Dance, Island e Alternative. Pelo single “Take You to Paradise” é possível que Linda não está brincando de cantora.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Junior Marvin: Outro grande nome do Reggae

Junior Marvin é outro grande nome do Reggae


Junior Marvin, nascido Donald Hanson Marvin Kerr Richards Jr, em 1949, ficou conhecido no mundo da música como Junior Marvin-Hanson, Junior Hanson e Junior Kerr. Guitarrista e cantor é associado com Bob Marley and The Wailers por causa do estilo Reggae. Começou a carreira como Junior Marvin e a banda Hanson em 1973.

 A partir dai o seu som passou a lembra Gass, Keef Hartley Band, Toots & The Maytals e Steve Winwood. Em 2007 gravou o CD solo Wailin ´For Love. Porém dois anos depois ele saiu junto com Al Anderson da banda Hanson e criou o grupo The Original Wailers.

 Há 41 anos, quando formou seu próprio conjunto, a Hanson, gravou dois discos. Conheceu Bob Marley em 1977 e se uniu a ele e sua banda The Wailers. Após a morte de Marley, Marvin lançou álbuns usando o nome The Band Wailers. Nessa época saíram os discos: Majestic Warriors, Jah Message, e Live 95-97 My Friends. Em 1997 saiu dos Wailers e mudou-se para o Brasil, onde criou um grupo de curta duração, Batuka.


 Após o retorno à Jamaica continuou a trabalhar como músico de gravação. Recentemente fez turnê com Kaliroots e The Band Wailers. Repetiu a mesa dose com a The Original Wailers desde 2009. Em 2013 lançou os CDs Smokin ´To The Big M Music e Lion To Zion Dub Wise, disponíveis no iTunes e CDBaby. Agora em 2014 começou uma nova banda, Junior´s Force One Marvin. Promete soltar o CD, Live´até julho deste ano.

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Bonnie Raitt: Desde criancinha na trilha do Blues

Apesar de várias tempestades na carreira, Bonnie Raitt se manteve fiel ao Blues

 Durante muito tempo a vocalista e guitarrista Bonnie Raitt não ganhou a simpatia da crítica especializada, porque não conseguia fazer sucesso comercial. Em 1989, com o álbum Nick of Time, o 10º da carreira, após 20 anos de estrada de Blues, Rock e R&B ela conseguiu quebrar essa escrita. De Burbank, onde nasceu em 1948, filha de uma estrela da Broadway, John Raitt, ela pegou numa guitarra aos 12 anos e logo teve empatia com o Blues.

 Dois anos depois começou a gravar com artistas de Blues de Boston, entrando para valer no circuito desta música. Conheceu Dick Waterman, que a apresentou para ídolos como Howlin´Wolf, Sippie Wallace e Mississippi Fred McDowell. Ganhou respeito e logo assinou com a Warner Bros Records. O álbum Give It Up, 1971, foi sua porta de entrada. Ganhou elogios pelos vocais estilo Soul Music e seleção de canções reflexivas e pelo talento em tocar guitarra.

 O ano de 1972 teve participações e gostos ecléticos em composições de Jackson Browne e Eric Kaz e até três hits de Raitt. Em 1973 soltou o disco Takin ´My Time. Durante cinco anos lançou um disco a cada 12 meses, retornando com Streelights (1974), Home Plate (1975), Sweet Forgiveness (1977) e a regravação de “Runaway”, de Del Shannon, The Glow (1979), que teve várias estrelas num concerto antinuclear feito em Madison Square Garden.

 Ao longo da carreira, ela permaneceu uma ativista comprometida, fazendo vários concertos beneficentes e trabalhando muito em nome do Rhythm and Blues Foundation. Até o começo da década de 1980 sua caminhada estava em apuros. O álbum Green Light (1982) recebeu boas críticas, mas não vendeu muito e Warner Bros a demitiu.

Para o caldo ficar mais quente Raitt lutava contra drogas e álcool. Trabalhou em algumas faixas com Prince, mas os horários de ambos não batiam e o material permaneceu inédito. Depois lançou Nine Lives (1986), um de seus piores discos.

Por fim juntou forças com o produtor Don Was para lançar Nick of Time, aparentemente do nada, o álbum ganhou vários Grammys, incluindo Álbum do Ano e durante aquela noite ela foi a superstar. O disco seguinte, Luck of the Draw (1991) estourou nas paradas, rendendo os hits: “Something to Talk About” e “I Can't Make You Love Me”.

Após soltar o álbum Longing in Their Hearts (1994), Raitt ressurgiu em 1998 com o disco Fundamental. Nesse pique lançou o CD Silver Lining (2002), seguido de Souls Alike (2005) pela Capitol Records. Em 2006 gravou o CD ao vivo, Bootleg-feel, Bonnie Raitt and Friends, com participações de Norah Jones e Ben Harper entre outros artistas.


 Após esses trabalhos ela se afastou da vida de músico profissional, passando mais tempo ao lado dos pais, irmão e sua melhor amiga. A pausa de gravações e turnês rendeu bons resultados. Em 2012 retornou focada e renovada com seu primeiro álbum de estúdio em sete anos, Slipstream, lançado por sua própria gravadora, Redwing Records.

Furry Lewis: Hábil guitarrista e gigante do Blues

Furry Lewis viveu bastante para ver seu talento reconhecido


 Furry Lewis foi o único canto de Blues da década de 1920 a alcançar maior atenção da mídia nas décadas de 1960 e 70. Grande guitarrista de Memphis mais gravado do final dos 20. Sua fama era baseada em grande parte por ser bem ágil em seus 70 anos. Apesar dessa virtude, não tinha estilo extravagante.

 Nascido Walter Lewis em Greenwood, Mississippi, entre 1893 e 1900, logo sua família mudou para Memphis, quando tinha sete anos de idade e ali ficou pelo resto da vida. Ganhou o nome de Furry quando ainda era menino, por outras crianças. Construiu sua própria guitarra de scraps encontrados ao redor da casa onde morava.

 Porém o pai só admitia como guitarrista, Blind Joe, que veio de Arkansas. Sua inspiração foi Casey Jones e John Henry, entre outras. A perda de uma perna num acidente de estrada de ferro em 1917 não jogou sua carreira para baixo. Apressou sua entrada no mundo da música profissional, pois assumiu que não havia emprego remunerado para aleijados, negros iletrados em Memphis.

 Na cidade de Beale Street, no final de sua adolescência, teve inicio a carreira. Tentou aprender gaita, mas nunca teve jeito. Depois passou a tocar em shows de viajantes de Medicina e nesse ambiente começou a mostrar estilo visual chamativo raro, incluindo tocar guitarra atrás da cabeça, imitado por Jimi Hendrix décadas depois.

 Em abril de 1927 começou a carreira de gravações, com uma viagem para Chicago com o colega guitarrista Landers Walton para a Vocalion Records, resultando em cinco hits, também com o bandolinista Charles Jackson. Logo ficou demonstrado que Lewis era bom para trabalhar em estúdio de gravação, tocando para o microfone naturalmente como era para o público ao vivo.

 Outubro daquele mesmo ele voltou a Chicago para gravar mais seis canções, apenas com a própria voz e a guitarra. Raramente fez este trabalho com mais ninguém, por causa do estilo de tocar, difícil de acompanhar.

                                                                 Showman
 A interação de voz e guitarra na gravação e em pessoa fez dele um showman bem eficaz nos dois locais. Mas vendeu pouco disco. Algumas de suas gravações permaneceram na memória, muito além das vendas modestas, principalmente os hits “John Henry” e “Kassie Jones, Pts. 1 & 2”, uma das grandes gravações de Blues da década de 1920.

 Quando a crise econômica de 1929 afetou o mercado de Country-Blues, continuou investindo neste ramo. Nunca fez nada na vida além de música. Sua marca de Country-Blues acústico estava fora de moda em Memphis durante a fase do pós-guerra, para tentar reviver o serviço de músico de estúdio ou cantando.

 No final da década de 1950 o estudioso Sam Charters o descobriu e o convenceu a retornar à carreira. Nessa fase todas as estrelas do Blues que tinha feito carreira em Memphis durante os anos de 1930 estavam aposentadas. Lewis era o único vivo e pouco lembrado pela maioria dos norte-americanos.

 Sob direção de Charters gravou dois discos para os selos Prestige/Bluesville em 1961. Eles mostraram Lewis em excelente forma, com voz tão boa como sempre e a técnica na guitarra bem afiada. O público, inicialmente de Blues Hardcore, ficou espantado e comovido com o que ouviram. À medida que a década de 1960 avançou, Lewis surgiu como um dos favoritos redescoberto talentos dos anos de 1930, tocando em festivais, aparecendo em talk shows e mídia em geral.

 Provou ser uma figura pública qualificada, prendendo a atenção do público com histórias de sua vida, ao mesmo tempo engraçadas e comoventes, alegando certas conquistas como a de inventor da guitarra bottleneck. Tornou-se celebridade do Blues durante a década de 1970, visto que passou a aparecer em programas de televisão e filmes de Hollywood, incluindo uma aparição ao lado do ator Burt Reynolds numa comédia.

 Nesta altura Lewis tinha várias novas gravações, apesar de o material não ter o grande peso como os gravado no final da década de 1920. Mas eram Blues de qualidade, rendendo bom dinheiro. Em 1981 ele morreu, reconhecido como um dos gigantes do Blues. Sua música continua a vender bem, atraindo novos ouvintes muitos anos depois.