Reportagens com clipes descrevendo histórias de artistas famosos,
principalmente de intérpretes da Black Music, além de destacar a importância do Blues no Showbiz.
Monie Love (Simone Wilson) nasceu em Londres
em 1970 e na adolescência se destacou com o single “Ladies First”, autoria de
Queen Latifah. Com jeito moleque, seus CDs às vezes estouram em outras
derrapam, embora tenham sempre algum hit que estoura nas paradas. Exemplo disso
ocorreu com Down to Earth de 1993.
Monie Love hoje tem um programa de rádio em Miami
Nesses 44 anos Monie já fez seu nome nas
rádios dos Estados Unidos. Figura respeitada no Hip-hop britânico, ela
conseguiu o mesmo impacto junto aos americanos, contando com a proteção de
Queen Latifah. Ela foi uma das primeiras artistas deste gênero a entrar numa
grande gravadora, a Warner Bros.
A música está no DNA do família. O irmão, Dave
Angel, é músico e seu pai toca Jazz. A entrada no Showbiz foi como MC na Jus
Bad equipe, junto com o DJ Pogo, Sparki e MC Mell´O. O grupo lançou o single “Free
Style” pela Tuff Sulco Records em 1988.
No ano seguinte estourou nos Estados Unidos
cantando as canções “Ring My Bell”, “Ladies First”, “Doin ´Our Own Dang” e “Buddy”
de De La Soul. Sua versatilidade e envolvimento na House Music a deixou mais a
vontade na Black Music norte-Americana.
Seu álbum de estreia, Down to Earth acabou
indicado ao Grammy, por causa da faixa “Monie in the Middle", em que
descreve o direito de a mulher ter o seu direito de escolha num relacionamento.
Teve destaque também o hit “It's a Shame (My Sister)", escrito para a
banda de Stevie Wonder.
Em 1991 destacou-se no remix de Whitney
Houston, “My Nam eis Not Susan”, quando apareceu no clipe dela. O ano seguinte
teve repeteco com “Full-Term Love”, que fez bonito nas paradas de hip-hop. O último lançamento de Monie ocorreu em 2000,
no EP Slice of Da Pie. Em 2013 apareceu
cantando a faixa ““ Sometimes", de Ras Kass, no CD Barmageddon.
De 2004 até 2006 trabalhou na WPHI FM 100,3 da
Filadélfia. Atualmente mora em Miami, tem quatro filhos e mantém o programa First
Ladies numa rádio local.
Linda Noyes é típica menina prodígio, se envolvendo com música desde o início da infância
Linda Noyes, nascida Linda
Marie Rodrigo em 1966 na cidade de Nova York é típica cantora índie, que gosta
de canções Pop/Rock, Soul Music, além de compor, fazer arranjos, produzir e
editar seus discos. O primeiro single de estreia: “Take You to Paradise” teve
parte da produção, arranjos e desenvolvimento do projeto pelas mãos de sua
filha de 16 anos, Samantha Noyes.
No seu liquidificador musical entram Jazz,
Soul Fusion, Dance, Funk, Electronic, Eclectic Film Score, Blues, Standards,
R&B, Alternative, Adult Contemporary, and Clássica. Também tem jogo de
cintura para compor trilha sonora para cinema e televisão, seja para personagem
cômico, narração ou mesmo dublagem.
Ela começou a gostar de música ainda na
infância, quando adorava andar pela casa soltando a voz no hit: “Theme From A
Man and A Woman”, autoria de Francis Lai. Mais tarde se apaixonou por valsa,
levando-a estudar piano clássico para aprender a sequência de como interpretar
este estilo. Com 8 anos de idade compôs, arranjou e cantou sua primeira canção
original, uma valsa.
Três anos mais tarde ela e
as irmãs realizariam um concerto no Central Park de Nova York, com sua na
guitarra e vocais. A mudança para Hollywood lhe deixou chocada culturalmente,
mas continuou cantando e compondo. Aos 19 anos juntou forças musicais com Roy
Smith, criando o Duo Mirror, Mirror de Pop/R&B.
Na Primavera de 1988 a dupla ganhou
popularidade após shows ao vivo e entrevistas no programa de variedades Way off
Broadway, exibido em South Florida Cable Canal Rede 33. Poucos meses depois o
empresário de ambos, Jimmy Maples os levou para um giro na costa Sudeste dos
Estados Unidos, principalmente em Augusta, Georgia, onde deixou James Brown
agitado. Ele prometeu colocar a dupla na sua gravadora, Scotti Bros.
Um ano depois Linda cantava
e tocava com vários artistas, como John Anderson e Chuck Leavell, em Albany.
Dai para frente escreveu e produzir várias trilhas para WHYI da Clear Channel.
Depois foi ao ar pedir dinheiro para ajudar o Footy Fourth Annual Wing Ding
Fundraiser, programa de tratamento e prevenção do abuso de drogas da
comunidade.
Fez shows em escolas, casas, igrejas e
prefeituras por essa causa. Nessas apresentações ficaram visíveis suas
influências musicais, incluindo artistas como Todd Rundgren, Hall & Oats,
Carole King, Toto, Earth Wind & Fire, Tina Turner, Chaka Khan, Michael
Jackson, James Brown, Gladys Knight, Steely Dan, Gato Barbieri, Stevie Wonder,
Carlos Santana, Teddy Pendergrass, Barry White, Elton John, criando uma fusão
pop musical do Rock, Soul, Jazz, Dance, Island e Alternative. Pelo single “Take
You to Paradise” é possível que Linda não está brincando de cantora.
Junior Marvin, nascido Donald Hanson Marvin Kerr Richards Jr, em 1949,
ficou conhecido no mundo da música como Junior Marvin-Hanson, Junior Hanson e
Junior Kerr. Guitarrista e cantor é associado com Bob Marley and The Wailers
por causa do estilo Reggae. Começou a carreira como Junior Marvin e a banda
Hanson em 1973.
A partir dai o seu som passou a
lembra Gass, Keef Hartley Band, Toots & The Maytals e Steve Winwood. Em
2007 gravou o CD solo Wailin ´For Love. Porém dois anos depois ele saiu junto
com Al Anderson da banda Hanson e criou o grupo The Original Wailers.
Há 41 anos, quando formou seu próprio
conjunto, a Hanson, gravou dois discos. Conheceu Bob Marley em 1977 e se uniu a
ele e sua banda The Wailers. Após a morte de Marley, Marvin lançou álbuns
usando o nome The Band Wailers. Nessa época saíram os discos: Majestic
Warriors, Jah Message, e Live 95-97 My Friends. Em 1997 saiu dos Wailers e
mudou-se para o Brasil, onde criou um grupo de curta duração, Batuka.
Após o retorno à Jamaica
continuou a trabalhar como músico de gravação. Recentemente fez turnê com
Kaliroots e The Band Wailers. Repetiu a mesa dose com a The Original Wailers
desde 2009. Em 2013 lançou os CDs Smokin ´To The Big M Music e Lion To Zion Dub
Wise, disponíveis no iTunes e CDBaby. Agora em 2014 começou uma nova banda,
Junior´s Force One Marvin. Promete soltar o CD, Live´até julho deste ano.
Apesar de várias tempestades na carreira, Bonnie Raitt se manteve fiel ao Blues
Durante muito tempo a vocalista e guitarrista Bonnie
Raitt não ganhou a simpatia da crítica especializada, porque não conseguia
fazer sucesso comercial. Em 1989, com o álbum Nick of Time, o 10º da carreira,
após 20 anos de estrada de Blues, Rock e R&B ela conseguiu quebrar essa
escrita. De Burbank, onde nasceu em 1948, filha de uma estrela da Broadway,
John Raitt, ela pegou numa guitarra aos 12 anos e logo teve empatia com o
Blues.
Dois anos depois começou a gravar com artistas
de Blues de Boston, entrando para valer no circuito desta música. Conheceu Dick
Waterman, que a apresentou para ídolos como Howlin´Wolf, Sippie Wallace e
Mississippi Fred McDowell. Ganhou respeito e logo assinou com a Warner Bros
Records. O álbum Give It Up, 1971, foi sua porta de entrada. Ganhou elogios
pelos vocais estilo Soul Music e seleção de canções reflexivas e pelo talento
em tocar guitarra.
O ano de 1972 teve participações e gostos
ecléticos em composições de Jackson Browne e Eric Kaz e até três hits de Raitt.
Em 1973 soltou o disco Takin ´My Time. Durante cinco anos lançou um disco a
cada 12 meses, retornando com Streelights (1974), Home Plate (1975), Sweet
Forgiveness (1977) e a regravação de “Runaway”, de Del Shannon, The Glow
(1979), que teve várias estrelas num concerto antinuclear feito em Madison
Square Garden.
Ao longo da carreira, ela permaneceu uma
ativista comprometida, fazendo vários concertos beneficentes e trabalhando
muito em nome do Rhythm and Blues Foundation. Até o começo da década de 1980
sua caminhada estava em apuros. O álbum Green Light (1982) recebeu boas
críticas, mas não vendeu muito e Warner Bros a demitiu.
Para o caldo ficar mais
quente Raitt lutava contra drogas e álcool. Trabalhou em algumas faixas com
Prince, mas os horários de ambos não batiam e o material permaneceu inédito.
Depois lançou Nine Lives (1986), um de seus piores discos.
Por fim juntou forças com o
produtor Don Was para lançar Nick of Time, aparentemente do nada, o álbum
ganhou vários Grammys, incluindo Álbum do Ano e durante aquela noite ela foi a
superstar. O disco seguinte, Luck of the Draw (1991) estourou nas paradas,
rendendo os hits: “Something to Talk About” e “I Can't Make You Love Me”.
Após soltar o álbum Longing
in Their Hearts (1994), Raitt ressurgiu em 1998 com o disco Fundamental. Nesse
pique lançou o CD Silver Lining (2002), seguido de Souls Alike (2005) pela
Capitol Records. Em 2006 gravou o CD ao vivo, Bootleg-feel, Bonnie Raitt and
Friends, com participações de Norah Jones e Ben Harper entre outros artistas.
Após esses trabalhos ela se afastou da vida de
músico profissional, passando mais tempo ao lado dos pais, irmão e sua melhor
amiga. A pausa de gravações e turnês rendeu bons resultados. Em 2012 retornou
focada e renovada com seu primeiro álbum de estúdio em sete anos, Slipstream,
lançado por sua própria gravadora, Redwing Records.
Furry Lewis viveu bastante para ver seu talento reconhecido
Furry Lewis foi o único canto de Blues da
década de 1920 a alcançar maior atenção da mídia nas décadas de 1960 e 70.
Grande guitarrista de Memphis mais gravado do final dos 20. Sua fama era
baseada em grande parte por ser bem ágil em seus 70 anos. Apesar dessa virtude,
não tinha estilo extravagante.
Nascido Walter Lewis em Greenwood,
Mississippi, entre 1893 e 1900, logo sua família mudou para Memphis, quando
tinha sete anos de idade e ali ficou pelo resto da vida. Ganhou o nome de Furry
quando ainda era menino, por outras crianças. Construiu sua própria guitarra de
scraps encontrados ao redor da casa onde morava.
Porém o pai só admitia como guitarrista, Blind
Joe, que veio de Arkansas. Sua inspiração foi Casey Jones e John Henry, entre
outras. A perda de uma perna num acidente de estrada de ferro em 1917 não jogou
sua carreira para baixo. Apressou sua entrada no mundo da música profissional,
pois assumiu que não havia emprego remunerado para aleijados, negros iletrados
em Memphis.
Na cidade de Beale Street, no final de sua
adolescência, teve inicio a carreira. Tentou aprender gaita, mas nunca teve
jeito. Depois passou a tocar em shows de viajantes de Medicina e nesse ambiente
começou a mostrar estilo visual chamativo raro, incluindo tocar guitarra atrás
da cabeça, imitado por Jimi Hendrix décadas depois.
Em abril de 1927 começou a carreira de
gravações, com uma viagem para Chicago com o colega guitarrista Landers Walton
para a Vocalion Records, resultando em cinco hits, também com o bandolinista
Charles Jackson. Logo ficou demonstrado que Lewis era bom para trabalhar em
estúdio de gravação, tocando para o microfone naturalmente como era para o
público ao vivo.
Outubro daquele mesmo ele voltou a Chicago
para gravar mais seis canções, apenas com a própria voz e a guitarra. Raramente
fez este trabalho com mais ninguém, por causa do estilo de tocar, difícil de
acompanhar.
Showman
A interação de voz e guitarra na gravação e em
pessoa fez dele um showman bem eficaz nos dois locais. Mas vendeu pouco disco.
Algumas de suas gravações permaneceram na memória, muito além das vendas
modestas, principalmente os hits “John Henry” e “Kassie Jones, Pts. 1 & 2”,
uma das grandes gravações de Blues da década de 1920.
Quando a crise econômica de 1929 afetou o
mercado de Country-Blues, continuou investindo neste ramo. Nunca fez nada na
vida além de música. Sua marca de Country-Blues acústico estava fora de moda em
Memphis durante a fase do pós-guerra, para tentar reviver o serviço de músico
de estúdio ou cantando.
No final da década de 1950 o estudioso Sam
Charters o descobriu e o convenceu a retornar à carreira. Nessa fase todas as
estrelas do Blues que tinha feito carreira em Memphis durante os anos de 1930
estavam aposentadas. Lewis era o único vivo e pouco lembrado pela maioria dos
norte-americanos.
Sob direção de Charters gravou dois discos
para os selos Prestige/Bluesville em 1961. Eles mostraram Lewis em excelente
forma, com voz tão boa como sempre e a técnica na guitarra bem afiada. O
público, inicialmente de Blues Hardcore, ficou espantado e comovido com o que
ouviram. À medida que a década de 1960 avançou, Lewis surgiu como um dos
favoritos redescoberto talentos dos anos de 1930, tocando em festivais,
aparecendo em talk shows e mídia em geral.
Provou ser uma figura pública qualificada,
prendendo a atenção do público com histórias de sua vida, ao mesmo tempo
engraçadas e comoventes, alegando certas conquistas como a de inventor da
guitarra bottleneck. Tornou-se celebridade do Blues durante a década de 1970,
visto que passou a aparecer em programas de televisão e filmes de Hollywood,
incluindo uma aparição ao lado do ator Burt Reynolds numa comédia.
Nesta altura Lewis tinha várias novas
gravações, apesar de o material não ter o grande peso como os gravado no final
da década de 1920. Mas eram Blues de qualidade, rendendo bom dinheiro. Em 1981
ele morreu, reconhecido como um dos gigantes do Blues. Sua música continua a
vender bem, atraindo novos ouvintes muitos anos depois.
Jess Stacy foi um dos grandes pianistas de
Swing, conhecido pelo solo no hit “Sing, Sing, Sing”, cortado da gravação em
estúdio, mas recolocado num álbum histórico de Benny Goodman em 1938, Carnegie
Hall Concert, e liberado pela primeira vez no ano de 1950. Músico autodidata,
como a maioria de sua época, Stacy era parte do cenário fértil do Jazz de
Chicago na década de 1920, com estilo de tocar influenciado por Earl Hines e
Bix Beiderbecke.
Ainda era desconhecido quando veio para big
band de Goodman em 1935. Não demorou em seu estilo de tocar piano conquistar
vários fãs e um dos melhores que trabalhou naquele grupo por nove anos. Depois
passou um tempo nas bandas de Bob Crosby, Horace Heidt e Tommy Dorsey, além de
gravar com Eddie Condon e outros trabalhos solo, no inicio de 1935.
Permaneceu casado pouco tempo com a cantora
Lee Wiley, tentou liderar duas grandes bandas de sua autoria, mas caiu no
ostracismo ao mudar-se para Califórnia em 1947, principalmente tocando em
bares. O ano de 1963 marcou sua
aposentadoria da música, voltando a gravar brevemente em ocasiões especiais ao
longo dos próximos 20 anos.
Billy Higgins fez parte do quarteto de Coleman Ornette
Billy Higgins era integrante do quarteto
liderado por Coleman Ornette, inovador no renascimento do Free Jazz. Ele
continua sendo um dos mais importantes e controverso baterista da história da
Música. Versátil e intuitivo, seus padrões rítmicos ágeis alcançavam equilíbrio
perfeito entre forma e função, inspirando o grande trompetista Lee Morgan a
dizer que Higgins nunca exagera, mas o pessoal sabe que ele sempre está
presente.
Nascido em Los Angeles, em 1936, começou a
carreira tocando R&B, apoiando headliners, incluindo Bo Diddley, Amos
Milburn e Jimmy Witherspoon. Em 1953 se juntou ao amigo de escola e trompetista
Don Cherry no The Jazz Messiahs, que contava também com o saxofonista James
Clay. Três anos depois começou sua carreira de músico de estúdio, às vezes
aparecendo junto com o saxofonista Lucky Thompson e o baixista Red Mitchell.
Nessa altura do campeonato, Higgins e Cherry
se reuniu com Coleman. O canal foi um desconhecido saxofonista do Texas que
trabalhava demais para aperfeiçoar um léxico musical liberado das restrições de
estruturas harmônicas, melódicas e rítmicas convencionais. Junto com o grupo de
ensaio de Coleman, onde ficou vários anos, demorou em fazer seus primeiros
shows sozinho.
Só em 1958 que abriu apresentação de Paul Bley
no L.A´s Hilcrest Club. A sensibilidade de Coleman o deixava irritado, rendendo
mais tarde o apelido de Harmolodics.
Após o lançamento do disco de Coleman, naquele mesmo ano, Somenthing
Else!!, a controvérsia a respeito do seu comportamento dividiu músicos,
críticos e fãs.
Em 1959 foi para Nova York para uma temporada
no Five Spot Café. O hit “Love it or hate it” virou assunto na cidade e com a
chegada do novo baixista Charlie Haden, Coleman passou a fazer os sons e
estruturas que havia perseguido durante anos.
Sua entrada na Atlantic Records, onde lançou o
disco The Shape of Jazz to Come virou divisor de água quando se fala de Jazz.
Higgins despontou logo como um dos mais procurados bateristas neste gênero
musical contemporâneo. Provou ter a sensibilidade Hard Bop nas veias, pois não
fazia uma fluida e abstrata abordagem da nova geração.
Porém uma apreensão de drogas em 1961 deixou
Higgins sem seu cartão de acesso à bota, motivando a deixar a banda de Coleman.
Centrou forças em trabalho de estúdio, virando baterista oficial na Blue Note
Records durante o apogeu dessa gravadora.
Na década de 1970 Haggins apareceu em alguns
discos, como no Dexter Gordon Go, Jackie McLean's A Fickle Sonance e Lee
Morgan's The Sidewinder. Mais uma vez sua habilidade e flexibilidade revelava
seu grande talento. Mesmo depois que a Liberty Records comprou a Blue Note em
1967, ele permaneceu na casa muito tempo. Inclusive contribuindo como baterista
de primeira no álbum Attica Blues Achie Shepp.
Ele tocava com frequência com o pianista Cedar
Walton e baixista Bill Lee e o trompetista Bill Hardman que liderou a big band
Ensemble Brass por vários anos durante o começo da década de 1970. Após quase
duas décadas em turnê e em Nova York, Higgins resolveu sossegar o facho em Los
Angeles a partir de 1978.
A partir de 1979 gravou o álbum Soweto, nele
apoiava o saxofonista Joe Henderson e o trombonista Slide Hampton durante a
primeira metade da década de 1980. Depois de aparecer como estrela e
colaborador de longa de data de Dexter Gordon em 1986, ele se reuniu com
Coleman, Cherry e Haden para uma turnê em 1987, que resultou em um novo disco
de estúdio, In All Languages.
O ano de 1988 marcou a união com Kamau Daaood
para criar o World Stage, loja que organizou oficinas criativas, atividades
comunitárias e apresentações ao vivo. Atraiu muito dos maiores nomes do Jazz ao
site do World Stage, tanto como artistas quanto tutores. Higgins voltou a
atenção para o ensino num ambiente formal, como numa faculdade de Jazz na Ucla.
Infelizmente o restante de sua vida o castigou
com doença hepática originada por uma hepatite contraída décadas atrás. Em
março de 1996 passou por transplante de fígado, mas seu organismo o rejeitou.
Voltou à mesa de cirurgia 24 horas depois. Restabelecido retornou à música
meses depois. Viajou para Nova York para estreitar a colaboração com Coleman.
No entanto em 2001 o fígado voltou a falhar e na espera por um doador morreu
aos 64 anos.