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#BMW - Morre #QuincyJones, o gênio da produção de grandes discos

Luís Alberto Alves/Hourpress

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

DMX: Rapper que adora viver nas mãos da Justiça

Mesmo famoso, DMX continuou irresponsável

O rapper DMX (Earl Simmons), 44 anos, surgiu após a morte de dois grandes concorrentes: 2Pac e The Notorius B.I.G. Criado na seita Testemunha de Jeová ao norte de Nova York, passou algum tempo nas ruas cometendo crimes. Ao encontrar o Hip-Hop conseguiu vencer as dificuldades, pois já gostava de Beatbox, Turntablism e RAP. Passou vários da adolescência entrando e saindo da cadeia.
 Em 1984 passou a fazer Beatbox, ele era o beatboxer e o parceiro Ready Ron o rapper. Sete anos depois recebeu elogios da revista The Source como uma grande promessa do Hip-Hop, mas sem contrato com nenhuma gravadora. Na matéria apareceu como DMX The Great. Em 1992 assinou com a Columbia Records Ruff House. Ali lançou o single de estreia: “Born Loser”.
 Como a gravadora promovia muito seus artistas, ele concordou com essa postura. Em 1994 veio o segundo single: “Make a Move”, três anos depois foi convidado a cantar “4, 3, 2, 1” de LL Cool J. Recebeu mais convites para colocar sua voz nos hits “24 Hours to Live” e “Take What´s Yours”, de Mase, e “Money, Power & Respect”, do The Lox, agitando ainda mais sua carreira. DMX também deu as caras no clipe da banda Sum, “Makes No Difference”.
 O ano de 1998 trouxe o lançamento do single na Def Jam Recordings, “Get at Me Dog”, que ganhou o Disco de Ouro. Veio então o primeiro álbum: It´s Dark and Hell is Hot, incluindo o single “Ruff Ryders Anthem, que chegou ao primeiro lugar da Billboard 200 nos Estados Unidos. A crítica o comparou ao Tupac Shakur e vendeu mais de 4 milhões de cópias. Em dezembro daquele mesmo ano gravou o segundo disco: Flesh of My Flesh, Blood of My Blood.
 Entrou nas paradas em primeiro lugar e ali ficou três semanas com 670 mil cópias vendidas na primeira semana. Jantou outro Disco de Platina, agora tripla. Foi o segundo rapper a ter dois álbuns lançados no mesmo ano entrando no topo da Billboard 200, o primeiro foi Tupac Shakur.
 Em 1999 gravou And The There Was X. Repetiu a dose de ficar no topo das paradas. O single “Party Up” virou Top Tem nas paradas de R&B. O primeiro single do álbum What´s My Name?” e o terceiro single, What These Bitches Want” ficaram populares.  And The There Was X é o disco de DMX mais vendido, ganhando cinco Discos de Platina.
 O CD The Great Depression estreou no topo da Billboard 200 ganhou Disco de Platina, mas não saiu muito.  Em 2003 veio Grand Champ, o quinto álbum da carreira. Ele foi o primeiro artista na história a ter seus cinco primeiros discos chegando na primeira posição com os hits: “Where Tha Hood At” e “Get it On The Floor”. Numa jogada de marketing avisou aos fãs que iria se aposentar.
 Três anos depois soltou Year of the Dog..Again. Assinou com a Columbia Records, gravadora onde lançou seu primeiro single, “Born Loser”. Gravou o CD enquanto trocava de gravadora, provocando vários adiamentos. O CD perdeu o primeiro lugar por uma diferença de cem cópias. Lançou o remix de “Touch It”, de Busta Rhymes, além dos singles: “Lord Give Me A Sign” e “We in Here”.
  Em 2011 trabalhou no sétimo CD de estúdio, quando lançou um clipe da faixa “Last Hope” na internet. Marcou presença no BET Hip Hop Awards e começou o processo de retomar a vida e carreira, dispensando toda sua antiga equipe, recomeçando a caminhada ao lado do empresário veterano Jason Fowler da J Mike Management & Entertainment. Para 2012 soltaria o CD Undisputed. Após se tornar famoso, DMX acabou na cadeia várias vezes, por cárcere privado, estupro, falsificação de identidade, abuso sexual, porte de drogas, crueldade animal, condução imprudente. Foi condenado a pagar US$ 1,5 milhão de pensão alimentícia por um filho que teve numa relação extraconjugal.


Jay Z: O midas do RAP

Da infância pobre no bairro do Brooklin, hoje Jay Z tem mais de US$ 504 milhões no bolso

Jay-Z é rapper, produtor e homem de negócios no mercado da música nos Estados Unidos, onde nasceu em 1969. É um dos artistas de Hip-Hop mais bem-sucedidos da história. De acordo com a revista Forbes, em 2007 ele tinha fortuna avaliada em US$ 150 milhões.
 Desde então vendeu a Rocawear por US$ 204 milhões e fechou contrato com a Live Nation, por mais US$ 150 milhões. Já tem no bolso US$ 504 milhões, descontados os valores de contratos com a Budweiser, Armadale Vodka e o álbum Blueprint 3. Jay-Z vendeu cerca de 40 milhões de cópias de seus discos em todo o mundo, além de receber dez Grammy.
 É co-proprietário do The 40/40 Club, do clube da NBA Brooklin Nets e ainda criador da linha de roupas Rocawear. É ex-CEO da Def Jam Recordings e um dos fundadores da Roc-A-Fella Records e da Roc Nation. Como artista detém o recorde do maior número de álbuns por cantor solo na Billboard 200. Também tem quatro singles número um na Billboard Hot 100, um deles como artista principal: “Heartbreaker” ao lado de Mariah Carey, “Crazy in Love”, com Beyoncè, “Umbrella”, junto a Rihanna e  “Empire State of Mind”, com Alicia Keys.
 Além do sucesso musical e financeiro, Jay-Z é conhecido pela rivalidade com outros artistas de RAP. Ficou famosa a briga que teve com Nas, resolvida em 2005. Três anos depois se casou com Beyoncè numa cerimônia fechada. Em 2009 acabou escolhido pela Billboard como 10º artista musical da década, o quarto rapper da lista, atrás de Eminem, Nelly e 50 Cent.
 Nascido Shawn Corey Carter no conjunto habitacional de Bedford-Stuyyesant (a Cohab dos norte-americanos), bairro central do Brooklin, Nova York, foi abandonado pelo pai aos 12 anos. Atirou no ombro do próprio irmão para pegar suas joias. Estudou nas escolas da região, onde conheceu o rapper AZ. Não esconde que na adolescência foi traficante de crack.
 À noite ele adorava acordar os irmãos com barulhos de tambores e instrumento de cozinha. Ao ganhar um boombox no aniversário, despertou o interesse por música. Começou escrevendo suas próprias canções. É dessa época o apelido de Jazzy, que depois se tornou Jay-Z, por causa das linhas de trem J/Z da Avenida Marcy no Brooklin.
 No final da década de 1980 participou de várias gravações ao lado de Jaz-O, incluindo The Originators e Hawaiian Sophie. Ganhou diversas batalhas de RAP com LL Cool J quando disputava o contrato com uma gravadora. Ficou conhecido ao participar de forma especial no Show and Prove, canção de Big Daddy Kane. Em 1994 gravou o primeiro single: “I Can´t Get With That”, acompanhado de um clipe.
 Porém no começo da carreira profissional Jay-Z não conseguia assinar contrato com nenhuma grande gravadora. Resolve criar, junto com Damon Dash e Kareem Biggs, o selo independente Roc-A-Fella Records. Ao fechar negócio com a Priority Records para distribuir seu material, lançou o álbum de estreia, em 1996, Reasonable Doubt, com batidas do elogiado DJ Premier e grande participação de The Notorius B.I. G, seu amigo de escola na adolescência.
 Muito elogiado pela crítica, o disco entrou na lista dos 500 Melhores Álbuns de Sempre da revista Rolling Stone, no posto 248º e ganhando o Disco de Platina. Assinou novo contrato de distribuição com a Def Jam Recording em 1997, quando soltou In My Lifetime Vol.1, produzido por Sean “Diddy Combs”.  O disco vendeu muito, ganhando o Disco de Platina. Serviu como consolo pela morte do amigo The Notorious B.I. G
 O ano de 1998  marcou a gravação do terceiro álbum, Vol.2... Hard Knock Life, trazendo o seu maior sucesso da carreira: “ Hard Knock Life (Ghetto Anthem)”. Teve a produção de profissionais da Black Music, como Swizz Beatz e Timbalad, DJ Primier entre outros. Estouraram nas paradas os hits: “Can I Get A..” e “Nigga What, Nigga Who”. Ganhou cinco Discos de Platina e vendeu 5 milhões de cópias, porém não foi buscar o prêmio em protesto pela não indicação de DMX ao Grammy.
 Em 1999 veio o Vol.3...Life and Times of S. Carter, vendendo 3 milhões de cópias e participação especial de UGK no single: “Big Pimpin”. Mas nem tudo são rosas: Jay-Z foi acusado de dar uma facada no produtor Lance “Um” Rivera, durante a festa de lançamento do álbum solo do rapper Q-Tip no extinto clube noturno Kit Kat Klb, em Times Square, Nova York. Ele negou o crime. Depois assumiu e puxou três anos de cadeia em liberdade condicional.

Passada a turbulência, após o lançamento de Unfinished Business, ao lado de R. Kelly e Collision Course, acabou nomeado presidente da Def Jam Records. Jay-Z é considerado um grande rapper, porém no passado quase criou um supergrupo ao lado de DMX e Ja Rule. Seria o Dreamteam do RAP. A ideia não vingou, mas os três fizeram algumas canções juntos, como: “Murdagram” e “It´s Murda”. Até 2007 já havia lançado 12 álbuns de estúdio, o último deles em 2013: Magna Carta Holy Grail.

The Blues Brothers: Brincadeira que se transformou numa grande banda



Ray Charles junto com os Blue Brothers no filme que acabou virando uma banda musical



 The Blues Brothers são uma banda de blues americano e soul revivalista fundada em 1978 pelos comediantes Dan Aykroyd e John Belushi como parte de um esboço musical no filme Saturday Night Live. Belushi e Aykroyd, respectivamente em caráter como vocalista "Joliet" Jake Blues e harpista / vocalista Elwood Blues, liderou a banda, que era composta por músicos conhecidos e respeitados. A banda fez sua estreia como convidado musical em 1978, episódio de Saturday Night Live.

 A banda começou a ter uma vida além dos limites da tela da televisão, lançando um álbum, Briefcase Full of Blues, em 1978, e depois ter um filme de Hollywood, The Blues Brothers, criada em torno de seus personagens em 1980, que no Brasil foi exibido como Os Irmãos Cara de Pau.

 Após a morte de Belushi em 1982, os Blues Brothers continuaram a realizar com uma rotação de cantores convidados e outros membros da banda. O grupo original foi reformado em 1988 para uma turnê mundial e novamente em 1998 para uma sequência do filme, Blues Brothers 2000. Eles fazem aparições regulares em festivais musicais em todo o mundo.

 Os membros da banda eram grandes estrelas do Blues e Soul Music, como: Elwood J. Blues (gaita, vocal), “Joliet” Jake E. Blues (vocais),  Steve “The Colenel” Cropper (guitarrista do Booker T & The MGs), Donald “Duck “ Dunn (guitarra e baixo do Booker T & The MGs), Murphy Dunne (teclados), Willie “Too Big” Hall (baterista da banda Bar-Kays), Steve “Getdwa” Jordan (bateria e percussão), Birch “Carmesim Slide” Johnnson (trombone), Tom “Bones” Malone (trombone, trompete e saxofone), “Blue” Lou Marini (saxofone), Matt “Guitar” Murphy (guitarra rítmica), Alan “Mr. Fabulous” Rubin (trompete), Paul “The Shiv” Shaffer (teclados e arranjador) e Tom “Triple Scale” Scott (saxofone).

  As origens da Blues Brothers começaram em 17 de janeiro de 1976 com uma esquete ao vivo do filme Saturday Night. Nele, “Howard Shore e sua banda All-Bee” toca a canção de Slim Harpo, "I'm a King Bee”, com Belushi cantando e tocando gaita e Aykroyd, vestido com os trajes de abelhas que usavam para o desenho Killer Bees.

 Não demorou para as gravações ganharem a simpatia do elenco do filme e passaram a participar do Holland Tunnel Blues Bar de Aykroyd. Dan e John encheu uma jukebox com hits de diversos artistas como Sam e Dave e a banda punk The Viletones. Logo veio um amplificador e alguns instrumentos para quem desejassem fazer uma Jam session. Foi quando Dan começou a escrever o projeto da história inicial do filme Blues Brothers.

 Belushi passou a frequentar o bar e não demorou em os dois começarem a cantar blues em bandas locais. A ideia de colocar chapéu veio de John Lee Hooker e os ternos pretos vieram do conceito que existia a respeito de músico de Jazz nas décadas de 40, 50 e 60.  A experiência musical de Aykroyd veio da época em que participou da Downchild Blues Band, um dos primeiros conjuntos profissionais de Blues no Canadá, nos anos de 1970. O final dessa brincadeira qualquer leitor simpatizante de filmes de Blues sabe como ficou.






Hot Chocolate: A banda que fez do sucesso rotina





Britânica, a Hot Chocolate fez do sucesso uma rotina

Hot Chocolate foi uma banda britânica de Pop Music que fez muito sucesso nas décadas de 1960, 1970 e 1980 criada por Errol Brown. De 1970 a 1984 colocava sempre um hit de sucesso nas paradas todos os anos. A canção “You Sexy Thing” figurou no Top 10 durante 30 anos.

 O nome inicial do grupo era The Hot Chocolate Band, proposto por Mavis Smith, da assessoria de imprensa da Apple Corps, depois reduzido para Hot Chocolate por Mickie Most. O começo da carreira teve como mote versões reggae da música de John Lennon, “Give Peace a Chance”. Pediram autorização ao ex-Beatle, ele cedeu. Assinaram contrato com a Apple Records, mas ficaram pouco tempo, pois o final da banda de Liverpool provocou a saída da Hot Chocolate da Apple.

 Em 1970, com ajuda do produtor Mickie Most lançaram vários hits como: “Love is Live”, “Emma”, "You Could Have Been A Lady", e "I Believe in Love". Todos pela RAK Records, de propriedade de Brown. A maioria das canções foi composta por Brown e Tony Wilson, que forneceu os sucessos “Bet Yer Life I Do” e “Think About Your Children”.

 Aos poucos o quinteto começou a visitar as paradas de sucesso, com hits como “Brother Louie”. A entrada do vocalista Alexis Korner introduziu o som característico da Hot Chocolate. Durante a época da Disco Music, na década de 1970, que eles estouraram de vez. Mesclaram excelentes padrões de produção e bom time de compositores, como Wilson e Brown, aliadas à boas harmonias. É dessa época sucessos como “You Sexy Thing” e "Every 1's A Winner". Após a saída de Wilson para seguir carreira solo, Brown assumiu de vez a batuta de compositor da banda.

 A maré estava tão boa para o conjunto, que em 1977 depois de colocarem 15 hits nas paradas, chegaram ao posto número um com “So You Win Again”,  autoria de Russ Ballard. A partir dai o doce gosto do sucesso os acompanhou até 1984. Apesar dos altos e baixos, continuaram bem até outro grande hit: “It Started With A Kiss”, de 1982, quinta colocada nas paradas do Reino Unido, onde colocaram 25 canções no hit parade.

 Quando a banda acabou em 1986, Brown não fez sucesso em carreira solo. Seis anos depois o gerente e agente Ric Martin assumiu o controle das apresentações da Hot Chocolate e ela voltou com shows no Reino Unido e Europa. Pelos inúmeros sucessos e contribuição à música britânica, em 2003 ele recebeu o Prêmio Ivor Novello.


quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Angie Whitney: A arte de saber cantar bem qualquer canção


 
Angie Whitney é excelente cantora
Angie Whitney, nativa da Califórnia, começou a cantar ainda criança, ao lado de sua irmã gêmea, Rachel. Depois se tornaram membros do coral da igreja onde o pai administrava em Vallejo. Ali o talento brotou de vez, por causa das várias apresentações em diversos locais. A carreira profissional de Angie cresceu quando formou um grupo musical junto com a irmã e o primo, conhecido como New Horizon.

 Acabaram selecionados para fazer backing vocal na banda Spinners, em turnê pelos Estados Unidos e restante do mundo durante três anos.  Angie logo chamou a atenção e surpreendeu os críticos de várias regiões do planeta, por causa do estilo de cantar de forma sensual, variando de Jazz, Blues, Swing, Pop, Rock, Country e Gospel.

 Apareceu em inúmeros shows, especiais de televisão e eventos, além de centrar fogo no seu grupo: Angie Whitney Jazz & Blues. Ela funciona como um teclado solo vocalista e compartilha sua habilidade com outros grupos, quando sua agenda está vazia. Dedicada e talentosa, sempre acaba cativando o público, interpretando canções de várias décadas.

 Seu CD de estreia That's What Love Is All About é uma mistura delicada, porém poderosa de sofisticados vocais de Smooth Jazz e saxofone sensual, repletos de harmonias perfeitas com os instrumentos de cordas. É inesquecível ouvir os hits: "Don't Tease Me Now" e "Love Me By Name”, e claro, a leve otimista "Sweet Love Affair."


Parkes Stewart: A beleza de trazer a Soul Music da década de 60 para o século 21



 
Parkes Stewart critica a cultura materialista e individualista deste século 21


 O compositor Parkes Stewart já fez o nome no círculo musical dos Estados Unidos, fornecendo letras para artistas como Yolanda Adams e David Hollister, Também já gravou dois álbuns Gospel no começo da década de 90. Tirou férias do mercado e retornou lançando o CD Heart & Soul (Nexus), mesclando Gospel e R&B contemporâneo, na praia que cantoras como Yolanda Adams e Mary Mary têm tentado nos últimos anos.

 Como o Gospel contemporâneo cresceu muito nos Estados Unidos, pois deixou de lado as letras espirituais. Porém essa não é jogada de Stewart. Ele uniu Gospel e R&B, fruto de dois álbuns em um. O primeiro é bem espiritualizado, no estilo Marvin Gaye, com tema cristão. O segundo, R&B contemporâneo, traz a sonoridade do final da década de 1990, como faziam Boys II Men ou mesmo Dru Hill, mas sem faltar canções de amor e romance.

 A influência de Marvin Gaye está presente na metade do disco. Stewart pede orientação a Deus na faixa “Help Us” (lembra a canção de Marvin, “I Want You”) e “My Brother” (traz os sinais de outro hit de Marvin, “Trouble Man”). Cada letra lamenta a perda da comunhão de espírito que alimentou o movimento dos Direitos Civis na década de 1960 e sua substituição por uma cultura materialista e individualista.

 “My Soul” é um hino a líderes como Malcom X, e artistas socialmente conscientes daquela época, entre eles Sam Cooke, Donny Hathaway e Stevie Wonder. Ao inverso de que Cooke clamava em “A Chang eis Gonna Come”, Stewart defende a unidade e fraternidade, deixando a Soul Music de raiz brilhando no seu álbum.

 As canções de amor é a parte menos interessante do CD. A única que prende a atenção é “Prayin Man”, letra triste de um esperançoso pai divorciado longe do dia a dia dos seus filhos. O CD Heart and Sol capta o estilo das grandes canções Soul Music da década de 1960 e começo da de 1970, transportando-as para o século 21.  Ele reconhece que é preciso continuar com fé.


Priscila Renea: A cantora da geração internet

Priscila é legítima representante  da geração internet


Priscila Renea mescla a arte de cantar e compor, sendo verdadeiro produto da geração internet. Já exibiu seu talento para mais de 1 milhão de telespectadores, usando o youtube, com apenas um ano de estrada. Suas canções registram mais de 1,6 milhão de visitas nesse canal e mais de 300 mil assinantes e dezenas de imitadoras.

 Após assinar contrato com a Capitol Records, a sensação da webcam dobrou com o lançamento do EP Hello. Antes de pisar nessa seara, Priscila cantou em corais e grupos de teatro, conquistando os primeiros fãs na época de Ensino Médio, e já visava um dia pisar os pés na Broadway. Não concluiu os estudos, pois a Flórida descobriu rapidamente sua destreza para escrever belas músicas.

 Depois que ganhou uma guitarra de presente do pai, ela e outras adolescentes abriu o coração em diversas letras de Pop Music, compartilhadas nas redes sociais. Do EP de estreia, os destaques ficaram para: “I Fell in Love”, “Hello My Apple” e “Cry”.

Como legítima representante da geração internet criou uma página onde colocou suas músicas. Entrou numa empresa de produção de Atlanta, a Power Entertainment. Ali aperfeiçoou as qualidades de compositora. Não demorou em o mercado reconhecer o talento nato de Priscila. Emendou parcerias comerciais em campanhas para linha de moda para bebês, calçados e acessórios temáticos. O CD Jukebox só confirmou o seu potencial.



The Rebirth: A boa mistura de Soul e Acid Jazz

Boas letras e belos arranjos: as marcas da banda

  A banda The Rebirth, composta pelo tecladista Carlos “Loslito” Guaico, o vocalista Noelle Scaggs, o baterista Chris Taylor, o guitarrista Patrick Bailey, o baixista Gregory Malone, o percussionista Raul Gonzalez e o tecladista Mark Cross, durante anos, foi favorita do público, por causa das apresentações ao vivo.

 Em 2005, pelo selo Kajmere Sound/KSD Music, a visibilidade cresceu. Investiram fortemente em Soul e Acid Jazz, entrando na praia de bandas como Incognito e Soul II Soul. Talento não falta à rapaziada. Arranjos e instrumentação são de primeira. Os vocais de Scaggs amparado nas boas composições do grupo colocam fogo em qualquer casa de espetáculo.


 É só prestar atenção aos hits: “Stray Away”, faixa título, e na dançante “Shake It” Ao contrário de outros conjuntos, as letras das canções do The Rebirth são inteligentes e belos arranjos. Tudo resulta num belo álbum de Soul Music. 

Douyé: A beleza vocal que veio da Nigéria

Douyé cresceu ouvido grandes cantores da Black Music dos Estados Unidos

 A grande virtude de Douyé (pronuncia-se Doe Yay) e mesclar elementos de diferentes gêneros nas suas canções. Une um pouco do velho e do novo para criar outro som, bem diferente e bonito. O segundo CD dela, So Much Love revela essa grande habilidade. Nascida na Nigéria, mas vivendo em Los Angeles, Douyé homenagea neste trabalho grandes ícones da Black Music como: Sade, Dianne Reeves, Chanté Moore, Regina Belle e Rachelle Ferrell.

 Ela contou neste álbum com o talento do produtor nigeriano e acostumado a ganhar Discos de Platina, Dapo Torimiro; o guitarrista e produtor Chris Sholar, o tecladista de Jazz, Philippe Saisse e JR Hutson. Todos já trabalharam em CDs de John Legend, Toni Braxton, Pointer Sisters, Diana Ross, Beyoncè, Mariah Carey, Kanye West, Chaka Khan entre outros.

 O disco mistura os belos vocais de Douyé temperados com doses de Jazz, R&B e Afrobeat. Foi um dos grandes lançamentos de 2013. Tudo isso foi possível, porque ela se criou num lar onde era comum ouvir canções de Billie Holliday, Sarah Vaughn, Ray Charles, Ella Fitzgerald, Bob Marley e Dinah Washington. Resultado: Douyé resolveu cantar pegando as doses de talentos de cada um desses grandes intérpretes.
 Aprimorou a técnica musical em coral da igreja. Passou a compor. Mudou-se para Los Angeles para dar início à carreira de cantora. Participou do Musicians Institute de Hollywood como grande teste vocal. Na escola conheceu a compositora Terry Shaddick, que durante dez anos escreveu canções para Olivia Newton John, inclusive o famoso hit “Physical”. Terry reconheceu que Douyé não era fogo de palha e passou a colaborar com ela, lhe entregando várias músicas, resultaram no CD de estreia Journey, de 2007.

 O álbum foi uma viagem à Soul Music sensual e Smooth Jazz. De tirar o fôlego. Em 2010 soltou outra edição de Journey remasterizada. Passou no duro teste de fazer sucesso no primeiro CD. Está preparada para seguir a jornada maravilhosa de cantar. Com Terry ao lado, escrevendo lindas canções, cada vez mais Douyé vai nos brindar com um som mais rico. As letras retratam suas experiências de vida. São 13 faixas para massagear os ouvidos.

 Uma delas é “Life is Good”, trazendo o som do aclamado saxofonista Eric Merienthal, mostrando que devemos apreciar as pequenas coisas da vida e viver o momento. Douyé diz que a vida pode ser tão simples, mas as pessoas têm a mania de complicá-la. O hit estourou nas paradas dos Estados Unidos e Europa. Outro destaque é: “Till Morning Comes”, cuja letra revela o tempo passado ao lado do amante. Quando as pessoas querem fazer tudo com aquele alguém, por causa da preciosidade do tempo.