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#BMW - Morre #QuincyJones, o gênio da produção de grandes discos

Luís Alberto Alves/Hourpress

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Ircea: A irmã talentosa de Zeca Pagodinho

Capa do primeiro e único disco gravado por Ircea, em 1987

 Quem curtiu as rodas de samba na década de 1980 vai se lembrar de um pagode romântico de dupla composta de Zeca Pagodinho e Ircea. O início da música era muito bonito: “Quando te vi chorando/ eu não gostei/ mas não sorri eu respeitei/ vi seus olhos transbordando/ quando eu passei/ ninguém tem amou/ sou eu te amei/ ninguém te amou/ sou eu te amei...” A letra composta por Zeca e Arlindo Cruz estourou em todo o Brasil na voz de Ircea, irmã de Zeca Pagodinho.

 O disco gravado em 1987, pela RGE, virou pérola, por causa das várias belas faixas que trazia, e o show que Ircea dava em cada canção. Ex-professora do antigo curso Primário, atual Ensino Fundamental, ela começou a chamar atenção do público quando passou a cantar em casas noturnas do bairro da Lapa e da Praça Tiradentes, como Supimpa e Centro Cultural Carioca.

 Na época ganhou na categoria Revelação o então Prêmio Sharp. Antes já frequentava as rodas de sambas da periferia do Rio de Janeiro (que lá é chamado de subúrbio). Dos pagodes de Osmar do Cavaco, em Marechal Hermes, de Arlindo Cruz, em Cascadura, de Anita, mãe de Dudu Nobre, na região central da cidade, ela passou pelo bloco carnavalesco Cacique de Ramos e dali gravou o primeiro e único disco, em 1987.

 Permaneceu em atividade até 1994, quando um problema de saúde a fez tirar o time de campo. Até que há 12 anos resolveu colocar os pés na estrada, usando o nome artístico do irmão, Ircea Pagodinho, apesar do grande talento que possui. Mesmo assim não deixou de lado o seu bazar no bairro de Xerém.

 Por causa da variedade de boas músicas ouvidas em casa, ela herdou as qualidades de Elis Regina, Elizeth Cardoso, Marília Barbosa e Beth Carvalho. Ou seja, o melhor de nossa música. O mundo do samba não a assusta, pois ainda criança já desfilava, em Irajá, no bloco Boêmios, na ala do Pagodinho, de onde o irmão herdou o famoso apelido.


James Booker: Outro grande talento destruído pelas drogas


James Brooker foi destruído pelas drogas


 James Booker nasceu em dezembro de 1939 em New Orleans, Louisiana, Sul dos Estados Unidos, região fértil para gerar grandes músicos. Quando criança já era muito talentoso. Estudou piano clássico e equilibrou suas qualidades com Blues nas danças aprendidas com Washington “Tuts” Isidoro e Edward Frank.

  No começo da adolescência, quando os hormônios começam agitar dentro do corpo para chegar à maioridade, resolveu aparecer na Rádio WMRY e formou uma banda batizada de Booker Boy and The Rhythmaires. Gravou a primeira música na Imperial Records em 1954, “Doin ´The Hambone” e “Thinkin’ ’Bout My Baby”, ambas produzidas por Dave Bartholomew.

  Na gravação teve as participações de Fats Domino, Smiley Lewis e Lloyd Price entre outras feras da Black Music da época. Durante a década de 1950 gravou apenas mais dois singles: “‘Heavenly Angel” para Chess Records e “Open The Door” na concorrente Ace.

 Em 1959 entrou na Universidade do Sul para estudar Música. No ano seguinte assinou contrato com a Peacock Records e conseguiu ter o único hit de sua carreira como grande sucesso. Era música instrumental “Gonzo”, que chegou ao terceiro lugar nas paradas de R&B. Tentou repetir a dose com outros singles como “Tubby” e “Big Nick”, mas não conseguiu.

 Nessa época as drogas já haviam começado a provocar estragos na mente, prejudicando a produção musical. Em 1970 puxou cadeia na Penitenciária Estadual de Angola por posse de tóxicos. Ao aparecer no JazzFest de 1975 ganhou um contrato na Island Records (gravadora que divulgou as músicas de Bob Marley no mundo).

 Outras canções surgiram, mas Booker não tinha mais cabeça para trabalhar nenhum tipo de canção. O vício aumentou e provocou um ataque cardíaco, talvez por overdose. Curiosamente ele morreu, com 44 anos, em 1983, na mesma cidade onde nasceu. Apesar das loucuras, conseguiu deixar discípulo, como Harry Connick Jr, amigo e aluno de música.


Little Barrie: Trio que soube misturar Hard Rock com Black Music

O trio mistura bem Hard Rock, Blues, Soul e Funk de raiz


Little Barrie é um trio que surgiu em Londres, cujas músicas são mistura de Hard Rock, Blues, Soul e Funk (legítimo dos Estados Unidos). O estilo deles lembra as bandas clássicas da década de 1960, como Traffic e Cream. Eles colocaram os pés na estrada por volta de 2000, na cidade de Nottingham.

 O grupo é composto de Barrie Cadogan (guitarra e vocal), Wayne Fulwood (bateria e vocal) e Lewis Wharton (baixo). De início lançaram diversos singles para pequenas gravadoras como Stark Reality e Showdown até assinar contrato com a Recordings Genuine e gravar o primeiro CD.

 Produzidos pela lenda do Indie Pop, Edwyn Collins, que Cadogan o encontrou quando trabalhava numa loja de guitarra, o álbum We Are Little Barrie ficou pronto em 2005, após 23 semanas de trabalho, por causa da agenda lotada de Collins.

 A gravação mescla canções ao vivo e de estúdio, sobressaindo a guitarra nervosa de Cadogan. Neste mesmo ano a Artemis Records lançou o álbum nos Estados Unidos. Porém antes de trabalhar no segundo CD, aFulwood já estava enjoado do estilo de vida Rock & Roll, saindo do grupo.

 O restante seguiu em frente. Soltou o CD In The U.S pela Sophomore Records, de Nova York, com produção de Dan The Automator e do explosivo baterista de Blues, Russell Simins. O conjunto recebeu o novo membro, o baterista Billy Skinner. Em 2007 saiu o CD Wall of Sound.

 No ano seguinte, Virgil Howe, filho do guitarrista Steve Howe se juntou ao grupo. Retornaram ao estúdio com Edwyn Collins para gravar o terceiro álbum, King of The Waves, que saiu em 2011 pela Tummy Touch Records.



sábado, 4 de janeiro de 2014

Eazy-E: Rapper que usou o crime para virar artista




 
Eazy usou dinheiro do tráfico de drogas para criar uma gravadora

 A história do rapper Eazy-E jamais pode ser imitada por nenhum jovem que pretenda virar artista. Produtor e executivo de gravadora, Eric Lynn Wright morreu de Aids aos 33 anos por causa do envolvimento com drogas. Morava num bairro violento de Los Angeles (como se fosse Capão Redondo, Zona Sul de SP, ou Vigário Geral no Rio de Janeiro).

 Como traficante conseguiu juntar dinheiro e criou a Ruthless Records. Logo criou o grupo N.W.A. ao lado de Ice Cube, Dr. Dre, MC Ren e DJ Yella. Explodiu nas paradas de sucesso, mesmo sem apoio da mídia. Seus fãs, e talvez maioria fregueses dos pontos onde compravam drogas, gostavam de suas músicas, pois elas viraram trilha sonora dos guetos de Los Angeles. Como ocorreu com o RAP no Brasil nas décadas de 80 e 90. O primeiro disco do grupo saiu em 1988, Eazy Duz It.

 Três anos depois o conjunto acabou e Eazy resolveu tocar o barco sozinho, lançando o álbum 5450 Home 4 Tha Sick, vendendo bem, pois ele passou a compor. Em seguida Dre saiu da Ruthless Records e criou seu próprio selo, a Death Row Records. Virou inimigo de Eazy e gravou o álbum It´s On187 (Dr. Dre) One Killa. Ganhou Disco de Platina, visto que o disco tinha letras repletas de acusações contra o antigo parceiro e Snoop Dogg. Um dos hits era “Real Compton City Gs”.

 Mas o veneno da vingança traz efeitos maléficos. Em 1995 Eazy foi internado infectado com Aids, pouco tempo depois morreu, deixando cinco filhos. Há versões que afirmam que Suge Knight, fundador da Death Row, tenha colocado uma agulha com sangue de um soropositivo e enfiou em Eazy.

 Após sua morte foram lançados os álbuns póstumos: Str8 Of Tha Streetz Of Muthaphuckin Compton e Eternal E. Seu filho Lil Eazy-E é rapper e mora em Compton, onde residia o pai. Já compôs canções com The Game e participou da trilha sonora do jogo True Crime, com o hit “Get It Crackin”. Mesmo após conquistar o sucesso, Eazy não saiu do bairro que lhe deu dinheiro e fama, sendo reconhecido pela contribuição ao RAP.

 Seus hits mais conhecidos são: “Real Muthafuckin´G´s”, “Boys in Tha Hood”, “Eazy Duz It” e “Eazier Said than Dunn”, que entrou no famoso jogo GTA: San Andreas. Apesar de ter envolvimento com o crime, os fãs diziam que Eazy era brincalhão e sociável, além de ajudar vários artistas como Bone Thugs-N-Harmony. Na época do tráfico de drogas, integrava a gangue Crips.






terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Banda Raça Negra: 33 milhões de discos vendidos em 30 anos de carreira


Banda Raça Negra 30 anos depois, de branco o saxofonista Irupê
 A grande jogada da Banda Raça Negra, criada no bairro de Vila Inhocuné, Zona Leste de São Paulo, em 1983, foi misturar romantismo da guarânia (típica música romântica paraguaia) com o samba e metais nas pausas, como faz a Soul Music. Nesta época, diversos sambistas não tinham preocupação de fazer arranjos neste estilo. Investiam muito em percussão, deixando em segundo plano violinos, guitarras e contrabaixo.

 A sorte do conjunto formado pelo vocalista Luiz Carlos, líder do grupo, foi ter encontrado o pianista Júlio Vicente e o saxofonista Irupê, que na década de 60 tocou na banda de rock The Jordans. A dupla se responsabilizou pelos arranjos dos primeiros discos da Raça Negra.

Um hit que se transformou em grande sucesso nos bailes na primeira metade dos anos de 1990 é o samba rock “Quero ver você chorar”. A introdução com saxofone, percussão leve, deixando sobressair o som do pandeiro e a batida compassada do surdo e o violão aparecendo de leve, invadiu os ouvidos de futuros fãs. Era samba, mas com outra forma. Não lembrava o ritmo do Rio de Janeiro, lento, nem o do Bahia, bem agitado.

 Este molho, lapidado e desenvolvido pela dupla de arranjadores Irupê e Júlio Vicente, se transformou em grandes vendagens de disco. Outro diferencial do Raça Negra eram as letras compostas por Gabu, que tocou pandeiro no grupo até 1997. Ele tinha a sacada de escrever canções relacionadas à rotina de casais, principalmente de quem frequentava bailes e rodas de samba. Tinha romantismo, sem cair na breguice.

 Não demorou em o grupo emplacar vários sucessos nas paradas como: “Cigana”, “Doce Paixão”, Cheia de Manias”, “Caroline”, “Que Pena”, “Era Diferente”. O álbum de 1992 trouxe a regravação de “É o Amor”, da dupla sertaneja Zezé di Camargo e Luciano, “Pensando em Você”. O terceiro disco veio com “Estou Mal”, “Doce Paixão” e “Tempo Perdido”. A música que estourou primeiro nas rádios foi o hit “Pro dia Nascer Feliz”, de Cazuza. Essa canção levou o Raça Negra a participar de uma campanha nacional sobre os perigos da Aids.
Banda Raça Negra em 1993; acima à esquerda o músico Edson Café, hoje morador de rua em São Paulo

 No disco de 1993, um dos destaques foi o hit “Estrela Guia”, autoria do diretor da gravadora RGE, Antonio Carlos de Carvalho e do cantor Peninha, compositor de canções românticas, estilo MPB. Outras músicas fizeram a cabeça dos fãs, como “Jeito de Ser”, “Doce Daixão”, “Ciúme de você”, que fez muito sucesso na época da Jovem Guarda com Roberto Carlos e “Quando te encontrei”.

 Embalados como carro de Fórmula 1, com a canção “É Tarde Demais”, do álbum de 1995, entraram no Guinness Book, o livro dos recordes. Foi a música mais tocada num único dia no mundo. Ela teve 600 execuções durante 24 horas. A fama ajudou reunir 1,5 milhão de pessoas num único show para o Dia dos Trabalhadores em São Paulo, segundo maior recorde de público no Brasil, apenas atrás de Rod Stewart no réveillon de 1994 em Copacabana, Rio de Janeiro. Nos Estados Unidos levou 700 mil pessoas numa praça, outro recorde de público internacional. Em 30 anos de carreira a banda Raça Negra gravou mais de 18 discos e vendeu 33 milhões de cópias.

 Da formação original que gravou o primeiro álbum em 1991 (Luiz Carlos, Fininho, Paulinho, Fena, Fernando, Gabu), saíram o baixista Paulinho, o pandeirista Gabu e Edson Café. Este último sofreu um AVC em 1994, mas continuou no grupo até 2005, quando deixou a música. Atualmente vive como morador de ruas em São Paulo.
Edson Café, atualmente é mendigo nas ruas de São Paulo



sábado, 14 de dezembro de 2013

Myron Walden: O saxofone de ouro do Bronx

Walden é um seguidor de Charlie Parker

Myron Walden nasceu em Miami, no final de 1972. Com 12 anos mudou-se para o bairro barra pesada do Bronx, em Nova York. Ali cresceu ouvindo Rhythm and Blues, Blues, Soul e Gospel. Certa noite chamou a atenção do tio quando estava sintonizado na música de Charlie Parker, “One Night in Washington”. Naquele momento descobriu que seguiria aquele caminho.

Seus três CDs lançados entre 2009 e 2010 mostra o impacto que a Black Music teve em sua vida na infância. Reconhece a importância de Brian Blade Fellowship, mestre do Jazz, mas grande conhecedor de Country, Blues e Early Rock. Sabe que Brian o ajudou a mostrar as inúmeras possibilidades oferecidas pela música.  Hoje sabe que, como artista, não pode cometer o erro de se limitar a apenas um estilo.

 As regravações de “Momentum”, “In This World” e “Countryfied”, mostram que Walden criou um trabalho cheio de variedade e paixão. Quando era aluno de escola pública, teve dificuldade pela falta de departamento de música, mas teve sorte de contar com a simpatia de um professor. Ficou sensibilizado pelo seu desejo de tocar saxofone.

 O incentivou a levar para casa o velho sax que ficava no armário da escola. Estudou os discos de Charlie Parker e aprendeu a tocar sozinho. Durante o Ensino Médio, no bairro do Harlem, participou da LaGuardia High School of Music and The Arts de Nova York. Após a formatura foi para a Escola de Música de Manhattan, concluindo o curso em 1994. Antes venceu a conceituada competição Lincoln Center, interpretando obras de Charlie Parker.

 Durante a década de 1990, Walden mostrou o talento nos bares de Jazz de Nova York. Dividiu o palco com Nat Adderley, Freddie Hubbard, Wynton Marsalis, Roy Hargrove entre outros. Desenvolveu as habilidades de compositor, com letras gravadas por Antoine Roney, Ravi Coltrane, Vicent Herring, Carl Allen e Winard Harper.


 Em 1996, o disco de estreia, Hypnosis, seduziu a crítica, seguido de Like a Flower Seeking the Sun, ambos pela NYC Records. O ano de 2002 marcou a gravação do CD Higher Ground. Depois veio This Way em 2005,lançados na Fresh Sound New Talent Records. Todos com canções próprias. This Way ficou conhecido como um dos dez melhores discos de 2005. Continua, ao lado de Brian Blade Fellowship e sua banda, gravando e fazendo shows. Os solos apaixonados de Soul no saxofone alto e clarinete baixo emocionam os fãs nas apresentações.

Jody Watley: A estrela que saiu da banda Shalamar

Foi na banda Shalamar que Jody estourou como vocalista

 Jody Watley é outra grande estrela da década de 1980 e início da de 1990, ganhando vários elogios da crítica.  Em 1987 ganhou o Grammy de Melhor Artista Novo. Ela tem voz brilhante e grande habilidade de composição e grande senso visual. Ou seja, tem ótima postura de palco, usando o rico recurso da dança. Ninguém pode dizer atualmente que Jody não influenciou uma geração de cantoras e compositoras simpatizantes da Disco Music.

 Nascida em Chicago, em 1959, ganhou popularidade no famoso programa de variedades, Soultrain, na apresentação de Don Cornelius. Quando surgiu a Soul Train Records, conhecida como Sound of Los Angeles Records, que ela lançou no mercado um medley da Motown, famoso pelo nome: Uptown Festival, bancado pelo time de músicos e vocalista do Shalamar. Composto por Jody, Jeffrey Daniel e Gerald Brown, a nova banda teve vários hits e dois álbuns bem-sucedidos: Uptown Festival e Disco Gardens, antes de Brown ceder o lugar para Howard Hewett.

 No começo da década de 1980, a banda Shalamar tornou-se sucesso, emplacando hits como “A Night to Remenber”, “Full of Fire” e “This Is For the Lover In You." Em 1985, Jody segui caminho próprio, passando a trabalhar no seu primeiro álbum, produzido por Andre Cymone. Dois anos depois estourou nas paradas com “Looking For A New Love”.

 Por causa da beleza física e talento, Jody virou diva para o som eletrônico no final da década de 1980. Outro fator importante foi a arte de dançar bem e criatividade, para inovar em clipes.  Em seguida veio o disco Larger Than Life, estourando as músicas “Real Love" e "Friends”, nesta última acrescentou pitadas de Hip-Hop. O terceiro álbum, Affairs of the Heart não repetiu a pegada do segundo, mas Jody já tinha ganhado a marca de artista de som pesado.

 Para ficar de bem na mídia e crítica, usou o sucesso para participar de vários eventos beneficentes, principalmente os realizados por Bob Geldof, bem como o projeto de conscientização sobre os perigos da Aids, encampados por Red Hot & Blue. Ela cresceu muito no mundo da moda, saindo em diversas capas de revistas deste segmento e outdoor. Foi a primeira mulher negra a aparecer numa revista de moda japonesa (spur).

 No começo da década de 1990 saiu da MCA Records e passou a gravar discos independentes. Voltou às paradas com álbum e canção “Affection”. Reuniu em seguida os ex-colegas de Shalamar, Hewett e Daniel para regravação do hit "For the Lover In You”.


 Em 2006 soltou o CD Midnight Lounge, um conjunto vocal de Jazz, um de seus mais belos trabalhos, aclamado pela crítica. Dois anos à frente saiu o CD Chameleon, que saiu em 2010. O primeiro single “Candlelight” ganhou destaque nas rádios dos Estados Unidos. 





Tamara Wellons: A menina com grande voz

Desde criança, Tamara era conhecida como a "menina da grande voz"

Tamara Wellons, cantora e compositora, é outra grata surpresa do Soul, Jazz e House. No álbum Life Is, lançado pela Ocha Records, mostra a inédita joint venture entre House DJ/Producer Osunlade e Carlos Mena. Desde a gravação do single “Oh Well”, eleito o melhor Top 100 de 2007, que os fãs de House Music com Soul aguardam sempre outro CD de Tamara.

 Ela foi descoberta por Osunlade, quando entregou seu álbum no Winter Music Conference de 2005. Um simpatizante se referiu ao CD com a simples palavra: “Oh Well”. Dois anos depois ocorreu o estouro nos bailes de Washington DC, New Jersey, Detroit e Nova York. O single virou destaque no Grammy pelas mãos do DJ Roger Sanchez, transformando-se num dos pilares das pistas de dança na Costa Leste dos Estados Unidos.

 Em 2008 soltou Like Rain, mesclando os estilos de Jihad Muhammad e Nomumbah, verdadeira nitroglicerina, principalmente com o hit “Right Now”. Depois Tamara colaborou com o produtor italiano Anton Vitale, nas canções “Broken Wings”, lançado pela Tea Party do DJ e produtor Ian Friday´s.

 As músicas de Tamara revela um artista apaixonado. Na infância vivida na Virgínia, ela era conhecida como a menina com a grande voz. Cantar era algo natural para a neta do lendário grupo gospel The Pritchett Sisters. Enquanto estava na Universidade de Bowie, mergulhou no Jazz eclético e Soul Music. Até hoje as pessoas se lembram de que Tamara colocou um pouco de Nancy Wilson e Ella Fitzgerald na sua personalidade artística.


 Sua base musical é o Gospel e Jazz, mas aprecia todos os gêneros. Em 2003 gravou uma versão do hit “Fly Me to The Moon”, de Frank Sinatra. A capacidade de inovar resultou na versão corajosa da canção do Nirvana, “Smell Like Teen Spirit”. Composição que ganhou o coração dos fãs de Soul Music.