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#BMW - Morre #QuincyJones, o gênio da produção de grandes discos

Luís Alberto Alves/Hourpress

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Penny Wells: Dos corais de jovens na igreja ao sucesso


Uma das marcas de Penny é cantar no estilo Jazz Clássico

 Penny Wells passou a cantar em coros de jovens em sua igreja para obter um padrão próprio. Seu som sensual e sofisticado é escorado nos vocais do Jazz clássico, Spirituals e Gospel. Ela aprimorou o talento ao estudar na Wayne State University, e na Escola de Música de Detroit, além de ter a competência do diretor de canto naquela universidade, Frances Brockington.
 O resultado é Penny viajando por diversas cidades de Michigan, cantando ao lado de várias bandas. Ganhou o primeiro lugar num concurso de caça talentos com o hit “Your Turn to Shine”, patrocinado pela Rádio WJLB de Detroit.
 Em 2000 competiu com a canção “The Music Industry Showcase”. O resultado foi colocar no ar o seu single: “Free to Walk Away”. Penny canta uma grande variedade de estilos, que ajudou os produtores Randy Scott, da R&R Production, e John Penn, da II Undercurrent Records, a chamá-la para a R Tyme Records.
 Ali se destacou interpretando canções de Maysa Leak, Al Mckenzie, KEM, Jean Carne, Lathun, Dwele, Ron Mitchell, Naima Shambourger, Orthea Barnes, Randy Scott, Duane Parham, John E. Lawrence e Yancyy. Em 2004 lançou o primeiro CD, Shine. Os críticos batizam o álbum de calmamente, honesto e inspirado. Ela prossegue compondo e gravando músicas originais, com riqueza de talento.



Colie Wiliams: Grande talento do bairro do Bronx

Colie estudou canto e teatro para aprimorar seu talento
Às vezes, nesta mediocridade em que se transformou o Show Biz, aparecem artistas talentosos. É o caso de Colie Williams, nascida e criada no bairro barra pesada do Bronx. 

Subiu ao palco após sua professora na escola secundária reconhecer o seu talento vocal. Ela a incentivou a assistir Music & Arts High School no Harlem, onde acabou se formando em canto.
 Porém depois da formatura prosseguiu os estudos na Universidade de Syracuse, onde participou de um programa de teatro musical. A devoção de Colie pelas canções e teatro a levou a Washington e ali começou a fazer turnês e tocar em diversas produções teatrais profissionais, principalmente no Kennedy Center for The Perfoming Arts.
Concluída a etapa no teatro, centrou o foco para desenvolver o próprio som característico. Ela confessa que admira muito as lendas da Black Music, como Ella Fitzgerald, Nat King Cole, Stevie Wonder, Donny Hathaway, Roberta Flack e Sade. Em cima deles passou a aprimorar o estilo melodioso de suas futuras canções.
 Focada pela Soul Music passou a ser comparada a cantoras como Jill Scott e Teena Marie, visto que o seu jeito de cantar mistura Jazz sensual e R&B clássico, com elementos terapêuticos, falando de bem-estar mental, emocional e espiritual.
 Colie cria canções para levantar, inspirar e compartilhar sua verdade. O desempenho dela revelam paisagens íntimas onde há conexão direta com o público. Cada vez mais ganha popularidade. Após suas apresentações as pessoas compram seus CDs, onde se destacam canções como “Angell” e “All You Need”, sem esquecer-se do estilo clássico de Ella, Sarah e Billie Holiday.


segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Bobby Brooks Wilson: O filho desconhecido e talentoso de Jackie Wilson






Bobby deixou a Marinha para ser cantor

A vida de Bobby Brooks Wilson é um milagre. Nasceu quando sua mãe tinha 14 anos. A primeira parte de sua infância passou no hospital, por causa de inúmeros problemas de saúde. É neste momento que a Southern Gospel começou a dar os primeiros passos em sua direção.

 Ao chegar à adolescência descobriu que a Soul Music, com ajuda da irmã mais velha, que iria explodir o aparelho de som no bairro pobre onde morava. Ele era o único a ter tal iguaria. Rápido aprendeu a cantar R&B no estilo de Sam Cooke, Jackie Wilson, Otis Redding, Wilson Pickett, Gladys Knight, Al Green e Tom Jones.

 Procurou beber, também, na fonte de Mac Davis, Glen Campbell e Johnny Cash. Em sua opinião tudo que toca o espírito, é Soul Music. Aos 17 anos descobriu os hits de Elvis Presley ao ouvir a notícia de sua morte. Logo virou seu fã.

 Aos 21 anos o Serviço Militar mudou sua vida para sempre, ao viajar pela Europa e Ásia. Nessa época teve oportunidade de cantar nas instituições do governo norte-americano. A carreira na marinha chegou ao fim quando se apresentou para uma pequena multidão na Itália. Ali ele ouviu alguém dizer que estava em carreira errada. Deveria ser artista.

 Na proa do navio carregado de mísseis orou a Deus para retirá-lo do militarismo e colocá-lo no Show Biz. Um mês após o pedido, tornou-se membro de grupo popular no Havaí, Love Notes do produtor Peter Hernandez. Ele viu potencial em Wilson e ofereceu uma vaga no grupo, na época com sete cantores masculinos e quatro cantoras.

 Passou a ser visto como sósia de Elvis Presley. No começo da década de 1990, no show Legends in Concert, orientado por Paul Rever, passou a imitar Jackie Wilson por causa da semelhança e seu vocal. Depois encontrou do Billy Davis, primo de Jackie Wilson. Logo lançou uma canção feita por Bobby para a Columbia Records.

 O curioso nesta história é que através dessa canção, Bobby descobriu que Jackie Wilson era seu pai biológico. Foi reconhecido como seu verdadeiro filho. Ganhou nova família e passou a fazer diversas turnês. Logo vieram planos de gravar um CD, numa homenagem ao pai e suas belas canções. A Pleateau Music, gravadora de Nashville já incluiu Bobby neste projeto e muitas surpresas irão aparecer.

Erica West: Quando a beleza anda ao lado do talento



Erica West

Erica West, além de dançarina, é ótima cantora
 O ponto forte de Erica West é a combinação de R&B, Pop, Rock e Jazz, com suaves pitadas de Neosoul. Assim que passou a ser muito procurada em Minneapolis, primeiro como dançarina e depois pelo lindo vocal, numa linda vozo igual seda. 
A partir de 2003 centrou fogo na carreira de cantora. Esperta desenvolveu estilo sensual, igual ao de Nina Simone, Etta James, Sarah Vaughan, Barbra Streisand, Whitney Houston, Sade Anita Baker, Sarah McLachlan, Erykah Badu e Jill Scott.
 Em cima desses belos exemplos de talento, Erica passou a atuar como vocalista para um grupo de R&B, toda terça-feira a noite no Bunkers Music Café. 
Depois passou para os próprios shows em locais como Jazzmines, Soul City, Bellanote , Cabooze, Trocaderos e The Escape Ultra Lounge. Como cantora, atriz experiente, dançarina talentosa e boa diretora de evento, Erica é pau para toda a obra.
 Munida de profissionalismo se apresentou ao lado de artistas como Julius Collins, The Legendary Kombo, Ray Covington e Odell (Mint Condition) entre outros. Teve a oportunidade de abrir outros shows de Motown Kem, Chante Moore e Kenny Latimore, bem como a banda SOS Legendary. Numa outra noite, Prince fez questão de acompanhá-la. Agora ela trabalha ao lado da Twin Cities, banda de R&B, para finalizar seu primeiro projeto de gravação do seu CD.


quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Bibi Tanga: A força da Black Music da França



Bibi Tanga é a força da Black Music francesa


 Nascido em Paris, em 1969, Bienvenu (Bibi) Tanga não viu sua terra natal até a idade de dois anos, quando seus pais o trouxeram para Bangui, capital da República Centro Africana. Um dos dez filhos do casal, ele cresceu na ponte aérea Paris/África e Moscou/Washington/Brooklin, por causa do trabalho diplomático do pai.

 Após golpe de Estado no país africano, o velho virou diplomata de refugiados e família acabou na periferia de Paris. Bibi reconhece que sempre se sentiu alguém estranho na França, até chegar aos dez anos, quando seus pais voltaram de vez a Paris.

 Na França começou a sua educação musical séria. Os velhos frequentavam várias festas, além de ter vários discos de vinil. Cresceu ouvindo Franco e Tabu Ley de C Congo, Fela Kuti, da Nigéria, Bembeya Jazz da Guiné entre outros.  Da raiz americana, não faltavam hits de James Brown, Curtis Mayfield, Jimi Hendrix e Bob Marley. Seu amor cresceu pela Disco Music, Funk, Soul, Reggae e R&B, a grande herança da Black Music de todo o mundo.

 Como adolescente crescendo na Paris da década de 1980, entrou em contato com o Punk Rock e New Wave das bandas francesas e britânicas como The English Beat e The Cure. Logo aprendeu a tocar guitarra, baixo e saxofone, além de sapateado, transformando seus pés numa bateria.

 Essa série de informações  resultou num encontro ente Bibi Tanga e Professeur Inlassable em 2003. Três anos depois gravou o segundo CD, Yellow Gauze, supervisionado por Professeur no seu estúdio em Paris. Ele acrescentou nova dimensão ao som de Bibi Tanga, recriando paisagens sonoras musicais perdidas, invocando ecos de Edith Piaf, Jacques Brel e Serge Gainsbourg. O nome do álbum é o retrato atual da música global e roteiro para o futuro.

 A união das feras Arthur Simonini (violino e teclados), Rico Kerridge (guitarra) e Arnaud Biscaia (bateria), resultaram num som de outro mundo. Nas canções estavam a mistura do francês, inglês e o dialeto africano sango, passando mensagens socialmente conscientes sobre imigração, desnutrição, Aids e o peso da escravidão, por meio de grooves dançantes.

 O CD é a vitamina mesclando Funk e ritmos Afrobeat nas camadas mais altas do Soul. Sua banda, The Selenites (homenagem às pessoas que viviam no lado escuro da lua, baseado na história de HG Wells, segurou toda a onda, mostrando que pode existir romantismo, mesmo quando se está com os pés firmes no chão.

Spyder Turner: A aranha da Black Music que veio de West Virginia


Spyder Turner cresceu à sombra da Motown Records
 Spyder Turner, cujo nome de batismo é Dwight David Turner, nasceu em 1947 em West Virginia. Cantor de Soul Music, criou-se em Detroit e participava de vocais de grupos de Doo Wop e Corais na escola de Ensino Médio, na época da adolescência. Começou a gravar discos após vencer concurso no famoso Teatro Apollo, em Nova York. O começou foi como backing vocal para o grupo The Stereophonics e The Fabulous Counts.

 Em 1966 o produtor de discos McMurray viu o grupo de Turner participar de sessão de gravação. Pouco tempo depois assinou contrato com a MGM Records, lançando o single “Stand by Me”, que ficou em terceiro lugar na parada Billboard de Singles Chart e 12º na Billboard Hot 100 no começo de 1967. A seguir lançou álbum completo e o segundo single "I Can't Make it Anymore".

 Insatisfeito com a divisão de Soul Music da MGM Records, passou a trabalhar com Norman Whitfield, escrevendo o hit “Do Your Dance” para Rose Royce. Continuou a gravar no final da década de 1970 e começo da de 1980, incluindo a canção para o filme The Last Dragon. Em 2006 soltou o CD Baby.


 Dois anos depois apareceu na BandTraxs session at Studio A/Detroit, como backing vocal e compositor de várias canções, junto com os cantores Pree, Gayle Butts e outros músicos de Detroit, incluindo o co-produtor Dennis Coffey e Uriel Butts. Sua voz esteve presente nos hits “I"Tell me (crying over you)”, "Glory fleeting" e "Suddenly there's you", e com a rapaziada do BandTraxs no Funk/RAP “Detroit (city by the river)". A jamsession foi organizada pelo arranjador da Motown, David J.Van De Pitte.

The Soul of John Black: Liberdade de expressão no formato de belas canções


John "JB" Bigham não tem medo de correr riscos na busca de novas experiências musicais

O Soul de John Black é John “JB” Bigham, artista aventureiro sem medo de correr riscos na busca de sua visão musical. O apelido revela a escuridão e mistério, inspirado no filme Cult de 1976: A Vingança de JD. Ele mesmo confessa o gosto por artistas que sentem paixão pelas sombras. Porém o alimento de suas canções é retirado do Blues e Soul, transformado em verdadeiro testamento de beleza e liberdade de expressão.

 A visibilidade disto tudo acontece quando surge o encontro de guitarra, voz e emoção transmitida em hits Soulfully, verdadeira usina atômica de ritmos. O curioso é que a trajetória musical de JB passou por canções escritas para Miles Davis, onde tocou instrumentos de percussão. Sua faixa “Jilli” foi destaque no último álbum de estúdio do trompetista, Amandla, além de aparecer no DVD Live in Paris, gravado no 10º Paris Jazz Festival.

 JB tocou, também, guitarra e teclado para o grupo de Rock/Funk Ska Band Fishbone durante oito anos. Nesse período escreveu letras e deixou “cair” na guitarra, teclados e backing vocal, além de aplicar seus conhecimentos de produção em diversos discos do conjunto. Mais tarde emendou turnês e tocou com Eminem, Dr. Drã, Rosey, Joi, Nikka Costa, Bruce Hornsby e Everlast.

 A grande sacada de John Black é misturar bem Soul, Gospel, Funk e Hip-Hop, levando suas músicas às raízes humildes do Blues. Nas suas canções há ritmos urbanos contemporâneo e acústico. Nas palhetadas de sua guitarra, os acordes homenageiam John Lee Hooker e Muddy Waters.

 Sua banda é composta de músicos competentes, como Adam McDougal On Keys (Black Crowes, Macy Gray, Maroon 5, Nikka Costa), Oliver Charles na bateria (Bem Harper, Rhythm Roots All-Stars), Scott Seiver, Jake Najor, Shaw Davis no baixo, Davey Chegwidden (percussão) e Bill Botrell, que venceu o Grammy como produtor para Sheryl Crow, Shelby Lynne e outros. John Black é a Soul Music para toda uma nova geração.


segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Kristina Train: Amante da Black Music desde criança


Kristina começou a gostar de Black Music ainda criança

 Kristina Train vive em Londres, mas nasceu em Nova York em 1986. Talentosa cantora de hits mesclados com Soul, Country, Gospel, Blues, Folk e Jazz. Cresceu no racista Estado da Georgia, Sul norte-americano, onde são fortes as influências da Black Music, inclusive do Blues. As quatro anos de idade começou estudar violino clássico e ballet. Logo aprendeu, também, piano e guitarra. Como dançarina participou de espetáculos ao lado de lendas como Rudolph Nureyev e Mikhail Baryshnikov.
 Cantou e tocou em orquestras e bandas de Jazz. Tudo isso aos 13 anos de idade, quando aceitou convite para entrar na Orquestra Sinfônica de Beaufort. Três anos depois, a pedido do maestro Philip Greenberg, entrou na Orquestra Sinfônica de Savannah. É nessa época que passa a conhecer bastante o Blues e Jazz.
  Em pouco tempo Kristina estava tocando com feras do porte de Ben Tucker, que gravou discos ao lado de Quincy Jones, Peggy Lee, Dexter Gordon, Ellis Marsalis, Wynton Marsalis, Buddy Rich e Billy Taylor, entre outros. Da convivência com Tucker, ela se inspirou na promoção do Savannah Jazz Festival. O evento atraiu artistas como Eric Culberson, Dick Dale, Roger Randolph e Family Band. 
Essa conexão musical a levou se tornar amiga de Mike Mattison e Paul Olsen da Scrapomatic. Em 2001 gravou na lendária Blue Note Records. Saiu da escola para se dedicar exclusivamente à música. Oito anos depois lançou o CD Spilt Milk. A gravadora queria algo igual aos álbuns de Norah Jones, mas Kristina perguntou ao produtor Jimmy Hogarth qual seria a melhor pegada.
 Em parceria com Hogarth ela escreveu oito hits. Ensaiou e fez arranjos de cordas para três faixas, além de ter o apoio de Eg White e Ed Harcourt. Kristina, cuja voz rouca lembra Dusty Springfield, Aretha Franklin e Laura Nyro, trouxe novo alento à Pop Music.  Em 2010 viajou à Polônia numa turnê com Herbie Hancock. Dois anos depois soltou, pela Mercury Records, o CD Dark Black, que traz participações de Ed Harcourt, Cherry Ghost, Simon Aldred e Martin Craft.