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#BMW - Morre #QuincyJones, o gênio da produção de grandes discos

Luís Alberto Alves/Hourpress

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Bibi Tanga: A força da Black Music da França



Bibi Tanga é a força da Black Music francesa


 Nascido em Paris, em 1969, Bienvenu (Bibi) Tanga não viu sua terra natal até a idade de dois anos, quando seus pais o trouxeram para Bangui, capital da República Centro Africana. Um dos dez filhos do casal, ele cresceu na ponte aérea Paris/África e Moscou/Washington/Brooklin, por causa do trabalho diplomático do pai.

 Após golpe de Estado no país africano, o velho virou diplomata de refugiados e família acabou na periferia de Paris. Bibi reconhece que sempre se sentiu alguém estranho na França, até chegar aos dez anos, quando seus pais voltaram de vez a Paris.

 Na França começou a sua educação musical séria. Os velhos frequentavam várias festas, além de ter vários discos de vinil. Cresceu ouvindo Franco e Tabu Ley de C Congo, Fela Kuti, da Nigéria, Bembeya Jazz da Guiné entre outros.  Da raiz americana, não faltavam hits de James Brown, Curtis Mayfield, Jimi Hendrix e Bob Marley. Seu amor cresceu pela Disco Music, Funk, Soul, Reggae e R&B, a grande herança da Black Music de todo o mundo.

 Como adolescente crescendo na Paris da década de 1980, entrou em contato com o Punk Rock e New Wave das bandas francesas e britânicas como The English Beat e The Cure. Logo aprendeu a tocar guitarra, baixo e saxofone, além de sapateado, transformando seus pés numa bateria.

 Essa série de informações  resultou num encontro ente Bibi Tanga e Professeur Inlassable em 2003. Três anos depois gravou o segundo CD, Yellow Gauze, supervisionado por Professeur no seu estúdio em Paris. Ele acrescentou nova dimensão ao som de Bibi Tanga, recriando paisagens sonoras musicais perdidas, invocando ecos de Edith Piaf, Jacques Brel e Serge Gainsbourg. O nome do álbum é o retrato atual da música global e roteiro para o futuro.

 A união das feras Arthur Simonini (violino e teclados), Rico Kerridge (guitarra) e Arnaud Biscaia (bateria), resultaram num som de outro mundo. Nas canções estavam a mistura do francês, inglês e o dialeto africano sango, passando mensagens socialmente conscientes sobre imigração, desnutrição, Aids e o peso da escravidão, por meio de grooves dançantes.

 O CD é a vitamina mesclando Funk e ritmos Afrobeat nas camadas mais altas do Soul. Sua banda, The Selenites (homenagem às pessoas que viviam no lado escuro da lua, baseado na história de HG Wells, segurou toda a onda, mostrando que pode existir romantismo, mesmo quando se está com os pés firmes no chão.

Spyder Turner: A aranha da Black Music que veio de West Virginia


Spyder Turner cresceu à sombra da Motown Records
 Spyder Turner, cujo nome de batismo é Dwight David Turner, nasceu em 1947 em West Virginia. Cantor de Soul Music, criou-se em Detroit e participava de vocais de grupos de Doo Wop e Corais na escola de Ensino Médio, na época da adolescência. Começou a gravar discos após vencer concurso no famoso Teatro Apollo, em Nova York. O começou foi como backing vocal para o grupo The Stereophonics e The Fabulous Counts.

 Em 1966 o produtor de discos McMurray viu o grupo de Turner participar de sessão de gravação. Pouco tempo depois assinou contrato com a MGM Records, lançando o single “Stand by Me”, que ficou em terceiro lugar na parada Billboard de Singles Chart e 12º na Billboard Hot 100 no começo de 1967. A seguir lançou álbum completo e o segundo single "I Can't Make it Anymore".

 Insatisfeito com a divisão de Soul Music da MGM Records, passou a trabalhar com Norman Whitfield, escrevendo o hit “Do Your Dance” para Rose Royce. Continuou a gravar no final da década de 1970 e começo da de 1980, incluindo a canção para o filme The Last Dragon. Em 2006 soltou o CD Baby.


 Dois anos depois apareceu na BandTraxs session at Studio A/Detroit, como backing vocal e compositor de várias canções, junto com os cantores Pree, Gayle Butts e outros músicos de Detroit, incluindo o co-produtor Dennis Coffey e Uriel Butts. Sua voz esteve presente nos hits “I"Tell me (crying over you)”, "Glory fleeting" e "Suddenly there's you", e com a rapaziada do BandTraxs no Funk/RAP “Detroit (city by the river)". A jamsession foi organizada pelo arranjador da Motown, David J.Van De Pitte.

The Soul of John Black: Liberdade de expressão no formato de belas canções


John "JB" Bigham não tem medo de correr riscos na busca de novas experiências musicais

O Soul de John Black é John “JB” Bigham, artista aventureiro sem medo de correr riscos na busca de sua visão musical. O apelido revela a escuridão e mistério, inspirado no filme Cult de 1976: A Vingança de JD. Ele mesmo confessa o gosto por artistas que sentem paixão pelas sombras. Porém o alimento de suas canções é retirado do Blues e Soul, transformado em verdadeiro testamento de beleza e liberdade de expressão.

 A visibilidade disto tudo acontece quando surge o encontro de guitarra, voz e emoção transmitida em hits Soulfully, verdadeira usina atômica de ritmos. O curioso é que a trajetória musical de JB passou por canções escritas para Miles Davis, onde tocou instrumentos de percussão. Sua faixa “Jilli” foi destaque no último álbum de estúdio do trompetista, Amandla, além de aparecer no DVD Live in Paris, gravado no 10º Paris Jazz Festival.

 JB tocou, também, guitarra e teclado para o grupo de Rock/Funk Ska Band Fishbone durante oito anos. Nesse período escreveu letras e deixou “cair” na guitarra, teclados e backing vocal, além de aplicar seus conhecimentos de produção em diversos discos do conjunto. Mais tarde emendou turnês e tocou com Eminem, Dr. Drã, Rosey, Joi, Nikka Costa, Bruce Hornsby e Everlast.

 A grande sacada de John Black é misturar bem Soul, Gospel, Funk e Hip-Hop, levando suas músicas às raízes humildes do Blues. Nas suas canções há ritmos urbanos contemporâneo e acústico. Nas palhetadas de sua guitarra, os acordes homenageiam John Lee Hooker e Muddy Waters.

 Sua banda é composta de músicos competentes, como Adam McDougal On Keys (Black Crowes, Macy Gray, Maroon 5, Nikka Costa), Oliver Charles na bateria (Bem Harper, Rhythm Roots All-Stars), Scott Seiver, Jake Najor, Shaw Davis no baixo, Davey Chegwidden (percussão) e Bill Botrell, que venceu o Grammy como produtor para Sheryl Crow, Shelby Lynne e outros. John Black é a Soul Music para toda uma nova geração.


segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Kristina Train: Amante da Black Music desde criança


Kristina começou a gostar de Black Music ainda criança

 Kristina Train vive em Londres, mas nasceu em Nova York em 1986. Talentosa cantora de hits mesclados com Soul, Country, Gospel, Blues, Folk e Jazz. Cresceu no racista Estado da Georgia, Sul norte-americano, onde são fortes as influências da Black Music, inclusive do Blues. As quatro anos de idade começou estudar violino clássico e ballet. Logo aprendeu, também, piano e guitarra. Como dançarina participou de espetáculos ao lado de lendas como Rudolph Nureyev e Mikhail Baryshnikov.
 Cantou e tocou em orquestras e bandas de Jazz. Tudo isso aos 13 anos de idade, quando aceitou convite para entrar na Orquestra Sinfônica de Beaufort. Três anos depois, a pedido do maestro Philip Greenberg, entrou na Orquestra Sinfônica de Savannah. É nessa época que passa a conhecer bastante o Blues e Jazz.
  Em pouco tempo Kristina estava tocando com feras do porte de Ben Tucker, que gravou discos ao lado de Quincy Jones, Peggy Lee, Dexter Gordon, Ellis Marsalis, Wynton Marsalis, Buddy Rich e Billy Taylor, entre outros. Da convivência com Tucker, ela se inspirou na promoção do Savannah Jazz Festival. O evento atraiu artistas como Eric Culberson, Dick Dale, Roger Randolph e Family Band. 
Essa conexão musical a levou se tornar amiga de Mike Mattison e Paul Olsen da Scrapomatic. Em 2001 gravou na lendária Blue Note Records. Saiu da escola para se dedicar exclusivamente à música. Oito anos depois lançou o CD Spilt Milk. A gravadora queria algo igual aos álbuns de Norah Jones, mas Kristina perguntou ao produtor Jimmy Hogarth qual seria a melhor pegada.
 Em parceria com Hogarth ela escreveu oito hits. Ensaiou e fez arranjos de cordas para três faixas, além de ter o apoio de Eg White e Ed Harcourt. Kristina, cuja voz rouca lembra Dusty Springfield, Aretha Franklin e Laura Nyro, trouxe novo alento à Pop Music.  Em 2010 viajou à Polônia numa turnê com Herbie Hancock. Dois anos depois soltou, pela Mercury Records, o CD Dark Black, que traz participações de Ed Harcourt, Cherry Ghost, Simon Aldred e Martin Craft.


Rod Temperton: O célebre compositor de "Thriller"

Rod Temperton compôs vários hits famosos
A carreira de Rod Temperton começou numa pequena cidade do interior da Inglaterra, Cleethorpes. Após sair do emprego numa fábrica de peixes em conserva, mudou-se para Alemanha, respondendo ao anúncio de jornal de uma banda que procurava tecladista. Entrou no conjunto Heatwave, que fez muito sucesso na década de 1970 durante a febre da Disco Music.
 Depois de compor vários hits para o grupo, o lendário produtor Quincy Jones o escalou para escrever canções para o próximo álbum de Michael Jackson. É dele as músicas “Off The Wall” (faixa título do disco) que saiu no final dos anos de 1970. Também é de sua autoria “Rock With You” e “Burn This Disco Out”. As vendas de 20 milhões de cópias aumentou a confiança de Jones em Temperton.
 Começo da década de 1980, ele acerta a mão nas canções “Give me The Night” e “Love x Love” para George Benson; “Stomp” para The Brothers Johnson e “Baby, Come to Me” na voz de Patti Austin. O melhor viria em seguida: Temperton compôs a faixa título do estouro de vendas de Michael Jackson, Thriller, o disco mais comercializado da história, com mais de 102 milhões de cópias.

 São de sua autoria os hits “Thriller” e “Starlight”, cuja risada e voz cavernosa do ator Vincent Price ficaram imortalizadas naquele álbum. O que muita gente não sabe, é que os trechos finais das letras foram escritos dentro do táxi que levava Temperton ao estúdio. Também compôs a trilha sonora do filme de Billy Cristal, Running Scared, famoso no vocal de Michael McDonald, “Sweet Freedom”. Com essas canções, ele tornou-se um dos compositores mais bem-sucedido do Show Biz, vivendo confortavelmente dos direitos autorais dessas canções. 

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Wynter Gordon: Autora do célebre hit "Sugar Flo Rida"


 
Wynter Gordon estourou com o hit "Sugar"
 Logo na infância, no bairro do Queens, em Nova York, que Wynter Gordon descobriu o talento para dançar, compor e cantar. A primeira música veio na adolescência, ao participar de um concurso na escola onde estudava.

 Quando começou a trabalhar em estúdios, aprimorou a técnica, lançando o hit “Gonna Breakthrough”, depois regravada por Mary J.Blidge, rendendo Disco de Platina triplo em 2005.

 Essa proeza abriu as portas na Atlantic Records, como escrever hits para  Danity Kane, David Guetta e Jennifer Lopez. Sua canção “Sugar Flo Rida” chegou ao quinto lugar na Billboard Hot 100. Ficou muito tempo nas paradas por causa do hit “Dirty Talk”, single vice-campeão na Billboard.

Teairra Marí: A clone malfeita de Teena Marie


Em busca do sucesso, aTeairra é cópia de Teena Marie

 Com o nome quase parecido com Teena Marie, a cantora Teairra Marí estourou nas paradas de sucesso dos Estados Unidos, em 2005, com o single “Make Her Feel Good”. As coincidências não param por ai. O hit é muito parecido com o estilo de Teena Marie, até o jeito de fazer “beicinho” não acabou esquecido por Teairra. Cópias das mais feias.

 Nascida em Detroit, o primeiro EP dela saiu pela K.I.S.S. Productions. Logo o disco chegou às mãos do presidente da Island Def Jam Records, Antonio “LA” Reid. Ao ouvi-la cantar, lhe ofereceu contrato. Teairra gravou o álbum de estreia em 2005. Chegou à quinta posição na Billboard, mesmo sem muita promoção.


 Na noite de sua formatura no Ensino Médio soube que foi despedida da gravadora. Entrou na Asylum Warner Records. Chegou às paradas de 2010 com o hit “Sponsor”, autoria de Gucci Mane e Soulja Boy Tell Em.  

O ano de 2011 marcou o lançamento do CD With the Music I Die. Ela é daquelas artistas que engrossam o clube bundas girl´s. Fazem sucesso não por causa da voz (péssima), mas pela apetite sexual que desperta na plateia.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Vanessa Daou: A Wando de saias do Pop/Jazz/Disco Dance

A praia dela é letra obscena, igual ao cantor Wando



A grande jogada de Vanessa Daou, fundindo Pop, Jazz e Disco Dance, é compor letras sexualmente explícitas. Uma espécie de Wando de saias. Seus primeiros discos tinham nomes bem sugestivos neste quesito: Give Myself to You e Are You Satisfied? Ambos chegaram ao Top Ten nas paradas de Disco Dance da Billboard. Os dois álbuns foram lançados pela Lotus Records, seu próprio selo, depois reeditado pela MCA/Universal em 1995.


 Nascida em Saint Thomas, Ilhas Virgens Americanas, Vanessa foi para Massachusetts em 1984 para estudar artes visuais e história, que depois concluiu o curso em Nova York. Ao lado do parceiro e marido, Peter Daou, gravou o álbum Vandal, visando abrir caminho no espaço underground Dance Music de Nova York.

 Depois formaram a banda The Daou, assinando contrato com a Columbia/Sony, onde soltou o disco Head Music, em 1992. Sucesso nas paradas e críticas estourou o single “Surrender Yourself”, chegando ao topo da Billboard. Após o lançamento de mais dois singles, ela entrou na Krasnow Entertainment.

  Em 1994 fez o álbum Zipless, com Peter sendo co-roteirista, produtor e arranjador e letras da feminista Erica Jong. Dois anos depois veio com o disco groove Slow to Burn. Vanessa conseguiu vencer a força da fusão da gravadora com a Viacom e Seagrams, optando por gravações independentes. Em 1998 e 1999 lançou os discos Plutonium Glow e Dear John Coltrane.

 O ano 2000 marcou a chegada do excelente CD Make You Love, seguido de várias turnês, composições, projetos de artes visuais e colaborações com outros artistas. Em 2008 lançou o CD Joe Sent Me.
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Basia: O Jazz/Pop que veio da Polônia


Basia ficou longe do Show Biz seis anos

A vocalista polonesa Basia Trzetrzelewska ficou vários anos na banda de Pop Music Matt Bianco, braço da Blue Rondo à la Turk, antes de abraçar carreira solo em 1987. 

Com ajuda de Bianco e Danny White criou o coquetel Jazz/Pop para o álbum de estreia Time and Tide.

 Logo estouram nas paradas os hits “New Day For You” e “Time and Tide”, que viraram febre na Europa e Estados Unidos, onde ganhou Disco de Platina. Três anos depois soltou London Warsaw New York, também bem-sucedido. Porém, o terceiro disco (1994), Sweetest Illusion, não sensibilizou o público.


 Em 1998 lançou Clear Horizon: The Best of Basia. A morte da mãe a deixou longe do mercado muitos anos, só retornando às atividades em 2004, gravando o CD Matt´s Mood com a banda Danny White and Mark Reilly. Focou na carreira solo e lançou It´s That Girl Again (2009).