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#BMW - Morre #QuincyJones, o gênio da produção de grandes discos

Luís Alberto Alves/Hourpress

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Luther Allison: O guitarrista que tocava igual Jimi Hendrix

Allison tinha a mesma pegada de Jimi Hendrix

 Luther Allison, grande guitarrista norte-americano, além de cantor e compositor, viveu na França desde 1980. Nesse período guardou energias para apresentações em festivais de Blues até início da década de 1990. Em 1994 entrou na Alligator Records, experimentando grande salto na popularidade até sua morte em 1997.

 Nascido em 1939, ele foi o 14º de 15 filhos de um casal de produtores de algodão e de crianças também. Logo a família trocou o Arkansas por Chicago. Onde Allison aprendeu a tocar órgão e cantar gospel na igreja. Ali começou a gostar de Blues, principalmente dos programas musicais que ouvia no rádio à noite.

 Na sua mente ficaram gravadas as canções de BB King. Mesmo trabalhando como vendedor de calçado em Chicago, não demorou em Allison centrar forças em tocar blues na guitarra. Ela ficou de lado no período em que estudou o Ensino Médio. Não demorou em aperfeiçoar as habilidades e investir na técnica vocal cheia de Soul Music.

 Mas foi quando morava na Zona Oeste de Chicago que Allison percebeu que iria se tornar um Bluesman de tempo integral. Começou a entrar em contato com feras do porte de Jimmi Dawklins, Freddie King, Sam Magic e Otis Bush. Depois se mudou para a Zona Sul, vivendo a poucos quarteirões de Muddy Waters, com ele virando grande amigo do seu filho, Charles.

 Logo aprendeu, aos 18 anos, os acordes básicos do Blues e obteve mais experiência ouvindo pessoalmente Muddy Waters, Elmore James e Howlin ´Wolf, entre outros.  A primeira chance veio com Bob Koester na pequena Delmark Records, onde lançou o primeiro álbum Love Me Mama, em 1969.

 Em seguida passou a participar de festivais até 1971. Logo a crítica começou a prestar atenção no seu modo de tocar. Em 1972 entrou na Motown Records. Ganhou fãs entre simpatizantes do Rock, pois ele tocava igual o falecido Jimi Hendrix, morto há pouco tempo. Inclusive seus shows não duravam menos de quatros horas.

 Embora seus álbuns na Motown não tenham estourando, seus discos chegaram à Europa e Japão. Allison foi um dos poucos artistas do Blues a gravar na Motown. Até 1980 ele permaneceu na Europa, onde lançou o álbum Love Me Papa para uma gravadora de Blues francesa.

  Fixou moradia ao redor de Paris e passou a se apresentar no circuito entre França e Alemanha. Nos Estados Unidos só voltava para poucos shows em festivais de Blues. A grande jogada de Allison foi adicionar toques de Rock, Soul, Reggae, Funk e Jazz ao modo de tocar Blues. Para se entender essa magia é bom ouvir os dois primeiros álbuns lançados pela Alligator Records: Soul Fixin ´Man e Blue Streak.

 Nesses dois discos são nítidos os dotes de compositor, além de bem produzidos e gravador. Outra dica é uma reedição de 1992, do álbum Love Me Papa. Em 1996, a Motown soltou alguns dos três discos que ele gravou na casa, entre 1972 e 1976. Allison continuou fazendo shows, repleto de energia e suor, até julho de 1997, quando descobriu um câncer no pulmão. Trinta dias depois morreu, desfalcando o Blues de um grande talento.

 Em 1998 chegou ao mercado um álbum trazendo o que seria o último show, gravado em La Reunion Island, em abril de 1997. Produzido pelo amigo Thomas Ruf, o CD saiu para Ruf Records em 2007.



Freddie King: O Bluesman que influenciou diversas bandas de rock


King foi o primeiro artista negro a montar uma banda integrada, no período de forte segregação racial nos EUA
O auge do guitarrista Freddie King foi no começo da década de 1960, com uma séria de hits instrumentais, que serviram de tapete para outros colegas Bluesman e bandas de rock. Tocando apenas com o polegar, estourou nas paradas de sucesso, provocando impacto como BB King.
 King foi um dos primeiros artistas do Blues a ter coragem de montar uma banda racial integrada, numa época não existiam conjuntos onde brancos e negros tocavam juntos, por causa da violenta segregação racial existente naquela época nos Estados Unidos.
 Influenciado por Eddie Taylor, Jimmy Rogers e Robert Lockwood Jr., King moldou os gostos de Eric Clapton, Mick Taylor, Stevie Ray Vaughan e Lonnie Mack, entre vários artistas britânicos e norte-americanos.
 Nascido e criado em Gilmer, Texas, ali aprendeu a tocar guitarra na infância. Teve como professores a mãe e o tio. Após pegar os macetes do Blues acústico, na adolescência foi contaminado pelo estilo de Chicago. Em 1950, aos 16 anos, mudou com a família para aquela cidade e ali passou a frequentar clubes de Blues, ouvindo músicos como Muddy Waters, Jimmy Rogers, Robert Lockwood Jr., Little Walter e Eddie Taylor. Não demorou e formou a própria banda, a The Blues Every Time Boys.
 Depois passou a tocar em gravações da Chess Records, assim como trocar figurinhas com a rapaziada dos The Blues Cat do Earlee Payton e o pequeno grupo de Sonny Cooper Band. Só a partir de 1957, quando gravou “Country Boy”, para o selo independente El-Bee, que não chamou atenção da crítica.
 Em 1960 entrou na Federal Records, subsidiária da King Records, lançando o single “You Have to Love it With Feeling”. No final daquele ano, o hit entrou nas paradas Pop. Depois soltou “Hide Away”, que seria sua marca registrada, depois regravada por outros artistas. O ano de 1961 marcou a chegada do single “I Love The Woman”, outro grande sucesso. No decorrer da década de 1960, “Hide Away” entrou no repertório de várias bandas de Blues e de Rock em todos os Estados Unidos e Reino Unido.
 Para valer, o seu primeiro álbum apareceu ainda em 1961, Freddie King Sings, seguindo mais tarde de Let´s Go Hide Away e Dance Away With Freddy King: Strictly Instrumental. Nesse período soltou várias canções instrumentais, incluindo “San-Ho-Zay”, “The Stumble” e “I´m Tore Down”, essa última virando grande clássico do Blues em todo o mundo.
 Freddie King ficou na King Records até 1968, quando soltou o segundo álbum instrumental: Freddy King gives you a Bonanza instrumental em 1965, sem nenhum dos singles ganhar as paradas com intensidade. Mas sua influência acabou captada por diversos guitarristas do rock, entre eles Eric Clapton, que fez de “Hide Away” seu número de vitrine nos shows.

 O final de 1968 marcou a entrada de Freddie na Atlantic Records que havia se separado do Cotilion, liberando o passe dele. Dois depois Curtis King produziu seus dois discos naquele selo. Entrou na Shelter Records e lançou três discos, vendendo muito bem. Seus shows ficaram mais populares entre amantes do Blues e Rock.

 O ano de 1974 marca a chegada à RSO Records, soltando ali o álbum Burglar, produzido e gravado por Eric Clapton. Após o lançamento fez turnê por todos os Estados Unidos, Europa e Austrália. Em 1975 veio o disco Larger Than Life. Durante 1976 Freddie realizou várias apresentações. Porém sua saúde começou abandonar seu corpo. No final daquele ano o coração o matou, com apenas 42 anos. Mas o estilo de tocar Blues continuou nos ouvidos e mentes de Bluesman e roqueiros décadas após sua morte.



Jimmy McCracklin: Meio século a serviço do Blues



 
McCraklin dedicou 50 anos ao Blues
 Jimmy McCraklin  cantou Blues 50 anos, mas trabalhando como um jovem. Na sua avaliação, começou a gravar em 1945, na época que cresceu no Missouri, sendo influenciado pelo estilo de tocar piano de Walter Davis, depois apresentado pelo seu pai.
 Antes de se enveredar pela música, gastou um pouco de tempo no boxe, mas o Blues o retirou dos ringues. Após temporada na Marinha, durante a Segunda Guerra Mundial, mudou-se para Costa Oeste, estreando com o hit “Mis Mattie Left Me”. Dividiu o disco com JD Nicholson, numa canção em que ele tocava piano.
 No período 1949/1950 gravou em diversos selos de pequeno porte, tanto de Los Angeles quanto de Oakland. Mas foi em 1951, ao lado de Lafayette “Thing” Thomas, como guitarrista, que McCracklin Blues Blasters alçou voo.
 Três anos depois retornou com The Brothers Bihari, estourando com o hit “"There could be a dream" onde ele detalhava uma noite de amor ao lado da mulher amada. O produtor Bob Geddins, da Irma Records, mais tarde Imperial, em 1956 McCracklin alcançou o sonhado grande sucesso com a canção “The Walk”, atingindo o Top Tem de R&B e Pop de 1958.
 Nesta altura do campeonato, ele era conhecido como o pianista andarilho, por causa do grande número de gravadora que passou. Entrou na Mercury Records e ali lançou o disco Georgia Slop em 1959. Dois anos depois soltou o hit “Just Got to Know” para Art/Tons Records. Aproveitou e gravou o single “Shime, Shime, Shime”, outro estouro nas paradas.
 Em 1965, de novo na Imperial Records, lançou outro disco fazendo sucesso com os hits “Every Night, Every Day”, “Think” e “My Answer”. O trunfo de McCracklin é a habilidade de compor. É dele a canção “Tramp”, para o guitarrista Lowell Fulson, chegando o top das paradas de 1967 de R&B, apenas chamuscada pelo dueto inesquecível de Otis Redding e Carla Thomas.
 Na Imperial Records, ele lançou vários discos. Nos últimos dias de vida, McCraklin ainda tocava piano com muita força, parecendo um pugilista atrás do nocaute. Em dezembro de 2012, aos 91 anos, o Blues o perdeu para sempre, após rica trajetória na Black Music dos Estados Unidos.



segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Bow Wow: Rapper desde criança


Aos 13 anos, Bow Wow lançou o primeiro disco


Ainda criança, aos 13 anos, Bow Wow estreou no RAP lançando o álbum Beware of Dog, ganhando Disco de Platina Duplo no Top Ten Hit. O passar do tempo o amadureceu como artista e homem, gravando diversos CDs repletos de sucessos comerciais. Além de cantar, encontrou trabalho em Hollywood, começando com Like Mike (2002), onde escreveu a trilha sonora, depois vieram Johnson Family Vacation (2004), Roll Bounce (2005) e The Fast and the Furious: Tokyo Drift (2006).

  Shad Gregory Moss (seu nome de batismo) veio despontou no mundo em 1987, na cidade de Columbus e adotou pseudônimo artístico Lil Bow Wow, apelido da época em que ficou na Death Row Records, na companhia dos rappers Dr. Dre e Snoop Dogg.

 Depois percebeu que seria mais fecunda a amizade com Jermaine Dupri e sua gravadora, a So So Def. Orientado por Dupri, espécie de guia de outros rappers, como Kris Kross e Da Brat, rumo ao sucesso, e pelo produtor e compositor Bryan Michael Cox, Bow Wow já estava preparado para a máquina de moer carne conhecida como sucesso.

 No Verão de 2000 pisou na estrada do Show Biz com o CD Bounce With Me, cuja faixa apareceu na trilha sonora do filme de Eddie Murphy, Big Momma's House. O hit teve o apoio do grupo feminino da So So Def, Xscape. Sucesso nos Estados Unidos e Reino Unido, nas paradas de RAP e R&B de ambos países.

 Em paralelo Bow Wow centrou fogo no CD de estreia, Beware of Dog, outro grande estouro, vendendo mais de 2, 5 milhões de cópias. O segredo do arraso foi a parceria musical dele com Snoop Dogg no single "Bow Wow (That's My Name)” e outras faixas de menor impacto como “Puppy Love” e “Ghetto Girls”.

 O segundo álbum, Doggy Bag (2002) repetiu o sucesso, chegando ao posto seis na parada de álbuns da Billboard, rendendo Disco de Platina, por causa de dois fortes singles: “Thank You” e “Take Ya Home”, produzido por The Neptunes.

 Como já estava por cima da “carne seca”, Bow Wow terminou a amizade com Jermaine Dupri na gravação do terceiro CD Unleashed (2003), lançado pela Colúmbia Records, fracasso comercial, vendendo menos de 1 milhão de cópias, embora os singles “Let´s Get Down”, com Birdman, e “My Baby”, produzido por Jagged Edge tenham salvo a pátria.

 O álbum tinha sido bem produzido, incluindo mais batidas por The Neptunes. Mas em 2005, Bow Wow teve de reatar com Jermaine Dupri para gravar o CD Wanted, ganhador do Disco de Platina naquele ano, com dois hits estourando nas paradas: “Let Me Hold You” e “Like You”, num dueto ao lado de Ciara, com que namorou durante algum tempo.

 Nos próximos anos ele se manteve bem nas paradas de sucessos, com os CDs The Price of Fame (2006), destacando os hits “Shortie Like Mine, em dupla junto a Chris Brown, “Outta My System”, dueto com T-Pain” e “I´m a Flirt” ao lado de R. Kelly.
Face Off (2007) teve a participação de Omarion. 

 No ano seguinte soltou A Half Man, Half Dog Vol.1 e Half Man, Half Dog (2009). Depois fez o  mixtapes New Jack City II nesse mesmo ano.  Em 2010 soltou The Greenlight. Em 2012 entrou na Cash Money Records lançando o single Sweat e depois gravou o CD Underrated pela Universal Republic Records. Esses são alguns dos sucessos de Bow Wow no youtube:"Let Me Hold You"  (http://www.youtube.com/watch?v=CX2Acz35XWY), com mais de 20 milhões de acessos; "Like You" (http://www.youtube.com/watch?v=b-EqP0BLy1Q), "Shortie Like Mine" (http://www.youtube.com/watch?v=BI23T9hLInQ), "Outta My System" (http://www.youtube.com/watch?v=U-InF9ieRRI)

Mya: O uso da sensual para fazer sucesso



Mya é o exemplo puro do uso da sensualidade para garantir o sucesso

   
 A indústria da música não perde oportunidade. A cantora Mya é exemplo disto. Dançarina e bonitinha de corpo lançou o primeiro álbum em 1998, quando tinha 18 anos e o seu visual atraia muitas pessoas aos seus shows e servia de isca na compra dos discos gravados elas. A velha jogada de a beleza plástica esconder o conteúdo artístico.

 Nascida em Baltimore, Maryland, cresceu em Washington D.C, onde estudou dança desde a infância. Nessa época aprendeu a cantar e tocar violino, impulsionada pelo pai, músico profissional. Logo perdeu o interesse pela dança, mas pouco tempo depois entrou num grupo de pré-adolescentes servido de trampolim para ingressar no TWA (Tappers With Attitude), também envolvido com dança.

 Ao sair do TWA foi para Nova York estudar no Dance Theater Of Harlem com Savion Glover, conhecido coreógrafo da Broadway. A capacidade improvisação de Mya o deixou impressionado. Porém as aulas e as fitas demos com ela cantando e tocando, anos mais tarde, ajudaram ela entrar na Interscope Records, com empurrão dado pelo executivo Haqq Islam.

 Ali ficou dois anos trabalhando o lançamento do CD Mya que saiu em 1998. Para fazer bonito, participaram do álbum Darryl Pearson, BabyFace, Diane Warren, Raphael Brown, Wyclef Jean, Missy "Misdemeanor" Elliot e Sisqo e Moko da Dru Hill. Recheado de canções falando de paixões que acontecem nas grandes cidades.

 Em 2000 soltou Fears of Flyng, álbum mais maduro que teve a colaboração de Lisa “Left Eye” Lopez, Jadakiss, Wyclef Jean e Swizz Beatz. Três anos depois gravou Moodring (interscope), 2007 Liberation (Motown Records), 2009 Best of Both Worlds (Siccness), 2011 K.I.S.S Keep It Sexy & Simple) Mya Planet 9 Records). Vejam alguns dos hits de Mya no youtube: "My Love is Like" (http://www.youtube.com/watch?v=K4gcQj_NZ30), "Fallen" (http://www.youtube.com/watch?v=h4GLjo-6V78), "Ridin" (http://www.youtube.com/watch?v=F0Tx1ymLIvo), "My First Night With You" (http://www.youtube.com/watch?v=P0qoxlVYyTU&playnext=1&list=AL94UKMTqg-9CrLKAmnIE0QsEZ7noZ9NDc).



Tamar Braxton:A irmã que saiu da sombra de Toni Braxton


Tamar saiu da sombra da irmã Toni, para conquistar o sucesso

 Tamar Braxton entrou no Show Biz por meio do grupo The Braxton, compostos pelas irmãs mais velhas Traci, Trina, Towanda e pela futura pop star Toni. As quatro meninas lançaram o single “Good Life”, pela Arista Records, em 1990, sem grande sucesso na Billboard R&B. O quarteto perdeu Toni, que depois iriam se transformar na sua banda de apoio.

 Minus Toni e Traci, como The Braxton, entraram na Atlantic Records lançando o álbum So Many em 1996, na verdade um mestrado em remix do trabalho de Diana Ross, estourando nas paradas de clubes da Billboard. Logo Tamar saiu do grupo para centrar fogo numa carreira solo na Dreamworks Records. Ali soltou o álbum 2000, colocando dois singles nas paradas, incluindo o Top 30 R&B "If You Don't Wanna Love Me", numa parceria com Christopher “Tricky” Stewart e Xscape´s LaTocha Scott.

Mas Tamar continuou fazendo backing vocal nos CDs da irmã Toni e depois entrou na Casablanca Records. Outro furo n´agua. Para ficar bem na foto, participou dos reality shows Braxton Family Values. Conseguiu entrar na Epic Records. No final de 2012 soltou o single “Love and War”, número cinco na parada Hip-Hop R&B, precedido do CD de mesmo nome, lançado em setembro de 2013. Para não perder o pique gravou, também, o CD de férias de Inverno Loversland. Vejam alguns dos sucessos dela no youtube: "Love and War" (http://www.youtube.com/watch?v=_ITujo4gbNU), "All The Way Home" (http://www.youtube.com/watch?v=VDq7rH3a0rY), "Hot Sugar" (http://www.youtube.com/watch?v=-NsVR-qiaT4).




Debelah Morgan: De vencedora de concursos de beleza a frágil carreira de cantora


A cantora Debelah Morgan tem correndo nas veias sangue afro-americano e indiano. Aos três anos (1980) começou a ter aulas de piano, motivando-a cantar. Aos 15 a família saiu de Detroit e mudou-se para o Arizona. Ali ganhou diversos concursos de beleza e organizou um coral na escola.

 O primeiro álbum, Debelah, saiu pela Atlantic Records em 1994, lançado apenas nos Estados Unidos e Japão, sem qualquer promoção. O único single, “Take It Easy” não brilhou nas paradas de sucesso. O fracasso provocou rescisão do seu contrato.

 Quatro anos depois entrou na Motown Records, soltando o disco It´s Not Over, escorado nos bem-sucedidos singles “Yesterday” e “I Love You”, que estourou no Brasil, entrando na trilha sonora do remake da novela Pecado Capital, exibida na Rede Globo.

 Porém a venda da Motown para a Universal Records a deixou novamente sem contrato. Em 2000 voltou à Atlantic Records, lançando o CD Dance With Me, o mais brilhante da carreira dela, rendendo o single Top 10 na Billboard, “Dance With Me”, estourando em oitavo lugar naquela parada.

Misteriosamente sem marketing e promoção, com ninguém apostando no seu taco, lançou apenas na Austrália o segundo single, “I Remember”. De novo levou um pontapé no traseiro da Atlantic Records. A partir concentrou forças em compor numa parceria com o irmão Giloh Morgan.

 Suas últimas letras foram para a cantora Chante Moore em 2003, além de backing vocal no hit “Tonight” e duas canções gravadas em 2005 que entraram na trilha do filme Road Kings; “Fly Free” e a regravação do clássico “I´ll Take You There”.

 Em 2005 gravou o CD A Light at The End of The Tunnel, não lançado comercialmente. Há comentários de que o single “Just as I am” teria sido gravado por um selo independente e comercializado em cultos evangélicos. Confiram os hits dela no youtube: hit "I Love You" (http://www.youtube.com/watch?v=pbMLCHTCdlQ), "Yesterday (http://www.youtube.com/watch?v=XgHINNzeWQ4), "I Remenber" (http://www.youtube.com/watch?v=i5DFHVrCqus), "Baby I Need Your Love" (http://www.youtube.com/watch?v=xXqu450l3X0), "It´s Not Over" (http://www.youtube.com/watch?v=wsRCjRyzgNA) entre outros sucessos.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Maria Muldaur: outra grande estrela do Blues de Nova York


Maria Muldaur colocou mais charme no Blues de Nova York

O nome Maria Grazia Rosa Domenica d' Amato, nascida também em Greenwich Village, Nova York, em 1943, o mesmo onde veio ao mundo a blueswomam Rory Glock, não lembra em nada de uma artista de Blues. Após se casar com Geoff Muldaur, assumiu o sobrenome do marido. Embora sua mãe gostasse de Música Clássica, ela cresceu gostando de Blues e sons de Big Band.

 Depois começou a respirar a atmosfera de Greenwich Village (lembra o bairro paulista de Vila Madalena) na década de 1960 e passou a tocar na Banda Dozen Jug, junto com John Sebastian, Stefan Grossman, Joshua Rifkin e Steve Katz. Após sair dessa banda foi participar do grupo Kweskin até o conjunto se dividir no final da década de 1960.

 Para em seguida ela soltar dois álbuns com o marido, antes do divórcio em 1972. O primeiro trabalho solo dela ganhou Disco de Platina, com o single “Midnight At The Oasis”, contando com o excelente solo de guitarra de Amor Garret. O disco chegou ao terceiro lugar nas paradas dos Estados Unidos em 1974. A voz de menina de Maria é pura sedução nesta canção, assim como no hit "Mad, Mad, Me" de 1973.

 No balanço dessa maré alta, ela emendou turnê por toda a América e depois foi tocar na Europa pela primeira vez, apresentando canções de autores contemporâneos como Kate e Anna McGarride e tendo a ajuda de músicos como Garrett e JJ Cale. Nessa época Maria flertou um pouco com o Jazz.

 A queda nas vendas de seus discos fez com que a WEA Records a deixasse na rua. Ela partiu para selos menores, como Takoma, Spindrift, Making Waves e Christian Mirra, onde lançou o disco There Is a Love, em 1982. Porém nunca conseguiu repetir o sucesso obtido com Midnight At The Oasis, mas seu estilo Soulful, mesclado ao Blues e Jazz ainda continua forte.

 Durante o final dos anos 90 e novo milênio ela teve um renascimento crítico, gravando vários álbuns para a Telarc Records e, ultimamente, com Stony Plain alcançando considerável sucesso comercial. Maria Já gravou 30 álbuns, o último em 2011, Steady Love.


Rory Block: A estrela do Blues de Greenwich Village

Block começou a gostar de Blues na adolescência

 Foi em 6 de novembro de 1949, no bairro de Greenwich Village, Nova York, que o Blues estava ganhando mais uma grande guerreira. Rory Block, cantora e guitarrista cresceu num ambiente musical. Seu pai tocava violino clássico. Aos dez anos ela se interessou por guitarra, para depois se envolver no clima artístico reinante em Greenwich.

 Na adolescência ouviu pela primeira vez Blues e passou a tocar com artistas do naipe de Ver. Gary Davis e Mississippi John Hurt. O encontro com Stefan Grossman aos 13 anos aumentou o interesse por essa música. Porém, Rory fez uma pausa de dez para criar sua família, só retornando em 1975, aos 26 anos, gravando um álbum para a RCA Victor Records.

 Em seguida lançou outro disco de estúdio para o pequeno selo Blue Goosse e outros dois decepcionantes pela Chrysalis Records. Até 2008, quando saiu Country Blues Guitar Rare Arquival Recording, Rory já soltou na Praça 29 discos.

 O primeiro lançamento dela para a Rounder Records, em 1982, teve a co-produção de John Sebastian. Rory prosseguiu na mesma linha de gravação e execução de Blues tradicional e Blues Country. A canção “I Got A Rock In My Sock” chamou a atenção de experts no assunto como Taj Mahal e David Bromberg.

 Com a morte de seu filho mais velho, aos 19 anos, em 1986, Rory soltou um álbum tributo, House of Hearts, com dez faixas. Em 1996 lançou outro disco mais comercial, incluindo participações de Mary Chapin Carpenter e o guitarrista David Lindley. Mesmo bem produzido, manteve a veia do Blues tradicional.

 Rory jogou por terra a máxima de que uma mulher branca não poderia ser autêntica cantando e tocando Blues. Ganhou diversos prêmios no final da década de 1990, incluindo o de Melhor Álbum Tradicional (Confessions Of A Blue Singer). Repetiu a dose em 1997 e 1998, como Melhor Artista Feminina Tradicional de Blues.

 Neste século 21, ao lado do filho Jordan Block, assinou contrato com Telarc Records, onde lançou o CD Last Fair Deal, em 2003, considerado um dos melhores de sua carreira. No ano seguinte uniu forças com Eric Bibb e Maria Muldaur para soltar o disco Brothers & Sisters. Rory Block é uma das blueswomam que trabalha duro para manter a essência do Blues tradicional.