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#BMW - Morre #QuincyJones, o gênio da produção de grandes discos

Luís Alberto Alves/Hourpress

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Bow Wow: Rapper desde criança


Aos 13 anos, Bow Wow lançou o primeiro disco


Ainda criança, aos 13 anos, Bow Wow estreou no RAP lançando o álbum Beware of Dog, ganhando Disco de Platina Duplo no Top Ten Hit. O passar do tempo o amadureceu como artista e homem, gravando diversos CDs repletos de sucessos comerciais. Além de cantar, encontrou trabalho em Hollywood, começando com Like Mike (2002), onde escreveu a trilha sonora, depois vieram Johnson Family Vacation (2004), Roll Bounce (2005) e The Fast and the Furious: Tokyo Drift (2006).

  Shad Gregory Moss (seu nome de batismo) veio despontou no mundo em 1987, na cidade de Columbus e adotou pseudônimo artístico Lil Bow Wow, apelido da época em que ficou na Death Row Records, na companhia dos rappers Dr. Dre e Snoop Dogg.

 Depois percebeu que seria mais fecunda a amizade com Jermaine Dupri e sua gravadora, a So So Def. Orientado por Dupri, espécie de guia de outros rappers, como Kris Kross e Da Brat, rumo ao sucesso, e pelo produtor e compositor Bryan Michael Cox, Bow Wow já estava preparado para a máquina de moer carne conhecida como sucesso.

 No Verão de 2000 pisou na estrada do Show Biz com o CD Bounce With Me, cuja faixa apareceu na trilha sonora do filme de Eddie Murphy, Big Momma's House. O hit teve o apoio do grupo feminino da So So Def, Xscape. Sucesso nos Estados Unidos e Reino Unido, nas paradas de RAP e R&B de ambos países.

 Em paralelo Bow Wow centrou fogo no CD de estreia, Beware of Dog, outro grande estouro, vendendo mais de 2, 5 milhões de cópias. O segredo do arraso foi a parceria musical dele com Snoop Dogg no single "Bow Wow (That's My Name)” e outras faixas de menor impacto como “Puppy Love” e “Ghetto Girls”.

 O segundo álbum, Doggy Bag (2002) repetiu o sucesso, chegando ao posto seis na parada de álbuns da Billboard, rendendo Disco de Platina, por causa de dois fortes singles: “Thank You” e “Take Ya Home”, produzido por The Neptunes.

 Como já estava por cima da “carne seca”, Bow Wow terminou a amizade com Jermaine Dupri na gravação do terceiro CD Unleashed (2003), lançado pela Colúmbia Records, fracasso comercial, vendendo menos de 1 milhão de cópias, embora os singles “Let´s Get Down”, com Birdman, e “My Baby”, produzido por Jagged Edge tenham salvo a pátria.

 O álbum tinha sido bem produzido, incluindo mais batidas por The Neptunes. Mas em 2005, Bow Wow teve de reatar com Jermaine Dupri para gravar o CD Wanted, ganhador do Disco de Platina naquele ano, com dois hits estourando nas paradas: “Let Me Hold You” e “Like You”, num dueto ao lado de Ciara, com que namorou durante algum tempo.

 Nos próximos anos ele se manteve bem nas paradas de sucessos, com os CDs The Price of Fame (2006), destacando os hits “Shortie Like Mine, em dupla junto a Chris Brown, “Outta My System”, dueto com T-Pain” e “I´m a Flirt” ao lado de R. Kelly.
Face Off (2007) teve a participação de Omarion. 

 No ano seguinte soltou A Half Man, Half Dog Vol.1 e Half Man, Half Dog (2009). Depois fez o  mixtapes New Jack City II nesse mesmo ano.  Em 2010 soltou The Greenlight. Em 2012 entrou na Cash Money Records lançando o single Sweat e depois gravou o CD Underrated pela Universal Republic Records. Esses são alguns dos sucessos de Bow Wow no youtube:"Let Me Hold You"  (http://www.youtube.com/watch?v=CX2Acz35XWY), com mais de 20 milhões de acessos; "Like You" (http://www.youtube.com/watch?v=b-EqP0BLy1Q), "Shortie Like Mine" (http://www.youtube.com/watch?v=BI23T9hLInQ), "Outta My System" (http://www.youtube.com/watch?v=U-InF9ieRRI)

Mya: O uso da sensual para fazer sucesso



Mya é o exemplo puro do uso da sensualidade para garantir o sucesso

   
 A indústria da música não perde oportunidade. A cantora Mya é exemplo disto. Dançarina e bonitinha de corpo lançou o primeiro álbum em 1998, quando tinha 18 anos e o seu visual atraia muitas pessoas aos seus shows e servia de isca na compra dos discos gravados elas. A velha jogada de a beleza plástica esconder o conteúdo artístico.

 Nascida em Baltimore, Maryland, cresceu em Washington D.C, onde estudou dança desde a infância. Nessa época aprendeu a cantar e tocar violino, impulsionada pelo pai, músico profissional. Logo perdeu o interesse pela dança, mas pouco tempo depois entrou num grupo de pré-adolescentes servido de trampolim para ingressar no TWA (Tappers With Attitude), também envolvido com dança.

 Ao sair do TWA foi para Nova York estudar no Dance Theater Of Harlem com Savion Glover, conhecido coreógrafo da Broadway. A capacidade improvisação de Mya o deixou impressionado. Porém as aulas e as fitas demos com ela cantando e tocando, anos mais tarde, ajudaram ela entrar na Interscope Records, com empurrão dado pelo executivo Haqq Islam.

 Ali ficou dois anos trabalhando o lançamento do CD Mya que saiu em 1998. Para fazer bonito, participaram do álbum Darryl Pearson, BabyFace, Diane Warren, Raphael Brown, Wyclef Jean, Missy "Misdemeanor" Elliot e Sisqo e Moko da Dru Hill. Recheado de canções falando de paixões que acontecem nas grandes cidades.

 Em 2000 soltou Fears of Flyng, álbum mais maduro que teve a colaboração de Lisa “Left Eye” Lopez, Jadakiss, Wyclef Jean e Swizz Beatz. Três anos depois gravou Moodring (interscope), 2007 Liberation (Motown Records), 2009 Best of Both Worlds (Siccness), 2011 K.I.S.S Keep It Sexy & Simple) Mya Planet 9 Records). Vejam alguns dos hits de Mya no youtube: "My Love is Like" (http://www.youtube.com/watch?v=K4gcQj_NZ30), "Fallen" (http://www.youtube.com/watch?v=h4GLjo-6V78), "Ridin" (http://www.youtube.com/watch?v=F0Tx1ymLIvo), "My First Night With You" (http://www.youtube.com/watch?v=P0qoxlVYyTU&playnext=1&list=AL94UKMTqg-9CrLKAmnIE0QsEZ7noZ9NDc).



Tamar Braxton:A irmã que saiu da sombra de Toni Braxton


Tamar saiu da sombra da irmã Toni, para conquistar o sucesso

 Tamar Braxton entrou no Show Biz por meio do grupo The Braxton, compostos pelas irmãs mais velhas Traci, Trina, Towanda e pela futura pop star Toni. As quatro meninas lançaram o single “Good Life”, pela Arista Records, em 1990, sem grande sucesso na Billboard R&B. O quarteto perdeu Toni, que depois iriam se transformar na sua banda de apoio.

 Minus Toni e Traci, como The Braxton, entraram na Atlantic Records lançando o álbum So Many em 1996, na verdade um mestrado em remix do trabalho de Diana Ross, estourando nas paradas de clubes da Billboard. Logo Tamar saiu do grupo para centrar fogo numa carreira solo na Dreamworks Records. Ali soltou o álbum 2000, colocando dois singles nas paradas, incluindo o Top 30 R&B "If You Don't Wanna Love Me", numa parceria com Christopher “Tricky” Stewart e Xscape´s LaTocha Scott.

Mas Tamar continuou fazendo backing vocal nos CDs da irmã Toni e depois entrou na Casablanca Records. Outro furo n´agua. Para ficar bem na foto, participou dos reality shows Braxton Family Values. Conseguiu entrar na Epic Records. No final de 2012 soltou o single “Love and War”, número cinco na parada Hip-Hop R&B, precedido do CD de mesmo nome, lançado em setembro de 2013. Para não perder o pique gravou, também, o CD de férias de Inverno Loversland. Vejam alguns dos sucessos dela no youtube: "Love and War" (http://www.youtube.com/watch?v=_ITujo4gbNU), "All The Way Home" (http://www.youtube.com/watch?v=VDq7rH3a0rY), "Hot Sugar" (http://www.youtube.com/watch?v=-NsVR-qiaT4).




Debelah Morgan: De vencedora de concursos de beleza a frágil carreira de cantora


A cantora Debelah Morgan tem correndo nas veias sangue afro-americano e indiano. Aos três anos (1980) começou a ter aulas de piano, motivando-a cantar. Aos 15 a família saiu de Detroit e mudou-se para o Arizona. Ali ganhou diversos concursos de beleza e organizou um coral na escola.

 O primeiro álbum, Debelah, saiu pela Atlantic Records em 1994, lançado apenas nos Estados Unidos e Japão, sem qualquer promoção. O único single, “Take It Easy” não brilhou nas paradas de sucesso. O fracasso provocou rescisão do seu contrato.

 Quatro anos depois entrou na Motown Records, soltando o disco It´s Not Over, escorado nos bem-sucedidos singles “Yesterday” e “I Love You”, que estourou no Brasil, entrando na trilha sonora do remake da novela Pecado Capital, exibida na Rede Globo.

 Porém a venda da Motown para a Universal Records a deixou novamente sem contrato. Em 2000 voltou à Atlantic Records, lançando o CD Dance With Me, o mais brilhante da carreira dela, rendendo o single Top 10 na Billboard, “Dance With Me”, estourando em oitavo lugar naquela parada.

Misteriosamente sem marketing e promoção, com ninguém apostando no seu taco, lançou apenas na Austrália o segundo single, “I Remember”. De novo levou um pontapé no traseiro da Atlantic Records. A partir concentrou forças em compor numa parceria com o irmão Giloh Morgan.

 Suas últimas letras foram para a cantora Chante Moore em 2003, além de backing vocal no hit “Tonight” e duas canções gravadas em 2005 que entraram na trilha do filme Road Kings; “Fly Free” e a regravação do clássico “I´ll Take You There”.

 Em 2005 gravou o CD A Light at The End of The Tunnel, não lançado comercialmente. Há comentários de que o single “Just as I am” teria sido gravado por um selo independente e comercializado em cultos evangélicos. Confiram os hits dela no youtube: hit "I Love You" (http://www.youtube.com/watch?v=pbMLCHTCdlQ), "Yesterday (http://www.youtube.com/watch?v=XgHINNzeWQ4), "I Remenber" (http://www.youtube.com/watch?v=i5DFHVrCqus), "Baby I Need Your Love" (http://www.youtube.com/watch?v=xXqu450l3X0), "It´s Not Over" (http://www.youtube.com/watch?v=wsRCjRyzgNA) entre outros sucessos.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Maria Muldaur: outra grande estrela do Blues de Nova York


Maria Muldaur colocou mais charme no Blues de Nova York

O nome Maria Grazia Rosa Domenica d' Amato, nascida também em Greenwich Village, Nova York, em 1943, o mesmo onde veio ao mundo a blueswomam Rory Glock, não lembra em nada de uma artista de Blues. Após se casar com Geoff Muldaur, assumiu o sobrenome do marido. Embora sua mãe gostasse de Música Clássica, ela cresceu gostando de Blues e sons de Big Band.

 Depois começou a respirar a atmosfera de Greenwich Village (lembra o bairro paulista de Vila Madalena) na década de 1960 e passou a tocar na Banda Dozen Jug, junto com John Sebastian, Stefan Grossman, Joshua Rifkin e Steve Katz. Após sair dessa banda foi participar do grupo Kweskin até o conjunto se dividir no final da década de 1960.

 Para em seguida ela soltar dois álbuns com o marido, antes do divórcio em 1972. O primeiro trabalho solo dela ganhou Disco de Platina, com o single “Midnight At The Oasis”, contando com o excelente solo de guitarra de Amor Garret. O disco chegou ao terceiro lugar nas paradas dos Estados Unidos em 1974. A voz de menina de Maria é pura sedução nesta canção, assim como no hit "Mad, Mad, Me" de 1973.

 No balanço dessa maré alta, ela emendou turnê por toda a América e depois foi tocar na Europa pela primeira vez, apresentando canções de autores contemporâneos como Kate e Anna McGarride e tendo a ajuda de músicos como Garrett e JJ Cale. Nessa época Maria flertou um pouco com o Jazz.

 A queda nas vendas de seus discos fez com que a WEA Records a deixasse na rua. Ela partiu para selos menores, como Takoma, Spindrift, Making Waves e Christian Mirra, onde lançou o disco There Is a Love, em 1982. Porém nunca conseguiu repetir o sucesso obtido com Midnight At The Oasis, mas seu estilo Soulful, mesclado ao Blues e Jazz ainda continua forte.

 Durante o final dos anos 90 e novo milênio ela teve um renascimento crítico, gravando vários álbuns para a Telarc Records e, ultimamente, com Stony Plain alcançando considerável sucesso comercial. Maria Já gravou 30 álbuns, o último em 2011, Steady Love.


Rory Block: A estrela do Blues de Greenwich Village

Block começou a gostar de Blues na adolescência

 Foi em 6 de novembro de 1949, no bairro de Greenwich Village, Nova York, que o Blues estava ganhando mais uma grande guerreira. Rory Block, cantora e guitarrista cresceu num ambiente musical. Seu pai tocava violino clássico. Aos dez anos ela se interessou por guitarra, para depois se envolver no clima artístico reinante em Greenwich.

 Na adolescência ouviu pela primeira vez Blues e passou a tocar com artistas do naipe de Ver. Gary Davis e Mississippi John Hurt. O encontro com Stefan Grossman aos 13 anos aumentou o interesse por essa música. Porém, Rory fez uma pausa de dez para criar sua família, só retornando em 1975, aos 26 anos, gravando um álbum para a RCA Victor Records.

 Em seguida lançou outro disco de estúdio para o pequeno selo Blue Goosse e outros dois decepcionantes pela Chrysalis Records. Até 2008, quando saiu Country Blues Guitar Rare Arquival Recording, Rory já soltou na Praça 29 discos.

 O primeiro lançamento dela para a Rounder Records, em 1982, teve a co-produção de John Sebastian. Rory prosseguiu na mesma linha de gravação e execução de Blues tradicional e Blues Country. A canção “I Got A Rock In My Sock” chamou a atenção de experts no assunto como Taj Mahal e David Bromberg.

 Com a morte de seu filho mais velho, aos 19 anos, em 1986, Rory soltou um álbum tributo, House of Hearts, com dez faixas. Em 1996 lançou outro disco mais comercial, incluindo participações de Mary Chapin Carpenter e o guitarrista David Lindley. Mesmo bem produzido, manteve a veia do Blues tradicional.

 Rory jogou por terra a máxima de que uma mulher branca não poderia ser autêntica cantando e tocando Blues. Ganhou diversos prêmios no final da década de 1990, incluindo o de Melhor Álbum Tradicional (Confessions Of A Blue Singer). Repetiu a dose em 1997 e 1998, como Melhor Artista Feminina Tradicional de Blues.

 Neste século 21, ao lado do filho Jordan Block, assinou contrato com Telarc Records, onde lançou o CD Last Fair Deal, em 2003, considerado um dos melhores de sua carreira. No ano seguinte uniu forças com Eric Bibb e Maria Muldaur para soltar o disco Brothers & Sisters. Rory Block é uma das blueswomam que trabalha duro para manter a essência do Blues tradicional.


segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Katie Webster: A grande tecladista de Otis Redding

Katie foi outra grande estrela da Black Music dos EUA


Katie Webster é outra grande lenda da Black Music dos Estados Unidos. Nascida em Houston, Texas, em 1939, aprendeu a tocar piano na infância, acompanhando melodias de músicas de Fats Domino e Chuck Berry. Perto da mãe só ensaiava música gospel.

 O passar do tempo despertou em Katie a facilidade para compor. Foi escorada neste talento que virou pianista de estúdio de Jay Miller em Crowley, Lousiana entre 1959/1966. Durante esse período escreveu letras para bluesman como Lester, Lonesome Sundown e Lightnin Excello Records.

 Gravou álbuns usando seu próprio nome, com a grana sendo dividida com Ashton Conry. Nesses lançamento ficou visível que Katie era versátil, transitando com facilidade entre Blues, R&B, Funky e baladas Pop. Teve o prazer de tocar na banda de Otis Redding no começo da década de 1960 até sua morte em 1967. Logo depois sua carreira declinou.

 Passou a fazer shows esporádicos durante a década de 1970, antes de mudar para Oakland, Califórnia. Em 1982 entrou no circuito de festivais na Europa. Depois prosseguiu turnê acompanhada de sua banda, Silent Partners. Neste período gravou vários discos para Arhoolie Records, Alligator Recordts, até um AVC decretar o fim de sua carreira musical em 1999.


Marcia Ball: A rosa branca da Black Music


Marcia Ball começou estudar música na infância

Marcia Ball nasceu em uma família musical, na cidade de Orange, Texas. Durante a infância teve aulas de piano, até chegar aos 14 anos em 1963. Os anos de amadurecimento artístico foram vividos na Louisiana, dividindo o tempo com aulas na Lousiana State University, onde tocava numa banda de Blues/Rock, conhecida como Gum.

 Desde aquela época tinha interesse pelos estilos de Fat Domino (autor do primeiro rock gravado no mundo em 1948) e Teacher Longhair. Depois se mudou para Austin, no começo da década de 1970 e ali uniu forças com o grupo Freda and The Firedogs, junto com o guitarrista John X. Reed.

 Quatro anos depois seguiu carreira solo. Seus discos combinavam R&B, Blues e Swing.  Antes, em 1978, lançou Circuit Queen (Capitol Records), em 1984 soltou Soulful Dress (Rounder Records), em 1985 veio com Hot Tamale Baby (Rounder Records), em 1989 soltou Gatorhythms (Rounder Records). É autora da faixa título do álbum Dreams Come True, projeto iniciado em 1985, que demorou cinco anos para ficar pronto, contando com a ajuda do produtor Dr. John. As inúmeras turnês atrapalhavam a conclusão do trabalho, até a Blues House soltar o disco em 1994.

 O álbum Blues House veio no ano de 1994, pela Rounder Records, em 1997 lançou Let Me Play With Poodle (Rounder Records). Em 1998 gravou Sing It! (Rounder Records) junto com Tracy Nelson e Irma Thomas. O ano de 2001 marcou a chegada de Presumed Innocent (Alligator Records), em 2003 soltou So Many Rivers, repetiu a dose em 2004 com Live at Waterloo Records, em 2005 com Live! Down The Road (MunckMusic/Munck). Em 2008 gravou o disco Peace, Love e BBQ (Alligator Records). Seu último CD saiu em 2011, Roadside Attractions (Alligators Records), indicado ao Grammy daquele ano.

            

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Ethel Walters: Fonte de inspiração para Billie Holiday e Ella Fitzgerald


 
Ethel Walters tornou o Blues música popular nos Estados Unidos
 Ethel Howard, nascida no final do século XIX, é considerada uma das mais influentes cantoras populares do Blues, que ajudou a tirar a marca de ser música de escravos naquela época. Ela serviu de parâmetro em canções como “Stormy Weather”, imortalizada na voz de Etta James, e “Travellin´All Alone", grande sucesso de Dinah Washington. Aliás, ela foi a primeira a gravar a linda "Stormy Weather" em 1933, verdadeira aula de como cantar.

 Sua primeira gravação ocorreu em 1921, aos 25 anos, acompanhada por talentos como Fletcher Henderson, Coleman Hawkins, James P. Johnson e Duke Ellington. Para ter acesso ao público branco, também aceitou gravar com Jack Teagarden, Benny Goodman e Tommy Dorsey. Adotou o sobrenome artístico de Walters.

 A partir do final da década de 1920, ela apareceu em diversos musicais da Broadway, como Rhapsody In Black, Thousands Cheerr, Cabin In The Sky, onde apresentou diversas canções como “Baby Mine”, “Till The Real Thing Go”, “Suppertime”, “Harlem On My Mind”, “Heat Wave”, “Got A Bran ´New Suit”, ao lado de Eleanor Powell, entre outras.

 Despontou, também, em papeis dramáticos no teatro e vários filmes, incluindo On With The Show, Gift Of The Gab, Tales Of Manhattan, Cairo, Cabin In The Sky, Stage Door Canteen, Pinky.

 Na década de 1950 apareceu em séries de televisão durante algum tempo e teve seu próprio show na Broadway: An Evening With Ethel Waters, em 1957. Os anos de 1960 e começo dos de 1970 a fez cantar como membro do grupo que acompanhava o evangelista Billy Graham. Embora a crítica tentasse deixá-la em patamar menor do que Bessie Smith ou Louis Armstrong, na década de 1930, ela rompeu os limites musicais do Blues e Jazz, espalhando sua influência em canções populares.


 Walters serviu de escola para artistas como Connee Boswell, Ruth Etting, Adelaide Hall, Mildred Bailey, Lee Wiley, Lena Horne, Ella Fitzgerald e até Billie Holiday, a quem ela reconheceu que cantava como se tivesse dolorida. Sua marca registrada era o alto astral e voz envolvente, parecendo de uma intérprete branca. Nem os terríveis problemas de infância impediram sua caminhada rumo ao sucesso, que desfrutou até morrer em 1977, aos 81 anos na Califórnia.