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Luís Alberto Alves/Hourpress

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Culture: o Reggae de raiz da Jamaica


Fundada em 1976, a banda de reggae Culture antes era conhecida como African Disciples, composta por Joseph Hill (vocal), Albert Walker (backing vocal) e Kenneth Dave (backing vocals). Pouco tempo depois de criarem a Culture, começaram a tocar com o grupo Mighty Two, que consistia no produtor Joe Gibbs e o engenheiro Errol Thompson. Enquanto Gibbs ficava no estúdio, a rapaziada gravava uma série de hits, muitos dos quais entraram no disco Two Sevens Clash.

  Após o sucesso com Gibbs, a banda passou a lançar diversos discos com a produtora Sonia Pottinger. Também começaram a trabalhar com alguns dos principais músicos da época, incluindo Robbie Shakeaspeare, Sly Dunbar, Ansel Collins, Cedric Brooks. Logo a Virgin Records pegou os álbuns e colocou mais pimenta na distribuição com Culture Band tornando-se conhecida fora da Jamaica.

  São considerados como um dos grupos mais autênticos do Reggae tradicional, inclusive obtendo boa crítica da revista musical Rolling Stones. Porém, em 1982 os três artistas do conjunto seguiram por seus próprios caminhos. Hill gravou o álbum Lion Rock, lançado nos Estados Unidos pela Heartbeat Records. Walker e Daves gravaram várias canções para o disco Roots & Culture.

  Quatro anos depois, a formação original retornou para lançar dois excelentes álbuns: Culture in Culture e Culture at Work. Ambos os discos provocou muita agitação na banda, incluindo álbuns anuais e várias turnês. Nos Estados Unidos, a Shanachie Records liberou diversos novos e antigos discos até 1992. Em 2006 Joseh Hill, considerado o mentor da banda morreu durante turnê na Alemanha. Seu filho, Kenyatta Hill assumiu o posto de vocalista.       


quinta-feira, 11 de julho de 2013

Thalles Roberto: o George Clinton do Gospel do Brasil


Thalles Roberto é o grande destaque, atualmente, do Gospel do Brasil 
 Atualmente, a sensação da Gospel Music brasileira é Thalles Roberto. Cantor, compositor, produtor, pastor e multi-instrumentista cristão. 
O vozeirão e a levada Funk (do verdadeiro ritmo nascido nos Estados Unidos, não a barulheira que surgiu no Rio de Janeiro sem melodia e qualquer riqueza de letra) da década de 1980 marcam suas canções.

 Os arranjos lembram a nitroglicerina do pai do Funk ao lado de James Brown, George Clinton, principalmente nos teclados e solos de guitarras.
  A grande sacada de Thalles é mesclar Pop, Rock e Soul em seus CDs, além de uma banda bem afinada, sem dever nada a qualquer conjunto de música secular, como fazem a maioria dos artistas Gospel dos Estados Unidos. Teclados e guitarra ocupam grande destaque em suas canções de louvor. Como os bons intérpretes de Soul Music, Thalles sente a música que está cantando, como fazia Tim Maia, trazendo vida à letra da composição.
 Porém, antes de chegar ao berço de Jesus Cristo, Thalles Roberto, 35 anos, sentiu o ilusório sabor do mundo como backing vocal da banda Jota Quest, além de trabalhar com Jamil e Uma Noites, escrever músicas para Luciana Mello, Seu Jorge e até se apresentar com Roberto Carlos num especial de fim ano, que ocorre naquela data na Rede Globo.
  Nascido em berço evangélico (o pai é pastor), frequentava os cultos na Igreja Sara Nossa Terra de Belo Horizonte. Em 1998 gravou um disco, aos 20 anos, e formou o trio Muitomais, ao lado de Nívea Soares e Samuel Mizrahy. Em 2003 lançou outro disco pela Sony Music, Acústico Gospel, indicado ao Grammy Latino na categoria Melhor Álbum de Música Cristã em Língua Portuguesa.
  É nessa época que foi trabalhar com vários artistas e músicos não cristãos, se afastando do evangelho. Seis anos depois passou a frequentar a Igreja Batista da Lagoinha. Gravou o disco Na Sala do Pai, pela Graça Music, depois lançou o DVD do mesmo CD e a coletânea Raízes. Em 2010 acabou premiado pelo extinto Troféu Melhores do Ano na categoria Revelação.
  No ano de 2011 participou do álbum Minhas Canções na Voz dos Melhores – Volume 4 interpretando o louvor “Escrita pelo Dedo de Deus”, autoria do missionário R.R.Soares. A partir daí o Gospel brasileiro passou a respirar Thalles Roberto. O CD Uma História Escrita pelo Dedo de Deus ganhou o Disco de Ouro em 2012 e o DVD é Disco de Diamante. Na Marcha para Jesus de 2013, realizada em São Paulo, foi grande destaque, com o público cantando suas canções de cor, inclusive as crianças. A faixa  "Eu Escolho Deus" colocou os mais de 2,5 milhões de cristãos ali presente num gigantesco coral, com Thalles apenas acompanhando na guitarra.



Sweat Band: grupo que foi a pérola do Funk nos Estados Unidos


Sweat Band reuniu a nata da Funk Music dos Estados Unidos

  A  Sweat Band lançou seu primeiro álbum em 1980 pela Jam Records, de George Clinton (cabeça da Funk Adelic e Parliament na década de 1970) e de seu empresário Archie Ivy, e distribuído pela CBS Records. Era formada pelo baixista da P-Funk, Bootsy Collins, após perder o nome Rubber Band para um grupo de música popular com o mesmo nome, apesar de o disco contar com vários músicos e vocalistas da Rubber de Bootsy, que tocou guitarra, baixo, bateria, percussão e fez backing vocal. As gravações foram enriquecidas com as presenças das feras Maceo Parker e Fred Wesley.

  Lançado na mesma semana como Ultra Wave, o quinto disco de Bootsy pela Warner Bros Records. Foi produzido por ele, enquanto Clinton servia como produtor executivo. Catorze anos depois acabou relançado em CD pela CBS/Sony Records no Japão e rapidamente saiu de catálogo.  Destacaram-se as seguintes faixas: “Hyper Space”, “Freak to Freak”(com quatro pessoas compondo a letra: Carl Small, Bootsy Collins, Garry Shider e Jeanette Washington), “Love Munch”, “We Do It All Day Long”, Body Shop”, “We Do It All Day Long” e “Jamaica”.



Kays Gees: banda que era um braço da Kool & The Gang

A banda era do irmão mais novo do líder da Kool & The Gang, Ronald Bell

  A banda Key Gee surgiu em Nova Jersey e teve como produtor, arranjador, compositor Ronald Bell do Kool & The Gang, criados na mesma cidade na década de 1960. Key Gee era o grupo vocal do seu irmão mais novo, Kevin Bell que tocava guitarra e vários instrumentos.

Eram integrantes da banda, também, o saxofonista Peter Duarte, o vocalista Ray Wright, Dennis White nos metais, Kevin Lassiter nos teclados, Michael Cheek no baixo, Callie Bochecha na bateria e o percussionista Wilson Beckett. Assinaram contrato na mesma gravadora da rapaziada do Koll & The Gang, onde lançaram em 1974 o primeiro disco, Kepp on Bumpin´& Masterplan.

  As letras ficaram a cargo de Ronald Bell. Elas lembravam as canções de início de carreira do Kool & The Gang na década de 1960, como “Who´s The Man? (With The Master Plan)”, com pitadas de Hip Hop e “Get Down”, proporcionando respeito ao grupo junto aos admiradores do Funk.

  Em 1975 lançaram o disco Burn Me Up Followed, com o single “Whit Hustle Every Muscle” virando trilha sonora de seriado de televisão nos Estados Unidos. A partir de 1976, começou reduzir o envolvimento de Ronald Bell com a banda. 

Resultado disso veio nos hits “ Find a Fried” e “ Wating at The Bus Stop”. O ultimo album do grupo saiu em 1978, Kilowatt, verdadeira bomba mesclando Disco Music e Funk, lançado pela De-Lite Records, de Nova York. Desse disco destacaram-se  as canções “Cheek to Cheek” e “ Tango Hustle”.



The Undisputed Truth: trio que serviu de laboratório para Norman Whitfield

Trio serviu como laboratório de letras e ritmos para o compositor Norman Whitffield, da Motown Records

   Outra banda que enriquecia o cast da Motown Records era o pessoal da The Undisputed Truth. Emplacaram alguns hits na primeira metade da década de 1970, além de gravar meia dúzia de álbuns na fábrica de sucessos de Berry Gordy. Porém a cereja do bolo deste conjunto foi “ Smiling Faces Sometimes”. Composta por Norman Whitfield, produtor mais ousado da Motown, que empunha regras rígidas na elaboração de canções. Elas não poderiam ser longas, nem abordar questões políticas. Apenas temas água com açúcar, como se no mundo só existisse alegria.

  Para deixar o The Undisputed Truth badalado colocou nos discos guitarras explorando o Funk psicodélico, e de leve, letras socialmente conscientes, como já fazia com The Temptations, outro conjunto famoso da Motown. A rapaziada do The Undisputed Truth surgiu após Bobby Taylor trazer Billie Rae Calvin e Brenda Joyce para Motown como integrantes do grupo The Delicates. Após o final deles, Calvin e Joyce passaram a fazer backing vocal para Four Tops, Diana Ross e Edwin Starr. Whitfield juntou eles com Joe Harris das The Preps, lançando as sementes da interação vocal masculino feminino que virou marca registrada da Motown.

  Porém é preciso destacar que The Undisputed Truth eram pouco mais do que um porta voz de Whitfield. Ele compôs a maioria das canções, às vezes em associação com Barret Strong, usando as sessões de gravações como laboratório para elaboração de ritmos Funk de fortes pitadas psicodélicas. Repetia o mesmo com The Temptations e o The Undisputed Truth não poderia ficar de fora. Apesar de como vocalistas, eles não se equipararem ao talento dos Temptations.

  Eles nunca se aproximaram novamente do sucesso de “Smiling Faces Sometimes”, embora tenham acumulado diversos hits nas paradas de R&B até início da década de 1970. O máximo que conseguiram foi estourar com o hit “You Make Your Own Heaven and Hell Right Here on Earth” e  a versão original de “Papa Was a Rollin Stone”, que Whitfield escreveu para os Temptations e explodiram. Deixaram sua marca na Black Music norte americana. 


quinta-feira, 4 de julho de 2013

Dee Clark: fim melancólico de um grande cantor

Decepções com a vida artística ajudaram matar Dee Clark



   Dee Clark é outro grande talento da Black Music norte  americana. Natural de Blytheville, Arkansas, onde veio ao mundo em novembro de 1938 e dele partiu em 1990, ele tinha uma maravilhosa voz de tenor apaixonado. 

Na juventude, durante a fogosa década de 1950, estourou nas paradas de Rock an Roll com diversas canções. Aos 14 anos pegou no microfone e iniciou brilhante carreira, primeiro como integrante da banda Hambone Kids e depois como líder na Red Saunders Band.

  Em seguida juntou se ao grupo The Goldentones, que ganhou o primeiro lugar num show de caça talentos em Chicago. Logo o DJ Herb “Kool” Gent´Kent, levou o conjunto para a Vee Jay Records, onde gravaram como Kool Gents. O ano de 1958 marcou seu primeiro disco solo, com o hit “Nobody But You”, terceiro lugar na parada de R&B e Pop Top 30. Depois lançou “Just Keep It Up´”, “Hey Little Girl”, segundo posto na parada de R&B e Pop Top 20.

  O grande sucesso veio em 1962: “Raindrops”. Composta por Clark e Phil Upchurch, o hit vendeu mais de 1 milhão de  cópias. Porém, Clark não conseguiu repetir a proeza nas gravações seguintes, mas continuou em Chicago lançando músicas como “Crossfire Time “(1963), “Heartbreak”(1964) e “TCB” (1965). Mesmo gravando letras de Bob Gaudio, como “Come Closer”, ele passou o restante da carreira pulando de galho em galho. Para garantir uns trocados, na década de 1970, virou atração principal em boates de Los Angeles, Atlanta e Orlando. Seu último sucesso foi o hit “Ride a Wild Horse” em 1975. As sucessivas decepções na vida artística contribuíram para Clark ter um ataque cardíaco e morrer aos 52 anos, em 1990.

Mitty Collier: grande talento do Gospel


Mitty deixou o Show Biz para cantar Gospel numa igreja evangélica



    Mitty Collier nasceu em Birmingham, no Estado racista do Alabama, Sul dos Estados Unidos, em junho de 1941. Foi descoberta cantando Blues, em Chicago, aos 18 anos, num show de caça talentos por Ralph Bass, responsável por descobrir possíveis artistas de potencial para a Chess Records. Antes era integrante de um grupo gospel e viajou por diversas igrejas do Alabama e Geórgia, até pisar os pés na música secular.



  Na Chess Records seus primeiros lançamentos foram “I´m Your Part Time Love”, resposta a Little Johnny Taylor que gravou “Part Time Love”, em 1963. No ano seguinte veio com “I Had A Talk With My Man”, adaptado de um louvor do Reverendo James Cleveland, “I Had A Talk With God Last Night”. Sua voz de contralto, bem trabalhada pelo produtor Billy Davis, a ajudou estourar mais uma vez nas paradas de sucesso.



  Depois se inspirou em outra canção de Cleveland, “No Cross, No Crown”, e lançou “No Faith, No Love”, de 1965. Embora a qualidade de suas gravações estivesse em bom nível, em 1996 colocou no mercado o hit “ Sharing You”. Sua passagem pela música secular terminou em 1969 com a composição “Everybody Makes A Mistake Sometimes”, talvez uma autocrítica sobre o abandono do Gospel que a revelou para o Show Biz. Após cinco singles na Peachtree Records, ela retornou ao berço de onde saíra.

 

 Para o Show Biz acabou conhecida pela música “I Had A Talk With My Man”. Porém, ela teve outros hits nesta curta carreira, como “Come Back Baby” b/w “Aint That Love”, “For My Man” b/w “Help Me”, “Watching and Waiting”, “That´ll Be Good Enough”, “You´re The Only One”. Em 1972 deixou o Show Biz para voltar a cantar Gospel. Na década de 1990 já era ministra de Louvor (responsável pelas canções que se toca numa igreja evangélica) num templo cristão em Chicago. A canção “I Had A Talk With My Man” foi regravada por várias cantoras, entre elas Dusty Springfield (1997), Shirley Brown (1991), Inez Foxx (1996) e Marva Wright (1995).