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#BMW - Morre #QuincyJones, o gênio da produção de grandes discos

Luís Alberto Alves/Hourpress

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Sounds of Blackness: a banda que canta e toca tudo


A banda valoriza a Black Music norte-americana, cantando e tocando vários gêneros musicais
   A banda Sounds of Blakness (Sons da Negritude) é o refresco para quem gosta de músicas de qualidade e interpretadas por ótimos vocalistas. Nascida em 1969 em Minneapolis, são especialistas nos gêneros Gospel e R&B. Versáteis, até começo da década de 1990, nadaram de braçada quando aderiram ao estilo New Jack (mistura de R&B e Hip-Hop). Também investiram muito no RAP e Soul Music.

  Atitude corajosa, porque poucos artistas da Black Music aproveitaram a oportunidade de
 mostrar sua arte vocal. Felizmente algumas gravadoras apostaram na criação de uma nova
 geração de estrelas. Logo os produtores Jimmy Jam e Terry Lewis iriam escolher um time de
 30 cantores e dez músicos, para lançar o primeiro álbum pela recém-formada Perspective
 Records.

  O investimento teve rápido retorno. Ganharam dois Discos de Ouro, cinco indicações ao
Grammy e três Grammy no espaço de seis anos. Conquistaram o coração da crítica
especializada.  Os simpatizantes de belas canções devem se lembrar dos hits “Sex I Wanna You
 Up”, “Wrap My Body Tight”, “Do Me Again”, todos com as mãos de Jam e Lewis. Foi difícil o
álbum The Evolution of Gospel passar em brancas nuvens no show biz.

  Quando a canção “Optimistic”, composta por Jam e melodia de Gary Hines, estourou nas
paradas e pistas de dança de Londres e Los Angeles, a crítica musical percebeu algo de bom
 naquela banda. Os mais curiosos passaram a ouvir outras faixas, como “ Your Wish is My
Command”, “I´II Fly Away” e “The Pressure, Pt 2”, aumentou a procura por mais informações.

  Não demorou para acontecer uma apresentação especial em Hollywood, pouco antes do
 lançamento do álbum The Evolution of Gospel . Especialistas em Black Music entenderam que
 Jam e Lewis estavam com uma mina de ouro nas mãos. A dupla é responsável por vários
 milhões de CDs vendidos de Janet Jackson, SOS Band e Cherrelle.

  O diferencial da banda Sounds of Blackness é transitar livremente pelo Gospel, Spirituals,
Blues e R&B. Os contatos de Jam e Lewis colocaram o hit “Optimistic” nas mãos de Whoopi
 Goldberg e Quincy Jones. Logo os esforços de Gary Hines, diretor do coral do colégio St.Paul,
 Minnesota (embrião do conjunto musical), em 1971, surtiram efeitos.  Saíram do Gospel
tradicional e adotaram diversos gêneros da Black Music dos Estados Unidos.

  Renderam frutos o esforço de montar produções originais e gravar três álbuns independentes
(imagens, Imagens 2 e “Night Before Christmas”) e apresentações em diversas cidades. Jam e
 Lewis, ex-membros do The Time (banda de Prince no começo da década de 1980), foram
 testemunhas oculares da performances  iniciais do Sounds of Blackness. Ao perceber o
talento dos meninos, eles perguntaram quais os planos da banda, após um show em 1988.

  Mesmo com grande potencial, Jam e Lewis descobriram que os meninos não tinham assinado com nenhuma gravadora. Antes, eles levaram Janet Jackson para ouvir “Music of Martin”, tributo ao líder de Direitos Civis Martin Luther King. Janet ficou fascinada pelo vocal do grupo. Pediu para Jam e Lewis gravar as canções do grupo.

  Era o pontapé para as negociações com a A&M Records. A partir dai centraram fogo na produção do álbum The Evolution of Gospel. O trabalho demorou 18 meses, com o disco chegando ao mercado em 1991. O vocalista Ann Nesby lembra que tudo começou quando ele ensaiava o hit “ Your Wish is My Command” para o cantor Vesta . Jam percebeu que o hit deveria ficar na A&M Records.  Nesby acabou gravando também “Optimistic” , “ Testify” e “The Pressure”.

  Nesby já havia cantado na Broadway em meados de 1980 e pensava numa carreira-solo. Porém sua irmã Shirley Maria Grahan (membro do Sounds of Blackness) a convidou para visitar Minneapolis durante os ensaios do show The Night Before Christmas. Após o ensaio, Gary disse que Nesby iria cantar algumas canções no formato de capella. Ele ficou no grupo de 1988 até 1996, quando lançou seu primeiro álbum solo. Sua voz transformou-se em marca registrada da banda Sounds of Blackness.

  A partir dai o grupo passou a fazer shows em igrejas, escolas, presídios e casas de shows. Um dos destaques foi apresentar-se no Hammersmith Odeon de Londres, no Verão de 1991. O ótimo desempenho os levaram a participar de turnê Power of Love, de Luther Vandross. No ano seguinte ganharam o primeiro Prêmio Grammy. O sucesso os levou para programas de televisão, shows e estúdio. A banda ficou com 15 cantores e cinco músicos. Com o álbum Africa to America ganharam a comparação de fazer um som igual a Earth, Wind and Fire, pois tocam e cantam tudo.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Stephanie White: quando a beleza anda de mãos dadas com o talento

A beleza de Stephanie White anda junto com seu talento; eles são responsáveis por seu sucesso
 
Se fosse no Brasil, Stephanie White e sua banda Nova Jersey Phitl Harmonic eram certeza de sucesso absoluto. As pernas dela funcionariam como cartão postal nos shows, onde muitos não estão interessados em ouvir as canções, mas em ver a beleza das cantoras. Isto ocorre em diversos gêneros musicais. O mercado a conheceu quando lançou o CD Knee Deep Insanity em 2007. Ali o show bizz percebeu que Stephanie não precisava apenas de um corpo bonito para fazer sucesso. Tem talento.
  Sua banda mescla, muito bem, Soul, Rock, Funk (legítimo dos Estados Unidos) e Ska (pai do Reggae na Jamaica). A proposta era criar um som em que as pessoas pudesse se familiarizar com o grupo. As canções foram escritas por ela e o baterista Robbie LaFalce, para o restante da banda tocar fogo no público, com Chris Staranka (baixo), Ozolins Aleks (teclados/trompa), Tommy Spears (guitarra/bandolim), Patrick Smith (trompete), Joe Schmidt (sax) e Andrea Gonnella (trombone).
  Das nove faixas, três foram gravadas de forma acústica. O encontro com LaFalce ocorreu quando Stephanie retornou a Hollywood para competir na quinta temporada do programa de caça talentos American Idol (espécie de um programa The Voice nos Estados Unidos). LaFalce tinha uma banda de Ska, The Miasmics. Ali descobriu que ele compunha a maioria das letras da banda. Da rápida parceria, escreveram juntos o hit “Tough Enough”, reflexo da experiência de Stephanie no American Idol. Apesar de muito bonita, ela sabe suportar as pressões da indústria da música.
  Outra pérola do disco é o hit “Sustain”, balada rock que mostra a inocência e a dor quando se perde alguém querido. A letra foi inspirada num amigo de LaFalce, tragado pelo Câncer. Essa mostra revela que a banda não é fã de compor canções descartáveis, como ocorre na maioria dos conjuntos. Merecem aplausos as faixas “Here We Go Again” e “ Girls Have Expenses”, Blues e R&B descrevendo os maus tratos nas relações sentimentais. Para deixar o clima mais light, “Teardrops” é baseado no primeiro amor de Stephanie, que diga de passagem, foi um grande felizardo em ter uma mulher tão bela nos braços e entrar em seu coração.
  “Did I Change You”, última faixa do CD, descreve os efeitos do final do romance numa relação amorosa. Visto que as pessoas terminam, mas uma delas sentem os impactos da perda. Alguns conseguem se manter de pé, outros desabam perdendo o rumo da própria vida. Quem foi responsável pelo término daquela paixão, na maioria das vezes, se esquece do estrago causado na vida do outro ou outra. No final de 2007, Stephanie e sua banda saíram em turnê para mostrar ao público o resultado final deste CD. Em 2009, com outro álbum, repetiram a dose. Para quem gosta de boa música e beleza, é recomendável os shows dela.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Soulive: resgate da Black Music das décadas de 1960 e 1970


A grande sacada da Soulive é trazer ao palco a aura musical das décadas de 1960 e 1970
   A banda Soulive é a perfeita tradução do Soul/Jazz, desde 1999 quando surgiram. Ganharam diversos fãs por causa da alta qualidade do som de suas canções. Uma de suas músicas teve arranjos do competente Fred Wesley. A grande jogada da Soulive é que eles nunca se repetem. A cada apresentação despejam na plateia alta carga de energia de talento. É legal ouvir o saxofonista Sam Kininger, o baterista Alan Evans e o tecladista Neal Evans e claro, o novo componente, o guitarrista Eric Krasno. Eles trazem de volta o bom gosto característico da década de 1960, com estilo parecido com Brother Jack McDuff eGroove Holmes.
  Por causa disso ganharam respeito de feras do porte de Chaka Khan, Kweli Talib, John Scofield, Truck Derek, Susan Tedeschi, Robert Randolph, Joshua Redman, Kenny Garret, Ivan Neville entre outros.  Para conferir é bom ouvir o CD Spark. Ele traz a aura do início da década de 1970, quando estouram lançamentos de Freddie Hubbard, Grover Washington e George Benson.
  Quando se ouve o CD produzido pela própria banda, sem dedo de intrusos, como ocorre em diversos álbuns, é gratificante nossos ouvidos se deliciarem com a colaboração de pioneiros do Hip-Hop, como Black Thought, The Roots e Talib Kweli, além da grande cantora de Soul, Amel Larrieux e Dave Matthews. Para seus ouvidos tirarem a dúvida ouçam “Doin ´Something” e “Turn It Out”.
  Percebe-se pelos arranjos que a Soulive está interessada em criar algo novo, não cair na rotina que muitos grupos mergulharam e não saíram mais.  É covardia compará-los a Jimmy Smith, outro grande gênio da Black Music. A Soulive faz a mistura de Funk (o legítimo dos Estados Unidos), R&B, Soul e Jazz, mas tudo com pintura moderna.  É interessante notar que as novas linhas de baixo no órgão de Neal Evans têm outra textura. A guitarra de Eric Krasno lembra George Benson da década de 1970, quando gravou inúmeras pérolas do Jazz/Rock.
  O curioso é que Krasno misturou neste bolo um pouco de Jimmi Hendrix, Green Grant e “Wah Wah” Watson.  Sam Kininger é outra peça importante no grupo. Lembra Maceo Parker e Benny Maupin, com pitadas de Eddie Harris. O baterista Alan Evans é o pêndulo da Soulive. Tem a capacidade de fazer a batida de Funk, recheada de molho de Jazz das Big Band do passado.


The Ideals: a banda que influenciou Tim Maia

Roger Bruno, o primeiro à esquerda, e Tim Maia (terceiro), durante gravação em Nova York, em 1963
Para quem desconhece a história da Black Music, é novidade ouvir um grupo chamado The Ideals, especialistas em R&B, Soul e Funk nascida em Chicago em 1952 por alunos de uma escola de Ensino Fundamental. Durante oito anos brigaram bastante, com diversas trocas de componentes. Quando conseguiram gravar um disco em 1961 era composta por Reggie Jackson, Leonard Mitchell, Robert Tharp e Robert Steward Sam.
  O ano de 1963 marcou a chegada de Eddie Williams. Nesta época também apareceu um rapaz brasileiro, meio gordinho, que estava há quatro anos nos Estados Unidos, aonde chegou apenas com US$ 12 no bolso e a cara e coragem para começar nova vida. Era Tim Maia. Ele os conheceu na periferia de Nova York, onde o conjunto The Ideals cantava em pequenos salões e botecos, como fazem grupos de pagode e bandas de rock no início de carreira.
  Nessa época estava com os rapazes Roger Bruno. Ele ouviu as dicas de Tim Maia para colocar o molho brasileiro nas canções. O síndico descobriu que estavam em Nova York diversos músicos brasileiros para o memorável show no Carnegie Hall, quando apresentariam ao mundo a Bossa Nova, mistura de Samba com Jazz.
   Usou a conversa fiada para levar o baterista Milton Banana e junto com o contra baixista de Jazz, Don Payne para gravar uma fita demo. Tim Maia tocou guitarra nas duas faixas: “New Love” e “Go Ahead and Cry”.  Vinte anos depois (1973), “New Love” seria regravada no  LP  (disco de vinil com 12 faixas)  Réu Confesso , de Tim Maia, fruto da parceria de Bruno na época de The Ideals.
  Após a deportação de Tim Maia em 1964, ao ser pego fumando maconha num carro roubado, a banda The Ideals seguiu seu caminho. Dois anos depois chegaram às paradas com o hit “Kissin”. Depois gravaram a balada “You Los and I Won”. Não demorou muito tempo e o grupo chegou ao fim. A grande colaboração dos The Ideals é ter apresentado a Tim Maia a pegada da Black Music dos Estados Unidos, a jogada de colocar instrumento de sopro nas músicas mais lentas ou agitadas (“Azul da cor do Mar”, “Você”, "Sossego", "Venha Dormir em Casa") é dessa época.
  O mesmo se aplica na batida bem compassada em canções Funk (o ritmo original dos Estados Unidos), como no hit “Eu Gostava Tanto de Você”, "Do Leme ao Pontal", " e a guitarra nervosa em “Descobridor dos Sete Mares”.  Tudo é herança do tempo em que Tim Maia conviveu com a rapaziada dos Ideals.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Skyy: outra banda que sacudiu as pistas de dança


Luís Alberto Alves-Hourpress

O final da década de 1970 teve o embalo da banda Skyy que jogava nas pistas R&B, Funk e Disco Music. De Nova York, muita gente lembra do hit “Call Me” (1981), “Star of a Romance” e “ Real Love”, ambos de 1989. Tudo começou em 1973 no bairro do Brooklin quando as irmãs Denise, Delores e Bonne Dunning conheceram o músico Salomão Roberts Jr. Não demorou para produtor e tecladista da banda Brass Construction, Randy Muller e arranjador da BT Express, colaborar com essa ideia.
   Três anos depois, o grupo se estabeleceu com as meninas no vocal, Roberts, também no vocal, Aníbal “Booche” Sierra (teclados), Larry Greenberg (teclados), Gerald Lebon (baixo) e Tommy McConnell (bateria).  Até o final da década de 1970 eles tinham contrato com a Salsoul Records (ela saiu do mercado em 1985).
  Nessa época fizeram sucesso com “Heres to You” e “ Skyzoo”, “First Time Around”, “High”. O êxito nas pistas de dança resultou no álbum Skyyline, destacando as canções “Let´s Celebrate” e “When You Touch Me” e a superadrenalina “Call Me”, rendendo, em 1981, à banda o top 40 hit nas paradas dos Estados Unidos, alcançando a posição 26.
   Para não perder a força da onda, a banda permaneceu na Salsoul, lançando em 1984 o álbum Inner City, cujo  único destaque foi a canção “Dancin´To Be Dancin´”. Novamente emplacaram vários hits nas paradas de R&B. Antes no começo dos anos de 1980 assinaram com a Capitol Records, lançando o disco From The Left Side. Apesar do sucesso da canção “Givin ´It”, eles não gostaram daquela casa. Fizeram turnês na Europa, Japão e África, além de percorrer diversas cidades dos Estados Unidos.
   Em 1989 entraram na Atlantic Records e gravaram um disco bem-sucedido: Start of a Romance. É desse álbum o hit “Real Love”. Ele estourou na Billboard Hot 100 no início da década de 1990. A segunda canção “Love All The Way” também quebrou o top R&B 50.  Depois colocaram no mercado, em 1992, o disco Nearer to You, com os hits “Up and Over” e “Nearer to You” chamando a atenção do público. Desde então, por opção própria, não gravaram nenhum CD inédito.
    Nos anos 2000, as vocalistas Denise, Dolores e Bonne Dunning continuaram a fazer show com a banda, apresentando a mesma linha de baixo nas canções com levadas de Funk Music e riffs de guitarras característico do grupo na década de 1970. Usam nos shows remixes atualizados das gravações originais. Quem curtiu o som da Skyy, é boa oportunidade de rever e sentir o balanço da banda que sacudiu muitos bailes no auge da Disco Music. Mesmo após 32 anos, o hit “Call Me” (1981) continua sendo a marca registrada do grupo nas apresentações ao vivo.

“Call Me”
“Star of a Romance”
“ Real Love”, 
“Let´s Celebrate"
“When You Touch Me”, a balada que engatou muito casamento















quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Sarah´s Girl: a prova de que Cleveland revela grandes estrelas da música

Sarah´s Girl aperfeiçoou seus dotes musicais ao longo da infância, a transformando numa grande cantora


  Para família Sarah é conhecida como Stacey Richardson Crawford. Mas para o público que gosta de Black Music, inclusive de R&B, o codinome Sarah´s Girl é o cartão de visita para o show-biz dos Estados Unidos. Aos três anos de idade  começou a cantar no grupo de Louvor da Igreja Batista St. Timothy, de Cleveland, no Estado de Ohio, onde seu avô e pastor, Reverendo John T. Weeden regia o coral. Acompanhada de sua mãe, ela nunca se afastou do grupo.

  Ao longo da infância aperfeiçoou seus dotes musicais, cantando em vários grupos e coros, incluindo a sua família, que na adolescência gravou o famoso álbum de Gospel Victory Shall Be Mine, com letras do marido David W. Crawford. Logo de início é possível comparar a voz de Sarah´s Girl com a de Gladys Knight, mas trazendo renovo à Black Music atual.

  Sem esforço, apenas baseada no talento, já conquistou grande público pelos Estados Unidos, inclusive cantando no Hall do Museu da Fama do Rock, além de várias casas de espetáculos de Blues, casinos, incluindo o famoso MGM Grand, Madison Square Garden e todos os grandes teatros dos Estados Unidos.
  Ao longo dos anos, Sarah´s Girl já viajou por todo o país e o mundo já experimentou a doçura de ouvir sua bela voz. Isto ocorreu em Londres, Amsterdã, Seoul, Martinica, Bermudas, Aruba, Bahamas e Jamaica.

  Também dividiu o palco com Stevie Wonder, Brian McKnight, BabyFace, Mariah Carey, Alicia Keys, India.Arie, Jill Scott, Kenny G, Bob Dylan, Cassandra Wilson e John Legend. Não ficaram de for as estrelas do Gospel, como Kirk Franklin, Michelle Williams entre outros. Participou de turnês com Luther Vandross, O´Jays, Carlos Santana e Anita Baker. Uma de suas grandes apresentações ocorreu com a Orquestra de Letterman. Durante o show cantou ao lado de Little Anthony e The Imperials, Bobby Womack e Ronnie Woods, dos Rolling Stones.

  O resultado disso é que Sarah´s Girl tornou-se um rosto bem conhecido no show-biz norte-americano. Mas isto não fez ficar orgulhosa, como ocorre com diversos artistas. Ainda não perdeu o gosto de participar de eventos beneficentes, além de investir dinheiro na promoção de educação de qualidade em Cleveland.


Boz Scaggs: de lenda do Rock a fabricante de vinho

Scaggs ficou vários anos sem gravar na década de 1980

  Boz Scaggs canta, compõe e toca guitarra. Ganhou fama na década de 1960 como guitarrista e vocalista na Steve Miller Band e dez anos depois como artista solo. Nascido em Ohio, em 1944, filho de vendedor ambulante, logo sua família mudou-se para Oklahoma. Depois passou a frequentar uma escola particular em Dallas. Ali ganhou o apelido de Bosley, depois reduzido para Boz.
  Aos 12 anos (1956) aprendeu a tocar violão, quando conheceu Steve Miller. Com 15 anos tornou-se vocalista de sua banda, The Marksmen. Na época de estudante na Universidade de Wisconsin, passaram a tocar em diversas bandas de Blues, como The Ardells entre outras. Ao sair da escola, Scaggs foi cantar em outros grupos e viajou para a Suécia como artista-solo.  Em 1965 gravou seu primeiro álbum solo, Boz. Um fracasso comercial.
  De volta aos Estados Unidos, centrou fogo na música psicodélica, que invadiu San Francisco em 1967. Uniu-se novamente a Steve Miller e gravou dois discos com a Steve Miller Band´s (Children on the Future e Sailor). Após ser visto por um jornalista da revista Rolling Stone, Boz assinou contrato com a Atlantic Records em 1968, lançando o álbum Boz Scaggs no ano seguinte. O disco não vendeu muito. Nove anos depois chegou ao mercado outra versão do mesmo álbum, mas remixado, retirando os backing vocal e teclados, além de ter a  participação do guitarrista Duane Allman.
  Em 1976, na companhia de outros músicos, criou a banda Toto e gravou o disco Silk Degrees. Ele chegou aos primeiros lugares da Billboard e fez grande sucesso em diversos países, destacando os hits “Lowdown”, “Lido Shuffle” e What Can I Say”, bem como a faixa de trabalho: “We´re All Alone”, depois regravada por Rita Coolidge e Frankie Valli. “Lowdow” vendeu mais de 1 milhão de cópias nos Estados Unidos. O disco seguinte não repetiu o mesmo sucesso comercial.
  O álbum Middle Man (1980) colocou duas faixas nas paradas de sucesso: “ Breakdow Dead Ahead” e “Jojo”.  Ainda emplacou as canções “Look What You´ve Done to Me” e “Miss Sun”. Inexplicavelmente só voltou a gravar em 1988, quando gravou a canção “Heart of Mine”. Nas décadas de 1980 e 1990 passou a lançar disco esporadicamente e quase tornou-se um semi-aposentado do show-biz, inclusive abrindo uma boate em San Francisco e continuou sendo sócio a partir de 2008.
  Em 2001 soltou o CD Dig. Dois anos depois veio com But Beautiful , coletânea de Jazz. Em 2008 gravou Speak Low.  Ao longo do tempo criou uma fiel legião de fãs, sendo muito popular, inclusive no Japão, onde gravou um DVD e CD fruto de uma apresentação ao vivo em 2004. No Verão de 2010 fez turnê ao lado de Donald Fagen e Michael McDonald. Do repertório constam clássicos do Rock, Soul e R&B. Como hobby ou necessidade virou plantador de uva na Califórnia e produz seu próprio vinho. Um de seus filhos é jornalista na revista Rolling Stone. O outro morreu de overdose de heroína no final da década de 1990.

Gloria Scott: o tempo não a deixou sozinha

Apoiada por Barry White, depois ficou sem apoio na Casablanca Records, onde pensava estourar na carreira


   Perseverança define a carreira de Gloria Scott. Após mais de 39 anos de carreira, quando lançou seu primeiro álbum, ela continua com o mesmo vigor da época de juventude. O público continua sendo generoso com ela. Nascida no Texas, mudou-se para a costa Oeste logo no início da adolescência. A tia cantava num grupo com Sly Stone (então Sylvester Stewart), junto com sua irmã Rose e a prima LaTanya.
  Scott conheceu Stone, três anos mais velho que ela, durante um dos ensaios do grupo, e isto ocorreu novamente mais tarde num baile do colégio. Após ouvi-la cantar “Gee Whiz”, gravada por Carla Thomas, Stone formou uma banda com Scott batizada de Gloria Scott and The Tonettes.
  O conjunto chegou ao fim após gravar poucos discos, mas ela prosseguiu se apresentando em casas de shows ao redor da Baía de San Francisco. Nesta trajetória  conheceu Charles Sullivan, dono da Fillmore Auditorium. Ali, Gloria abriu um show para Ike & Tina Turner. Um ano depois ela decidiu continuar em sua carreira-solo. Não demorou para Barry White procurá-la por causa de recomendação do seu parceiro de composições, Sonny Chaney. A levou para ser vocalista na banda Love Unlimited e depois conseguiu um contrato para ela na Casablanca Records. Em 1974, Gloria lançou o disco What Am I Gonna. O segundo álbum gravado pela Casablanca.
  A falta de estrutura da empresa prejudicou o trabalho de Gloria, ainda sem muita identidade no mercado de show-biz. Após Barry White estourar nas paradas, faltou tempo para acompanhar a carreira de sua pupila. Ela não conseguiu gravar um segundo disco ali. O contrato de sete anos de Gloria com Barry White estipulava  vários discos. No sexto ano pediu para sair. Acabou abandonada, mas os fãs de Soul Music a acolheram.
  Cópias do álbum What Am I Gonna passaram a valer US$ 300  ao longo dos anos e ela ganhou grande fama na Europa. Em 15 anos, o disco acabou relançado três vezes e Gloria ainda regravou algumas canções mais populares com a Baltic Soul Orchestra. Este gesto do público provocou inveja em diversos artistas da velha guarda.