Holland gravou com as maiores estrelas do Jazz |
Luís
Alberto Alves
Dave Holland nasceu no Reino Unido e premiou o
ShowBiz com sua habilidade como baixista, compositor e bandleader. Viveu nos
Estados Unidos mais de 40 anos. Seu trabalho varia de peças para apresentações
solo a big band.
De olho no lado financeiro, dirige a própria
gravadora, Dare2, lançada em 2005. Holland já tocou ao lado dos maiores nomes
do Jazz e de várias gravações de álbuns, que se tornaram clássicos.
Aprendeu a tocar sozinho. Começou aos quatro
anos no ukulele, depois passou para o violão, guitarra e baixo. Saiu da escola
aos 15 anos para tocar numa banda. Após ver que Ray Brown tinha ganhado prêmio
como melhor baixista, comprou um disco onde elea tocava ao lado de Oscar
Peterson. Em uma semana aprendeu todos os macetes.
Recebeu forte influência de de Charles Mingus
e Jimmy Garrison. Em 1964 foi morar em Londres e passou a tocar baixo acústico
em pequenos bares, além de estudar com James Edward Merrett, principal baixista
da Orquestra Filarmônica, mais tarde Orquestra Filamôrnica da BBC. Holland
recebeu bolsa de estudo integral durante três anos.
Aos 20 mantinha agenda lotada na escola,
estúdios e clubes de jazz de Londres, acompanhando saxofonistas de Jazz, como
Coleman Hawkins, Bem Webster e Joe Henderson. Entrou no circuito do Jazz
britânico, onde brilhavam o guitarrista John McLaughlin, o saxofonista Evan
Parker e o baterista John Stevens. Ali nasceu longa amizade com o trompetista
Kenny Wheeler.
Em 1968
substituiu Ron Carter na banda de Mile Davis. Ao lado de feras como
Herbie Hancock, seu talento brilhou. As primeiras gravações dele com Davis
foram nesse ano. Em todas as três participações em álbuns de estúdio de Davis,
Holland teve presença marcante. Até o final de 1969 tocou baixo elétrico,
muitas vezes com pedal wah/wah e outros efeitos eletrônicos.
Longa
atividade
Apesar da longa atividade do quinteto, que incluía
Davis, Shorter, Corea, Holland e DeJohnette, nunca participaram de gravações de
estúdio com essa formação. Após sair da banda de Davis, entrou no grupo de Jazz
Avant-Garde Circle, ao lado de Corea, Barry Altschuld e Anthony Braxton,
resultando numa associação de décadas com a ECM Records.
Na década de 1970 foi líder e sideman de
vários artistas de Jazz, participando de inúmeros álbuns de sucesso. Ao lado do
Gateway trio lançou dois álbuns de Jazz moderno em 1975 e 1977. Em 1994
retornaram e soltaram mais dois discos.
Nos anos de 1980 Holland criou seu primeiro
quinteto de trabalho e durante quatro anos lançou diversos discos, depois
formou o Dave Holland Trio ao lado de Steve Coleman e DeJohnette.
Durante a década de 1990 e 2000 ele renovou a
amizade iniciada com Joe Henderson em 1970. Também se reuniu com a vocalista
Betty Carter numa gravação ao vivo em 1993 do álbum Feed the Fire. No ano
anterior participou de turnê com Herbie Hancock e em 1996 entrou em sua banda.
Com o CD What Goes Around ganhou o primeiro Grammy na categoria Melhor Large
Jazz Ensemble Album.
Em 2009 ajudou a criar o grupo All-Star,
composto por ele no baixo, Chris Potter no saxofone, Jason Moran no piano e
Eric Harland na bateria. Fizeram diversas turnês pelos Estados Unidos e Europa.
Lançou 20 álbuns, o último em 2013: Prism.