Reportagens com clipes descrevendo histórias de artistas famosos,
principalmente de intérpretes da Black Music, além de destacar a importância do Blues no Showbiz.
Estelle trouxe novos ares à Black Music do Reino Unido
Luís
Alberto Alves
O talento de Estelle a faz cantar RAP e
compor. Começou a carreira no famoso Hip-Hop Record Store de Londres. Seus
colegas logo a incentivaram a pegar no microfone e soltar a voz. Não demorou
para marcar presença nos diversos clubes noturnos da capital da Inglaterra, aparecendo
ao lado de Manuva e Rodney P.
Sua fama correu. Em 2000, Skitz pediu que
Estelle participasse do CD Countryman. Repetiu a dose de álbuns de Black Twang
e 57th Dynasty. Em 2003 saiu o primeiro CD solo pela Paraside Isle. Porém só no
ano seguinte estourou de vez com o hit “1980”, V2 Records.
Para manter a chama acessa soltou o mixtape Da
Heat e Free. Ao criar sua própria gravadora Stellarents deu novo colorido ao
Hip-Hop britânico. Em 2004 lançou o CD The Day 18. Três anos depois, o cantor
John Legend garantiu que a Estelle seria a primeira artista do seu selo
Homescholl, distribuído pela Atlantic Records nos Estados Unidos, do segundo
álbum Shine, apresentado em 2008. Em 2012 veio o CD All of Me.
Nivea Hamilton, nascida na Georgia em 1982, tem
múltiplos talentos e invadiu as paradas de sucesso dos Estados Unidos no final
de 2002 com o hit “‘Don’t Mess With My Man”. Seguiu a rota típica para o
sucesso de cantoras de Soul Music. Começou no grupo de louvor da igreja onde
congregava na infância.
Ao ver Mariah Carey na televisão, passou a
imitar sua musa e partiu buscando o profissionalismo. Contratou um gerente
entrando em contato com vários produtores da cidade. Lançou CD demo, chamando
atenção da Jive Records, assinando contrato em 2000, com 18 anos.
Próximo ao fim de 2000 lançou o single “Danger”,
logo depois veio o primeiro CD, trazendo várias faixas no estilo Soul Music,
produzido por R. Kelly, e pitadas de Hip-Hop. O trabalho saiu inicialmente na
Austrália, em 2001. Só apareceu nos Estados Unidos em 2002. Estourou com a canção “Don´t Mess With My Man”. Repetiu
a dose com o hit “Runaway”, lançado no Japão. Acabou nomeada ao Grammy na
categoria Melhor Perfomance R&B.
Logo, em 2004, veio outro CD, mantendo na
produção R. Kelly e Jermaine Dupri. O single “Ok” saiu para dourar o bolo. No
início de 2005 desfrutou outra vez do gosto gostoso do sucesso. O clipe desta
música teve a presença de Youngbloodz e Lil Jon.
O ano de 2005 marcou a chegada do segundo CD,
trazendo o single “Parking Lot”. Infelizmente sua gravadora, Jive Records,
reduziu a verba para promoção, deixando na gaveta o terceiro single “Complicated”,
se dedicando a novos artistas.
Em 2006 Nivea entrou na Interscope Records,
onde soltou o álbum Animalistic no Japão. Ele teve a produção do seu marido,
The-Dream. O único single foi “Watch It”. Iria lançá-lo nos Estados Unidos, mas
nenhuma gravadora topou a parada. Tentou negociar com a Capitol Records, porém
nada vingou. Lançou as canções pelo Myspace, entre elas “I Might”, “Look Back”
e “Zodiac”.
Em 2010 soltou o single “Love Hurts” e alguns
mixtapes, como Sir Will ("It Only Hurts Forever") e Rasheeda ("Surprise"
"Say Something Remix"), além de um clipe de remake do hit “Stronger
Than Pride." No ano seguinte lançou o EP Nivea: Undercover, incluindo
diversos covers acústicos. O quarto álbum de estúdio veio em 2012, Purple
Heart, que depois para Nivea Revealad
Keyshia Cole é da cidade barra pesada de
Oakland, a terceira em violência nos Estados Unidos. Vocalista de R&B
causou boa impressão com o hit “The Way It Is”, em 2005. Passou a gostar de
música desde a infância.
Aos 12 anos apareceu em gravações com MC
Hammer e no final da adolescência trabalhou com Tony! Toni! Toné! , ao lado do
vocalista Dwayne Wiggins na trilha sonora para o filme Me & Mrs Jones.
Depois mudou para Los Angeles e sua fama
cresceu, ganhando contrato de gravação solo na A&M Records. A gravadora
jogou pesado para promover o CD The Way It Is, coleção elegante de Soul Music
urbana. A crítica a comparou a Mary J. Blige.
O rapper e produtor Kanye West contribuiu com
o single “I Changed My Mind”. Outra faixa explosiva foi “Never”, autoria do
rapper Eve. Keyshia ficou entre os dez colocados na US Top na primeira semana
de lançamento. Depois estourou ao aparecer na US Singles com “Diddy (´Last
Night´) e “Dreamin”.
Brooke Valentine surgiu nas paradas ao lançar
o hit “Girlfight” em 2005. Cresceu cantando em grupo de louvor da igreja,
ganhou sinal vermelho da mãe ao entrar no grupo feminino Best Kept Secret.
O grupo percorreu o circuito internacional de
clubes noturnos, mas até o ano 2000 não fez sucesso. Foi quando um produtor
percebeu que Brooke tinha talento, arrumando um contrato na Virgin Records.
Saiu o álbum de estréia, com vários produtores
de renome, como Jermaine Dupri e Soul Diggas. O hit “Girlfight” trouxe ao
debate o problema da violência domésticas, mas não foi bem sucedido como era de
esperar.
A beleza física faz o público esquecer que o Blaque é cópia do grupo TLC
Luís
Alberto Alves
Este trio de R&B é quase cópia do
TLC. Blaque é acrônimo de Acreditando na
Vida e Alcançar a Busca da Unidade em Tudo, tem com vocalistas Natina Reed,
Shamari Fears e Brandi Williams. Natina conheceu Shamari em Atlanta, onde
estudavam na mesma escola.
Fears formou o grupo vocal Intrigue e ganhou
contrato com a Elektra Records. Natina
resolveu tentar a sorte criando o Blaque, pois nessa época cantava jingles e
conheceu o irmão mais novo de Lisa do TLC.
Durante um show de caça talentos as três se
encontraram e Fears foi a primeira a assinar contrato com a Left Eye
Productions, para em seguida entrar na Columbia Records.
O álbum de estréia trazendo o nome do trio
teve a produção de R. Kelly e Trackmasterz, incluindo o single “808” e uma
versão cover de Cyndi Lauper “Time After Time”. Porém a qualidade das canções
revelou que o Blaque era uma cópia do TLC.
O 3LW foi um dos muitos grupos vocais urbanas
só de mulheres a surgir na esteira do TLC. Era composto por Naturi Naughton,
Kiely Williams e Adrienne Bailon, todas nascidas na década de 1980, o trio teve
como mentora a mãe de Kiely. As outras duas meninas faziam parte de um grupo de
louvor da igreja de Nova Jersey.
Assinaram contrato com a Epic Records. Com
ajuda de produtores e compositores, lançaram o primeiro álbum, numa coleção
lançada no final de 2000. Dois anos depois Naturi saiu da banda. Em 2003 o
grupo acabou restaurado com a entrada de Jessica Benson.
Pianista, arranjadora e compositora Mary Lou
Williams teve uma carreira que começou na década de 1920 e se estendeu por
vários anos, até morrer em 1981. De sua praia estavam inclusos: Swing, Bebop e
Música Sacra. Nascida em 1910 na cidade de Atlanta, quando criança começou a
carreira.
Na infância surpreendeu a mãe
ao ganhar US$ 100 após realizar uma apresentação, tocando órgão. Aos sete anos
já trabalhava profissionalmente. Usando o sobrenome do padrasto, Burley, se
apresentava em cassinos. Na adolescência conheceu o saxofonista John Williams,
futuro esposo em 1927, quando estava com 17 anos.
Deixou o trabalho doméstico de lado para tocar
na banda The Clouds of Joy, de Kansas City, liderada por Andy Kirk. Além de
pianista do grupo, na década de 1930, passou a compor e fazer arranjos. Seu
sucesso ajudou a enviar canções para bandleaders como Tommy Dorsey, Earl Hines,
Benny Goodman e Duke Ellington.
Em 1942 saiu da banda de Kirk. Após o fim do
segundo casamento, com o trompetista Shorty Baker foi para New Work para se
apresentar na boate Greenwich Village e em programas semanais de rádio. Sua
casa no Harlem virou ponto de encontro de músicos, como Thelonious Monk e Dizzy
Gillespie.
Nessa época se adaptou a outros gêneros
artísticos, incorporando o Bebop e criando canções longas como: “The Zodiac
Suite”. Em 1952 foi para a Europa. No retorno aos Estados Unidos sentiu que
suas necessidades espirituais não eram compatíveis com o mundo do Jazz.
Em 1957 criou a própria gravadora, Mary
Records, a primeira fundada por uma mulher. Por causa da religiosidade passou a
compor canções sacras, como “Music for Peace”. Na década de 1970 passou a
lecionar na Universidade de Massachusetts e de Duke.
A dupla Calvin Yarbrough & Alisa Peoples
foi um dos pares de grande destaque do R&B na década de 1980, colocando
cinco singles no Top 10. Se conheceram na infância, quando estudavam piano com
o mesmo professor em Dallas, Texas, onde nasceram. Logo passaram a cantar
juntos na igreja.
Quando cursaram a faculdade perderam contato e
Yarbrough entrou no grupo de R&B Grand Theft. Ele acabou descoberto por
músicos da The Gap Band. Ofereceram trabalho como cantor de apoio, depois
Yarbrough retornou a sua própria banda.
Alisa mesclou forças com o amigo de longa data
e criaram uma dupla produzida pelo produtor da The Gap Band, Lonnie Simmons. O
primeiro álbum veio em 1980 pela Mercury Records, rendendo 1 milhão de cópias e
o single “Don’t Stop The Music” chegou ao Pop Top 20. Dois anos depois
emplacaram outros hits: “Heartbeats” e “Don’t Waste Your Time”, “Guilty” e “I
Wouldn’t Lie”.
Na década de 1960, Haywood tocou na banda de Sam Cooke
Luís
Alberto Alves
A carreira de Leon Haywood começou em Los
Angeles, como artista convencional. É considerado grande ícone da Soul Music e
fez muito sucesso na década de 1960, emplacando 20 singles no topo da Billboard
R&B. Aos três anos de idade, em 1945, passou a tocar piano. Na adolescência
criou um conjunto e acompanhar o bluezeiro Guitar Slim.
Logo saiu do Texas, onde nasceu, para
trabalhar ao lado do saxofonista Big Jay McNeely. Ele lhe ajudou a gravar o
primeiro single, “Without A Love” pelo pequeno selo Swingin´. Em seguida entrou
na banda de Sam Cooke como tecladista até morte desse cantor em 1965.
Pela Fantasy Records lançou dois singles e
pulou para Imperial Records e ali soltou o single: “She’s With Her Other Love”,
que alcançou as paradas de sucesso de 1965. Nesse mesmo ano gravou o hit “Hole
In The Wall´”, usando o codinome da banda Packers and Precious Memories.
Em 1967 Haywood emplacou o primeiro hit solo
com a bela: “It’s Got To Be Mellow”.
Azeitou em seguida com “Keep It In The Family”. Mudou para a Columbia
Records e surgiu como estrela pela MCA Records na década de 1970, modificando o
estilo incorporando Funk e Disco Music.
Não sossegou o facho e assinou com a 20th
Century Records em 1974, estourando com a canção “I Want’a Do Something Freaky
To You”, repetindo a dose nos hits: “Party” e “Strokin”. Na década de 1980
reviveu a batida do Rock dos anos de 1950, lançando a música “Don’t Push It
Don’t Force It”.
Seu último hit de sucesso R&B foi “Tenderoni”
em 1984. Após lançar outros singles pela Casablanca Records e Modern Records,
Haywood sumiu das paradas. No final dos anos de 1980 virou executivo de
produção musical na Edge label.
Lonnie Liston Smith não tem nada a ver com o
organista de Jazz e Soul Lonnie Smith. Nascido numa família musical, desde
criança já estava destinado a fazer música. O pai e dois irmãos eram todos
vocalista, mas o teclado despertou a atenção de Lonnie.
Foi estudar na Universidade Estadual de
Morgan, depois se mudou para Nova York e mergulhou no Jazz. Junto com Betty
Carter, em 1963, passou a ser procurado como pianista e trabalhou com estrelas
do Jazz como “Rahsaan Roland Kirk, Art Blakey, Joe Williams, Pharoah Sanders,
Gato Barbieri, Miles Davis.
Em 1973 criou o grupo Funk Cosmic, ao lado do
irmão Donald fazendo os vocais. Gravou uma série de álbuns de sucesso e caiu no
gosto popular. Mesmo mudando vários membros da banda, entraram na Columbia
Records em 1978.
Esperto, passou a fazer hits comerciais.
Exemplo disso é o álbum Space Princess. Esse disco foi o último daquela época a
caracterizar o irmão Donald Smith, tomando seu lugar numa canção para as
crianças.
Em 1991, após algum tempo longe dos holofotes,
gravou um disco de boa qualidade, Magic Lady, embarcando para turnê na Europa,
incluindo Reino Unido. Ultimamente tem
se destacando como professor de workshops.