Reportagens com clipes descrevendo histórias de artistas famosos,
principalmente de intérpretes da Black Music, além de destacar a importância do Blues no Showbiz.
Ao lado do então marido, Louis Prima, Keely ganhou fama no mundo do Jazz
Luís
Alberto Alves
Keely
Smith ganhou fama como cantora de Jazz por causa do trabalho ao lado do marido,
líder da banda Louis Prima. Conheceu o profissionalismo musical junto com ele,
em 1949. Quatro anos depois se casaram. A partir daí fez vários duetos, com
Johnny Mercer e Harold Arlen, no hit de sucesso “That Ol’ Black Magic”.
Depois vieram “‘I’ve
Got You Under My Skin” e “Bei Mir Bist
Du Schön”, revival de 1937 de Andrews Sisters. Em 1959 ela apareceu ao
lado do marido, no filme “Hey Boy! Hey Girl”, cantando a canção “Fever”. Em
1961 acabou o casamento com Prima e assinou contrato na Reprise Records.
Em 1965 soltou o álbum trazendo a versão dos
Beatles do hit “You’re Breaking My Heart”. Contraiu matrimônio com Jimmy Bowen,
deixou o mundo da música para cuidar dos filhos. Vinte anos depois retornou
soltando a canção “I’m In Love Again”.
Lançou outros discos, considerados os melhores da sua carreira.
Durante seus 70 anos, June Christy colocou fogo no mundo da música
Luís
Alberto Alves
Shirley Luster, mas tarde conhecida como June
Christy, colocou fogo no mundo do ShowBiz durante seus 70 anos de vida,
terminados em 1990. De Illinois, seu estilo elegre ganhou destaque nas bandas
de Boyd Raeburn e Stan Kenton.
De astral alto, deixava inesquecíveis as
apresentações, mesmo quando cantava baladas reflexivas, porém jamais teve medo
de se divertir cantando. Ao lado de Kenton fez muito sucesso. Um de seus
grandes hits foi: “Tampico”, depois veio “How High The Moon”.
Durante o final da década de 1940 era umas das
principais atrações da banda. O arranjador Pete Rugolo montava os hits
valorizando sua voz, de alcance limitado, mas envolvente e profissional.
No começo de 1947 se casou com o saxofonista
Bob Cooper e realizou ótimas gravações ao seu lado. Após sair do grupo de Stan
Kenton em 1948, optou por carreira solo, lançando várias canções pela Capitol
Records, incluindo os álbuns The Misty Miss Christy e June - Fair And Warmer!
Se aposentou, após vários anos morreu de insuficiência renal.
Nancy Wilson nasceu em Ohio e espalhou a beleza de sua voz pelo mundo
Luís
Alberto Alves
Nancy
Wilson começou a cantar em clubes na cidade de Ohio. Chamou a atenção entre os
músicos de Jazz e gravou as primeiras canções em 1956, aos 19 anos. No final
daquela década excursionou com a banda de Rusty Bryant. Pouco tempo depois
passou a cantar com George Shearing e Cannonball Adderley.
Logo entrou na Capitol Records. A partir daí lançou
diversos discos e fez várias turnês, marcando presença junto ao público amante
de músicas populares, sem perder a essência do Jazz.
Para engordar o orçamento organizou uma série
de variedades para NBC TV, The Nancy Wilson Show. No começo da década de 1980
voltou a trabalhar mais próxima de músicos de Jazz, incluindo Hank Jones, Art
Farmer, Benny Golson e Ramsey Lewis.
Esteve presente em diversas salas de concerto,
cantando num estilo exaltando o lado belo da música popular dos Estados Unidos.
Durante a década de 1990 e novo milênio continuou sentindo o gosto doce do
sucesso.
Se tivesse juízo, Dinah Washington teria carreira longa de sucesso
Luís
Alberto Alves
Ruth Lee Jones era nome de batismo de Dinah
Washington. Viveu apenas 39 anos, porém deixou marcado para sempre o seu nome
no Jazz. Nascida no Alabama e crescida em Chicago, ela cantou pela primeira vez
nos grupos de louvor da igreja, onde também tocava piano. Depois passou a
trabalhar em clubes locais até Lionel Hampton encontrá-la e ser contratada.
De 1943 a 1946, com 23 anos, Dinah gravou
sucessos como “Evil Gal Blues”, composta por Leonard Feather e “Salty Papa
Blues”. Após sair das asas de Hampton optou por cantar R&B e estourou de
novo nas paradas com os hits: “ Blow Top Blues” e “I Told You Yes I Do”.
Nos anos seguintes prosseguiu na praia do
R&B, mas flertou com Jazz, Blues e canções populares, sendo a grande voz da
Soul Music. O erro dela foi se envolver com drogas e bebidas, morrendo
precocemente.
Desde o início da carreira, Dinah misturou
com êxito música sacra e o lado lascivo do Blues. Esta receita ajudou o público
a gostar de suas interpretações, algo raro para artistas negros daquela época.
Sem noção, gastava muito dinheiro com jóias, carros, casacos de pele, bebidas,
drogas e mulheres.
A voz de Dinah era linda, pois cantava
colocando muita emoção, mesmo quando as letras não tinham grande riqueza
lírica. Transformava algo banal em bom material. Entre seus sucessos populares
estão: “What A Diff´rence A Day Make”, maior sucesso solo, e “September In The
Rain”.
Cantou bastante tempo sozinha, porém no final
da década de 1950 gravou duetos ao lado do então marido, Eddie Chamblee. Esses hits explodiram nas paradas, além de duplas junto
com Brook Benton, “Baby (You Got What It Takes”) e “A Rockin´Good Way (To Mess
Around And Fall In Love)”.
Ela deixou vasto repertório gravado, variando
desde Jazz, em apresentações com Clark Terry, Jimmy Cleveland, Blues Mitchell e
outros, a álbuns de canções associados à Fats Waller e Bessie Smith. Essas
canções a colocou no posto de uma das principais vozes mais versáteis do Jazz.
Foi casada inúmeras vezes e
teve diversos amantes. Num filme de 1958, Newport Jazz Festival Jazz On A
Summer’s Day, era visível o desgaste provocados por esses excessos. Quando
todos imaginavam que estava feliz ao lado do sétimo marido misturou bebida com
remédios e veio o fim.
McPhatter é considerado uma das melhores vozes do R&B
Luís
Alberto Alves
Clyde
McPhatter durante três anos esteve no vocal do grupo de R&B Billy Ward and
His Dominoes. Saiu em 1953, quando estava com 19 anos, para formar os Drifters.
Porém no ano seguinte teve de prestar serviço militar no Exército. Depois
emendou carreira solo, emplacando diversas canções nas paradas: “Treasure of
Love”, “Without Love (There is Nothing) e “A Lover’s Question”.
Nessa época já era figura influente no
ShowBiz, inspirando uma geração de cantores. Beberam na sua fonte artistas como
Elvis Presley, Ry Cooder e Otis Redding. Infelizmente após sair da Atlantic
para MGM Records, em 1959, a carreira entrou em declínio.
Na Mercury Records, no começo da década de
1960, visitou as paradas poucas vezes. O hit que mais rendeu foi o single “Lover
Please”, de 1962. A canção “Little Bitty Pretty One” virou padrão para diversas
bandas do Reino Unido, inclusive regravada pelos Paramounts.
Clyde ganhou vários concorrentes e o prestígio
passou a cair. Atormentado com problemas pessoais veio a Inglaterra em 1968 e
dois anos depois continuava no mesmo poço. Em 1970 lançou o álbum Welcome Home,
pela Decca Records, sua última gravação. Dois anos depois morreu de ataque
cardíaco, causado por abuso de bebidas alcoólicas. Ele é considerado uma das
melhores vozes do R&B.
Hunter deixou vários hits imortalizados nas paradas de sucesso
Luís
Alberto Alves
Ivory
Joe Hunter era figura bem conhecida no Texas por causa de seu programa de rádio
até a década de 1940, quando se mudou para a costa Oeste dos Estados Unidos.
Criador de suas próprias gravadoras, lançou vários discos.
Soltou diversos singles com acompanhamento da
Duke Ellington Orchestra. Um deles foi “I Almost Lost My Mind”, hit número 1 em
1950. Uma versão mais popular feita por ele na Atlantic Records no final
daquela década também estourou nas paradas.
Depois emplacou o hit “Since I Met You Baby” e
chegou ao top da parada de R&B de 1956 e número 12 na parada nacional. Pela King Records fez muito sucesso com as canções “Don’t
Fall In Love With Me”, “What Did You Do To Me”, “I Like It”, “Waiting In Vain”,
“Guess Who”, “Landlord Blues”, “Jealous Heart” e “I Quit My Pretty Mama”.
Repetiu a dose na MGM Records lançando os hits
“I Almost Lost My Mind”, “S.P. Blues”, “I Need You So” e “It’s A Sin”. Talentoso,
Hunter era hábil em cantar nos estilos Pop, Spirituals e baladas. Antes de
morrer de câncer em 1974 realizou grande concerto beneficente em Nashville.
Big Maybelle (foto) foi descoberta quando cantava
numa igreja em 1935, aos nove anos de idade. O líder da banda Memphis, Dave
Clark, percebeu que a garota tinha futuro no ShowBiz. Ao acabar o grupo, ela
foi cantar na orquestra de Christine Chatman, com quem gravou pela primeira vez
para a Decca Records em 1944.
Três anos depois entrou na King Records, onde passou
a assinar com o nome artístico de Big Maybelle. Em seguida entrou na OKeh Records,
subsidiária da CBS Records. Seu estilo de interpretar Blues, aos gritos, ficou
marcante no hit “Blues Gabbin, numa parceria com Rose Marie McCoy.
Depois ela
soltou as canções “Way Back Home” e “My Country Man”, ambas explodindo nas
paradas. Em 1955 gravou pela primeira vez o hit “Whole Lotta Shakin ´Goin´On”,
mais tarde sucesso na voz de Jerry Lee
Lewis.
Logo virou atração no circuito de clubes de
Black Music, interpretando baladas emotivas e comédias. Ao sair da OKeh Records
para a Savoy, deixou gravado o álbum Candy, de 1956, que explodiu em 1959 num
filme de Newport Jazz Festival.
Big teve muita influência na Soul Music da
década de 1960, principalmente no discos que lançou pela Brunswick Records,
Scepter e Chess Records. Quando entrou na Rojac Records, em 1966, foi
aconselhada a gravar sucessos pop do Beatles e Donovan e fez algum sucesso com
os hits “‘Don’t Pass Me By” e “96 Tears”, essa última escrita por Rudy
Martinez. Infelizmente a carreira de Big teve muitos problemas por causa do seu
vício em drogas, que acarretou sua morte aos 58 anos.
O estilo de cantar de Walters é igual ao de Teddy Pendergrass
Luís Alberto Alves
Mel Walters, ainda na adolescência, já cantava
em clubes de R&B da cidade de San Antonio, Texas, onde nasceu em 1956. Mais
tarde engrossou o coro da igreja. Depois passou algum tempo como DJ na rádio
daquela cidade, mas encontrava oportunidade para cantar em bases militares dos
Estados Unidos.
Começou a atrair atenção no circuito de
R&B em 1996 e dois anos depois ganhou o Jackson Music Award. De sua voz saíram os sucessos: “Hit It And Quit It” e “Got
My Mhiskey”, do terceiro álbum, Woman In Need. Walters recebeu forte
influência de Teddy Pendergrass, principalmente no estilo vocal suave e
inclinação para cantar baladas.
No quarto álbum soltou o single “Hole In The
Wall”. Depois vieram outros
como: “Shoes Man”, “Show You How To Love Again”, “How Can I Get Next To You” e “The
Smaller The Club”. Sem grandes pretensões virou atração nas rádios populares.
Clayton gravou o primeiro disco aos 14 anos de idade
Luís Alberto Alves
Willie Clayton nasceu no
Mississippi, mas cresceu em Chicago. De voz gostosa, característica de vários
artistas da Soul Music, conquistou diversos fãs, principalmente de Blues. Aos
14 anos, em 1969, gravou o primeiro disco por um selo obscuro de Dallas. Porém
entrou de vez nas paradas em 1974 com o hit “ I Must Be Losing You” pela
subsidiária Pawn Hi Records.
Desde o lançamento produziu um grupo boas
canções, batizadas de Soul Blues, primeiro de Memphis e mais tarde de Chicago,
mantendo viva as raízes da Música Afro/Americana contemporânea. Sua produção
raramente estourava nas paradas de sucesso nacionais. Fazia estrago
regionalmente.
Por uma pequena gravadora de Nashville soltou
os hits “Tell Me” e “‘What A Way To Put It”, ambos produzidos pela General
Crook, de Chicago. No final da década de 1980, após passagem ruim pela Polydor
Records, Clayton voltou ao som de casa, lançando vários álbuns de qualidade nas
décadas de 1990 e 2000.