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#BMW - Morre #QuincyJones, o gênio da produção de grandes discos

Luís Alberto Alves/Hourpress

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Izzy Gordon: Grande estrela da Black Music brasileira



Izzy Gordon já foi muito elogiada pelo competente Quincy Jones
Luís Alberto Alves
  Aos 51 anos, Izzy Gordon é considerada uma das maiores cantoras de Black Music do Brasil. Surfa facilmente pelo Jazz, Blues, Funk (dos Estados Unidos), RAP e MPB. Se tivesse nascido na América do Norte teria estourado em todo o mundo, pois ali o artista é valorizado, ao contrário do Brasil.
  Izzy cresceu ouvindo Jazz e muita música brasileira. O pai, Dave Gordon, é músico, e a tinha, Dolores Duran, é outro ícone da MPB. Durante a infância, a menina conviveu em casa com grandes nomes como Jair, Tim Maia, César Camargo Mariano (ex marido de Elis Regina), Wilson Simonal, Cassiano e outras feras. O piano da família era usado em Jam sessions, numa verdadeira aula de vários estilos.
 Ela se casou muito cedo e até os 21 anos ficou fora do circuito artístico. Só mais tarde, ao ouvir a canção “Ribbon in The Sky”, de Stevie Wonder, sucesso em 1986, que surgiu a vontade de cantar profissionalmente. Passou a dar canjas em casas noturnas onde o pai trabalhava, mas ao interpretar o hit “Emoções Baratas”, do diretor José Possi Neto, que o negócio pegou.
 Com esse musical, Izzy viajou para Curitiba e Porto Alegre e participou do show de entrega do Prêmio Sharp para o Teatro Brasileiro, ao lado de Beatriz Segal e Eva Wilma. Recusou por anos convites para gravar discos fora de sua praia. A primeira participação dela ocorreu na primeira formação do Grêmio Recreativo Amigos do Samba Rock Funk Soul, com Skowa, resultando no disco Via Paulista, ao lado de Jorge Benjor.
 Depois participou com o Grêmio em shows de Ed Motta e do álbum 23, de Jorge Benjor, atuando de backing vocal na turnê. Passou pela banda Chic Night, uma das primeiras de Disco Music, Soul e Funk de São Paulo. Embalada fez dois musicais com o irmão Tony Gordon, Mr. Jazz, sob direção de Miéllie e a Tradicional Jazz Band e Whats on in London, com Christianne Neves.
 A convite do teatrólogo Naum Alves de Souza participou do musical Divas EnCanto, em homenagem a Elis Regina, Chiquinha Gonzaga, Dolores Duran e Ângela Maria, apresentado no Sesc Pompéia/SP. O talento de Izzy a levou a backing vocal para banda de rock Deep Purple, quando veio ao Brasil, shows com Banda Black Rio, Max de Castro, Gerson King Combo, Zizzi Possi, Fernanda Porto, Ed Motta, Leo Maia, Rappin Hood.
 Tamanha capacidade a colocou em dois exclusivos para a banda irlandesa U2 e para o produtor de estrelas da Black Music dos Estados Unidos, Quincy Jones. Ele, aliás, a elogiou muito. Principalmente de alguém que produziu o disco mais vendido da história, Thriller, de Michael Jackson, em 1982. Em 2005 gravou o CD Aos Mestres com Carinho, Homenagem a Dolores Duran, recebendo indicações ao Grammy Latino e Prêmio Tim, Revelação. 
 Em 2010 lançou pelo selo Label A o segundo álbum, destacando a faixa de autoria própria: “O Que Eu Tenho Pra Dizer”. No ano seguinte veio outro trabalho, pela gravadora Joia Moderna, Negro Azul da Noite, onde canta hits menos conhecidas de autores como Tim Maia, Leci Brandão, Carlinhos Brown, Milton Nascimento entre outros.




terça-feira, 8 de julho de 2014

Iggy Azalea: A rapper que veio da Austrália






Iggy Azalea começou gostar de RAP na adolescência

Luís Alberto Alves

  Os mais radicais defensores da Black Music torcerão sempre o nariz para Amethyst Amelia Kelly ou Iggy Azalea, como ficou conhecida no mundo da RAP Music. Compositora, modelo e cantora, ela nasceu na Austrália há 24 anos, mas mudou para os Estados Unidos aos 16. Para morar inicialmente em Miami, depois Houston e Atlanta.
 Ganhou fama ao postar clipes promocionais das canções “Pu$$y” e “Two Times”, explodindo no youtube. Quase no final de 2011 lançou o primeiro trabalho, a mixtape Ignorant Art, visando criar a intenção de interrogar pessoas e redefinir velhos ideais.  No ano seguinte entrou na Mercury Records e depois passou para a Island Def Jam.
 Como modelo virou a nova cara da Jeans Levi. Também foi a primeira mulher e rapper, que não nasceu nos Estados Unidos, a se apresentar no Top 10 da XXL Magazine. Em 2012 soltou o EP Glory. Apareceu no BET Hip Hop Awards ao lado de T.I e outros grandes artistas da Grand Hustle. Nessa mesma época lançou a segunda mixtape, TrapGold, produzido por Diplo e FKi.
 O primeiro CD solo, The New Classic, veio no primeiro trimestre de 2014, previsto para sair pela Grand Hustle e Interscope Records em 2013, mas por causa de conflitos de gravadoras, foi colocado no mercado pela Mercury Records. Estourou nas paradas o single “Work”, assim como “Bounce”, “Change Your Life” e “Fancy”.
 O gosto pela música partiu do pai de Iggy, que a fez olhar para arte quando ela ainda era adolescente. Começou a compor RAP aos 14 anos. Antes de seguir carreira solo, formou um grupo musical com duas meninas do bairro onde morava. Por falta de seriedade das colegas terminou o trio.
 Na busca pela concretização do sonho, saiu da escola e veio para a América. Optou por trabalhar e ajuntar dinheiro ao limpar quartos de hotel e casas de férias junto com a mãe. Antes dos 16 anos já estava nos Estados Unidos.
 Por gostar de RAP, Iggy era vista como estranha na Austrália, onde nasceu. Ao vir para a América percebeu que estava no berço da Black Music. O pseudônimo artístico é derivado do nome de seu cachorro de infância, Iggy, e da rua onde cresceu, Azalea Street, onde a família vive até hoje.

   No começo as letras delas não chamavam atenção. Um conhecido da Interscope Records sugeriu que Iggy fosse para Los Angeles. No Verão de 2010 ela já estava na cidade quente do Oeste americano. Gravou vários clipes. A explosão de “Pu$$y” abriu a estrada do sucesso. 

segunda-feira, 7 de julho de 2014

A$ap Rocky: Polêmico e pavio curto rapper do Harlem




A$sap tem talento para música e arrumar encrencas

Luís Alberto Alves

 Rakim Mayers é nome de batismo do rapper A$ap Rocky, nascido no bairro barra pesada do Harlem, Nova York. Com 26 anos, ele é outro destaque do Hip­Hop. Em 2011 lançou o primeiro CD. O sucesso abriu as portas para assinar contrato com Polo Grounds Music Records. Dois anos soltou o álbum de estréia, Long Live.

 Depois dirigiu seus próprios clipes ao lado de outros artistas como Danny Brown. Usando o apelido de Lord Flacko virou grande produtor musical. Sua irmã é outra talentosa artista do RAP, assim como o primo. Com oito anos de idade, Rocky aprendeu a cantar com o irmão mais velhos, usando tranças francesas. Aos 12 anos o pai acabou preso por causa de envolvimento em tráfico de drogas, morrendo em 2012.

 Aos 13 anos perdeu o irmão num tiroteio no Harlem. A sequência de tragédias o levou a abraçar forte o RAP. Cresceu admirando o trabalho do grupo The Diplomats, além de sofrer influências de UGK, Three 6 Mafia, Mobb Deep, WU/Tang Clan, Run DMC e Bone Thugs n Harmony.

 Infelizmente passou a vender drogas. Dois anos depois traficava crack no Bronx. Viveu algum tempo num abrigo junto com sua mãe e em outros lugares próximos de Manhattan até ir para New Jersey. O início da carreira foi com Mob Deep, num coletivo de rappers no Harlem, ao lado de produtores, diretores de clipes musicais e outros tipos de artistas.

 O disco batizado de O mais cedo possível, é o acrônimo de “Sempre se esforçar e prosperar.  O CD estourou nas paradas de Nova York, após lançamento do clipe da canção “Purple Swag”. Recebeu atenção de diversas gravadoras, até sair o mixtape ao vivo, Love.

 Com elogios da crítica conquistou um contrato de dois anos com a RCA Records, rendendo US$ 3 milhões. Pouco tempo depois criou seu próprio selo. A partir de 2012, Rocky uniu forças com Kendrick Lamar para abertura do Club Paradise Tour Drake. Mas o sucesso e o dinheiro subiram à cabeça. Começou a brigar, rompeu a sociedade e acusou Mob Deep de plágio. Ele contra atacou e disse que Rocky copiou sua canção “My Enemy”.

 Pavio curto. Entrou numa briga com iRome na véspera de entrar no programa de televisão Late Night with Jimmy Fallon e acabou preso. O CD O Mais Rápido Possível, ASAP, foi lançado no começo de 2013, chegando ao primeiro lugar da Billboard 200, vendendo 139 mil cópias nos Estados Unidos. Em março de 2014 anunciou que está trabalhando no segundo CD, remake de Long Live e será lançado até o final de 2014.


sexta-feira, 4 de julho de 2014

2Pac: Rapper filho de dois membros dos Black Panther´s


O gangsta rapper 2Pac deixou sua marca na Black Music dos EUA

Luís Alberto Alves

 Freguesia Lesane Crooks, mais tarde conhecido como 2Pac, nasceu no bairro do Brooklyn, Nova York, em 1996. Já trazia na veia o sangue da polêmica por filho filho de dois membros do grupo político Panteras Negras, que provocou várias passeatas agitadas nos Estados Unidos na década de 1960. Sua mãe, Alice Faye Williams, fico grávida quando estava numa prisão.

 Depois ela se casou com Mutulo Shakur e o batizou de Tupac Amaru Shakur. Gangsta rapper, o menino estudou na Escola de Artes de Baltimore, antes de mudar para Marin City, Califórnia e participar da febre de suas ruas. Despontou no Hip­Hop rapidamente como parte do Digital Underground. Mas foi em 1991, quando lançou o disco 2Pacalypse, que mostrou à Black Music que era um dos mais novos talentos do RAP ao ter várias de suas canções censuradas.

  Em 1993 estourou com o hit “I Get Around” e ganhou Disco de Platina. A letra falava da união da comunidade negra. Num dos refrões dizia: “Unidos venceremos, divididos cairemos, eles podem atirar em um negão, mas eles não podem atirar em todos nós”. Divulgo o álbum na rede Underground Railroad para adolescentes problemáticos da Native Oakland, Califórnia.

 O ano seguinte deu força ao seu irmão mais velho, Mopreme, Syke, Macadoshis e o Rated R no projeto Thug Life, liberando o primeiro volume desse trabalho. Nessa época sua carreira de ator estava em alta, após desempenho como Bishop ao lado de Ernest Dickerson. Após aparecer no filme do diretor John Singleton Poetic Justice, ao lado de Janet Jackson, saiu do Ensino Superior. De pavio curto ofendeu o diretor do conjunto Menace II Society, Allen Hughes. Ficou preso 15 dias.

 Antes tinha sido preso, mas por causa do seu talento driblou as grandes. Porém a cair nas mãos da polícia outra vez, ao se envolver numa briga que resultou na morte acidental de um garoto de seis anos, a barra pesou. Em 1993 acabou acusado da morte de dois policiais à paisana e suspeita de estupro de uma fã.

 Em liberdade sob fiança entrou em outra encrenca, quando agrediu uma mulher que lhe pedia autógrafo. Depois foi preso por andar armado e agressão a um motorista em Los Angeles. Considerado culpado, no dia seguinte recebeu tiros e roubado no saguão do Quad Studios, em Times Square, Nova York.

 A maré brava prosseguiu com a suspeita de atirar no rapper Notorious BIG, que estava junto com Andre Harrell e Sean “Puffy” Combs, numa disputa do RAP do Leste contra o Oeste nos Estados Unidos.   Shakur foi condenado a quatro anos e meio de prisão em  1995. O disco The epic Me Against The World saiu enquanto ele estava na cadeia. Mesmo assim chegou aos primeiros lugares das paradas dos Estados Unidos.

 O presidente da gravadora Death Records, Marion “Suge” Knight conseguiu que Shakur saísse em liberdade condicional, após oito meses de prisão. Em 1996 lançou o disco duplo All Eyes On Me, outro estouro na Billboard. Vendeu 6 milhões de cópias. O destaque ficou com o dueto ao lado de Dr. Dre no hit, “California Love”.

 Depois ele passou a se concentrar na carreira de ator, aparecendo no filme Bullet and Gridlock’d, junto com Tim Roth. Infelizmente acabou morto a tiros em Los Angeles, após assistir a luta de Mike Tyson e Bruce Seldon, no MGM Grand. Faleceu cinco dias depois. Vários comentários surgiram, inclusive de que Notorious BIG teria tramado o homicídio após 2Pac falar que o traia com sua mulher, Faith Evans.

 A rivalidade Oeste/Leste na RAP Music prosseguiu após a execução de 2Pac, levando ao assassinato de Notorious BIG seis meses de forma idêntica. O principal suspeito da morte de 2Pac, Orlando Anderson, foi executado em 1998. Após a morte de 2Pac saíram diversos lançamentos póstumos e singles de sucesso. A versão colocada no mercado em 2000, do CD The Rose That Grew From Concrete foi excelente tributo de várias novas estrelas do RAP a 2Pac.

terça-feira, 1 de julho de 2014

Bobby Womack: Soul Music perde outro grande talento





Womack era uma das últimas lendas da Soul Music

Luís Alberto Alves

 O cantor de soul Bobby Womack morreu nesta sexta (27), aos 70 anos. Um representante de sua gravadora, a XL Recordings, confirmou a morte à revista “Rolling Stone”, mas disse que a causa ainda não é conhecida. Ele já havia sido hospitalizado por um longo período em decorrência de um câncer e chegou a ficar em estado de coma, mas se recuperou e voltou aos palcos.

 Em 2010, Bobby Womack participou de um disco da banda Gorillaz e se tornou amigo do vocalista, Damon Albarn, que mais tarde produziu seu último disco, "The bravest man in the universe" (2012). O cantor atribuia principalmente a Albarn sua "redescoberta" e comemorava a conquista de novos fãs. Outra artista elogiada por ele era Lana Del Rey, que cantou em uma faixa de seu álbum, "Dayglo reflection".

 Ele deixa ainda um disco inédito, "The best is yet to come", que tinha lançamento previsto para este ano, sem data definida. Com dez músicas, o álbum foi gravado nos dois últimos anos, com participações de Gerald Levert e Teena Marie, Rod Stewart, Damon Albarn, Stevie Wonder, Ronald Isley and Snoop Dogg.

Em novembro de 2013 ele esteve no Brasil, onde foi uma das atrações do festival Back2Black, no Rio. Numa de suas últimas entrevistas ele ainda admitiu ainda que já havia se questionado por que havia sobrevivido por tanto tempo, ao contrário dos amigos. "Percebi que Deus deveria ter algo a fazer por mim, senão eu seria um deles. Isso me leva a crer que ele me manteve aqui por alguma razão e talvez possa ser para que eu continue tocando", concluiu.

 Quem já passou dos 40 anos e gostava dos bailes das décadas de 1970 e 80, onde a black music era presença marcante, se lembra das famosas baladas que frequentavam as picapes dos DJs. Entre elas, se fazia presente “Fact of Life He´ll be There when The Sun Goes Down”, autoria de Bobby Womack. O seu início era um solo de contrabaixo, acompanhado de piano e violão, e depois começava o diálogo que durava mais de 6 minutos, tempo suficiente para jogar a conversa na menina e sair da festa acompanhado.

 Poucos sabem que Roberto Dwayne Womack, nascido em 1944, na cidade de Cleveland, Estado de Ohio, começou sua carreira, no final dos anos 50, acompanhando Sam Cooke, compositor da inesquecível “You Send Me”. E depois da morte de Cooke em dezembro de 1964, Womack casou-se com a viúva, Barbara Campbell, em março do ano seguinte.

 No início, Womack cantava música gospel na igreja, assim como Cooke, que veio de um conjunto da igreja Batista, onde congregava com seus irmãos.No conjunto  Valentinos, Womack tocava guitarra e às vezes compunha algum hit. O seu primeiro single foi “Lookin´For a Love”, que chegou ao 8° lugar na parada de R&B (blues de rua). Depois escreveu “It´s All Over Now” e usada depois pelos Rolling Stones, cuja banda estava no começo da carreira.

 Após a morte de Sam Cooke, ele deixou o grupo Valentinos e só a partir de 1968 colocou o pé na estrada para valer. Até 1977, ele grava um álbum por ano. Aliás nesse ano George Benson inclui no seu disco o hit “Breezin”, que até hoje faz sucesso nos bailes de qualidade.

Depois volta à carga em 1979, gravando com pequeno intervalo de tempo, até seu último disco, lançado em 2006.

 Em 55 anos de carreira, vários hits fizeram a cabeça de muita gente nas festas onde seus discos estavam presentes. É o caso de “If You Think You´re Lonely Now”, de 1981; “Lookin´For a Love”, de 1974; “That´s The Way I Feel About´Cha, de 1971; Breezin, de 1970; e a que pegou nos bailes do Brasil “Facts of Life He´ll be There When The Sun Goes Down”, de 1973.