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#BMW - Morre #QuincyJones, o gênio da produção de grandes discos

Luís Alberto Alves/Hourpress

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Livingston Taylor: Grande prodígio e irmão de James Taylor



O irmão guitarrista de James Taylor

Luís Alberto Alves

 Na explosiva e criativa década de 1950 nasceu Livingston Taylor, em Boston, mas criado em Chape Hill, Carolina do Norte. Ele foi um dos cinco irmãos e irmãs, com quatro deles tocando guitarra e cantando. Após adolescência turbulenta, adicionou a música como terapia.

 Depois foi cantar em casas de café em Boston, onde chamou a atenção de críticos de Rock, como Jon Landau. Seus dois primeiros discos pela Capricorn Label, de Phil Walden, trouxe os hits “Carolina Day” e “Get Out Of Bed”, ambas de sua autoria.

 O estilo acústico é herança do irmão James Taylor, mas permaneceu fiel ao Bluesier. James e Carly Simon cantaram no Over The Rainbow, mas depois da gravação deste disco, Livingston foi para escanteio na Capricorn.

 Não perdeu o fôlego e continuou fazendo turnês durante a década de 1970. Depois assinou contrato com a Epic Records, recheada de várias estrelas. Mesmo após entrar na televisão, prosseguiu em gravações durante as décadas de 1980 e 1990, inclusive colocando nas paradas o hit “Loving Arms”, dueto com Leah Kunkel.

A maioria de obra musical é repassada como professor no Berklee College of Music, onde é especialista em Artes Cênicas. Para não perder o gosto pelo Showbizz, realiza às vezes shows para um público fiel em faculdades e clubes populares nos Estados Unidos. Em 1998 saiu uma compilação de sua carreira, pela Razor & Tie.

Kenny Rankin: De músico doméstico a cantor de sucesso


O estilo quente de cantar e tocar é o algo mais de Rankin

Luís Alberto Alves

 É de Nova York a terra nascente de Kenny Rankin. Introduzido ao mundo do Showbizz pela mãe, começou cantando no banheiro de casa e para amigos. Depois passou a trabalhar como intérprete e compositor, conquistando vários fãs durante a década de 1970, quando lançou vários álbuns, com três deles entrando no Top 100 da Billboard Album.

 Desde a adolescência era visível a queda pelo Jazz. Porém para sobreviver teve de engolir canções de Pop Music. Na década de 1990 mudou o ângulo para acomodar suas próprias preferências musicais e ganhar público novo.

 O estilo quente de cantar de Rankin e som de sua guitarra macia pode sugerir um artista sintonizado com o circuito de Jazz mais soft, mas ele sabe como cativar a platéia.

 É versátil para acompanhar artistas como Alan Broadbent, Mike Wofford e Bill Watrous e de bom humor desliza facilmente pelo Groove Jazz. Suas letras foram gravadas por Mel Tormé, Carmen McRae e Stan Getzs. É apaixonado pela música brasileira. Chegou a gravar algumas canções com acompanhamento de Michael Brecker e Ernie Watts.

Michael Franks: Repertório eclético que faz a diferença



Michael Franks, após o sucesso virou professor de Música

Luís Alberto Alves

Quando jovem, Michael Franks, que nasceu em 1944, em La Jolla, Califórnia, começou a cantar e tocar guitarra, mostrando repertório eclético, incluindo canções folclóricas e Blues. Depois passou a fazer o próprio trabalho.

Na década de 1970, perto dos 30 anos, virou professor e compositor conhecido. Suas músicas foram gravadas por Mark Murphy, a grande dama do Jazz, Carmen McRae e outros.

 Nessa mesma época fez uma série de gravações ao lado de jazzistas como Kenny Barron e Ron Carter. A grande sacada de Michael é cantar hits de forma rouca e íntima, colocando muito sentimento nas composições, aliado ao balanço suave.


terça-feira, 8 de abril de 2014

Chuck Loeb: Guitarrista desde criança



Loeb é outro prodígio do Jazz, começando a tocar aos 11 anos de idade

Luís Alberto Alves

Charles Samuel Loeb, nascido em Suffern, Nova York, em 1955, começou a tocar guitarra aos 11 anos. Participou de várias bandas até ir estudar no conceituado Berklee College of Music. Após sair dali, em 1976, aos 21 anos, saiu em turnê com Chico Hamilton, Hubert Laws e Ray Barretto, quando se juntou a Stan Getz.

 Ficou com o saxofonista dois anos em turnês pela Europa, tocando inclusive no Yatra Festival, na Índia. Em 1985 uniu forças com Michael Brecker’s Steps, onde dobrou o sintetizador de guitarra. Depois apareceu em mais de mil gravações como músico de estúdio, além de compor inúmeras trilhas sonoras de novelas e documentários.

 Em seguida criou suas próprias bandas, liderou outras e trabalhou com os grupos de Metro, a Fantasy Band e Petite Blonde. Durante a década de 1980 se envolveu com produção e permaneceu nesta praia até o final dos anos de 1990.

 Como produtor musical, já trabalhou com inúmeros artistas de Jazz e Pop, incluindo Gary Burton, Earl Klugh, Jim Hall, Carly Simon, Eddie Daniels, e, no final dos anos 90, Larry Coryell, Donald Harrison, Warren Bernhardt, Gato Barbieri e Spyro Gyra.


  Em 1998, um single, “Just Us” alcançou o número 1 nas paradas Billboard de Jazz/Radio. Quatro anos depois gravou com o seu grupo o hit “The Couch Potato All-Stars”. Seu modo de tocar está atualmente em um pico e suas gravações recentes têm sido positivas e chamando imensa atenção do público.

Earl Klugh: O guitarrista que deixou de lado a ortodoxia do Jazz




Klugh já participou de várias turnês ao lado de George Benson

Luís Alberto Alves

Nascido em 1953, em Detroit, Michigan, o estilo de Earl Klugh é um pouco ortodoxo no modo de tocar guitarra. Quando senta, descansa o instrumento no joelho direito em vez do esquerdo. Após estudar piano e violão quando criança optou pela guitarra.

  Na adolescência gravou com Yuself Lateei e George Benson, com quem já participou de turnês. Continuou a trabalhar com ele e quando gravou o álbum Return to Forever, no começo da década de 1970, liderou sua própria banda numa carreira solo.

 Klugh é influenciado por vários guitarristas de Jazz, incluindo Benson, Chet Atkins e pela Folk Music. Ele tem grande atração pelo Jazz Pós Charlie Christian, através do qual sua própria personalidade constantemente continua brilhando.


sexta-feira, 4 de abril de 2014

Barry Brown: A voz do Reggae de militância



Ainda jovem, Brown ganhou fama no Exterior

Luís Alberto Alves

 Outro grande talento do Reggae é Barry Brown, nascido em 1962 na Jamaica. Seu primeiro grande sucesso foi “Girl You’re Always On My Mind”, produzido por Bunny Lee. Mas o estilo de militância e o vocal forte, igual a Linval Thompson, rendeu fama internacional.

 Em 1979 estourou nas paradas com o hit “Step It Up Youthman”. O sucesso o levou a produzir outras belas canções como: “Put Down Your Guns”, “We Can’t Live Like This”, “Big Big Pollution”, “Politician” e “Conscious Girl”.

 O ano seguinte veio com o lançamento do disco mix, na companhia de DJs notáveis, como Jah Thomas (“Jealous Lover”), Ranking Joe (“Don’t Take No Steps”) e Ranking Toyan (“ Peace and Love”). O trabalho ao lado de Linval Thompson rendeu os hits “Separation” e com Sugar Minott, “Things And Time”.

 Depois ele mesmo pegou o leme da produção, lançando o álbum Cool Pon Your Corner, precedido do disco que teve o clássico Jah Jah Fire. Em 1981 suas duas produções Problems Get You Down e Physical Fitness fracassaram. Dois anos após gravou no lendário Studio One, de onde saiu o disco mix com os hits Give Love e Far East.

 Brown manteve o interesse de sintonizar suas canções, gravando hits como “Dreadful Day” e “Serious Man”. Em 1984 continuou na onda com a música “Belly Mov”, acompanhado do DJ Charlie Chaplin. Brown prossegue gravando músicas de qualidade.




Barrington Levy: Outro grande talento do Reggae



Barrington Levy, outra grande força do Reggae

Luís Alberto Alves


  Barrington Levy, nascido na Jamaica em 1964, foi um dos primeiros cantores a desafiar o domínio dos DJS na Dancehall Reggae, embora sua gravação mais antiga, “My Girl Black”, de 1977, antecedeu essa moda.  Outro hit, “A Long Long Time Since We Don’t Have No Love”, de 1978, não estourou, mas Levy com 16 anos foi batalhar o seu espaço nos bailes da Jamaica.

 O esforço compensou. Em 1981 já era famoso naquele país, a ponto de atrair a atenção do produtor Henry “Junjo” Lawes, na época o grande nome da indústria musical da Jamaica. O single “Ah Yah We Deh” teve venda razoável, assim como “Collie Weed”.

 Logo ficaram claras as influências de Jacob Miller e de Bob Andy, principalmente no fraseado. Enquanto os outros cantores lutavam por espaço, Levy chegava ao topo das paradas. O álbum de 1979, Bounty Hunter, vendeu bem e estourou vários singles, como: “Robber Man”, “Black Rose”, “Like A Soldier”,” Money Move” e os grandes sucessos “Shine Eye Gal” e” Prison Oval Rock”.

 Entre 1982 e 1985 ele lançou vários discos para continuar por cima do sucesso. Em 1984 fez as primeiras apresentações no Reino Unido, incluindo uma aparição no Reggae Awards. A parceria com o produtor Jah Screw rendeu o sucesso “Under Mi Sensi”, seguido de “Here I Come”, estouro nos bailes de Soul Music e no Reino Unido, onde gravou um álbum pela London Records.

Porém a busca desenfreada pelo auge resultou em singles fracos. Levy viajou entre Jamaica, Londres e Nova York e perdeu a força no final da década de 1980, embora com um pouco de fama. Em 1988 gravou o disco Love The Life You Live. Duas versões de Bob Andy, “Too Experienced” e “My Time” o colocou novamente na vanguarda do Reggae e o premiou com um contrato na Island Records em 1991. Levy continua sendo uma das grandes vozes originais do Reggae da Jamaica.


quarta-feira, 2 de abril de 2014

Skank: O Rock que veio de Minas Gerais


Skank é a força do Rock das Minas Gerais


Luís Alberto Alves
 Em 1991 nascia em Belo Horizonte, Minas Gerais, a banda Skank.  A proposta do grupo era trazer o clima do Dancehall da Jamaica para o Pop brasileiro. E com essa energia se reuniram Samuel Rosa (guitarra e voz), Henrique Portugal (teclados), Lelo Zaneti (baixo) e Haroldo Ferreti (bateria). Dois anos depois saiu o primeiro disco, Skank, lançado em gravação independente, mas que estourou nas paradas de sucesso, despertando interesse da gravadora Sony Music.
 O ano de 1994 marca o lançamento do segundo álbum, Calango, que vendeu mais de 1 milhão de cópias e ganham os bailes e rádios os hits “Jackie Tequila” e “Te Ver”.  O terceiro disco teve a missão de fundir o som da banda com o comercial, afinal de contas gravadoras vivem de vender discos. Explodiram as canções “O Samba Poconé” e o single “Garota Nacional”.
 O sucesso do Skank os levou em turnês aos Estados Unidos, Chile, Argentina, Suíça, Portugal, Espanha, Itália e Alemanha. O hit “Garota Nacional” ficou três meses nas paradas da Espanha, com sua versão em português. Ela entrou na caixa Soundtrack for a Century, lançada para comemorar os 100 anos da Sony Music.  Não demorou para os álbuns da banda ganharem edições norte-americanas, italianas, japonesas, francesas e em muitos outros países.
 Enquanto “O Samba Poconé” atingia cerca de 2 milhões de cópias no Brasil, a banda era convidada para representar o País no disco oficial da Copa do Mundo de Futebol de 1998 na França. Não pararam no tempo, equalizaram suas origens eletrônicas com novas influências, saindo deste liquidificador de som discos como Siderado (introspectivo) e Maquinarama (bem colorido e lisérgico).
                                                               Acima do Sol
 Estouraram mais sucessos, como “Resposta”, “Saideira” e “Balada do Amor Inabalável”, num clima à la Sérgio Mendes. A versatilidade do Skank os levou a gravar ao aldo de Andreas Kisser (Sepultura), Manu Chao, Uakti e Jorge Benjor. A versatilidade do Skank mantém viva a energia com a Pop Music, levantando a multidão por onde fazem shows, gerando pérolas como CD e DVD Ao Vivo Ouro Preto, lançado em 2001, com mais de meio milhão de cópias vendidas, o hit “Acima do Sol”, pegando nas paradas.
  O começo de 2003 foi investido na preparação do CD Cosmotron, consolidando o Skank como a mais criativa banda Pop da década de 1990. O single “Dois Rios” marcou forte presença nas rádios do Brasil e prêmio de melhor videoclipe Pop no Vídeo Music Brasil 2003. Não dormiram no ponto e partiram em turnê para Europa. Desse giro saiu o novo hit “Vou Deixar”, o ringtone com o maior número de downloads no País. Venderam 210 mil cópias.
 Em 2004 lançaram a primeira coletânea, incluindo sucessos como “Radiola”, além de oito hit remasterizados nos Estados Unidos, e quatro novidades: “Um Mais Um” e “Onde Estão” e duas versões inéditas, “Vamos Fugir” (Gilberto Gil e Liminha) e “I Want You” (Bob Dylan).
 O nono CD, Carrossel, foi gravado em Belo Horizonte. Os fãs puderam assistir, ao vivo, parte do processo de criação e produção. Eles colocaram uma câmera exclusiva, transmitindo imagens em tempo real. O álbum chegou às lojas pela SonyBMG em agosto de 2006. Mixado nos Estados Unidos, o CD trouxe 15 hits inéditos, inclusive um de Arnaldo Antunes, inaugurando parceria com Samuel Rosa.
                                                              Maquinarama
 O primeiro single, “Uma Canção É Para Isso” (Samuel Rosa / Chico Amaral), foi disponibilizado para audição no site de banda 15 dias antes do lançamento oficial do álbum. A capa do CD saiu com projeto gráfico de Marcus Barão, que usou pinturas surrealistas de Glenn Barr, artista plástico de Detroit. Barão foi responsável pela arte de outros discos do Skank, como “Skank Ao Vivo MTV”, “Maquinarama”, “Siderado” e “Skank” (disco de estreia da banda).
 Na época do lançamento de “Carrossel”, o Skank também disponibilizou todo o conteúdo do álbum em um aparelho de telefone celular. Com esta ação pioneira, o Skank tornou-se a primeira banda brasileira a embarcar nessa onda. O modelo W300 da Sony Ericsson, que vinha com todas as músicas do álbum de 2006, vendeu mais de 75 mil unidades e rendeu para a banda o primeiro Celular de Ouro do Brasil, certificação reconhecida pela ABPD (Associação Brasileira dos Produtores de Discos).
 Dois anos depois do lançamento de “Carrossel”, em outubro de 2008, o Skank reaparece com “Estandarte”, uma obra-prima que, além de ter boas músicas, veio à luz acompanhada de forte campanha viral. Enquanto o primeiro single do disco, “Ainda Gosto Dela” – com participação de Negra Li – ganhava as rádios do Brasil, a banda promovia mais uma ação pioneira, o “Vote no Bis”, deixando o público de seus shows escolher as canções que queria ouvir no Bis, através do envio de SMS. Em março de 2009, o Skank anunciou o segundo single do álbum, “Sutilmente”, canção eleita pelos fãs através de votação que a banda promoveu em seu site oficial.
 Foi por acumular em seu currículo ações como essas que o Skank ganhou, em agosto de 2009, o troféu “Iniciativa de Mercado” na 16ª edição do Prêmio Multishow. Na mesma noite, a banda também levou o prêmio de Melhor Clipe por “Ainda Gosto Dela”. No Vídeo Music Brasil (VMB) 2009, o Skank ganhou o prêmio de Melhor Clipe, com a música “Sutilmente” (Samuel Rosa/Nando Reis). Ainda no mesmo ano, o álbum “Estandarte” foi indicado ao Grammy Latino 2009, na categoria “Melhor Álbum Pop Contemporâneo Brasileiro”.
 No dia 19 de junho de 2010, o Skank gravou, no Estádio do Mineirão, na Pampulha, em Belo Horizonte, o CD, DVD e Blu Ray, “Multishow ao Vivo – Skank no Mineirão”, projeto da banda em parceria com a Sony Music e o canal Multishow. O show, que teve seus ingressos esgotados dias antes, recebeu mais de 50 mil pessoas, que lotaram o Mineirão no último evento realizado no estádio, antes de seu fechamento para a Copa do Mundo de 2014. Para a surpresa dos fãs, o show também contou com a participação especial da cantora Negra Li, fazendo um dueto com Samuel Rosa na música “Ainda gosto dela”. O lançamento saiu em 2010. Com mais de 5,5 milhões de discos vendidos, o Skank vive atualmente o privilégio de ter e o desafio de manter a fidelidade de seu público, que lhe apoia mesmo em seus voos mais arriscados.