Reportagens com clipes descrevendo histórias de artistas famosos,
principalmente de intérpretes da Black Music, além de destacar a importância do Blues no Showbiz.
Na explosiva e criativa década de 1950 nasceu
Livingston Taylor, em Boston, mas criado em Chape Hill, Carolina do Norte. Ele
foi um dos cinco irmãos e irmãs, com quatro deles tocando guitarra e cantando.
Após adolescência turbulenta, adicionou a música como terapia.
Depois foi cantar em casas de café em Boston,
onde chamou a atenção de críticos de Rock, como Jon Landau. Seus dois primeiros
discos pela Capricorn Label, de Phil Walden, trouxe os hits “Carolina Day” e “Get
Out Of Bed”, ambas de sua autoria.
O estilo acústico é herança do irmão James
Taylor, mas permaneceu fiel ao Bluesier. James e Carly Simon cantaram no Over
The Rainbow, mas depois da gravação deste disco, Livingston foi para escanteio
na Capricorn.
Não perdeu o fôlego e continuou fazendo turnês
durante a década de 1970. Depois assinou contrato com a Epic Records, recheada
de várias estrelas. Mesmo após entrar na televisão, prosseguiu em gravações
durante as décadas de 1980 e 1990, inclusive colocando nas paradas o hit “Loving
Arms”, dueto com Leah Kunkel.
A maioria de obra musical é repassada como
professor no Berklee College of Music, onde é especialista em Artes Cênicas.
Para não perder o gosto pelo Showbizz, realiza às vezes shows para um público
fiel em faculdades e clubes populares nos Estados Unidos. Em 1998 saiu uma
compilação de sua carreira, pela Razor & Tie.
O estilo quente de cantar e tocar é o algo mais de Rankin
Luís
Alberto Alves
É de Nova York a terra nascente de Kenny
Rankin. Introduzido ao mundo do Showbizz pela mãe, começou cantando no banheiro
de casa e para amigos. Depois passou a trabalhar como intérprete e compositor,
conquistando vários fãs durante a década de 1970, quando lançou vários álbuns,
com três deles entrando no Top 100 da Billboard Album.
Desde a adolescência era visível a queda pelo
Jazz. Porém para sobreviver teve de engolir canções de Pop Music. Na década de
1990 mudou o ângulo para acomodar suas próprias preferências musicais e ganhar
público novo.
O estilo quente de cantar de Rankin e som de
sua guitarra macia pode sugerir um artista sintonizado com o circuito de Jazz
mais soft, mas ele sabe como cativar a platéia.
É versátil para acompanhar artistas como Alan
Broadbent, Mike Wofford e Bill Watrous e de bom humor desliza facilmente pelo
Groove Jazz. Suas letras foram gravadas por Mel Tormé, Carmen McRae e Stan
Getzs. É apaixonado pela música brasileira. Chegou a gravar algumas canções com
acompanhamento de Michael Brecker e Ernie Watts.
Michael Franks, após o sucesso virou professor de Música
Luís
Alberto Alves
Quando jovem,
Michael Franks, que nasceu em 1944, em La Jolla, Califórnia, começou a cantar e
tocar guitarra, mostrando repertório eclético, incluindo canções folclóricas e
Blues. Depois passou a fazer o próprio trabalho.
Na década de 1970,
perto dos 30 anos, virou professor e compositor conhecido. Suas músicas foram
gravadas por Mark Murphy, a grande dama do Jazz, Carmen McRae e outros.
Nessa mesma época fez uma série de gravações
ao lado de jazzistas como Kenny Barron e Ron Carter. A grande sacada de Michael
é cantar hits de forma rouca e íntima, colocando muito sentimento nas
composições, aliado ao balanço suave.
Loeb é outro prodígio do Jazz, começando a tocar aos 11 anos de idade
Luís Alberto Alves
Charles Samuel
Loeb, nascido em Suffern, Nova York, em 1955, começou a tocar guitarra aos 11
anos. Participou de várias bandas até ir estudar no conceituado Berklee College
of Music. Após sair dali, em 1976, aos 21 anos, saiu em turnê com Chico
Hamilton, Hubert Laws e Ray Barretto, quando se juntou a Stan Getz.
Ficou com o saxofonista dois anos em turnês
pela Europa, tocando inclusive no Yatra Festival, na Índia. Em 1985 uniu forças
com Michael Brecker’s Steps, onde dobrou o sintetizador de guitarra. Depois
apareceu em mais de mil gravações como músico de estúdio, além de compor
inúmeras trilhas sonoras de novelas e documentários.
Em seguida criou suas próprias bandas, liderou
outras e trabalhou com os grupos de Metro, a Fantasy Band e Petite Blonde.
Durante a década de 1980 se envolveu com produção e permaneceu nesta praia até
o final dos anos de 1990.
Como produtor musical, já trabalhou com
inúmeros artistas de Jazz e Pop, incluindo Gary Burton, Earl Klugh, Jim Hall,
Carly Simon, Eddie Daniels, e, no final dos anos 90, Larry Coryell, Donald
Harrison, Warren Bernhardt, Gato Barbieri e Spyro Gyra.
Em
1998, um single, “Just Us” alcançou o número 1 nas paradas Billboard de
Jazz/Radio. Quatro anos depois gravou com o seu grupo o hit “The Couch Potato All-Stars”.
Seu modo de tocar está atualmente em um pico e suas gravações recentes têm sido
positivas e chamando imensa atenção do público.
Klugh já participou de várias turnês ao lado de George Benson
Luís Alberto Alves
Nascido em 1953, em
Detroit, Michigan, o estilo de Earl Klugh é um pouco ortodoxo no modo de tocar
guitarra. Quando senta, descansa o instrumento no joelho direito em vez do
esquerdo. Após estudar piano e violão quando criança optou pela guitarra.
Na adolescência gravou com Yuself Lateei e George
Benson, com quem já participou de turnês. Continuou a trabalhar com ele e
quando gravou o álbum Return to Forever, no começo da década de 1970, liderou
sua própria banda numa carreira solo.
Klugh é influenciado por vários guitarristas
de Jazz, incluindo Benson, Chet Atkins e pela Folk Music. Ele tem grande
atração pelo Jazz Pós Charlie Christian, através do qual sua própria
personalidade constantemente continua brilhando.
Outro grande talento do Reggae é Barry Brown,
nascido em 1962 na Jamaica. Seu primeiro grande sucesso foi “Girl You’re Always
On My Mind”, produzido por Bunny Lee. Mas o estilo de militância e o vocal forte,
igual a Linval Thompson, rendeu fama internacional.
Em 1979 estourou nas paradas com o hit “Step
It Up Youthman”. O sucesso o levou a produzir outras belas canções como: “Put
Down Your Guns”, “We Can’t Live Like This”, “Big Big Pollution”, “Politician” e
“Conscious Girl”.
O ano seguinte veio com o lançamento do disco
mix, na companhia de DJs notáveis, como Jah Thomas (“Jealous Lover”), Ranking
Joe (“Don’t Take No Steps”) e Ranking Toyan (“ Peace and Love”). O trabalho ao
lado de Linval Thompson rendeu os hits “Separation” e com Sugar Minott, “Things
And Time”.
Depois ele mesmo pegou o leme da produção,
lançando o álbum Cool Pon Your Corner, precedido do disco que teve o clássico
Jah Jah Fire. Em 1981 suas duas produções Problems Get You Down e Physical
Fitness fracassaram. Dois anos após gravou no lendário Studio One, de onde saiu
o disco mix com os hits Give Love e Far East.
Brown manteve o interesse de sintonizar suas
canções, gravando hits como “Dreadful Day” e “Serious Man”. Em 1984 continuou
na onda com a música “Belly Mov”, acompanhado do DJ Charlie Chaplin. Brown
prossegue gravando músicas de qualidade.
Barrington Levy, nascido na Jamaica em 1964,
foi um dos primeiros cantores a desafiar o domínio dos DJS na Dancehall Reggae,
embora sua gravação mais antiga, “My Girl Black”, de 1977, antecedeu essa
moda. Outro hit, “A Long Long Time Since
We Don’t Have No Love”, de 1978, não estourou, mas Levy com 16 anos foi
batalhar o seu espaço nos bailes da Jamaica.
O esforço compensou. Em 1981 já era famoso
naquele país, a ponto de atrair a atenção do produtor Henry “Junjo” Lawes, na
época o grande nome da indústria musical da Jamaica. O single “Ah Yah We Deh”
teve venda razoável, assim como “Collie Weed”.
Logo ficaram claras as influências de Jacob
Miller e de Bob Andy, principalmente no fraseado. Enquanto os outros cantores
lutavam por espaço, Levy chegava ao topo das paradas. O álbum de 1979, Bounty
Hunter, vendeu bem e estourou vários singles, como: “Robber Man”, “Black Rose”,
“Like A Soldier”,” Money Move” e os grandes sucessos “Shine Eye Gal” e” Prison
Oval Rock”.
Entre 1982 e 1985 ele lançou vários discos
para continuar por cima do sucesso. Em 1984 fez as primeiras apresentações no
Reino Unido, incluindo uma aparição no Reggae Awards. A parceria com o produtor
Jah Screw rendeu o sucesso “Under Mi Sensi”, seguido de “Here I Come”, estouro
nos bailes de Soul Music e no Reino Unido, onde gravou um álbum pela London
Records.
Porém a busca
desenfreada pelo auge resultou em singles fracos. Levy viajou entre Jamaica,
Londres e Nova York e perdeu a força no final da década de 1980, embora com um
pouco de fama. Em 1988 gravou o disco Love The Life You Live. Duas versões de Bob
Andy, “Too Experienced” e “My Time” o colocou novamente na vanguarda do Reggae
e o premiou com um contrato na Island Records em 1991. Levy continua sendo uma
das grandes vozes originais do Reggae da Jamaica.
Em
1991 nascia em Belo Horizonte, Minas Gerais, a banda Skank. A proposta do grupo era trazer o clima do
Dancehall da Jamaica para o Pop brasileiro. E com essa energia se reuniram
Samuel Rosa (guitarra e voz), Henrique Portugal (teclados), Lelo Zaneti (baixo)
e Haroldo Ferreti (bateria). Dois anos depois saiu o primeiro disco, Skank,
lançado em gravação independente, mas que estourou nas paradas de sucesso,
despertando interesse da gravadora Sony Music.
O ano de 1994 marca o lançamento do segundo
álbum, Calango, que vendeu mais de 1 milhão de cópias e ganham os bailes e
rádios os hits “Jackie Tequila” e “Te Ver”.
O terceiro disco teve a missão de fundir o som da banda com o comercial,
afinal de contas gravadoras vivem de vender discos. Explodiram as canções “O
Samba Poconé” e o single “Garota Nacional”.
O sucesso do Skank os levou em turnês aos
Estados Unidos, Chile, Argentina, Suíça, Portugal, Espanha, Itália e Alemanha.
O hit “Garota Nacional” ficou três meses nas paradas da Espanha, com sua versão
em português. Ela entrou na caixa Soundtrack for a Century, lançada para
comemorar os 100 anos da Sony Music. Não
demorou para os álbuns da banda ganharem edições norte-americanas, italianas,
japonesas, francesas e em muitos outros países.
Enquanto “O Samba Poconé” atingia cerca de 2
milhões de cópias no Brasil, a banda era convidada para representar o País no
disco oficial da Copa do Mundo de Futebol de 1998 na França. Não pararam no
tempo, equalizaram suas origens eletrônicas com novas influências, saindo deste
liquidificador de som discos como Siderado (introspectivo) e Maquinarama (bem
colorido e lisérgico).
Acima do Sol
Estouraram mais sucessos, como “Resposta”, “Saideira”
e “Balada do Amor Inabalável”, num clima à la Sérgio Mendes. A versatilidade do
Skank os levou a gravar ao aldo de Andreas Kisser (Sepultura), Manu Chao, Uakti
e Jorge Benjor. A versatilidade do Skank mantém viva a energia com a Pop Music,
levantando a multidão por onde fazem shows, gerando pérolas como CD e DVD Ao Vivo
Ouro Preto, lançado em 2001, com mais de meio milhão de cópias vendidas, o hit “Acima
do Sol”, pegando nas paradas.
O começo de 2003 foi investido na preparação
do CD Cosmotron, consolidando o Skank como a mais criativa banda Pop da década
de 1990. O single “Dois Rios” marcou forte presença nas rádios do Brasil e
prêmio de melhor videoclipe Pop no Vídeo Music Brasil 2003. Não dormiram no
ponto e partiram em turnê para Europa. Desse giro saiu o novo hit “Vou Deixar”,
o ringtone com o maior número de downloads no País. Venderam 210 mil cópias.
Em 2004 lançaram a primeira coletânea,
incluindo sucessos como “Radiola”, além de oito hit remasterizados nos Estados
Unidos, e quatro novidades: “Um Mais Um” e “Onde Estão” e duas versões
inéditas, “Vamos Fugir” (Gilberto Gil e Liminha) e “I Want You” (Bob Dylan).
O nono CD, Carrossel, foi gravado em Belo
Horizonte. Os fãs puderam assistir, ao vivo, parte do processo de criação e
produção. Eles colocaram uma câmera exclusiva, transmitindo imagens em tempo
real. O álbum chegou às lojas pela SonyBMG em agosto de 2006. Mixado nos Estados
Unidos, o CD trouxe 15 hits inéditos, inclusive um de Arnaldo Antunes,
inaugurando parceria com Samuel Rosa.
Maquinarama
O
primeiro single, “Uma Canção É Para Isso” (Samuel Rosa / Chico Amaral), foi
disponibilizado para audição no site de banda 15 dias antes do lançamento
oficial do álbum. A capa do CD saiu com projeto gráfico de Marcus Barão, que
usou pinturas surrealistas de Glenn Barr, artista plástico de Detroit. Barão
foi responsável pela arte de outros discos do Skank, como “Skank Ao Vivo MTV”,
“Maquinarama”, “Siderado” e “Skank” (disco de estreia da banda).
Na
época do lançamento de “Carrossel”, o Skank também disponibilizou todo o
conteúdo do álbum em um aparelho de telefone celular. Com esta ação pioneira, o
Skank tornou-se a primeira banda brasileira a embarcar nessa onda. O modelo
W300 da Sony Ericsson, que vinha com todas as músicas do álbum de 2006, vendeu
mais de 75 mil unidades e rendeu para a banda o primeiro Celular de Ouro do
Brasil, certificação reconhecida pela ABPD (Associação Brasileira dos
Produtores de Discos).
Dois
anos depois do lançamento de “Carrossel”, em outubro de 2008, o Skank reaparece
com “Estandarte”, uma obra-prima que, além de ter boas músicas, veio à luz
acompanhada de forte campanha viral. Enquanto o primeiro single do disco,
“Ainda Gosto Dela” – com participação de Negra Li – ganhava as rádios do
Brasil, a banda promovia mais uma ação pioneira, o “Vote no Bis”, deixando o
público de seus shows escolher as canções que queria ouvir no Bis, através do
envio de SMS. Em março de 2009, o Skank anunciou o segundo single do álbum,
“Sutilmente”, canção eleita pelos fãs através de votação que a banda promoveu
em seu site oficial.
Foi
por acumular em seu currículo ações como essas que o Skank ganhou, em agosto de
2009, o troféu “Iniciativa de Mercado” na 16ª edição do Prêmio Multishow. Na
mesma noite, a banda também levou o prêmio de Melhor Clipe por “Ainda Gosto
Dela”. No Vídeo Music Brasil (VMB) 2009, o Skank ganhou o prêmio de Melhor
Clipe, com a música “Sutilmente” (Samuel Rosa/Nando Reis). Ainda no mesmo ano,
o álbum “Estandarte” foi indicado ao Grammy Latino 2009, na categoria “Melhor
Álbum Pop Contemporâneo Brasileiro”.
No
dia 19 de junho de 2010, o Skank gravou, no Estádio do Mineirão, na Pampulha,
em Belo Horizonte, o CD, DVD e Blu Ray, “Multishow ao Vivo – Skank no
Mineirão”, projeto da banda em parceria com a Sony Music e o canal Multishow. O
show, que teve seus ingressos esgotados dias antes, recebeu mais de 50 mil
pessoas, que lotaram o Mineirão no último evento realizado no estádio, antes de
seu fechamento para a Copa do Mundo de 2014. Para a surpresa dos fãs, o show
também contou com a participação especial da cantora Negra Li, fazendo um dueto
com Samuel Rosa na música “Ainda gosto dela”. O lançamento saiu em 2010. Com
mais de 5,5 milhões de discos vendidos, o Skank vive atualmente o privilégio de
ter e o desafio de manter a fidelidade de seu público, que lhe apoia mesmo em
seus voos mais arriscados.