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Luís Alberto Alves/Hourpress

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Akon: A voz do Hip Hop do Senegal nos Estados Unidos

Akon ficou famoso no Brasil por causa do hit "Lonely"

 Akon, ao contrário do que muitos imaginam não é um rapper norte-americano. Ele nasceu em Saint-Louis, Senegal. Aos 40 anos já se consagrou como cantor de R&B e Hip-Hop, compositor e produtor musical. A fama e o sucesso o abraçaram em 2004 após lançar o single “Locked Up”, do  CD Trouble. O segundo álbum, Konvicted, foi indicado ao Grammy, juntamente com o single “Smack That.

 Viveu até os sete anos em Dakar, Senegal, depois dividiu o tempo entre esse país e os Estados Unidos. Aos 15 anos mudou-se para Nova Jersey. Ali gravou sua primeira canção: “Operations of Nature”, depois passou a compor no seu próprio estúdio. Suas fitas chegaram à SRC/Universal, onde lançou o álbum de estreira Trouble. Curiosidade: a maioria de suas músicas começa com o som da cela de uma prisão e um celular com ele dizendo a palavra “Konvict”.

 Numa fila de passageiros no aeroporto, o seu nome precisa ser lido com muito cuidado por causa do tamanho: Aliaune Damala Bouga Time Bongo Puru Nacka Lu Lu Lu Badara Akon Thiam. Esse detalhe não o impediu de criar a Konvict Muzik e Kon Live Distribution. Tornou-se conhecido por realizar trabalhos com diversos artistas, com mais de 155 participações e 23 canções registradas na para Billboard Hot 100.

 Akon conseguiu ficar ao mesmo tempo em primeiro e segundo lugares simultaneamente nos gráficos da Billboard Hot 100, duas vezes, com os hits “Don´t Matter” e “The Sweet Escape”. O talento é herança do pai, Mor Thiam, percussionista de Jazz. No Brasil sua fama cresceu por causa do hit “Lonely”, cuja voz lembra de uma criança.

 Logo vieram outras canções como “Belly Dancer (Bananza)”, “Pot of Gold” e “Ghetto”. Para justificar a fama de ruim que muitos rappers carregam, Akon puxou três anos de cadeia por causa de um assalto. Desta experiência saiu a canção “Locked Up”, que chegou ao Top 10 nos Estados Unidos. Seu gerente Robert Montanez foi baleado e morto após uma confusão em Nova Jersey no final de 2005.

 A música “Ghetto” virou hit de rádio após ser remixada por Green Lantern, incluindo os versos dos lendários rappers 2Pac e The Notorius B.I.G. Ganhou mais popularidade depois de participar do álbum de estreia de Young Jeezy, Let´s Get It: Thug Motivation 101, com a canção “Soul Survivor”, outra grande participante entre as cinco principais da Billboard Hot 100.

 Em 2006 soltou o CD Konvicted, trazendo as participações de Eminem, Snoop Dogg e Styles P. No final daquele ano lançou o primeiro single daquele álbum, “Smack That” ao lado de Eminem. Ele chegou ao segundo lugar da Billboard Hot 100, durante cinco semanas consecutivas.

 O clipe dessa canção foi dirigido por Raymond Garced. “I Wanna Love You”, o segundo single, saiu em setembro de 2006, numa parceria de Akon e Snoop Dogg. Foi o primeiro single dele a chegar ao primeiro lugar na Billboard Hot 100, e Snoop o segundo. Nos Estados Unidos essa música ficou neste posto durante duas semanas seguidas.

 Nesse mesmo ano ele quebrou o recorde no Hot 100 ao conseguir a maior subida na tabela nos 48 anos de história da parada musical, com o hit “Smack That”, saindo da 95ª posição para a 7ª. Na Hot Digital Songs conseguiu a marca de 67 mil downloads. Acabou indicado para a categoria Melhor Colaboração de RAP/Canto no Grammy.

 O terceiro single “Don´t Matter” lhe valeu o primeiro número um solo e o segundo consecutivo pelo Hot 100. O quarto single, “Mama Africa” saiu em 2007. Depois veio o quinto, “Sorry, Blame It On Me”. Essa canção não está no CD original, mas na parte Deluxe Edition de Konvicted que saiu em agosto daquele ano. O sexto single, “Never Took The Time” vendeu 286 mil cópias na primeira semana de lançamento.

 O álbum Konvicted  rendeu mais de 1 milhão de cópias nos Estados Unidos e 1,3 milhão em todo o mundo. Ganhou Disco de Platina após sete semanas e depois de 16 ganhou a Platina Dupla. Konvicted ficou no top da Billboard 100 por 20 vezes durante 28 semanas seguidas. Ganhou o Disco de Platina Tripla, com 3 milhões de unidades vendidas nos Estados Unidos. No restante do mundo vendeu mais de 4 milhões de cópias.

 Como produtor executivo, Akon soltou o CD no estúdio de Kardinal Offishal, Not 4 Sale, em 2008. Nesse mesmo ano saiu seu terceiro álbum de estúdio, Freedom, acompanhado de três singles: “Right Now (Na Na Na)”, “I´m So Paid” (com Lil Wayne e Young Jeezy) e “Beautiful” , ao lado de Kardinal Offishal e Colby O´Donis.

 O ano de 2010 marcou o lançamento do primeiro single do quarto CD de estúdio Stadium, Angel. Ele teve suas datas de lançamento canceladas várias vezes até sair um mixtape em julho de 2011, “Koncrete”. No final daquele ano Akon soltou dois singles promocionais: “Give It to ´Em” com a participação de Rick Ross e “Take It Down Low”, junto com Chris Brown. No primeiro semestre de 2012 divulgou o single “Hurt Somebody”, tendo a participação do rapper French Montana.

 Curiosidade: a canção “Wanna Be Startin´Somethin” é uma música do álbum Thriller de Michael Jackson. Em 2008, na celebração dos 25 anos deste hit, ela foi mixada e lançada com a participação de Akon. Após a morte de Michael em 2009, “Wanna Be Startin´Somethin” retornou às paradas de todo o mundo, por causa das vendas de download digital.


Biz Markie: Rapper pau para toda a obra



 
Biz Markie é sinônimo de alegria nas festas de Black Music
 Marcel Theo Hall, conhecido como Biz Markie já é cinquentão. Rapper, beatboxer, DJ, humorista, ator e participante de reality shows nos Estados Unidos ganhou fama após gravar o single “Just a Friend”, que alcançou o Top 10 da Billboard Hot 100 em 1989. Entrou em cena quatro anos antes, com 14, como o backup box para Roxanne Shanté. Adotou o apelido de Biz, pois sua mãe o considerava muito intrometido e Markie, abreviação de Marcel, apelido no bairro.
 Passou cinco anos de sucesso na Warner Bros Records, fazendo história no Hip-Hop causando impacto duradouro na indústria da música. Foi o primeiro artista de RAP a ser processado por afastamento. Como resultado seu álbum I Need A Hair Cut foi retirado das lojas. Mostrou capacidade de resistência ao abrir uma empresa de produção a BizMont Entertainment com empresário e amigo de muito tempo, Monte Wanzer.
 Ele realiza mais de 250 shows e festas por ano. É um dos mais procurados artistas desse ramo de negócio. Assinou contrato com uma empresa britânica, Groove Attack, onde lançou um CD em 2002. Como grande conhecedor da Black Music, o seu futuro está garantido.
 Desde aquela época lançou os seguintes álbuns: Goin´Off (1988), The Biz Never Sleeps (1989), I Need a Haircut (1991), All Samples Cleared! (1993) e Weekend Warrior (2003). Participou de várias coletâneas: Biz´Baddest Beats (1994), On The Turntable (1998), On The Turntable 2 (2000), Greatest Hits (2002), Make the Music with Your Mouth, Biz ( 2006) e Ultimate Diabolical (2009).


MC Shan: O rapper do single "Feed The World"


Perto dos 50 anos, MC Shan é conhecido pelo hit "The Bridge"

MC Shan (Shaw Moltke), perto de completar 50 anos, nasceu em Long Island, bairro do Queens, Nova York. Rapper, bem conhecido por causa da canção “The Bridge”, produzida por Marley Marl e por colaborar com Snow no hit “Informer”, single de sucesso no Exterior.
 Ele é primo da velha escola do Hip-Hop e irmão mais velho da rapper feminina Princess Ivori. Em 1985, aos 30 anos, começou na MCA Records com seu primeiro e único single “Feed the World”. Fez sucesso, mas perdeu o contrato. Depois assinou com a Cold Shillin´ Records, por causa da amizade com Marl.
 Após alguns singles lançados, saiu o primeiro álbum do MC Shan Down By Law em 1987. Ocupou posição chave na rivalidade do Hip-Hop, entre Juice Crew e Boogie Down Productions. O conflito começou quando Shan e Marl lançaram o hit “ The Bridge” como lado B para “Beat Biter”, numa resposta a LL Cool J.  Porém, KRS-One respondeu com “South Bronx” e Juice Crew acrescentou mais lenha na fogueira com “Kill That Noise”.
Segundo a mídia, tudo teve início em 1986, quando saiu o hit “Star of KRS-One pela Boogie Down Productions, que depois lançou “The Bridge is Over”, que caiu no gosto dos fãs de Hip-Hop como o primordial Diss Track. Para acabar com a polêmica, Shan refez o hit “Da Bridge 2001”, cujo um dos versos dizia:” A ponte nunca foi superior a nós/ deixamos a nossa marca/ o congestionamento é dedicado a você e seus meninos/ eu trouxe meus bandidos Queensbridge matar aquele ruído”.
 Ao gravar o segundo álbum, Born to be Wild, em 1988, ele revelou sua porção de produtor. Dois anos depois veio Play it Again, Shan mostrando um estilo mais maduro. Depois nunca mais lançou nenhum material na subsidiária da Cold Chillin Livin´. A partir dai concentrou forças na produção, como no álbum  Like Snow´s 12 of Snow.
Teve curta passagem pelo cinema, num papel ao lado de Steve Martin no filme La Story, como Rappin´ Waiter. Lançou vários singles, os últimos foram: Let´s Bring Hip Hop Back (2012), Everybody Wanna Be a Big Star Drive a Big Car (2013).


Pete Rock: Outro rapper cria do Bronx


Pete Rock, outro talento nascido no Bronx

Pete Rock, nascido Peter Phillips no bairro barra pesada do Bronx em 1970, é mais conhecido pelo talento como rapper, DJ e produtor musical. Começou a carreira como integrante da banda Pete Rock & CL Smooth. Após a separação, prosseguiu na carreira solo, quando obteve respeito da crítica, principalmente após lançar o hit “Mainstream”.
 Ao lado de grupos como Stetsasonic, A Tribe Called Quest, The Roots e Gang Starr, ajudou a fazer a fusão do Jazz com o Hip-Hop, nascendo o Jazz RAP. Na avaliação de alguns críticos é considerado como o segundo melhor produtor musical de Hip-Hop de todos os tempos.

 Seu primeiro álbum, Soul Survivor, saiu em 1998; depois vieram PeteStrumentals (2001), Lost & Found: Hip Hop Underground Soul Classic (2003), Soul Survivor (2004), The Surviving Elements: From Soul Survivor II Sessions (2005), NY´s Finest (2008) e The Surviving Elements: From Soul Survivor II Sessions (2009).

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Arthur Adams: Firme na trincheira do bom e velho Blues




Adams aprendeu a tocar guitarra com mãe, quando ainda era criança

 Arthur Adams aprendeu tocar violão com sua mãe quando ainda morava em Medon, Tennessee. Copiava as posições dos dedos e logo formou uma banda com os primos, conhecidos como The Gospel Travellers. Não demorou em o grupo se acabar. Ele então concentrou as atenções nos estudos, quando ganhou uma bolsa de trabalho na Tennessee State University para aprender canto. Ficou ali apenas três meses.

 Em 1959 passou a sair com os músicos do The Club Baron em Nashville. Inspirado comprou uma guitarra, junto com amplificador e passou a excursionar com a banda de Jimmy Beck. Era como se o futuro dele estivesse assegurado quando o conjunto esteve ao lado de Gene Allison numa turnê.

 Mas o sonho durou pouco, acabaram sendo largados por Allison em Dallas após discussão com um promotor de shows. Mesmo assim, ele não se abateu. Com apoio de colegas músicos começou a tocar na Empire Room e outros clubes. Durante esse período gravou diversos singles de R&B em selos como Jamie Records, Duchess Records e de Ted Jarrett Valdot Records.

 O ano de 1964 marcou sua mudança para Los Angeles visando conexão com Vee Jay Records e ali passou a trabalhar e participar de várias sessões de gravações. Emprestou o talento para Jackson Five, Henry Mancini, Lou Rawls, Sonny Bono e Nancy Wilson. Fez sucesso com suas músicas, quando Quincy Jones gravou o hit “Love and Peace” em 1969.

 Depois lançou o álbum de estreia, It’s Private Tonight. O disco contou com as feras Joe Sample nos teclados e Wilton Felder no saxofone. No início da década de 1970 ele gravou discos na Fantasy Records, Home Brew e Midnight Serenade, todos com sabor de Funk. Porém deu uma escorregada ao gravar uma canção estilo Disco Music, “I Love Love Love My Lady”. Não foi bem.


 Após turnê, como baixista de Nina Simone em 1985, retornou aos estúdios em 1999 para lançar o belo álbum Back On Track, com a presença do amigo BB King, como convidado. Para não deixar a peteca cair, é líder da banda que toca no King’s blues club em Los Angeles.

Ircea: A irmã talentosa de Zeca Pagodinho

Capa do primeiro e único disco gravado por Ircea, em 1987

 Quem curtiu as rodas de samba na década de 1980 vai se lembrar de um pagode romântico de dupla composta de Zeca Pagodinho e Ircea. O início da música era muito bonito: “Quando te vi chorando/ eu não gostei/ mas não sorri eu respeitei/ vi seus olhos transbordando/ quando eu passei/ ninguém tem amou/ sou eu te amei/ ninguém te amou/ sou eu te amei...” A letra composta por Zeca e Arlindo Cruz estourou em todo o Brasil na voz de Ircea, irmã de Zeca Pagodinho.

 O disco gravado em 1987, pela RGE, virou pérola, por causa das várias belas faixas que trazia, e o show que Ircea dava em cada canção. Ex-professora do antigo curso Primário, atual Ensino Fundamental, ela começou a chamar atenção do público quando passou a cantar em casas noturnas do bairro da Lapa e da Praça Tiradentes, como Supimpa e Centro Cultural Carioca.

 Na época ganhou na categoria Revelação o então Prêmio Sharp. Antes já frequentava as rodas de sambas da periferia do Rio de Janeiro (que lá é chamado de subúrbio). Dos pagodes de Osmar do Cavaco, em Marechal Hermes, de Arlindo Cruz, em Cascadura, de Anita, mãe de Dudu Nobre, na região central da cidade, ela passou pelo bloco carnavalesco Cacique de Ramos e dali gravou o primeiro e único disco, em 1987.

 Permaneceu em atividade até 1994, quando um problema de saúde a fez tirar o time de campo. Até que há 12 anos resolveu colocar os pés na estrada, usando o nome artístico do irmão, Ircea Pagodinho, apesar do grande talento que possui. Mesmo assim não deixou de lado o seu bazar no bairro de Xerém.

 Por causa da variedade de boas músicas ouvidas em casa, ela herdou as qualidades de Elis Regina, Elizeth Cardoso, Marília Barbosa e Beth Carvalho. Ou seja, o melhor de nossa música. O mundo do samba não a assusta, pois ainda criança já desfilava, em Irajá, no bloco Boêmios, na ala do Pagodinho, de onde o irmão herdou o famoso apelido.


James Booker: Outro grande talento destruído pelas drogas


James Brooker foi destruído pelas drogas


 James Booker nasceu em dezembro de 1939 em New Orleans, Louisiana, Sul dos Estados Unidos, região fértil para gerar grandes músicos. Quando criança já era muito talentoso. Estudou piano clássico e equilibrou suas qualidades com Blues nas danças aprendidas com Washington “Tuts” Isidoro e Edward Frank.

  No começo da adolescência, quando os hormônios começam agitar dentro do corpo para chegar à maioridade, resolveu aparecer na Rádio WMRY e formou uma banda batizada de Booker Boy and The Rhythmaires. Gravou a primeira música na Imperial Records em 1954, “Doin ´The Hambone” e “Thinkin’ ’Bout My Baby”, ambas produzidas por Dave Bartholomew.

  Na gravação teve as participações de Fats Domino, Smiley Lewis e Lloyd Price entre outras feras da Black Music da época. Durante a década de 1950 gravou apenas mais dois singles: “‘Heavenly Angel” para Chess Records e “Open The Door” na concorrente Ace.

 Em 1959 entrou na Universidade do Sul para estudar Música. No ano seguinte assinou contrato com a Peacock Records e conseguiu ter o único hit de sua carreira como grande sucesso. Era música instrumental “Gonzo”, que chegou ao terceiro lugar nas paradas de R&B. Tentou repetir a dose com outros singles como “Tubby” e “Big Nick”, mas não conseguiu.

 Nessa época as drogas já haviam começado a provocar estragos na mente, prejudicando a produção musical. Em 1970 puxou cadeia na Penitenciária Estadual de Angola por posse de tóxicos. Ao aparecer no JazzFest de 1975 ganhou um contrato na Island Records (gravadora que divulgou as músicas de Bob Marley no mundo).

 Outras canções surgiram, mas Booker não tinha mais cabeça para trabalhar nenhum tipo de canção. O vício aumentou e provocou um ataque cardíaco, talvez por overdose. Curiosamente ele morreu, com 44 anos, em 1983, na mesma cidade onde nasceu. Apesar das loucuras, conseguiu deixar discípulo, como Harry Connick Jr, amigo e aluno de música.


Little Barrie: Trio que soube misturar Hard Rock com Black Music

O trio mistura bem Hard Rock, Blues, Soul e Funk de raiz


Little Barrie é um trio que surgiu em Londres, cujas músicas são mistura de Hard Rock, Blues, Soul e Funk (legítimo dos Estados Unidos). O estilo deles lembra as bandas clássicas da década de 1960, como Traffic e Cream. Eles colocaram os pés na estrada por volta de 2000, na cidade de Nottingham.

 O grupo é composto de Barrie Cadogan (guitarra e vocal), Wayne Fulwood (bateria e vocal) e Lewis Wharton (baixo). De início lançaram diversos singles para pequenas gravadoras como Stark Reality e Showdown até assinar contrato com a Recordings Genuine e gravar o primeiro CD.

 Produzidos pela lenda do Indie Pop, Edwyn Collins, que Cadogan o encontrou quando trabalhava numa loja de guitarra, o álbum We Are Little Barrie ficou pronto em 2005, após 23 semanas de trabalho, por causa da agenda lotada de Collins.

 A gravação mescla canções ao vivo e de estúdio, sobressaindo a guitarra nervosa de Cadogan. Neste mesmo ano a Artemis Records lançou o álbum nos Estados Unidos. Porém antes de trabalhar no segundo CD, aFulwood já estava enjoado do estilo de vida Rock & Roll, saindo do grupo.

 O restante seguiu em frente. Soltou o CD In The U.S pela Sophomore Records, de Nova York, com produção de Dan The Automator e do explosivo baterista de Blues, Russell Simins. O conjunto recebeu o novo membro, o baterista Billy Skinner. Em 2007 saiu o CD Wall of Sound.

 No ano seguinte, Virgil Howe, filho do guitarrista Steve Howe se juntou ao grupo. Retornaram ao estúdio com Edwyn Collins para gravar o terceiro álbum, King of The Waves, que saiu em 2011 pela Tummy Touch Records.



sábado, 4 de janeiro de 2014

Eazy-E: Rapper que usou o crime para virar artista




 
Eazy usou dinheiro do tráfico de drogas para criar uma gravadora

 A história do rapper Eazy-E jamais pode ser imitada por nenhum jovem que pretenda virar artista. Produtor e executivo de gravadora, Eric Lynn Wright morreu de Aids aos 33 anos por causa do envolvimento com drogas. Morava num bairro violento de Los Angeles (como se fosse Capão Redondo, Zona Sul de SP, ou Vigário Geral no Rio de Janeiro).

 Como traficante conseguiu juntar dinheiro e criou a Ruthless Records. Logo criou o grupo N.W.A. ao lado de Ice Cube, Dr. Dre, MC Ren e DJ Yella. Explodiu nas paradas de sucesso, mesmo sem apoio da mídia. Seus fãs, e talvez maioria fregueses dos pontos onde compravam drogas, gostavam de suas músicas, pois elas viraram trilha sonora dos guetos de Los Angeles. Como ocorreu com o RAP no Brasil nas décadas de 80 e 90. O primeiro disco do grupo saiu em 1988, Eazy Duz It.

 Três anos depois o conjunto acabou e Eazy resolveu tocar o barco sozinho, lançando o álbum 5450 Home 4 Tha Sick, vendendo bem, pois ele passou a compor. Em seguida Dre saiu da Ruthless Records e criou seu próprio selo, a Death Row Records. Virou inimigo de Eazy e gravou o álbum It´s On187 (Dr. Dre) One Killa. Ganhou Disco de Platina, visto que o disco tinha letras repletas de acusações contra o antigo parceiro e Snoop Dogg. Um dos hits era “Real Compton City Gs”.

 Mas o veneno da vingança traz efeitos maléficos. Em 1995 Eazy foi internado infectado com Aids, pouco tempo depois morreu, deixando cinco filhos. Há versões que afirmam que Suge Knight, fundador da Death Row, tenha colocado uma agulha com sangue de um soropositivo e enfiou em Eazy.

 Após sua morte foram lançados os álbuns póstumos: Str8 Of Tha Streetz Of Muthaphuckin Compton e Eternal E. Seu filho Lil Eazy-E é rapper e mora em Compton, onde residia o pai. Já compôs canções com The Game e participou da trilha sonora do jogo True Crime, com o hit “Get It Crackin”. Mesmo após conquistar o sucesso, Eazy não saiu do bairro que lhe deu dinheiro e fama, sendo reconhecido pela contribuição ao RAP.

 Seus hits mais conhecidos são: “Real Muthafuckin´G´s”, “Boys in Tha Hood”, “Eazy Duz It” e “Eazier Said than Dunn”, que entrou no famoso jogo GTA: San Andreas. Apesar de ter envolvimento com o crime, os fãs diziam que Eazy era brincalhão e sociável, além de ajudar vários artistas como Bone Thugs-N-Harmony. Na época do tráfico de drogas, integrava a gangue Crips.