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#BMW - Morre #QuincyJones, o gênio da produção de grandes discos

Luís Alberto Alves/Hourpress

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Katie Webster: A grande tecladista de Otis Redding

Katie foi outra grande estrela da Black Music dos EUA


Katie Webster é outra grande lenda da Black Music dos Estados Unidos. Nascida em Houston, Texas, em 1939, aprendeu a tocar piano na infância, acompanhando melodias de músicas de Fats Domino e Chuck Berry. Perto da mãe só ensaiava música gospel.

 O passar do tempo despertou em Katie a facilidade para compor. Foi escorada neste talento que virou pianista de estúdio de Jay Miller em Crowley, Lousiana entre 1959/1966. Durante esse período escreveu letras para bluesman como Lester, Lonesome Sundown e Lightnin Excello Records.

 Gravou álbuns usando seu próprio nome, com a grana sendo dividida com Ashton Conry. Nesses lançamento ficou visível que Katie era versátil, transitando com facilidade entre Blues, R&B, Funky e baladas Pop. Teve o prazer de tocar na banda de Otis Redding no começo da década de 1960 até sua morte em 1967. Logo depois sua carreira declinou.

 Passou a fazer shows esporádicos durante a década de 1970, antes de mudar para Oakland, Califórnia. Em 1982 entrou no circuito de festivais na Europa. Depois prosseguiu turnê acompanhada de sua banda, Silent Partners. Neste período gravou vários discos para Arhoolie Records, Alligator Recordts, até um AVC decretar o fim de sua carreira musical em 1999.


Marcia Ball: A rosa branca da Black Music


Marcia Ball começou estudar música na infância

Marcia Ball nasceu em uma família musical, na cidade de Orange, Texas. Durante a infância teve aulas de piano, até chegar aos 14 anos em 1963. Os anos de amadurecimento artístico foram vividos na Louisiana, dividindo o tempo com aulas na Lousiana State University, onde tocava numa banda de Blues/Rock, conhecida como Gum.

 Desde aquela época tinha interesse pelos estilos de Fat Domino (autor do primeiro rock gravado no mundo em 1948) e Teacher Longhair. Depois se mudou para Austin, no começo da década de 1970 e ali uniu forças com o grupo Freda and The Firedogs, junto com o guitarrista John X. Reed.

 Quatro anos depois seguiu carreira solo. Seus discos combinavam R&B, Blues e Swing.  Antes, em 1978, lançou Circuit Queen (Capitol Records), em 1984 soltou Soulful Dress (Rounder Records), em 1985 veio com Hot Tamale Baby (Rounder Records), em 1989 soltou Gatorhythms (Rounder Records). É autora da faixa título do álbum Dreams Come True, projeto iniciado em 1985, que demorou cinco anos para ficar pronto, contando com a ajuda do produtor Dr. John. As inúmeras turnês atrapalhavam a conclusão do trabalho, até a Blues House soltar o disco em 1994.

 O álbum Blues House veio no ano de 1994, pela Rounder Records, em 1997 lançou Let Me Play With Poodle (Rounder Records). Em 1998 gravou Sing It! (Rounder Records) junto com Tracy Nelson e Irma Thomas. O ano de 2001 marcou a chegada de Presumed Innocent (Alligator Records), em 2003 soltou So Many Rivers, repetiu a dose em 2004 com Live at Waterloo Records, em 2005 com Live! Down The Road (MunckMusic/Munck). Em 2008 gravou o disco Peace, Love e BBQ (Alligator Records). Seu último CD saiu em 2011, Roadside Attractions (Alligators Records), indicado ao Grammy daquele ano.

            

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Ethel Walters: Fonte de inspiração para Billie Holiday e Ella Fitzgerald


 
Ethel Walters tornou o Blues música popular nos Estados Unidos
 Ethel Howard, nascida no final do século XIX, é considerada uma das mais influentes cantoras populares do Blues, que ajudou a tirar a marca de ser música de escravos naquela época. Ela serviu de parâmetro em canções como “Stormy Weather”, imortalizada na voz de Etta James, e “Travellin´All Alone", grande sucesso de Dinah Washington. Aliás, ela foi a primeira a gravar a linda "Stormy Weather" em 1933, verdadeira aula de como cantar.

 Sua primeira gravação ocorreu em 1921, aos 25 anos, acompanhada por talentos como Fletcher Henderson, Coleman Hawkins, James P. Johnson e Duke Ellington. Para ter acesso ao público branco, também aceitou gravar com Jack Teagarden, Benny Goodman e Tommy Dorsey. Adotou o sobrenome artístico de Walters.

 A partir do final da década de 1920, ela apareceu em diversos musicais da Broadway, como Rhapsody In Black, Thousands Cheerr, Cabin In The Sky, onde apresentou diversas canções como “Baby Mine”, “Till The Real Thing Go”, “Suppertime”, “Harlem On My Mind”, “Heat Wave”, “Got A Bran ´New Suit”, ao lado de Eleanor Powell, entre outras.

 Despontou, também, em papeis dramáticos no teatro e vários filmes, incluindo On With The Show, Gift Of The Gab, Tales Of Manhattan, Cairo, Cabin In The Sky, Stage Door Canteen, Pinky.

 Na década de 1950 apareceu em séries de televisão durante algum tempo e teve seu próprio show na Broadway: An Evening With Ethel Waters, em 1957. Os anos de 1960 e começo dos de 1970 a fez cantar como membro do grupo que acompanhava o evangelista Billy Graham. Embora a crítica tentasse deixá-la em patamar menor do que Bessie Smith ou Louis Armstrong, na década de 1930, ela rompeu os limites musicais do Blues e Jazz, espalhando sua influência em canções populares.


 Walters serviu de escola para artistas como Connee Boswell, Ruth Etting, Adelaide Hall, Mildred Bailey, Lee Wiley, Lena Horne, Ella Fitzgerald e até Billie Holiday, a quem ela reconheceu que cantava como se tivesse dolorida. Sua marca registrada era o alto astral e voz envolvente, parecendo de uma intérprete branca. Nem os terríveis problemas de infância impediram sua caminhada rumo ao sucesso, que desfrutou até morrer em 1977, aos 81 anos na Califórnia.

The Boswell Sisters: Primeiro trio feminino branco a cantar Black Music nos EUA

  
O trio The Boswell Sisters foi o primeiro grupo feminino branco a cantar Black Music na década de 20 nos EUA

As meninas do The Boswell Sisters foram responsáveis pelo rompimento do muro, que separava a classe média branca em New Orleans, Sul dos Estados Unidos, na terrível década de 1920 quando a segregação racial era muito forte naquele país, em relação à Black Music. Todas elas adolescentes. Foram ousadas e criaram um grupo de Jazz, composto por Connee Boswell, Martha e Helvetia, conhecida como Vet.

 Tiveram o privilégio de serem as primeiras mulheres brancas, naquela época, a cantar dessa forma. Desde criança tiveram muitas lições de música, com Martha tocando piano, Helvetia tinha habilidade no banjo, guitarra e violino e Connee tocava de tudo.

  Começaram trabalhando em rádio e Bing Crosby descobriu o estilo confidencial de cantar daquele trio e uso inteligente dos microfones. Logo a fama correu por New Orleans e suas canções foram gravadas por jazzmen notáveis da época, como Jimmy e Tommy Dorsey entre outros. Ficaram populares nos programas de rádios, filmes e shows que apresentaram por todos os Estados Unidos.


 No começo da década de 1930, as três já casadas, e com apenas Connee desejando prosseguir na carreira artística, resolveram encerrar as atividades do trio. Dez anos depois, as bases estabelecidas pelas The Boswell Sisters foram exploradas com sucesso por conjuntos femininos, imitando, inclusive, o estilo de cantar delas. As garotas do Andrews Sisters chegaram bem perto disso.




quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Kashif: O responsável pela explosão de Whitney Houston nas paradas de sucesso

A tecnologia usada por Kashif ajudou muitos artistas alcançarem sucesso

 Kashif é um artista completo: cantor, compositor, tecladista e produtor. Compôs e tocou em Evelyn King no hit “Champagne”, assim como no hit considerado o primeiro sucesso de Whitney Houston:” I´m In Love” e “Love Come Down”. Esteve presente, também, nas canções “You Give Good Love” e na continuação de “Thinking About You”, que vendeu 17 milhões de discos no álbum que apresentou Whitney ao sucesso.

 Na sua carreira já gravou 17 singles de R&B e quatro Top 40 de álbuns. Fez duetos com Mel´isa Morgan na canção “Love Changes”; também ao lado de Melba Moore em “Love The One I´m With” e “Reservations for Two”, com Dionne Warwick. Na vanguarda marcou presença junto a Stevie wonder e Ronnie McNeir na década de 1980.

 Por meio da tecnologia, Kashif revolucionou a R&B, colocando Midi/Synth numa época em que os sintetizadores de música ocupavam muito espaço nas salas dos estúdios, ele aproveitou o surgimento do microchip e apostou em aparelhos portáteis nas suas gravações e apresentações.

 Ao contrário do que sugere o nome, Kashif é o apelido de Michael Jones, nascido no famoso bairro do Brooklin, Nova York, celeiro do surgimento de grandes artistas de vários estilos. A primeira experiência dele com instrumentos sintetizados ocorreu na época em que trabalhou com a banda BT Express, na gravação do hit “Do It 'Til You're Satisfied", no começo da década de 1980, para a Columbia Records, onde fez também “Ride on It”, álbum do grupo Shout!

 A sacada de Kashif foi começar tocando baixo sintetizador usando o Minimoog nos shows ao vivo. Após sair da BT Express, passou a gravar fitas demos com o conjunto Stepping Stone. Os produtos o levaram à Arista Records em 1983. O crescimento de sintetizadores nos estúdios o ajudou a entrar numa turnê com Stephanie Mills, quando algumas canções de R&B começavam a usar instrumentos eletrônicos em trabalhos ao vivo.

 Inspirado na dupla Gamble & Huff, criadores do belo e famoso The Philly of Sound, conhecido no Brasil como O Som da Filadélfia, Kashif criou a Mighty M Productions junto com Paul Laurence e Morrie Brown, soltando muitas canções de R&B à base de Synth.

                                                  Champagne
 O primeiro projeto da empresa foi com Evelyn King, no hit “Champagne”, que tinha apenas a canção “Shame”, de 1979, como sucesso. A parafernália de Kashif resultou em gravações mais altas do que em discos anteriores, proporcionando ao vocalista um som mais jovem.
 De olho na grava, a RCA Records pediu que Evelyn retirasse a palavra champagne do seu nome e deixasse apenas Evelyn King.  O estouro da canção "I'm in Love, cujo estilo e som baixo eram diferentes do que estava tocando no Show Biz, resultou num grande sucesso de 1981.

 A técnica de Kashif foi tão boa que Evelyn colocou nas paradas outro hit, do disco: “Don't Hide Our Love”, sexta posição na R&B. A RCA pediu que eles produzissem um álbum de follow-up, influenciados pelo produtor e compositor Leon F. Sylvers III. Kashif montou a alegre “Love Come Down”. Nesta canção ele tocou todos os instrumentos, exceto guitarra, que ficou nas mãos de Ira Siegel. O single ocupou o primeiro lugar na parada R&B durante cinco semanas.

 Nesta altura do campeonato, Kashif estava trabalhando com o New Synclavier, inventado para fins de amostragem, na Inglaterra, substituindo sons de bateria e background. Howard Johnson de “So Fine” foi o primeiro disco que usou essa técnica de vocal, pois algumas passagens vocais poderiam ser duplicadas pela Synclavier. Resultado: a criação de nova abordagem de produção com vocalistas, que persiste até hoje.

 Em 1983 ele entra na Arista Records influindo positivamente nos hits: “I Just Gotta Have You (Lover Turn Me On)," "Stone Love," "Help Yourself to My Love," e "Say Something Love." Outros álbuns que tiveram as mãos de Kashif foram: Send Me Your Love, Baby Don't Break Your Baby's Heart, Are You the Woman, Condition of the Heart, Love Changes. Em 1989 ele solta a linda “Aint No Woman Like the One I Got”, tornando-se compositor  e produtor de mão cheia.
 O seu nome apareceu em álbuns gravados por Kenny G Kenny G ("Keeping Love New"), George Benson, Johnny Kemp, Dionne Warwick, Giorge Pettus, Stacy Lattisaw, Expose, the Wootens, Freda Payne e outros. Ganhou indicações ao Grammy pelo trabalho instrumental “The Mood”, “Call Me Tonight”, “Edgardtown Groove, com Al Jarreau e “The Movie Song”.


 Em 1994 recebeu convite para ministrar curso de produção de gravação contemporânea na Ucla. No ano seguinte, a indústria da música soltou o estudo “Tudo de Melhor que Você Precisa Saber sobre a Indústria Discográfica”. Em 1998 assinou contrato com uma gravadora britânica, onde lançou seu álbum Who Loves You.  Seis anos depois lançou o CD Music From My Mind.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Big L: rapper de canções "papo cabeça" e fim trágico

Big L morreu assassinado na porta de casa, aos 29 anos; seu irmão, após sair da cadeia, teve o mesmo fim


 Lamont Coleman era o nome de batismo do rapper Big L, nascido em maio de 1974 na cidade Nova York e morto em 1999, no mesmo local onde veio ao mundo. Sua base foi o bairro negro do Harlem (espécie de Cracolândia norte-americana), onde teve uma vida tragicamente curta. Primeiro chamou a atenção do mundo do RAP no começo da década de 1990, aos 16 anos. Este MC era o líder da DITC (Diggin ´In The Crates). Tinha como ídolos Run-DMC, The Cold Crush Brothers e Big Daddy Kane.

 Em 1992 fez a estreia musical no Lord Finesse, Yes, You May, ao lado de Diamond D´s, Blunts & Hip Hop, assinando contrato logo depois com a Columbia Records. Três anos depois lançou o álbum Lifestylez Ov Da Poor & Dangerous, incluindo hits que já faziam sucesso nas ruas e becos do Harlem, onde o perigo anda de mãos dadas com a morte todos os dias.

 Não conseguiu sucesso comercial longe da comunidade negra do bairro onde nasceu, viveu e morreu aos 25 anos. Parte do público simpatizante do RAP e Hip-Hop o considerava muito lírico. Mesmo assim montou a própria gravadora, Flamboyant Entertainment Label (homenagem ao seu manifesto “Flamboyant for Life) como alternativa para o que Big L sentia que era a música excessivamente comercial, distribuída pelos grandes selos.

 Ajudou a estabelecer as carreiras de futuras estrelas do Hip-Hop, Cam´ron e Ma $. Um ano antes de sua morte, em 1998 lançou Ebonics, clássico do RAP que traduz a linguagem das ruas para o benefício de uma considerável base de fãs residentes na periferia das grandes cidades.

 Quando o Show Biz começou a se interessar pelo trabalho de Big L, ele foi assassinado a tiros, em fevereiro de 1999 perto de sua casa no Harlem. Um conjunto póstumo, The Big Picture e The DITC Album Worldwide foram lançados no ano 2000. Em 2002  seu irmão, Leroy Phinazee, pouco tempo após sair da cadeia, acabou executado a tiros na mesma rua, quando tentava descobrir o autor da morte de Big L.


segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Curtis Blandon: autor de vários sucessos na época da Disco Music


Blandon é conhecido por sucessos na boca de outros cantores

 Os amantes da Soul Music conhecem Curtis Blandon por causa do hit "In the Long Run”. De família musical, ele estudou o Ensino Médio com futuros artistas da Motown Records, como Eddie Kendricks e Shorty Long. Saiu de Birmigham, Alabama, em 1960, para Chicago, antes de mudar o roteiro para Nova York, onde conheceu o produtor  Teddy Powell.

 Cantor e compositor vendeu diversas canções para ele, antes de ficar no lugar de Joe Duncan no quarteto de Doo Wop, Vocaleers. Apesar de escrever para o grupo o hit "Cootie Snap”, a falta de apoio promocional da Atlantic Records, o fez deixar o conjunto.

 Após gravar os singles solo “Soul” e “Mr. Imagination”, no ano seguinte foi prestar Serviço Militar. Em 1965 voltou e lançou o single “I Nedd You” para subsidiária Tower, da Capitolio Records. Um acordo posterior com a Buddah Records não deu em nada.


 Após cantar em vários grupos sem expressão, em 1972 assina com a Wand Records. Os vocais marcantes do disco resultaram em sucesso regional. Desanimado optou por escrever canções, compondo vários hits que explodiram durante a Disco Music, como ““ Let’s Make a Deal," "Do It Right," e "Let's Make Love”, esse último incluso no álbum de Gloria Gaynor, de 1976. Apesar de várias músicas compostas, Blandon ficou conhecido no Show Biz dos Estados Unidos, como autor da célebre “In the Long Run".