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#BMW - Morre #QuincyJones, o gênio da produção de grandes discos

Luís Alberto Alves/Hourpress

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Mocha B: a soma de várias cantoras

Quando se trata da cantora Mocha B não se deve confundi-la com uma novata. Aos 7 anos de idade já tinha boa voz e cantava durante o recreio na escola onde estudava. Era fã de Toni Braxton. Logo todos passaram a cumprimentá-la pela bela voz.

Como ocorre com a maioria dos cantores e cantoras norte-americanos, Mocha B cresceu na igreja. Não foi surpresa, para aos 14 anos decidir investir neste belo talento e seguir a carreira. Não escolheu soltar a voz em lindas canções apenas, por que sentia-se feliz. Teve a sensibilidade de cantar a dor, alegria ou apenas cantar.

Para deixar a cobertura do bolo mais bonita, Mocha B compõe. Especializou em escrever a vida de amor dos jovens, quando se apaixonam fortemente e depois sentem o peso da solidão. Inspira-se nessas histórias para escrever seus hits. Porém é realista em imaginar que suas canções atravessem a barreira do tempo e tornem-se clássicas, mexendo com o coração das pessoas.

Ao lado de bons produtores, Mocha B tem cravado alguns pontos, pois esteve ao lado do produtor Swish Swanni, especialista em Reggae e RAP, Neesa Shenay, artista Gospel e escreveu canções para Barry Brewer, da GF Produções.

O CD Call It Love foi produzido por Ryakin Rip, mostrando sua maturidade e presença conquistada nos últimos anos. Mocha B chama atenção por causa de suas inúmeras influências musicais. Ela procura assimilar a qualidade de cada uma delas e junta ao seu estilo. Leva a ética de trabalho duro e consistente de Beyoncé, a voz sensual de Anita Baker e flexibilidade de Ella Fitzgerald.

Tim Miner: à espera do grande sucesso


Tim MIner é a cara da música nativa de Oklahoma. Representante do estilo blue-eyed soul (nos Estados Unidos conhecido como Soul Music de branco), divide suas canções entre Soul e Gospel, dosado com som contemporâneo e letras de cunho social.

Passou parte da infância cantando em igrejas ao lado da mãe, viúva, e suas irmãs. Já era um prodígio musical, assinando contrato, aos 16 anos, com Sparrow Records. Lançou dois álbuns por esse selo antes de ir para a Frontline Records no final da década de 1980. Sua maior conquista nas paradas foi o disco A True History (1988).


Dois anos depois começou a compor e produzir artistas como BeBe Winans and CeCe, Al Green, Wayne Watson and Journey, Steve Perry. Com um empurrãozinho de Stevie Wonder entrou na Motown, e em 1992, lançou o CD Tim Miner, remake do seu primeiro disco, A True History. Mas chegou no local e hora errados. O disco não vendeu bem. Passou o resto da década fazendo backing vocal para outros cantores, incluindo McKnight, Boys II Men, Deborah Cox, Kirk Franklin, Temptations, Paula Abdul e Dionne Warwick. Em 2001 gravou o CD Son of a Preacher Man. Três após lançou No White Ennuff.

Mighty Clouds of Joy: a lenda viva do Gospel dos Estados Unidos


Não é difícil dividir o mundo da música gospel quando se fala na categoria de quartetos ou quintetos. Na verdade, há realmente apenas dois. Há Mighty Clouds of Joy e depois há todos os outros. Decorridos mais de 44 anos  e 35 álbuns, três Grammys e outros inúmeros prêmios e músicas regravadas por Rolling Stones, Aretha Franklin, James Brown, Earth, Wind & Fire, Luther Vandross, Ray Charles e Paul Simon, é possível compreender porque esse conjunto é uma das lendas vivas do Gospel dos Estados Unidos. Fica difícil descrevê-los: alguns os classificam de ícones, outros de pioneiros ou antepassados do Gospel Moderno, R&B, Rock e Pop. Mas quando ouvir o fundador desse maravilhoso grupo vocal, Joe Ligon ou qualquer do restante da banda, a palavra sinônimo deixa de existir para classificá-los.

Eles não se contentaram apenas em montar o quinteto, mas deixou mais quente e suave cantar a música Gospel, brotada do fundo do coração. É com essa energia que entraram nos estúdios de gravação para produzir um disco. É lindo ouvir o CD ao vivo In The House of Lord, em Houston, produzido por Sanchez Harley (autor de CDs para Yolanda Adams, Kirk Franklin, Shirley Caesar e Rizen). O som continua puro e poderoso, passados tantos anos. Fica difícil escolher algum destaque individual. Todos estão ótimos.

A faixa título " In The House of Lord" desperta lembranças fortes para Joe, pois descreve as experiências vividas na igreja onde cultua Jesus. Descreve o ponto de vista de um menino, recordando-se que quando sua avó o levou até ali e os diáconos oraram por ele, enquanto o grupo de louvor cantava ao Senhor e pregador apenas observava o que acontecia.

Outra canção inesquecível é "Old Revival Back Home", escrita por Joe, e gravada na década de 1980.  Seu avô era pregador na pequena cidade de Elem, no Estado racista do Alabama, Sul dos Estados Unidos, distante alguns quilômetros de Montgomery. O seu pai era membro do grupo de louvor daquela igreja. Num mês de agosto, a igreja fez uma campanha convidando um pastor diferente para pregar a palavra no domingo.

Os membros traziam comida e o louvor invadia o local. Ali, Joe se inspirou para seguir a carreira de cantar para o Senhor.
Nascido e criado na Zona Rural do Alabama, desde criança Joe era talentoso. Quando mudou-se para Los Angeles para morar com um tio, na adolescência, juntou-se com um casal de colegas de classe das aulas de canto. Um deles era Johnny Martin, co-fundador e membro do grupo até sua morte em 1987.

Depois vieram Richard Wallace, ainda no grupo. Em 1960, eles tinham contrato com a Record Gospel. O único hit e álbum mostrou que o futuro seria brilhante para eles. Mesclando baixo, bateria e teclados para o acompamento do quarteto, uma guitarra e trajes coloridos simples, lançaram coreografia de palco, inovando a música Gospel norte-americana.

Quatorze anos depois foram para a ABC Records e premiaram o público com uma série de his no estilo R&B e Gospel, como "Mighty High", número dois nas paradas da Billboard em 1975. Não se intimidaram de se apresentar em casa de espetáculos seculares como Carnegie Hall, Madison Square Garden, Radio City Music Hall e o famoso Theatro Apolo. Não negaram suas raízes cristãs. Fez os louvores estremecer aquelas estruturas. Foram pioneiros em levar a mensagem de Deus por meio de canções no estilo R&B.

Passados tantos anos, Joe não se arrepende de por meio de canções ter levado a palavra do Senhor para inúmeros lares de todo o mundo e até em lugares que nunca tinham visitado. Diz que cantor gospel nunca se aposenta. Vão soltar a voz até não conseguirem falar mais. Sofreram a dor da discriminação racial na década de 60, quando os negros eram impedidos de se hospedar em hotéis ou mesmo comer em determinados restaurantes. Muitas vezes foram obrigados a jantar na porta dos fundos da cozinha dos restaurantes. Usaram o louvor para derrubar a barreira na segregação.

A maior vitória, segundo Joe, é inspirar as pessoas a continuar querendo viver. Ouvindo o Gospel, eles encontram algo que não existe em outras músicas, porque o louvor tem o poder de mudar vidas. Sabem que Jesus é real, mesmo sem ver, mas sente sua doce presença por meio do louvor. Essa entrega que faz esse grupo maravilhoso continuar apaixonado em cantar canções suaves e doces como a palavra do Senhor.


 

MFSB: a orquestra do Inesquecível Som da Filadélfia


A definição mais correta para MFSB era uma piscina com mais de 30 músicos de estúdios especialistas no Som da Filadélfia (The Philly of Sound). Trabalharam perto da famosa equipe de produção formada por Gamble e Huff e o produtor e arranjador Thom Bell, responsável por sucessos interpretados por grupos como Harold Melvin & The Blue Notes, The O´Jays, The Stylistics, Spinners, Wilson Pickett e Billy Paul.



A história começou em 1972, quando a MFSB começou a gravar para o selo Philadelphia International, no ícone TSOP (The Sound of Philadelphia). O primeiro tema famoso do grupo foi Soul Train. Lançado em 1974, chegou aos primeiros lugares da Billboard Pop e R&B. A faixa vendeu mais de 1 milhão de cópias e ganhou o Disco de Ouro daquele ano.

Montada pelo Gamble e Huff, a MFSB foi a banda da casa de sua gravadora Philadelphia International, originando o famoso The Philly of Sound, que dominou a década de 1970, com vários artistas, do porte de Blue Magic, Intruders, Jerry Butler, Teddy Pendergrass e Delfonics assinando com o selo. A orquestra MFSB foi responsável por colocar sua competência nos discos de The Trammps e levá-los às paradas de todo o mundo.

A pegada dos seus músicos trouxe diversos sucessos instrumentais, firmando as bases do Som da Filadélfia. O grupo só tinha cobra criada, do porte de Karl Chambers e Earl Young na bateria, Norman Harris, Roland Chambers, Bobby Eli e TJ Tindall nas guitarras, Winnie Wilford e Ronnie Baker no baixo; Vincent Montana Jr e Larry Washington no vibrafone e percursaõ, Harold Ivory Williams nos teclados, além de Leon Huff e Thom Bell nos teclados e Don Renaldo nas cordas de metais e Rocco Bene no trompete.

Na primavera de 1974, a gravadora Filadelfia International lançou uma faixa instrumental gravada por sua orquestra, como a música tema para o programa de televisão Soul Train. O disco chamado TSOP (The Sound of Philadelphia) chegou ao número 1 da Billboard Hot 100, lançando uma carreira com a gravação de vários singles pela banda com o nome MFSB. Até o final da década de 1970 gravaram vários discos inesquecíveis.

O hit "K-Jee" fez parte da trilha sonora do filme Saturday Night Fever, em 1977, conhecido no Brasil como "Os embalos de sábado a noite no cinema". Outra canção famosa nas mãos dos DJs foi " Love Is The Message" presentes na maioria das discotecas, embalando os dançarinos. Em 2004, o single foi introduzido no Hall da Fama da Dance Music como a canção mais remixada da história.

Por causa de brigas com Gamble e Huff, envolvendo dinheiro, vários membros da MFSB foram para Salsoul Records e ali mantiveram a mesma qualidade de som. Outros criaram a Orquestra The Ritchie Family, cujo o single "Aquarela do Brasil", instrumental virou trilha sonora do Jornal da Manhã, da rádio paulistana Jovem Pan 1. Gamble e Huff tentaram estancar o prejuízo musical lançando outros músicos, como Charles Collins na bateria, Michel Foreman na guitarra e baixo, e Dennis Harris na guitarra, mas a MFSB tinha perdido sua essência. Igual copo de cristal: depois de quebrado não há mais conserto.

David Mensah: a Black Music do Reino Unido

David Mensah é imagem da ruas de Londres na década de 1980. Naquela época o Reggae enchia e emocionava os ouvidos daquele menino que memorizava rapidamente a batida do ritmo nascido na Jamaica e divulgada mundo afora por Bob Marley.

O que mais pegava era marcação do baixo e alegria transmitidas pelas canções. Não demorou para a música tornar-se algo vital para a vida de Mensah. Logo quando estourou um movimento no País de Gales essa fusão inebriante de Nirvana e Blur ganhou grande efeito adicionada com doses de Soul nas vozes de Mary J. Blige, Jodeci e outros artistas populares.

Para não fazer feio, Mensah resolveu estudar canto na escola  Patrick Jean Paul Dean. Sob a batuta de Patrick e Dean ele se tornaria grande intérprete, inclusive ganhando o Prêmio de Melhor Disco Gospel de 1999.

Desenvolveu seu som singular, mistura de Soul melódico, colorido com grandes doses de sensibilidade e sedução. Os anos de estudo e técnica de canto valeram a pena. Ao sair da escola, sua carreira começou a decolar. No grupo Dark Roses estourou com o single "I Like The Girls", tornando grande sucesso no Reino Unido. Foi a porta de entrada para a Universal Music. O clipe da canção invadiu as emissoras de televisão. A partir dai não precisa contar o ocorreu depois.

Em abril de 2008 lançou o CD solo Food of Love, compilação do álbum A Change is Gonna Come, gravado para comemorar o aniversário de 200 anos da abolição da escravatura na Europa. Neste CD esteve ao lado de artistas como Billy Ocean, o vencedor do Grammy, Junior Giscombe, Ruby Turner, Janet Kay entre outros. O dinheiro arrecadado foi doado para instituições de caridade. O CD vendeu 30 milhões de cópias no Reino Unido.

Após o lançamento do CD Food of Love, um sampler do hit "My Day" estourou nas rádios da Europa, atraindo o interesse de vários críticos. Canções de Mensah passaram a ser ouvidas em todo o continente europeu, América e África. Recentemente ele gravou "Close to My Roots".

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Mighty Sam McClaim: outro "tiozinho" do Blues

Mighty Sam McClaim nasceu em 1943, em Monroe, Lousiana. A partir dai nunca mais a Black Music foi a mesma, pois acabou indicado ao Grammy, diversas vezes, como cantor de Blues.

Aos cinco anos de idade começou a cantar na igreja frequentada por sua mãe.

Com 13 anos saiu de casa e seguiu o guitarrista de R&B Little Melvin Underwood. Dois anos depois virou vocalista.

Enquanto cantava no Clube 506, em Pensacola, Flórida, acabou apresentado ao produtor e DJ Papa Don Schroeder e em 1966 soltou a voz numa versão cover de Patsy Cline "Sweet Dreams". Depois vieram diversas gravações no Muscle Shoals com singles como "Fannie-May", "In The Same Old Way". Durante 15 anos, primeiro em Nashville, a meca do Country, no Tennessee; depois foi para Nova Orleans. Na década de 1980 gravou um disco ao vivo no Japão, que contou com a ajuda de Wayne Bennett.

No começo da década de 1990, mudou-se para Nova Inglaterra por causa de sua participação no projeto "Hubert Sumlin Blues Party". Isto o levou a ficar próximo de Joe Harley, resultando nos hits "Give It Up To Love" e "Keep On Movin". Em 1998 lançou os álbuns Journey e Joy and Pain. No ano seguinte assinou contrato com a Blues Telarc, do seu antigo produtor Joe Harley, e ali gravou o Prêmio de Música Blues em 2000.

Antes, em 1996, criou a McClaim Productions após o sucesso dos discos co-produzidos com Joe Harley. Depois fundou sua própria gravadora, a Mighty Music, onde lançou o disco One More. Doze anos depois juntou-se com outros artistas num projeto para arrecadar fundos aos desabrigados. Também escreveu com o saxofonista Scott Shetler o hit "Show Me The Way". Continua neste projeto, às vezes realizado em Nova York ou em Washington DC.

Para não sossegar o facho, em 2009 gravou um álbum de duetos com a cantora iraniana Mahsa Vahdat. O CD alcançou grandes posições na Europa. Em 2011 gravou o CD One Drop na Noruega. A idade ainda o mantém na ativa, para o bem do Blues.

Chrisette Michele: a primeira-dama em dor de cotovelo da Soul Music

Ouvir a voz sensual da cantora Chrisette Michelle é algo fascinante. Seu primeiro Disco de Ouro veio com o hit "I´M". Ela é descrita como uma songbird soulful pela revista Entertainment Weekly. Indicada em dois Grammy, já é sucesso de crítica. Gosta de desafios. Quando partiu para o segundo CD não hesitou em investir novas canções, de estilo mais ousado, jovem e urbano.

Diversos compositores talentosos, incluindo Ne-Yo, a ajudaram a incrementar seu estilo Jazz vocal com mais Pop. Saiu da inclinação tradicional para maior integração com Hip-Hop e Soul. Michele percebeu claramente o nível que estava entrando. O hit "Epiphany (I´m Leaving) a ajudou a expandir sua praia musical.

Essa faixa título, trabalhada por Ne-Yo e Chuck Harmony, é a música de fossa, mas bonita que revela a miséria emocional por trás do sorriso lindo de Michele. Se fosse no Brasil, descontadas as proporções, era uma Ângela Maria cantando suas célebres composições de dor de cotovelo.

O público pode esperar que ela vai ficar mais díficil em relação ao repertório, pois nada melhor do que ouvir algo como o Soulful "Blame It on Me". Balada que revela as lindas cores do Soul. Também carregada de palavras de fossa, para mexer com o fundo do coração. Chuck sabe como produzir canções desse naipe, pois faz para Mary J. Blige, Janet Jackson e Celine Dion. No caso dessa última é só lembrar da trilha sonora do mega-sucesso de Hollywood "Titanic".

Desde o lançamento do single "I´M", Michele mergulhou numa séria louca de turnês, ao lado de sua banda e outros cantores de R&B, como Raheem DeVaughn e Solange Knowles. Reconhece o valor dessa maratona na carreira. Visto que cantar em estúdio é diferente de fazer o mesmo no palco, com a plateia bem perto, numa hora que não se pode vacilar. O pessoal pode ver a mistura de Rock com Hip-Hop quando soltou a voz no hit "Another One". Parece que o dedo de Ne-Yo já entrou na histórica musical de Michele.

 

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Little Milton: outro grande talento da Stax Records

De algo ninguém poderá reclamar de Little Milton Campbell: nunca se contentou em ficar parado. Até morrer em 2005 realizou 1.953 gravações para a Sun Records, de Sam Phillips que revelou Elvis Presley na década de 1950. Depois foi para East St. Louis e Chicago, passou por Memphis e assinou contrato com a Stax em 1971, gravadora lendária por apresentar ao mundo Otis Redding e ser um dos berços da Soul Music.

Nascido em Inverness, Mississippi, em 1934, e crescido em Greenville, ficou conhecido por causa do apelido do pai, "Big Milton", que em português seria Miltão. Aos 12 anos aprendeu a tocar guitarra e três anos depois colocou os pés no mundo para trabalhar com Sonny Boy Williamson, entre outros.
Logo a Sun Records o descobriu, um ano após ter encontrado Elvis Presley, por meio de Ike Turner. Ele era olheiro em busca de ganhar dinheiro por meio de novos talentos. Fez isto com Little Milton. O primeiro hit dele foi "Somebody Told Me", numa variação primitiva da canção "Woke Up This Morning", de BB King. Vendeu poucos discos, porém o hit "I´m a Lonely Man" chamou a atenção do público. Em 1961, o sucesso dessa canção o levou para Checker Records.

Três anos depois estourou nas paradas com a versão cover de Bobby Bland "Blind Man". O segredo foi reduzir a batida e dar um molho que Bland não conseguiu na primeira gravação. Foi o suficiente para aumentar o cartaz em nível nacional, embora alguns críticos o chamassem de imitador de Bland. Porém o lançamento das composições "We´re Gonna Make It" e "Who´s Cheating Who" calou a boca dos fofoqueiros. Deixou ser chamado de clone.

Ao lado do produtor Billy Davis fundiu Blues e Soul, com o molho Little Milton. Isto tornou-se visível em 1967 na versão de Lightnin ´Hopkins "Feel So Bad". Quatro anos depois assinou coma Stax Records e ali sua guitarra ganhou destaque. Gravou vários hits de sucesso, como "That´s What Love Will Make You Do" e "Walkinh the Back Streets and Crying". Com total controle sobre seus dois álbuns " Waiting for Little Milton e Blues n´Soul, duas grandes obras primas de quem gosta de Blues. Neles, Milton aparece como grande vocalista.