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#BMW - Morre #QuincyJones, o gênio da produção de grandes discos

Luís Alberto Alves/Hourpress

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Missy Higgins: Da Austrália para o sucesso nas Américas




Baladas comoventes de Pop Music
Luís Alberto Alves

Com dom para baladas comoventes e Pop, Missy Higgins é uma das artistas mais famosas da Austrália desde o início dos anos 2000. Sua carreira começou em Melbourne, onde estudava em colégio interno, porém dividia o tempo com a música.

Ciente do talento, enviou uma fita demo para uma rádio, a Austrália Tripe J. A canção estourou, solidificando a carreira de cantora e compositora. Não demorou em assinar contrato com a Eleven Records, soltando um EP no final de 2003, seguido do CD Sounds of White, rendendo Disco de Platina.

 Dois anos após pegou as malas rumo a América, para soltar outro álbum pela Warner Bros. Em 2007  veio outro CD, com o hit “Steer” estourando. Depois de turnês ficou algum tempo descansado. Em 2010 entrou na Universidade de Melbourne e estrelou o filme Nue Dae Bran.


 Nunca deixou de lado a música. Conheceu a cantora e compositora Butterfly Boucher. No Verão de 2010 rumou para Nashville para gravar outro disco. O álbum Ol ´Razzle Dazzle saiu em 2012, explodindo nas paradas australianas. O ano de 2014 trouxe o CD OZ.


sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Nellie McKay: Britânica que escreve igual Billie Holiday


A beleza de Nellie é proporcional ao seu talento

Luís Alberto Alves                            

Com o CD Get Away from Me, álbum de estreia, a cantora e compositora Nellie Mckay ganhou as paradas populares no início de 2000, ao lado de Norah Jones e Jane Monheit. Ela tinha influências desta segunda cantora, com as levadas de vocal de Jazz, no estilo cabaré e pré-Rock de Brill Building.

Porém, as letras delas são nervosas, meio estilo Alanis Morissette ou P! Nk. Ninguém pode negar que ela é talentosa pianista, mesclando diversos estilos musicais. Navega pelo Pop/Rock, sem deixar de lado o Jazz. Lembra um pouco Kurt Well, Cole Porter, Annie Ross, Peggy Lee e Billie Holiday, principalmente no estilo de compor.


Suas letras são sarcásticas e bem-humoradas, como Randy Newman, adora rir do mundo. Por essas descrições é possível ver que essa londrina, nascida em 1984, e que passou a maior parte da vida nos Estados Unidos, para onde veio aos 2 anos de idade, irá bem longe. Exemplo disso pode ser conferido no CD que saiu em 2015, My Reader Weekly, remake de canções da década de 1960.

Sheila Nicholls: A princesinha da Essex Girl Records


Sheila estourou com o hit "Fallen For You"

Luís Alberto Alves

Cantora e compositora  inglesa, Sheila Nicholls chamou a atenção da mídia no início da década de 1990 quando se apresentou com o grupo Sheila Nicholls and The Frok Splendid. Após alguns anos foi para Los Angeles para concretizar o sonho de cantar e abrir uma gravadora, Essex Girl Records.

 Em 1999 soltou o primeiro CD dividido entre a Essex Girl e Hollywood Records, com quem assinou acordo de distribuição. Chegaram às paradas hits como: “Eiderdown” e “Fallen For You”. Estouraram nas rádios sintonizadas pelos universitários do ano 2000.


 Em 2002 contratou Glen Ballard para produzir o CD Wake, trazendo canções mais introspectivas, mas bonitas e de som suave.

Alana Davis: Herança rica de pais jazzistas



Outro talento com raízes jazzistas

Luís Alberto Alves

A filha da cantora de Jazz, Ann Marie Schofield e do pianista Walter Davis Jr., Alana Davis mostra herança dos pais na arte de cantar e compor. Nascida e criada em Greenwich Village, Nova York, logo na adolescência aprendeu a tocar guitarra. Aos 18 anos já escrevia canções.

 Antes de mergulhar de vez na Música privilegiou os estudos. Depois gravou algumas fitas demos. Pela Elektra Records lançou o primeiro single, remake de Ani DiFranco, “32 Flavors”, chegando ao Top 40 da Billboard Hot 100 no começo de 1998.

 O sucesso a levou a participar da Feira de Lilith. A gravadora e ela entraram em atrito quando a apresentação. O selo esperava um som simples de R&B, mas Alana queria uma mistura de gêneros.
Soltou o segundo CD, Fortune Cookies em 2001. Aceitou bancar o trabalho, visto que criou a Tigress Records, aonde gravou o terceiro disco em 2005, Surrender Dorothy.


terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Vanessa Carlton: A gatinha do hit “A Thousand Miles”


Vanessa aprendeu a tocar piano ainda criança

Luís Alberto Alves

Junto com Michelle Branch e Nelly Furtado, Vanessa Carlton ajudou a inaugurar uma nova era de compositoras durante o início de 2000. "A Thousand Miles", seu primeiro single, foi uma das melhores canções de 2002, no topo das paradas de sucesso nos Estados Unidos e quebrou o Top Ten na Inglaterra. Nenhum de seus singles posteriores veio perto de igualar o sucesso dessa música, mas Carlton continuou lançando álbuns na década seguinte, a afinar a varrer, som pop cinematográfica que contou com seus vocais e habilidades de piano de vanguarda.

 Cresceu em Milford, uma pequena cidade no leste da Pensilvânia, Vanessa Carlton teve aulas de piano com a mãe e compôs sua primeira música aos oito anos de idade. Vários anos mais tarde,  foi aceita na School of American Ballet, em Nova York. Apesar de ser uma dos melhores dançarinas em sua classe, tornou-se frustrada com o rigor da disciplina e começou a procurar outro lugar para inspiração, eventualmente, liquidação de piano localizado dentro de seu dormitório em Manhattan.

 Carlton começou a escrever canções novamente, indo para além da música clássica de sua juventude para incorporar influências de artistas pop como Tori Amos e Fiona Apple. Quando chegou a hora de se graduar, interrompeu a carreira de dançarina e se matriculou na Universidade de Columbia, em vez disso, onde ela continuou a trabalhar em suas composições.

  Antes de assinar com a A & M Records, a presidente do Ron Fair teve particular interesse em sua música e concordou em produzir Be Not Nobody, que se tornou estréia com uma grande gravadora de Carlton no início de 2002. "A Thousand Miles", foi a jóia da coroa do álbum, ganhando três indicações ao Grammy e dominando playlists de rádio em todo o ano, enquanto "Ordinary Day" também fez sucesso como um hit Top 40.

Ela excursionou fortemente em apoio ao álbum de platina, partilhando o palco com bandas como Third Eye Blind e Goo Goo Dolls ao longo do caminho. Também começou a namorar o vocalista do Third Eye Blind, Stephen Jenkins, e fez um dueto com Counting Crowes na capa de uma popular de Joni Mitchell "Big Yellow Taxi".

                                                        Heroes & Thieves

 Começou a gravar seu segundo álbum em junho de 2003, com Jenkins servindo como seu produtor, colaborador, e backing vocal. Juntos, os dois passaram um ano na criação de Harmonium, um álbum confessional e um pouco escuro que era marcadamente diferente do seu primeiro disco. Resposta do público foi diferente, também, e Harmonium saiu do Top 40 durante sua segunda semana de lançamento. Até o final de 2004, mal havia vendido mais de 100.000 cópias, o que piorou o relacionamento de Carlton com a A & M e levou à sua saída do selo durante o verão seguinte.

 Carlton continuou a escrever canções com a ajuda de Linda Perry (uma colaboradora das sessões Harmonium) e Jenkins. Em um movimento surpresa, também assinou um novo contrato de gravação com The Inc., uma etiqueta de propriedade do magnata do RAP Irv Gotti. Perry, Jenkins, e Gotti todos os direitos de produção compartilhadas em 2007 de Heroes & Thieves, um álbum diversificado, que recebeu críticas fortes, mas, como seu antecessor, não conseguiu vender bem.

 Jenkins e Carlton terminou seu relacionamento logo após o lançamento do álbum, e seu mandato com a Inc. provou ser semelhante curto. Em 2010, ela tinha uma parceria com outra gravadora, Razor & Tie, e brevemente fugiu para o Reino Unido para gravar seu quarto álbum. Rabbits on the Run foi lançado no ano seguinte. Carlton promoveu o álbum com uma turnê e um EP chamado feriado ouvir os sinos apareceu em novembro daquele ano.


Ao longo dos próximos anos,  trabalhou firmemente em seu próximo álbum ao mesmo tempo, começar uma família com de Deer Tick John McCauley; o par se casou em 27 de dezembro de 2013 e teve seu primeiro filho em 2015. No outono de 2015, Carlton lançou seu quinto álbum, Liberman.

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Lorraine Ellison: A bela voz de “Stay With Me”



Luís Alberto Alves

Lorraine Ellison é mais conhecida por seu hit balada "Stay With Me" e sua gravação de Jerry Butler "I Dig You Baby". Originalmente gravada "Just a Little Bit Harder," mais tarde regravada por Janis Joplin. Ela é também tem muitos fãs de Northern soul no Reino Unido.

Nascida em 1931 em Filadélfia, gravou pela primeira vez em grupo de Gospel Music, Singers Ellison, em 1962. Dois anos após entrou de sola no R&B, emplacando o hit “I Dig You Baby”, que virou grande sucesso na voz de Jerry Butler.


O ano de 1965 veio com a balada “Stay With Me”, escrita e produzida por Jerry Ragovoy, lançada pela Warner Records. Chegou ao topo das paradas de R&B no segundo semestre de 1966. Alguns dos seus sucessos: “Heart Be Still”, Do not Let It Go To Your Head”, “Try” e “I've Got My Baby Back”, canções escritas ao lado do empresário “Sam Bell e registradas como Mimms e Howard Tate. Ela morreu em janeiro de 1983.

Howard Tate: Autor de hits que estouraram nas vozes de Janis Joplin e B.B. King



Tate escreveu diversos sucessos

Luís Alberto Alves

Altamente considerado por cultistas de Soul Music, Howard Tate fez pouco sucesso pela Verve Records no final da década de 1960. Trouxe muito Blues e Gospel para o estilo de cantar, mas cativou o público de R&B e depois os fãs de Pop Music.

 No final dos anos de 1960 chegou três vezes às paradas com os hits: “Is not Nobody Home”, “Stop” e “Look at Granny Run Run”. Porém ficou famoso com a canção “Get It While You Can”, um hit que virou assinatura na voz de Janis Joplin.

 Antes de se firmar como artista solo, cantou com o grupo The Gainors, de Doo Wop do norte da Filadélfia. No começo da década de 1960 virou vocalista para Bill Doggett, organista famoso do hit instrumental “Honky Tonk”. Ao lado dele gravou dez singles entre 1966 e 1969.

 Na Atlantic Records teve pouco sucesso comercial. No início dos anos de 1980 saiu do alcance do grande público. Virou drogado até se tornar pregador da Palavra de Deus. No começo dos anos 2000, incentivado pelo DJ New Jersey voltou à ativa.


 Grande compositor, suas músicas estouraram nas vozes de Jimi Hendrix e Hug Masekela, B.B.King, Ry Cooder, Janis Joplin e os rappers Brand Nubian.

Chris Bartley: Outro cantor de um só sucesso: "The Thing Sweetest This Side of Heaven"


Chris é outro cantor de um só sucesso

Luís Alberto Alves

Nascido no Harlem, em Nova York, em 1947, Chris Bartley cresceu ao lado do lendário Teatro Apollo e passou parte da infância absorvendo os sons ao seu redor. A maior inspiração veio de Frankie Lymon and the Tennagers, que nasceu no mesmo bairro, emplacando diversos hits nas paradas da época.

 Logo  ele criou o seu primeiro grupo, The Soulful Inspirations, com William Graham, Henry Powell, Sam Nesbitt e Ronald Marshall. O passar dos anos provocou diversas mudanças neste quinteto, até chegar ao nome de Mindbenders.

 Ficou famoso o duo de Bartley e Marshall e a grande oportunidade veio num teste com Van McCoy. Na hora de assinar contrato, McCoy escolheu Bartley, deixando o grupo de lado, para entrar na sua gravadora, Vandor Records.

 Bartley estourou no Top 40 Hit e no Top Ten R&B com a canção “The Thing Sweetest This Side of Heaven”, balada muito bonita. Ficou conhecido em todos os Estados Unidos e recebeu convites para cantar na Europa. Virou cantor de um só sucesso.

 Apesar de diversas tentativas, incluindo hit gravado na Motown Records: “Baby It's Wonderful”. No final da década de 1950 lançou álbum completo na Vandor Records, após Van McCoy sair do negócio entrou na Buddah Records em 1968, lançando uma versão de McCoy, “Baby I'm Yours”, mas não teve êxito.

No começo da década de 1970, a doença de sua mãe quase o retira do mundo da música. Até hoje as rádios de flash backs tocam “The Sweetest Thing This Side of Heaven”. A canção entrou numa coletânea CD Collectibles.


sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Walter Jackson: Cantor que enfrentou a deficiência física





A deficiência física não o impediu de cantar

Luís Alberto Alves

Walter Jackson foi um dos papas da Soul Music na década de 1960. Naquela época estourou nas paradas com os hits: "Suddenly I'm All Alone," "It's an Uphill Climb (To the Bottom)," "Speak Her Name," "Welcome Home"e "A Corner in the Sun".

 Tirou proveito dos talentos da dupla Carl Davis e Curtis Mayfield, que trabalhavam com The Impressions, Major Lance e Gene Chandler. Nas suas canções usava muitos arranjos de metais e cordas, mas de forma suave.

 Já havia gravado para a Columbia Records, quando OKeh o encontrou tocando piano num bar de Detroit em 1962. Vítima de poliomielite na infância, nunca deixou a deficiência lhe atrapalhar. Usava muletas para cantar.

 Sua voz era imponente. Muitos produtores o visualizavam como um novo Nat King Cole. Obteve canções de Curtis Mayfield, Van McCoy, Chip Taylor entre bons compositores.


 Apesar do potencial de crossover permaneceu obscuro para o público branco. Durante a última parte de sua estadia com OKeh, ele foi transferido do estável produtor Carl Davis para Ted Cooper. Fez algum sucesso no final da década de 1960. Morreu de hemorragia cerebral em 1983.


Otis Leavill: A força de um boxeador no Blues


Do boxe para o Blues

Luís Alberto Alves

Talentoso,  Otis Leavill Cobb nasceu em 1937 em Dewey Rose. Logo a família mudou-se para Chicago e ele fixou raízes na área de Londale no Westside. Ele tinha quatro irmãos e duas irmãs. O pai era pastor, responsável por criar o grupo The Singers Cobb.

 Próximo de Curtis Mayfield e Jerry Butler, teve infância pródiga. Na adolescência eram amigos e participavam de luta de boxe amador em St. Albees. Quando lançou o primeiro disco, Ride Sally Ride, pela subsidiária da Mercury Limelight, começou a voar alto. 

A canção do amigo Mayfield, “"Gotta Right to Cry” estourou nas paradas. Entrou na Okeh Records. O terceiro álbum, Let Her Love Me, em 1966, o jogou na Billboard R&B e o primeiro hit da Rock Records.

 A turnê Caravan of Stars, de Dick Clark, divulgou ainda mais o nome de Leavill. Virou amigo do produtor Carl Davis. Por dele descobriu nomes como: “The Chi-Lites, Tyrone Davis, Bohannon e Manchild, cujos membros incluía Kenneth “Baby Face” Edmonds.

 Leavill e Davis apostaram na irmã mais nova, de 16 anos, Yvette Stevens, Yvonne. Apesar de adolescentes, tinha vozeirão. Mais tarde mudou o nome para Chaka Khan e Yvonne, Taka Boom. Leavill nunca fez sucesso na Califórnia.

 Na Rock Records gravou lindas canções, incluindo “To Be or Not to Be," e "Let Me Live”. Quando David criou o selo Dakar Records, Leavill virou vice-presidente da empresa. Seu maior sucesso ali foi o hit: “I Love You”, imitando a vocalista Eugene Record do grupo The Chi-Lites, chegando ao número 10 da parada de R&B. Mesmo assim nunca lançou nenhum álbum nesta gravadora.

 Após a morte de Davis, a Dakar parou nas mãos da Brunswick Records. Nesta nova casa, Leavill nunca fez sucesso. Soltou alguns hits pela Columbia Records, produziu canções para Tyrone Davis e supervisionou álbum na Motown para Major Lance. Em 2000 criou a OK Records. Morreu dois anos depois de ataque cardíaco.

Arthur Alexander: Autor de "ANNA", um dos grandes sucessos dos Beatles




Autor de hits para nata do Rock

Luís Alberto Alves

Apesar de suas canções terem sido gravadas pelos Beatles,  Rolling Stones e Elvis Presley, o pioneiro do Country Soul, Arthur Alexander permaneceu desconhecido para a maioria do público. Porém, suas composições é obra de gênio. Um dos maiores sucessos dele é a balada "Anna", inspirada numa namorada de adolescência que o trocou por outro. Acabou imortalizada nos vocais dos Beatles e de regravações, como a feita por Renato e seus Blue Caps no Brasil.

 Nascido em 1940 em Florença, Alexander era filho de guitarrista de Blues. Daí conseguiu circular livremente pelo Country e R&B, quando ainda era estudante do Ensino Fundamental. Nessa época criou o grupo Heartstrings. No Ensino Médio, antes de mergulhar na carreira artística, trabalhou de mensageiro de hotel, onde fez amizade com Tom Stafford.

 O seu colega escrevia boas letras e Alexander colocava melodias. Conheceu as lendas Dan Penn, Spooner Oldham, Billy Sherrill e Rick Hall. Em 1958 emendou parceria com Henry Lee Bennett, escrevendo o hit: “ She Wanna Rock”, vendida para a Decca Records. No ano seguinte o cantor country, Arnie Derksen a gravou e ela virou canção do ano.

 Em 1960, Alexander entrou na Judd Records, soltando o Blues “Saly Sue Brown”, escrita e produzida com Stafford. Durante o Verão de 1961, Alexander e Hall atravessaram o rio Tennessee para montar estúdio de gravação em Muscle Shoals, transformando em obra lendária da história da música popular dos Estados Unidos.

 Dali saiu diversas gravações, inclusive a inesquecível “You Better Move On”. Essa canção antecipou a Soul Music que iria popularizar Memphis como terra das gravadoras Stax e Hi, estourando nas paradas de todos os Estados Unidos.

 O bolo ficaria mais gostoso após os Rolling Stones gravarem “You Better Move On”, rendendo dinheiro suficiente para Hall construir outro estúdio. Porém sem a parceria com Alexander, o sucesso caiu muito. Pouco tempo depois ele gravou o hit “Soldier of Love” e a história mudou outra vez.

 Em 1963 Alexander gravou o hit “Every Day I Have to Cry”, incluído no album Go Home Girl. Lançou diversos singles. E singles poucos ouvidos como: “You´re The Reason”, “Ole John Amos” e “Detroit City”. Dois anos depois entrou na gravadora Sound Stage 7, onde soltou a canção “(Baby” For You”. Após lançar o hit “Show Me The Road”, não trabalhou em outras canções até 1968, quando apresentou “I Need You Baby”.

 Mesmo gravando na ABC Records, Alexander ficou ausente do mercado na segunda metade da década de 1960. Em 1971 soltou o hit “Lonely Just Like Me” ressurgindo como compositor, desta vez sediado em Nashville trabalhando ao lado de Kris Kristofferson, Billy Swan, Tony Joe White e Donnie Fritts.

 Entrou na Warner Bros, onde gravou o primeiro disco numa década, Burning Love. Não fez sucesso comercial. Saiu da Warner e de Nashville para morar outra vez em Florença. Assinou com a Buddah Records, retornou para Muscle Shoals e gravou a versão de “Every Day I Have to Cry”. O hit “Sharing the Night With You” veio depois, seguido de “So Long Baby”.



 Depois Alexander largou a música para dirigir ônibus de serviços sociais. Em 1993 a Elektra Records o convenceu a gravar o disco Lonely Just Like Me, mas quando estava em turnê morreu naquele mesmo ano.

Artie “Blues Boy” White: Do coro da igreja para o Blues


Estouro nas paradas de 1970

Luís Alberto Alves

Poucos artistas de Blues de Chicago foram capazes de estourar nas paradas de R&B na década de 1970, quando este gênero musical estava quase morto. Coube a Artie “Blues Boy” White essa rara façanha em 1977 com o hit “Leanin' Tree.” A Gospel Music era o alvo musical dele.

 Cantou numa igreja evangélica no grupo The Harps of David, aos 11 anos de idade antes de vir para Chicago em 1956. Sua voz ganhou fãs e o mundo o retirou do evangelho, quando alguém lhe ofereceu um Cadillac e US$ para gravar hits de Blues.

 No circuito de Chicago ganhou respeito na década de 1970. Só conheceu sucesso de verdade em 1985 ao entrar na Shreveport Ronn Records. Dois anos depois pulou para Ichiban Records, lançando seis álbuns de Blues, usando composições de Bob Jones e Travis Haddix.


  Em 1989 contou com a presença de Little Milton Campbell, uma de suas principais influências na guitarra. A mudança para o selo Waldoxy em 1994 resultou em bons discos. Um deles foi: A Tribute to Muddy Waters, em 1997, e Can We Get Together, em 1999. O ano de 2002 mostrou que Artie “Blues Boy” White continuava forte, quando lançou o hit “Can Not Get Enough”, pela Gold Circle Records.

The Carter Brothers: Trio de Blues da Jewell Records


Blues entre família

Luís Alberto Alves

O Eletric Blues tem nome, quando se fala da Jewel Records num grande número de gravadoras desse gênero nos Estados Unidos. Essa banda com Roman Carter (vocal e baixo), Albert Carter (guitarra) e Jerry Carter  (vocal e piano) começou a gravar em 1964 para o produtor  e compositor Duke Coleman. Quando Stan Lewis Jewel Records colocou nas ruas diversos singles, entre eles “Southern Country Boy”, a história mudou de tom.

Até a separação em 1967, o trio lançou mais de uma dúzia de discos distribuídos em várias compilações. O vocalista Roman Carter lançou vários singles solo para a Jewell e depois emendou carreira solo durante 40 anos, recebendo prêmio de Melhor Vocalista Masculino de Blues, promovido pela Real Blues Awards em 1999.


 Anos mais tarde juntou forças com o veterano produtor e compositor Tom Rothrock para lançar o CD Never Slow Down em 2007.