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#BMW - Morre #QuincyJones, o gênio da produção de grandes discos

Luís Alberto Alves/Hourpress

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Elmer Bernstein: O homem que compôs a trilha sonora do filme Os Dez Mandamentos




Bernstein deixou seu nome escrito nas inúmeras trilhas sonoras em Hollywood

Luís Alberto Alves

 De 1922 a 2004, quando faleceu, Elmer Bernstein deixou escrito o seu nome na história da música dos Estados Unidos. Arranjador, maestro e compositor de mais de 200 trilhas sonoras de grandes filmes, foi saudado como gênio musical no campo clássico aos 12 anos de idade.

 Apesar de ser  talentoso ator, dançarino e pintor, dedicou-se a tornar-se  pianista de concerto e excursionou pelo país enquanto ainda era adolescente. Sua educação na Universidade de Nova York foi interrompida quando ele ingressou na Força Aérea dos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial.

 Nos quatro anos que ali ficou, compôs e direcionou suas canções para a publicidade, produzindo terapia musical para militares fatigados. Após o final da guerra entrou na Juilliard School of Music, estudando composição com o célebre Roger Sessions.

 Mudou­se para Hollywood, aos 28 anos, e passou a escrever trilhas sonoras de filmes em 1950. O primeiro hit foi para Sudden Fear, thriller de suspense estrelado por Joan Crawford e Jack Palance. A partir daí não parou mais. Em 1955 outra canção sua estourou na longa série de TV, Gunsmoke. No ano seguinte compôs a trilha sonora do épico Os Dez Mandamentos.

 Em 1993, uma orquestra de 81 músicos gravou a trilha para o filme de Martin Scorsese, Age Of Innocence. Ele recebeu outra indicação ao Oscar. Quando ganhou o troféu, era o arranjador musical e regente desta célebre cerimônia do cinema em Hollywood. Teve de deixar o bastão antes de ir ao palco receber a estatueta.


 Bernstein foi figura de destaque em Hollywood, atuando como vice-presidente da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, entre 1963 e 1969, e presidente da associação de compositores e letristas Guild of America entre 1970 e 1979. Também atuou como presidente da Young Musicians Foundation, entre 1960 e 1970. Morreu em agosto de 2004 deixando enorme galeria de lindas canções.

The Motels: Banda da linda voz de Martha Davis




 
A banda The Motels surgiu no começo da década de 1970
Luís Alberto Alves

 No começo da década de 1970 que surgiu a banda The Motels, que era conhecida como Warfield Foxes, composta por Martha Davis (vocal), Dean Chamberlain (guitarra), Robert Newman (bateria) e Richard D´Andrea (baixo).

 Na mudança para Los Angeles, o grupo gravou uma fita demo para a Warner Brothers Records em 1975, mas divergências internas provocaram a separação. Com novos componentes, Jeff Jourard (guitarra), seu irmão Martin (teclados e saxofone), Michael Goodroe (baixo) e o baterista de estúdio, Brian Glascock, passaram a se apresentar no circuito noturno de Hollywwod.

 Chamaram a atenção das gravadoras em 1979 soltaram o primeiro disco pela Capitol Records. A faixa “Total Control”, produzida por John Carter, estourou nas paradas. A ótima presença de palco da banda foi elogiada pela crítica.

 Embora os dois singles “Whose Problem?” e “Days Are O.K.”, aparecessem nos paradas dos Estados Unidos e Reino Unido, foi na Austrália onde teve maior impacto. A voz de Martha sofreu um baque quando teve um câncer quando viraram sucessos os hits “Only The Lonely” (1982) e “Suddenly Last Summer” (1983).

 Após lançar outro disco, em 1987 Martha resolveu sair da carreira artística, decretando o fim da banda. Embarcou pouco tempo depois em carreira solo e depois como compositora. Em 1998 deu nova roupagem ao grupo.


terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Amii Stewart: A versátil cantora de “Knock on Wood”

A maioria das capas dos discos de Amii é carregada de sensualidade



Luís Alberto Alves

 Amy 'Amii' Paulette Stewart nasceu em 1950. Cantora norte americana de Disco Music, Soul e Dance Pop, além de dançarina e atriz. Ficou famosa por causa do hit "Knock on Wood". Ela meia­irmã da atriz/cantora Miquel Brown.

 Seu nome artístico mudou para Amii porque já existia outra cantora assinando como Amy Stewart. Estudou na Universidade Howard, de Washington, mas logo saiu para assistir aulas de balé e dança moderna. Antes de entrar na Ariola Records, trabalhava de turismo de produção de palco de Bubbling Brown Sugar em 1975.

 Em Londres conheceu Barry Leng, produtor musical da Hansa Records. Usando a eletrônica, que na época não era alvo dos artistas de estúdio, Amii engatou a primeira marcha rumo ao sucesso. No final de 1977 estourou com o hit “You Really Touched My Heart”, composta por Leng e Simon May. O primeiro disco tinha cinco canções e três versões cover.

 O single inicial veio em cima da versão Disco Music, do sucesso de Eddie Floyd, em 1966, "Knock on Wood" que chegou aos primeiros lugares das paradas dos Estados Unidos em abril de 1979, rendendo Disco de Platina e indicação ao Grammy. Nesse mesmo ano repetiu a dose com o hit dos The Doors, “Light My Fire”.

 Mas o maior de seus sucessos é o hit “Friends”, de 1985. Autoria do músico italiano Mike Francis, arrebentou no Reino Unido e Filipinas. Desde 2001 ela trabalha como embaixadora da boa vontade para o Unicef, na Itália. . Dois anos depois estrelou o musical Lady Day, no papel de Billie Holiday, que escreveu e produziu.

 Em 2006 gravou o single de caridade “Love Song” para o Unicef em quatro idiomas. Retornou o dueto dois anos depois com Mike Francis na faixa  "Nothing Can Come Between Us". Continua em atividade na Itália, onde mora atualmente. Gravou 17 discos.


sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Schoolly D: Um dos papas do RAP Gangsta



Schoolly D é dos pioneiros do RAP Gangsta

Luís Alberto Alves

 Schoolly D foi um dos pioneiros do RAP Gangsta, na linha de Ice Cube e outros. Repleto de letras abordando violência, vinganças e elogio à sexualidade. Um de seus discos mais famosos é Maniac, lançado em 1984 e Gangsta Boogie. Também ficou na memória dos fãs o disco independente, cuja faixa “PSK - What Does It Mean” transpirou para ser acrônimo para Park Side Killers, gangue muito famosa na Filadélfia.

 Após amarrar o burro na sombra, passou a fazer pouco para justificar o nome na galeria do RAP Gangsta. Ele explorou bastante a violência das gangues, para tentar ganhar mais fama. Porém foi com hits como “Am I Black Enough For You”, trazendo preocupações sócio políticas que sua reputação passou a brilhar mais.

 Na época de seu álbum Comeback de 1994, lançado pela Ruffhouse Records, da Filadélfia, Schoolly tinha progredido mais. Renunciando as amostras básicas que havia salientado maior parte de sua carreira, usando uma banda de hardcore ao vivo completo, incluindo Chuck Treece (baixo) e Mary Harris (bateria) da casa banda Ruffhouse.

 O disco foi co-produzido pela gravadora Joe 'The Butcher' Nicolo e Mike Tyler.  No disco seguinte retornou ao estilo despojado de antes. No final da década de 1990 escreveu canções para trilhas sonoras dos filmes The King Of New York e The Blackout.




Buzy Bee: Rapper famoso por suas rimas cômicas




Buzy Bee é outra cria do bairro do Bronx, em Nova York

Luís Alberto Alves

 David Parker, depois conhecido como Buzy Bee, é outra cria da Black Music nascida no bairro do Bronx, Nova York. É um velho músico da escola do Hip Hop. Estourou em 1977, aos 15 anos. Trabalhou com feras do porte de Melle Mel, Afrika Bambaataa, Kool e DJ Aj.

 É famoso por suas rimas cômicas. Acabou ganhando grande número de seguidores nas famosas batalhas de RAP em Staten Island, Brooklyn e Nova Jersey. Acabou engolido por Kool Moe Dee no Harlem Mundial em Manhattan, numa dessas guerras travadas em 1981 e documentada.

 Quatro anos ganhou o MC Mundial Supremavy Belt do Seminário New Music. No começo da década de 1980 Afrika Bambaataa o convidou para fazer parte de sua Zulu Nation.  Em 1983 teve destaque no filme Wild Style, que falava do movimento Hip Hop. No ano de 2007 acabou incluído num documentário a respeito dessa vertente da Black Music.

 Apesar da pauleira da vida artística e facilidades de relacionamentos conjugais, é casado há mais de 20 anos, e tem duas filhas.  Seu CD mais recente saiu em 2010, Married Girl 3462.


MC Shan: O rapper do hit "The Bridge"



Shan é o primo mais velho de Marley Marl

Luís Alberto Alves

 MC Shan é o nome de guerra de Shawn Moltke, nascido em Long Island, bairro do Queens, Nova York, em 1965. Rapper, é conhecido pela sua canção “The Bridge”, produzida por Marley Marl. É o primo mais velho de Marl e irmão da rapper Princesa Ivori.

 Em 1985 começou na MCA Records, onde lançou seu primeiro e grande single: “Feed The World”. Apesar do sucesso acabou demitido. Depois entrou na Cold Chillin Records. Após a gravação de alguns singles, saiu em 1987.

 Ficou conhecido por ser instrumento chave na rivalidade do Hip­Hop, conhecido como Guerra das Pontes, entre Juice e Boogie Down Productions. A briga começou quando ele lançou o hit “The Bridge”, como um B/side de “Beat Biter”, numa resposta a LL Cool J. Outro rapper, KRS/One respondeu compondo “South Bronx” e Juice Crew soltou com “Kill That Noise.”

 O segundo disco de Shan, Born To Be Wild, de 1988, revelou sua persona, trazendo produção de Marley Marl. Dois anos depois soltou Play It Again, num estilo mais maduro. 

 Depois passou a se concentrar na produção e trabalhar em filmes. Após gravar o álbum The Bridge 2000, em 1998, voltou à ativa em 2012 com Let´s Bring Hip Hop Back e Everybody Wanna Be A Big Star Drive A Big Car (2013).


quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Lincoln Olivetti: Brasil perde grande talento da Black Music



Olivetti, o mago dos arranjos com teclados e metais no estilo Black Music


Luís Alberto Alves

 Quando você ouve os hits “Chega Mais” e “Lança Perfume”, com Rita Lee; “Palco”, Gilberto Gil, “Você e Eu, Eu e Você”, “ Acenda o Farol”, Está Difícil de Esquecer”, Tim Maia , “Festa do Interior “, Gal Costa, entre outros é possível lembrar os arranjos belos de teclados, muito parecidos com os sucessos que marcaram época no final da década de 1970 e 80 nos Estados Unidos. Olivetti morreu aos 60 anos ontem (13/01).

 Por trás dessas obras­ primas estava o talento de Lincoln Olivetti, que revolucionou a Black Music brasileira. Em dupla com Robson Jorge gravou um disco que entrou para história de como misturar Disco Music, Funk (original dos Estados Unidos) e Soul e fazer dançar até quem tem o quadril duro. Um de seus últimos trabalhos foi como arranjador no reality show The Voice. O tema dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, é autoria dele também.

 Infelizmente os puristas de plantão torceram os narizes para Lincoln, por ele investir em teclados e metais em seus arranjos. Caiu no ostracismo na década de 1990, para ganhar uns trocados fazia arranjos para jingles. Porém ficou marcado para sempre na memória dos amantes da boa música. Daquelas de letras curtas, mas de arranjos lindos que viraram temas de amor de muitas vidas.



sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Boogie Down Productions: A dupla que cantou os problemas da comunidade negra dos EUA




Do barra pesada bairro do Bronx para o sucesso

Luís Alberto Alves

 Esta dupla de RAP do pesadíssimo bairro do Bronx (semelhante à Cracolândia) é composta por DJ Scott LaRock e o rapper KRS/One. Igual a maioria dos grupos deste gênero musical em Nova York, as letras deles destacaram os problemas que a comunidade negra enfrenta num ambiente urbano e moderno, agravado pelo uso de drogas, brigas entre gangues e uso de armas de fogo nas ruas.

 Reunidos num abrigo para moradores de rua no Bronx, onde LaRocke era conselheiro e KRS/One cliente, ali encontraram inspiração para a célebre canção “Act 12:41 (‘Success Is The Word’)”. Após o lançamento do álbum de estréia Minded Criminal, os dois sugeriram que os jovens negros tinha direito de usar todos os meios necessários para superar os anos de preconceito e discriminação. Venderam meio milhão de cópias.

 Infelizmente LaRock foi alvo de assassino quando estava dentro de seu carro na Zona Sul do Bronx. As letras do parceiro KRS/One passaram a trazer mensagens de mudança de atitude, exigindo fim da violência e de os negros irem estudar.

  A capa do disco Criminal Minded trazia a dupla com armas nas mãos. As faixas como: “The Style You Haven’t Done Yet” convenceu o público. Serviu de inspiração para novos rappers. Começou a fazer palestras nas universidades e até escrevendo coluna no conceituado jornal The New York Times.

 Na cola da dupla veio Public Enemy. Ambos mantiveram o zelo sobre as mensagens contra violência e aumento da consciência do politicamente correto, numa cena mais madura do RAP de Nova York. Na década de 1990 mudaram o ângulo das letras, recheando seus discos com acompanhamento sem brilho. Lançaram o disco 2 Live Crew beating KRS-One to the punch, bem potente e cheio de energia. Pouco tempo depois KRS/One saiu da dupla para carreira solo.


segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Prince Jammy: O homem que colocou o Reggae na era digital


Jammy ganhou muito dinheiro construindo amplificadores de som
Luís Alberto Alves

 Lloyd James é de Montego Bay, Jamaica. É conhecido no circuito artístico como Prince Jammy ou Kink Jammy. Iniciou a carreira musical como mestre do dub no estúdio de gravação de King Tubby. Seus dubs ficaram conhecidos pelo som claro e uso de efeitos.

 Após ganhar dinheiro na construção de amplificadores e conserto de equipamentos elétricos na casa da mãe, em Waterhouse, no final da década de 1960, passou a investir no próprio sistema de som.

 Após sair da Jamaica foi para o Canadá, onde permaneceu alguns anos no começo de 1970. Seis anos depois retornou à Jamaica para montar o próprio estúdio na casa dos sogros.


 No final da década de 1970 lançou suas próprias produções, incluindo o álbum de estréia de Black Uhuru em 1977. Nos anos de 1980 virou produtor de hits Dancehall. Um de seus maiores sucessos foi o hit “Under Me Sleng Teng”, de Wayne Smith. Para muitos essa canção é o primeiro hit em ritmo digital do Reggae, entrando da era moderna do Dancehall. Trabalha com os melhores artistas da Black Music da Jamaica.