Reportagens com clipes descrevendo histórias de artistas famosos,
principalmente de intérpretes da Black Music, além de destacar a importância do Blues no Showbiz.
Numa fase ruim, Nona garantiu o sustento como backing vocal
Nona Hendryx nasceu em 1944, no subúrbio de
Trenton, New Jersey. Começou a carreira na década de 1970. Durante os anos de 1980 emplacou alguns hits nas paradas, como “Keep In
Confidential”, “I Sweat (Goind Through The Motions)” e “Why Should I Cry?”
Além de várias canções
no estilo Soul Music, Nona também produziu uma série de álbuns de Hard Rock e
fez backing vocal para Talking Heads, Peter Gabriel, Laurie Anderson e Afrika
Bambaataa numa época que precisou ganhar o sustento trabalhando em estúdios.
No ano
de 1984, Nona deu uma força para Laswell no disco Skin Diver. Em 1985 voltou
com todo gás, num álbum produzido por Arthur Baker. Reuniu vários artistas,
como os guitarristas Ronnie Drayton e Keith Richards, os baixistas Doug Wimbish
e Bernardd Edwards (da banda de Disco Music Chic, na década de 1970/80), o
saxofonista Lenny Pickett e os vocalistas Will Downing e Gang of Hour Hugo
Burnham.
Em 1992 retornou às raízes Soul com o disco You Have To Cry Sometime. Nele um
dos destaques é a faixa “Storybook Children”, num dueto com Billy Vera. Metade
da renda desse disco foi revertida para a Fundação Rhythm and Blues. Cansada de
turnês e mudanças de gravadora, Nona parou de lançar discos durante o restante
dos anos 90.
Perto
de 2000 voltou ao batente, aparecendo em gravações de Lisa Lisa, Morgan
Heritage. Em 2007 se reuniu com Patti Labelle, lançando o CD Back to Now on
Verve no ano seguinte. O material recebeu a produção da equipe lendádria de
Kenny Gamble e Leon Huff, criadores do inesquecível The Philly of Sound no
final da década de 1960 na Filadélfia que revelou inúmeros artistas da Black
Music com novos estilos de arranjos.
A reunião de trabalho com Labelle serviu para
impulsionar novamente a carreira de Nona. Ela começou a gravar novos CDs,
inclusive lançando o álbum Jazz Fun It´s Time, numa parceria com Ethnics de
Kahil El´zabar em 2011, muito elogiado pela crítica.
A banda Troop já emplacou cinco singles no Top Ten da Billboard Charts R&B
Troop é uma banda de R & B de Pasadena,
Califórnia. O grupo teve cinco singles número um e dez singles no Top Ten da
Billboard Charts R & B. Eles também completaram cinco álbuns, incluindo
três de Ouro certificado e um álbum de Platina. Troop é um acrônimo para “total
respeito de outras pessoas”. O conjunto é o mais notável para uma série de
número de hits de R&B, incluindo dois covers populares como as canções “All
I Do Is Think of You” e “Sweet November”, originalmente cantada pelos The
Jackson 5 e The Deele, respectivamente. Também colocaram nas paradas as canções
“Mamacita” e “Spread My Wings”.
A caminhada do grupo rumo ao sucesso começou
no final de 1980, após ganhar um concurso de caça talentos na televisão (Puttin
´On The Hits). A performance deles chamou a atenção de gravadoras. A banda
Troop é composta pelos amigos de infância Steve Russell, Allen McNeil, John
Harreld, Rodney Benford e Reggie Warren. Assinaram contrato com a Atlantic
Records e lançaram o primeiro single “Mamacita” no primeiro álbum que saiu em
1988. O disco chegou ao posto número 2 da parada Billboard de R&B.
Após o lançamento de Troop Attitude, que
incluía canções “ Spread My Wings” e “
All I Do Is Think of You”, que foram número 1 nas paradas da Billboard R &
B e manteve-se no Top 10 nas paradas por várias semanas acabaram ganhando Disco
de Platina. O terceiro disco, Deepa, veio 1992, com o single “Sweet November”
estourando nas paradas. Em 1994 e 1998 gravaram os álbuns “A Lil ´Sumpin Sumpin
e Mayday. Os dois foram relançados em 2005.
Depois de uma pausa, com os meninos
trabalhando na composição e produção de outros projetos e empreendimentos
comerciais, em 2004 retornaram e passaram a excursionar pelos Estados Unidos e
finalizando o sexto CD. Encabeçaram uma série de shows e também dividiram o
palco com Boyz II Men, Brian McKnight, Keith Sweat, Silk, Mario e Jon B.
Apareceram no filme New Jack City cantando a cappella, na trilha sonora com
Queen Latifah e Levert, num medley de covers de The O´Jays, na canção “For the
Love of Money”.
Em 2010 Steve Russell lançou seu primeiro CD
solo, So Random, pelo próprio selo Motel Music. Allen McNeil fez o mesmo, com o
álbum Hybernation no mesmo ano. Em 2011 repetiu a dose com o CD Send for Me e
teve grande repercussão junto aos fãs. McNeil também passou a fazer testes para
trabalhar no cinema. Resta saber quanto tempo o grupo vai durar com seus
membros envolvidos em diversas atividades.
Indicando ao Grammy, o trio After 7 já fez o nome na Black Music
O After
7 é um trio vocal composto pelos irmãos Kevon e Melvin Edmonds (ambos de
Indianapolis, Indiana), ao lado do amigo de longa data Keith Mitchell. Eles
tornaram-se um dos mais bem sucedidos grupo de R & B/Soul Age nos EUA dos
anos 90. Kevon e Melvin encontraram Mitchell na Universidade de Indiana, onde
os irmãos foram dar prosseguimento aos estudos de negócios, e também eram
membros da Indiana University.
Após uma pequena turnê com o Deele Group foram
trabalhar com a banda Shalamar. Em 1989 o After 7 lançou o primeiro álbum,
baseado num repertório bem explosivo trazendo canções com roupagem da década de
1950 mesclado com Hip-Hop. O hit “Ready Or Not” e “Can´t Stop” ganharam
diversos prêmios, incluindo uma indicação ao Grammy de Melhor Grupo de Soul.
Esperaram três anos para excursionar ao lado de astros como Mc Hammer, Gladys
Knight e Whitney Houston, antes de lançar o disco Takin ´My Time, muito bem cotado
junto à crítica.
Bom impacto
teve a trilha sonora para os filmes Sugar Hill (“Gona Love You Right”) e The
Five Hearbeats (“Nights Like This”) e para o programa de televisão Beverly
Hills 90210 (‘Not Enough Hours In The Night’). Depois de participar
com a estreia do After 7, Edmonds, terceiro irmão de Kenny “Babyface” retornou
para trabalhar na produção, além de compor três das canções e cantando em “Honey
(Oh How I Need You)”.
No ano seguinte, Babyface e Kevon Edmonds se uniram a
Jodeci dos Brothers K-Ci e JoJo no Milestone, gravando a balada “I Care About
You”. Quase no final de 1999, Kevon Edmonds gravou seu primeiro álbum solo.
Jesse Johnson é famoso por ter tocado na formação original
da banda The 7even original. Nascido em 1960, em Illinois, mudou-se com nove
anos de idade para St.Louis e ali foi criado por pais adotivos, após a
separação dos pais biológicos. Aos 16 retornou para Rock Island (Illinois). Com
15 anos começou a tocar guitarra, aprimorando a técnica em bandas de rock
locais, Treacherous Funk, Pilot e Dealer, até o começo dos 20 anos.
Por conselho de um
amigo foi para Minneapolis, em 1981, onde conheceu Morris Day. Não demorou para
tornar-se guitarrista do grupo de
Funk/Rock da cidade em tempo integral. Embora Prince tenha gravado os dois primeiros
álbuns da The Time com Morris Day ,
Johnson contribuiu para o projeto 6 Vanity com o hit “ Bite The Beat”, em
parceria com Prince.
No terceiro disco da The Time, Ice Cream Castle, Johnson teve parte
nas canções “The Bird” e “Jungle Love”, a mais destaca do álbum, ajudadas pela
popularidade do filme Purple Rain.
Porém no auge da
popularidade da Time Band após o Purple Rain, Johnson saiu do grupo e assinou
contrato com a A&M Records em 1984, lançando o disco Revue de Jesse Johnson.
O disco teve ajuda de dois ex-membros da The Time nos estúdios: o tecladista
Mark Cardenas e o baixista Jerry Huddard.
Três músicas foram lançadas do disco: “Be
Your Man”, "Can You Help Me" e “I Want My Girl”.
Depois
o Funk das ruas Free World. O disco Shockadelica tem o hit “Crazay”, dueto com
Sly Stone. No decorrer da década de 1980 e começo da de 1990, Johnson destacou-se
na trilha sonora do filme The Breakfast Club, com a canção “Heart Too Hot To
Hold”, num dueto com Stephanie Spruil.
Ele também produziu
diversos artistas, como Tamara, After7, Paula Abdul, Krash, Kool Skool, Janet
Jackson, Debbie Allen, Cheryl Lynn e Les Rita Mitsouko. Em 1990 Johnson deu uma
pala no disco Pandemonium, tocando guitarra hard rock pesado em várias faixas. Seis
anos depois lançou outro álbum Bare My Naked Soul para Dinosaur Records. O
disco era uma coletânea de seus outros trabalhos repletos de Funk Music na
década de 1980, próximo do Blues e Hard Rock.
No ano 2000 colocou
nas ruas a coletânea Ultimate Collection, incluindo versões de 12 faixas e uma
canção inédita, “Vibe”. Depois de 14 anos longe do Show Biz, ele lançou em 2009
o CD Verbal Penetration em dois volumes. Em 2012 trabalhou como guitarrista na série de Blues
In Performance at The White House: Red, White and Blues. Neste time estavam
talentos como Booker T. Jones, Bobby Ross Avila, Narada Michael Walden, Ernie
Fields Jr., Freddie Hendrix e Fred Wesley. Também teve performances de BB King, Buddy
Guy, Mick Jagger, Jeff Beck, Warren Haynes, Derek Trucks, Susan Tedeschi, Keb
Mo, Trombone Shorty e Gary Clark Jr.
Dexter Wansel é um artista
completo: tecladista, arranjador, produtor e músico, além, claro de cantor.
Suas canções estão presentes em todo o catálogo de Keneth Gamble e Leon Huff,
da Philadelphia International Records, criadores do inesquecível The Philly of
Sound no final da década de 1960. Teve vários parceiros, como Cynthia Biggs,
Bunny Sigler e T. Life. Uma de suas composições é “Where Are You Now”, gravada
por Jermaine Jackson.
Em 1975, Dexter teve vários hits inclusos no
disco de Carl Carlton, I Wanna Be With You, produzido por Bunny Sigler. Também
é memorável a canção “The Pain Sweetest”, no dueto entre ele e Jean Carne,
originalmente um single num disco lançado em 1979. Outros destaques foram When I Find Out That You Love,
inteiramente produzido por Dexter, e Sweet and Wonderful. Já Happy to be With You eram
dois álbuns, fundido num só, distribuído no Reino Unido pela Westside Records
no começo de 1999.
O curioso é que Dexter aos 12 anos começou a
trabalhar de faxineiro no teatro Uptown, na Filadélfia. Ficava com sanduíches e
roupas usadas na limpeza nos vários shows que assistia, como de Stevie Wonder e
Patti Labelle. Anos mais tarde, ele iria co – escrever um hit que estouraria
nas paradas de R&B na voz de Labelle. Em 1975 conheceu Gamble e Huff,
quando ainda era membro da banda Yellow Sunshine, que tinha o guitarrista
Roland Chambers. Mais tarde ele faria parte da MFSB, o conjunto de músicos
profissionais de Gamble e Huff na Philadelphia International Records.
Ao unir – se com o pessoal criativo daquela
gravadora, Dexter passou a organizar, tocar teclado e compor para outros
artistas da casa, como O´Jays, Teddy Pendergrass, The Intruders, entre outros.
Quando Patti Labelle entrou na Philadelphia
International Records, gravou dele o hit “ Woods on Sight”, cuja composição era
para Jackson Browne no álbum de 1981. A canção teve a participação de Gamble e
Cynthia Biggs, numa bela balada de amor não correspondido, “If Only You Knew”,
que ficou no primeiro lugar da parada de R&B durante um mês do começo de
1984. Ganhou o Disco de Ouro.
Esses são
alguns dos artistas que gravaram músicas de Dexter: “ Jean Carne (“I am in Love
Again”), Instant Funk (“You Are All I Need”), (“Where Did You Ever Go”, “Free
Love” e “Give It Up”); para Shirley Jones (“Last Night I Needed Somebody”, “She Knew Me”); para The Jacksons, (“Keep on
Dancin”, “Living Together”, “Do What You Want” e “Jump for Joy”) para The
Stylistics, “Hurry Up This Way Again”. Além de The O´Jays que gravaram “ Dreamy
Ballad” e “I Really Need You Now”; Phyllis Hyman pôs no seu disco “Living All
Alone”, Archie Bell and The Drells gravaram “Old People” entre outros. Durante
a década de 1990, Dexter continuous compondo Smooth Jazz e outros gêneros
musicais para artistas que pertenceram à Philadelphia International Records.
Jean, há 40 anos, fez backing vocal para os dois primeiros discos da Earth, Wind & Fire
Jean Carne é outro
destaque do Philly Soul (estilo de Soul Music nascido na Filadélfia no final da
década de 1960, criado pela dupla de empresários de Show Biz Gamble/Huff).
Nascida em 1947, ficou conhecida por causa de sua vocalização única (alcança
cinco oitavas, igual Whitney Houston) e grande habilidade de interpretação e
improvisação.
No começo da carreira seu nome artístico era Jean Carn, mas
depois por orientação de numerológo acrescentou a letra “e”, nas inúmeras
besteiras que existem no mundo artístico, como se uma letra fosse responsável
pelo talento de alguém.
O início da
carreira foi ao lado então marido, o pianista Doug Carn, fundador da Black Jazz
Records. Veio ao mundo na cidade de Columbus, no Estado racista da Geórgia, e
após algum tempo começou a destacar-se. Aos quatro anos de idade já era membro
do grupo de louvor da igreja. Ali aprender a tocar piano, clarinete e fagote,
saindo-se bem em todos.
Depois estudou no
Booker T. Washington High School, de Atlanta, onde aprendeu a falar russo
fluentemente. Recebeu uma bolsa de estudos após a formatura, em 1965, para
aprofundar os conhecimentos no Morris Brown College. Ali conheceu todos os
gêneros do teatro musical de grande ópera. Acabou conhecendo o futuro esposo,
Doug Carn (hoje divorciados). Virou vocalista de sua banda de Jazz Fusion.
Mudaram para Los
Angeles e gravou três álbuns com o marido: “Infant Eyes”, “Spirit Of The New
Land” e “Revelation”. O trabalho ganhou novos fãs do Jazz e chamou a atenção da
banda Earth, Wind & Fire. Ela fez backing vocal para os dois primeiros
discos do grupo: Earth, Wind & Fire e The Need Of Love, onde Jean prolongou
a exibição de suas habilidades musicais com a banda, que foi além do Jazz.
Também destacou-se
ao lado de Norman Connors, principalmente com o hit “Valentine Love”, lançado
em 1975 pela Buddah Records, e a canção “Dindi”, onde sua versatilidade aflorou
intensamente. No ano seguinte assinou contrato com a Philadelphia International
Records, da dupla Gamble/Huff, criadores do famoso e inesquecível Som da
Filadélfia, conhecido nos Estados Unidos como The Philly of Sound.
Em 1977, aos 30
anos, lançou o primeiro disco naquela casa, fundindo o melhor dos anos 70: Soul
e Jazz em composições bonitas e ótimos arranjos instrumentais. O primeiro
single “Free Love” chegou ao posto 23 na parada de R&B. Várias faixas do
álbum tiveram grande destaque nas emissoras de rádio.
O ano de 1978 marca o
lançamento do segundo disco, Happy To Be With You. Nele estava o single de sucesso “Do Not Let It Go To Your Head”. O
terceiro álbum When I Find You Love teve
outro estouro. Produzido por Dexter Wansel, Gamble e Huff e Jerry Butler,
ganhou destaque a faixa “My Love Not Come Easy”.
Nesta altura do
campeonato, Jean Carn ciente do seu potencial, saiu da Philadelphia
International para a TSOP, subsidiária do grupo. Em 1981 lançou outro disco,
num belo dueto com Glenn Jones, regravando um hit dos Spinners: “Love do Not
Love Nobody”. Os inúmeros elogios a levou para a Motown Records em 1982. Ali o
single “If You do Not Know Me By Now”, cover da banda Harold Melvin and The
Blue Notes, com backing vocal dos Temptations, estourou nas paradas de R&B.
Ficou pouco tempo na gravadora de Berry Gordy. Quatro anos depois estava na
Carn Omni Records, lançando o álbum Closer Than Close, produzido por Grover
Washington Jr. A faixa título chegou ao primeiro lugar na parada de R&B. Em
1988 o disco You're a Part of Me trouxe um remake do sucesso de Aretha
Franklin, No Way In, produzido por Nick Martinelli.
Em 2002, o Jean visitou o Reino Unido
acompanhado por seu diretor musical, Nathan deLuxe, com apresentações no London
Jazz Cafe em março daquele ano. Inúmeras turnês à Europa ocorreram. No ano seguinte
lançou o álbum Collaborations na Expansion Records. Ali gravou diversos discos
ao longo do tempo. Jean, nessa rica carreira artística, acabou trabalhando com
produtores e compositores renomados, como Dizzy Gillespie, Norman Connors,
Temptations, Glenn Jones, Phyllis Hyman, Kenneth Gamble e Leon Huff.
Também atuou como compositora, produtora e
arranjadora vocal de seus próprios discos. Em 2008 ganhou destaque no especial Love
Train, The Sound Of Philadelphia, destacando o legado musical da dupla
Gamble/Huff. O filme trouxe diversos intérpretes que lançaram suas canções com
os belos arranjos do The Philly of Sound.
A febre do Rock & Roll deixou Harris de escanteio, forçando sua aposentadoria precoce
Wynonie Harris, grande talento do R&B,
quando jovem na cidade de Omaha, Nebraska, onde nasceu em 1915, tocava bateria,
antes de se mudar para Los Angeles no começo da década de 1940. Ali gravou,
tocou, dançou, cantou e trabalhou em diversos clubes e teatros, até fazendo
ponta em filmes. Afinal de contas, Hollywood é um bairro de Los Angeles.
Como diversos artistas da época, acabou
influenciado por Louis Jordan e pela Lucky Millinder Big Band em 1944. Chegou a gravar um hit com esse
grupo, “Whiskey In The Well?”, depois lançou uma série de best-seller de
R&B, trabalhando com diversos grupos de Jazz, incluindo os liderados por
Illinois Jacquet, Lionel Hampton e Charles Mingus.
Emplacou nas paradas as canções “ Wynonie Blues”, “Good Rockin ´Tonight´ (number 1)” , “Lolly Pop
Mama”, “Grandma Plays The Numbers”, “I Feel That Old Age Coming On”, “Drinkin´Winw
Spo-Dee-O-Dee”, “All She Wants To Do Is Rock” (number 1), “I Want My Fanny
Brown”, “Sittin´On It All The Time”, “I Like My Baby´s Pudding”, “Good Morning
Judge”, “Oh Babe”, “Blooshot Eyes” e “Lovin´Machine”.
O azar de Harris é que suas perspectivas de
longo prazo em sua carreira sofreram impactos com o surgimento do Rock &
Rol, trazendo diversos cantores solo deste novo ritmo que revolucionou o Show
Biz para sempre. O mercado começou a deixar de lado artistas de Blues urbano e
contemporâneo. Logo foi obrigado a se aposentar no começo da década de 1950.
Tentou retornar ao mercado dez anos depois, precisamente em 1967. Mas a roda do
tempo tinha girado muito. Castigado por um câncer de pulmão, Harris morreu em
1969, na mesma Los Angeles que o acolhera quando era jovem.
Bill Haley fez fama com uma canção de Preston, outro pai do Rock & Roll
Jimmy
Preston é outro artista considerado verdadeiro antepassado do Rock & Roll.
Tudo porque em 1949 ele já tocava o hit “Rock The Joint”, que serviu de
inspiração para Bill Haley & The Comets, em 1952, colocar fogo nas pistas
de dança de todos os Estados Unidos. Antes, Preston tinha escrito “Hucklebuck
Daddy”.
Porém é preciso esclarecer que os solos de sax
em “Rock The Joint” eram do sax tenor Danny Turner, mas ele herdou a fama.
É
igual quando se fala de Pelé na época em que o time do Santos não tinha
adversário em qualquer país do mundo. A equipe era uma máquina, desde o goleiro
Gilmar até o ponta-esquerda Pepe, que tinha como reserva o criolo Edu, reserva
na seleção brasileira tricampeã no México em 1970.
Preston ficou muito tempo na Gotham Records, da
Filadélfia, inclusive boa parte da década de 1950, quando fez ótimas gravações
ao lado do jazzman Benny Golson, outro sax tenor, antes de assinar contrato com
a Derby Records e emplacar seu último sucesso, “Oh Babe”, tendo no vocal
Burnetta Evans. A canção era regravação do hit de Louis Prima.
Aos 37 anos (1950) que ele começou a sentir o
gosto doce de ficar nas paradas. Preston formou grande legião de fãs do R&B após o término da Segunda Guerra
Mundial. Mas logo desanimou com o Show Biz. Em 1953 resolveu levar o talento
para a igreja. Bill Haley pegou carona nos hits de Preston e estourou em todo o
mundo. O solo de guitarra existente em “Rock The Joint” seria bem repetido em “Rock
Around The Clock”.
Por desconhecimento, diversos críticos elegeram
Elvis Presley como o fundador do Rock & Roll. Na verdade esse gênero
musical deve muito a Jimmy Preston, ótimo baterista, saxofonista e cantor. Ele,
ao lado de Fats Domino, contribuiram grandemente para lançar as raízes do Rock
& Roll, na época em que somente negros brilhavam nessa seara de ritmo.
Nunca mais voltou ao Show Biz, até sua morte em 1984, na Pensilvânia, aos 71
anos, Preston continuou tocando louvores ao Senhor na igreja, para onde foi em
1953.