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#BMW - Morre #QuincyJones, o gênio da produção de grandes discos

Luís Alberto Alves/Hourpress

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Nona Hendryx: estrela da Soul Music de New Jersey

Numa fase ruim, Nona garantiu o sustento como backing vocal

 Nona Hendryx nasceu em 1944, no subúrbio de Trenton, New Jersey. Começou a carreira na década de 1970. Durante os anos de 1980 emplacou alguns hits nas paradas, como “Keep In Confidential”, “I Sweat (Goind Through The Motions)” e “Why Should I Cry?” 

Além de várias canções no estilo Soul Music, Nona também produziu uma série de álbuns de Hard Rock e fez backing vocal para Talking Heads, Peter Gabriel, Laurie Anderson e Afrika Bambaataa numa época que precisou ganhar o sustento trabalhando em estúdios.

  No ano de 1984, Nona deu uma força para Laswell no disco Skin Diver. Em 1985 voltou com todo gás, num álbum produzido por Arthur Baker. Reuniu vários artistas, como os guitarristas Ronnie Drayton e Keith Richards, os baixistas Doug Wimbish e Bernardd Edwards (da banda de Disco Music Chic, na década de 1970/80), o saxofonista Lenny Pickett e os vocalistas Will Downing e Gang of Hour Hugo Burnham.

   Em 1992 retornou às raízes Soul  com o disco You Have To Cry Sometime. Nele um dos destaques é a faixa “Storybook Children”, num dueto com Billy Vera. Metade da renda desse disco foi revertida para a Fundação Rhythm and Blues. Cansada de turnês e mudanças de gravadora, Nona parou de lançar discos durante o restante dos anos 90.

  Perto de 2000 voltou ao batente, aparecendo em gravações de Lisa Lisa, Morgan Heritage. Em 2007 se reuniu com Patti Labelle, lançando o CD Back to Now on Verve no ano seguinte. O material recebeu a produção da equipe lendádria de Kenny Gamble e Leon Huff, criadores do inesquecível The Philly of Sound no final da década de 1960 na Filadélfia que revelou inúmeros artistas da Black Music com novos estilos de arranjos.

  A reunião de trabalho com Labelle serviu para impulsionar novamente a carreira de Nona. Ela começou a gravar novos CDs, inclusive lançando o álbum Jazz Fun It´s Time, numa parceria com Ethnics de Kahil El´zabar em 2011, muito elogiado pela crítica.


domingo, 21 de julho de 2013

Troop: de concurso caça talentos rumo ao sucesso

A banda Troop já emplacou cinco singles  no Top Ten da Billboard Charts R&B

  Troop é uma banda de R & B de Pasadena, Califórnia. O grupo teve cinco singles número um e dez singles no Top Ten da Billboard Charts R & B. Eles também completaram cinco álbuns, incluindo três de Ouro certificado e um álbum de Platina. Troop é um acrônimo para “total respeito de outras pessoas”. O conjunto é o mais notável para uma série de número de hits de R&B, incluindo dois covers populares como as canções “All I Do Is Think of You” e “Sweet November”, originalmente cantada pelos The Jackson 5 e The Deele, respectivamente. Também colocaram nas paradas as canções “Mamacita” e “Spread My Wings”.

  A caminhada do grupo rumo ao sucesso começou no final de 1980, após ganhar um concurso de caça talentos na televisão (Puttin ´On The Hits). A performance deles chamou a atenção de gravadoras. A banda Troop é composta pelos amigos de infância Steve Russell, Allen McNeil, John Harreld, Rodney Benford e Reggie Warren. Assinaram contrato com a Atlantic Records e lançaram o primeiro single “Mamacita” no primeiro álbum que saiu em 1988. O disco chegou ao posto número 2 da parada Billboard de R&B.

 Após o lançamento de Troop Attitude, que incluía canções “ Spread My Wings” e  “ All I Do Is Think of You”, que foram número 1 nas paradas da Billboard R & B e manteve-se no Top 10 nas paradas por várias semanas acabaram ganhando Disco de Platina. O terceiro disco, Deepa,  veio 1992, com o single “Sweet November” estourando nas paradas. Em 1994 e 1998 gravaram os álbuns “A Lil ´Sumpin Sumpin e Mayday. Os dois foram relançados em 2005.

  Depois de uma pausa, com os meninos trabalhando na composição e produção de outros projetos e empreendimentos comerciais, em 2004 retornaram e passaram a excursionar pelos Estados Unidos e finalizando o sexto CD. Encabeçaram uma série de shows e também dividiram o palco com Boyz II Men, Brian McKnight, Keith Sweat, Silk, Mario e Jon B. Apareceram no filme New Jack City cantando a cappella, na trilha sonora com Queen Latifah e Levert, num medley de covers de The O´Jays, na canção “For the Love of Money”.

 Em 2010 Steve Russell lançou seu primeiro CD solo, So Random, pelo próprio selo Motel Music. Allen McNeil fez o mesmo, com o álbum Hybernation no mesmo ano. Em 2011 repetiu a dose com o CD Send for Me e teve grande repercussão junto aos fãs. McNeil também passou a fazer testes para trabalhar no cinema. Resta saber quanto tempo o grupo vai durar com seus membros envolvidos em diversas atividades.



After 7: outro trio de impacto de R&B

Indicando ao Grammy, o trio After 7 já fez o nome na Black Music
  O After 7 é um trio vocal composto pelos irmãos Kevon e Melvin Edmonds (ambos de Indianapolis, Indiana), ao lado do amigo de longa data Keith Mitchell. Eles tornaram-se um dos mais bem sucedidos grupo de R & B/Soul Age nos EUA dos anos 90.

 Kevon e Melvin encontraram Mitchell na Universidade de Indiana, onde os irmãos foram dar prosseguimento aos estudos de negócios, e também eram membros da Indiana University.

 Após uma pequena turnê com o Deele Group foram trabalhar com a banda Shalamar. Em 1989 o After 7 lançou o primeiro álbum, baseado num repertório bem explosivo trazendo canções com roupagem da década de 1950 mesclado com Hip-Hop. O hit “Ready Or Not” e “Can´t Stop” ganharam diversos prêmios, incluindo uma indicação ao Grammy de Melhor Grupo de Soul. Esperaram três anos para excursionar ao lado de astros como Mc Hammer, Gladys Knight e Whitney Houston, antes de lançar o disco Takin ´My Time, muito bem cotado junto à crítica.


  Bom impacto teve a trilha sonora para os filmes Sugar Hill (“Gona Love You Right”) e The Five Hearbeats (“Nights Like This”) e para o programa de televisão Beverly Hills 90210 (‘Not Enough Hours In The Night’). Depois de participar com a estreia do After 7, Edmonds, terceiro irmão de Kenny “Babyface” retornou para trabalhar na produção, além de compor três das canções e cantando em “Honey (Oh How I Need You)”.

 No ano seguinte, Babyface e Kevon Edmonds se uniram a Jodeci dos Brothers K-Ci e JoJo no Milestone, gravando a balada “I Care About You”. Quase no final de 1999, Kevon Edmonds gravou seu primeiro álbum solo.


sexta-feira, 19 de julho de 2013

Jesse Johnson: a cópia de Prince

Johnson herdou até o estilo de vestir de Prince
Jesse Johnson é famoso por ter tocado na formação original da banda The 7even original. Nascido em 1960, em Illinois, mudou-se com nove anos de idade para St.Louis e ali foi criado por pais adotivos, após a separação dos pais biológicos. Aos 16 retornou para Rock Island (Illinois). Com 15 anos começou a tocar guitarra, aprimorando a técnica em bandas de rock locais, Treacherous Funk, Pilot e Dealer, até o começo dos 20 anos.

 Por conselho de um amigo foi para Minneapolis, em 1981, onde conheceu Morris Day. Não demorou para  tornar-se guitarrista do grupo de Funk/Rock da cidade em tempo integral.  Embora Prince tenha gravado os dois primeiros álbuns da  The Time com Morris Day , Johnson contribuiu para o projeto 6 Vanity com o hit “ Bite The Beat”, em parceria com Prince.

 No terceiro disco da  The Time, Ice Cream Castle, Johnson teve parte nas canções “The Bird” e “Jungle Love”, a mais destaca do álbum, ajudadas pela popularidade do filme Purple Rain.

 Porém no auge da popularidade da Time Band após o Purple Rain, Johnson saiu do grupo e assinou contrato com a A&M Records em 1984, lançando o disco Revue de Jesse Johnson. O disco teve ajuda de dois ex-membros da The Time nos estúdios: o tecladista Mark Cardenas e o baixista Jerry Huddard.
  Três músicas foram lançadas do disco: “Be Your Man”, "Can You Help Me" e “I Want My Girl”. 

Depois o Funk das ruas Free World. O disco Shockadelica tem o hit “Crazay”, dueto com Sly Stone. No decorrer da década de 1980 e começo da de 1990, Johnson destacou-se na trilha sonora do filme The Breakfast Club, com a canção “Heart Too Hot To Hold”, num dueto com Stephanie Spruil.

  Ele também produziu diversos artistas, como Tamara, After7, Paula Abdul, Krash, Kool Skool, Janet Jackson, Debbie Allen, Cheryl Lynn e Les Rita Mitsouko. Em 1990 Johnson deu uma pala no disco Pandemonium, tocando guitarra hard rock pesado em várias faixas. Seis anos depois lançou outro álbum Bare My Naked Soul para Dinosaur Records. O disco era uma coletânea de seus outros trabalhos repletos de Funk Music na década de 1980, próximo do Blues e Hard Rock.


  No ano 2000 colocou nas ruas a coletânea Ultimate Collection, incluindo versões de 12 faixas e uma canção inédita, “Vibe”. Depois de 14 anos longe do Show Biz, ele lançou em 2009 o CD Verbal Penetration em dois volumes. Em 2012 trabalhou como guitarrista na série de Blues In Performance at The White House: Red, White and Blues. Neste time estavam talentos como Booker T. Jones, Bobby Ross Avila, Narada Michael Walden, Ernie Fields Jr., Freddie Hendrix e Fred Wesley.  Também teve performances de BB King, Buddy Guy, Mick Jagger, Jeff Beck, Warren Haynes, Derek Trucks, Susan Tedeschi, Keb Mo, Trombone Shorty e Gary Clark Jr.


quinta-feira, 18 de julho de 2013

Dexter Wansel: a máquina de compor hits de sucesso da Filadélfia

A máquina de fazer música chamada Dexter Wansel

 Dexter Wansel é um artista completo: tecladista, arranjador, produtor e músico, além, claro de cantor. Suas canções estão presentes em todo o catálogo de Keneth Gamble e Leon Huff, da Philadelphia International Records, criadores do inesquecível The Philly of Sound no final da década de 1960. Teve vários parceiros, como Cynthia Biggs, Bunny Sigler e T. Life. Uma de suas composições é “Where Are You Now”, gravada por Jermaine Jackson.

  Em 1975, Dexter teve vários hits inclusos no disco de Carl Carlton, I Wanna Be With You, produzido por Bunny Sigler. Também é memorável a canção “The Pain Sweetest”, no dueto entre ele e Jean Carne, originalmente um single num disco lançado em 1979. Outros destaques foram When I Find Out That You Love, inteiramente produzido por Dexter, e Sweet and Wonderful.  Já Happy to be With You eram dois álbuns, fundido num só, distribuído no Reino Unido pela Westside Records no começo de 1999.

 O curioso é que Dexter aos 12 anos começou a trabalhar de faxineiro no teatro Uptown, na Filadélfia. Ficava com sanduíches e roupas usadas na limpeza nos vários shows que assistia, como de Stevie Wonder e Patti Labelle. Anos mais tarde, ele iria co – escrever um hit que estouraria nas paradas de R&B na voz de Labelle. Em 1975 conheceu Gamble e Huff, quando ainda era membro da banda Yellow Sunshine, que tinha o guitarrista Roland Chambers. Mais tarde ele faria parte da MFSB, o conjunto de músicos profissionais de Gamble e Huff na Philadelphia International Records.

 Ao unir – se com o pessoal criativo daquela gravadora, Dexter passou a organizar, tocar teclado e compor para outros artistas da casa, como O´Jays, Teddy Pendergrass, The Intruders, entre outros.
  Quando Patti Labelle entrou na Philadelphia International Records, gravou dele o hit “ Woods on Sight”, cuja composição era para Jackson Browne no álbum de 1981. A canção teve a participação de Gamble e Cynthia Biggs, numa bela balada de amor não correspondido, “If Only You Knew”, que ficou no primeiro lugar da parada de R&B durante um mês do começo de 1984. Ganhou o Disco de Ouro.

 Esses são alguns dos artistas que gravaram músicas de Dexter: “ Jean Carne (“I am in Love Again”), Instant Funk (“You Are All I Need”), (“Where Did You Ever Go”, “Free Love” e “Give It Up”); para Shirley Jones  (“Last Night I Needed Somebody”,  “She Knew Me”); para The Jacksons, (“Keep on Dancin”, “Living Together”, “Do What You Want” e “Jump for Joy”) para The Stylistics, “Hurry Up This Way Again”. Além de The O´Jays que gravaram “ Dreamy Ballad” e “I Really Need You Now”; Phyllis Hyman pôs no seu disco “Living All Alone”, Archie Bell and The Drells gravaram “Old People” entre outros. Durante a década de 1990, Dexter continuous compondo Smooth Jazz e outros gêneros musicais para artistas que pertenceram à Philadelphia International Records.




Jean Carne: a voz de cristal do The Philly of Sound

Jean, há 40 anos, fez backing vocal para os dois primeiros discos da Earth, Wind & Fire
  Jean Carne é outro destaque do Philly Soul (estilo de Soul Music nascido na Filadélfia no final da década de 1960, criado pela dupla de empresários de Show Biz Gamble/Huff). Nascida em 1947, ficou conhecida por causa de sua vocalização única (alcança cinco oitavas, igual Whitney Houston) e grande habilidade de interpretação e improvisação. 

No começo da carreira seu nome artístico era Jean Carn, mas depois por orientação de numerológo acrescentou a letra “e”, nas inúmeras besteiras que existem no mundo artístico, como se uma letra fosse responsável pelo talento de alguém.

  O início da carreira foi ao lado então marido, o pianista Doug Carn, fundador da Black Jazz Records. Veio ao mundo na cidade de Columbus, no Estado racista da Geórgia, e após algum tempo começou a destacar-se. Aos quatro anos de idade já era membro do grupo de louvor da igreja. Ali aprender a tocar piano, clarinete e fagote, saindo-se bem em todos.

 Depois estudou no Booker T. Washington High School, de Atlanta, onde aprendeu a falar russo fluentemente. Recebeu uma bolsa de estudos após a formatura, em 1965, para aprofundar os conhecimentos no Morris Brown College. Ali conheceu todos os gêneros do teatro musical de grande ópera. Acabou conhecendo o futuro esposo, Doug Carn (hoje divorciados). Virou vocalista de sua banda de Jazz Fusion.

  Mudaram para Los Angeles e gravou três álbuns com o marido: “Infant Eyes”, “Spirit Of The New Land” e “Revelation”. O trabalho ganhou novos fãs do Jazz e chamou a atenção da banda Earth, Wind & Fire. Ela fez backing vocal para os dois primeiros discos do grupo: Earth, Wind & Fire e The Need Of Love, onde Jean prolongou a exibição de suas habilidades musicais com a banda, que foi além do Jazz.

  Também destacou-se ao lado de Norman Connors, principalmente com o hit “Valentine Love”, lançado em 1975 pela Buddah Records, e a canção “Dindi”, onde sua versatilidade aflorou intensamente. No ano seguinte assinou contrato com a Philadelphia International Records, da dupla Gamble/Huff, criadores do famoso e inesquecível Som da Filadélfia, conhecido nos Estados Unidos como The Philly of Sound.

  Em 1977, aos 30 anos, lançou o primeiro disco naquela casa, fundindo o melhor dos anos 70: Soul e Jazz em composições bonitas e ótimos arranjos instrumentais. O primeiro single “Free Love” chegou ao posto 23 na parada de R&B. Várias faixas do álbum tiveram grande destaque nas emissoras de rádio. 

O ano de 1978 marca o lançamento do segundo disco, Happy To Be With You. Nele estava o single de sucesso  “Do Not Let It Go To Your Head”. O terceiro álbum  When I Find You Love teve outro estouro. Produzido por Dexter Wansel, Gamble e Huff e Jerry Butler, ganhou destaque a faixa “My Love Not Come Easy”.

  Nesta altura do campeonato, Jean Carn ciente do seu potencial, saiu da Philadelphia International para a TSOP, subsidiária do grupo. Em 1981 lançou outro disco, num belo dueto com Glenn Jones, regravando um hit dos Spinners: “Love do Not Love Nobody”. Os inúmeros elogios a levou para a Motown Records em 1982. Ali o single “If You do Not Know Me By Now”, cover da banda Harold Melvin and The Blue Notes, com backing vocal dos Temptations, estourou nas paradas de R&B. 

Ficou pouco tempo na gravadora de Berry Gordy. Quatro anos depois estava na Carn Omni Records, lançando o álbum Closer Than Close, produzido por Grover Washington Jr. A faixa título chegou ao primeiro lugar na parada de R&B. Em 1988 o disco You're a Part of Me trouxe um remake do sucesso de Aretha Franklin, No Way In, produzido por Nick Martinelli.

 Em 2002, o Jean visitou o Reino Unido acompanhado por seu diretor musical, Nathan deLuxe, com apresentações no London Jazz Cafe em março daquele ano. Inúmeras turnês à Europa ocorreram. No ano seguinte lançou o álbum Collaborations na Expansion Records. Ali gravou diversos discos ao longo do tempo. Jean, nessa rica carreira artística, acabou trabalhando com produtores e compositores renomados, como Dizzy Gillespie, Norman Connors, Temptations, Glenn Jones, Phyllis Hyman, Kenneth Gamble e Leon Huff.


 Também atuou como compositora, produtora e arranjadora vocal de seus próprios discos. Em 2008 ganhou destaque no especial Love Train, The Sound Of Philadelphia, destacando o legado musical da dupla Gamble/Huff. O filme trouxe diversos intérpretes que lançaram suas canções com os belos arranjos do The Philly of Sound.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Wynonie Harris: atropelado pelo sucesso do Rock & Roll

A febre do Rock & Roll deixou Harris de escanteio, forçando sua aposentadoria precoce
 Wynonie Harris, grande talento do R&B, quando jovem na cidade de Omaha, Nebraska, onde nasceu em 1915, tocava bateria, antes de se mudar para Los Angeles no começo da década de 1940. Ali gravou, tocou, dançou, cantou e trabalhou em diversos clubes e teatros, até fazendo ponta em filmes. Afinal de contas, Hollywood é um bairro de Los Angeles.

   Como diversos artistas da época, acabou influenciado por Louis Jordan e pela Lucky Millinder Big Band  em 1944. Chegou a gravar um hit com esse grupo, “Whiskey In The Well?”, depois lançou uma série de best-seller de R&B, trabalhando com diversos grupos de Jazz, incluindo os liderados por Illinois Jacquet, Lionel Hampton e Charles Mingus. 

 Emplacou nas paradas as canções “ Wynonie Blues”, “Good  Rockin ´Tonight´ (number 1)” , “Lolly Pop Mama”, “Grandma Plays The Numbers”, “I Feel That Old Age Coming On”, “Drinkin´Winw Spo-Dee-O-Dee”, “All She Wants To Do Is Rock” (number 1), “I Want My Fanny Brown”, “Sittin´On It All The Time”, “I Like My Baby´s Pudding”, “Good Morning Judge”, “Oh Babe”, “Blooshot Eyes” e “Lovin´Machine”.


  O azar de Harris é que suas perspectivas de longo prazo em sua carreira sofreram impactos com o surgimento do Rock & Rol, trazendo diversos cantores solo deste novo ritmo que revolucionou o Show Biz para sempre. O mercado começou a deixar de lado artistas de Blues urbano e contemporâneo. Logo foi obrigado a se aposentar no começo da década de 1950. Tentou retornar ao mercado dez anos depois, precisamente em 1967. Mas a roda do tempo tinha girado muito. Castigado por um câncer de pulmão, Harris morreu em 1969, na mesma Los Angeles que o acolhera quando era jovem.


Jimmy Preston: outro "esquecido" pai do Rock

Bill Haley fez fama com uma canção de Preston, outro pai do Rock & Roll
  Jimmy Preston é outro artista considerado verdadeiro antepassado do Rock & Roll. Tudo porque em 1949 ele já tocava o hit “Rock The Joint”, que serviu de inspiração para Bill Haley & The Comets, em 1952, colocar fogo nas pistas de dança de todos os Estados Unidos. Antes, Preston tinha escrito “Hucklebuck Daddy”.

 Porém é preciso esclarecer que os solos de sax em “Rock The Joint” eram do sax tenor Danny Turner, mas ele herdou a fama. 

É igual quando se fala de Pelé na época em que o time do Santos não tinha adversário em qualquer país do mundo. A equipe era uma máquina, desde o goleiro Gilmar até o ponta-esquerda Pepe, que tinha como reserva o criolo Edu, reserva na seleção brasileira tricampeã no México em 1970.

  Preston ficou muito tempo na Gotham Records, da Filadélfia, inclusive boa parte da década de 1950, quando fez ótimas gravações ao lado do jazzman Benny Golson, outro sax tenor, antes de assinar contrato com a Derby Records e emplacar seu último sucesso, “Oh Babe”, tendo no vocal Burnetta Evans. A canção era regravação do hit de Louis Prima.

 Aos 37 anos (1950) que ele começou a sentir o gosto doce de ficar nas paradas. Preston formou grande legião de fãs  do R&B após o término da Segunda Guerra Mundial. Mas logo desanimou com o Show Biz. Em 1953 resolveu levar o talento para a igreja. Bill Haley pegou carona nos hits de Preston e estourou em todo o mundo. O solo de guitarra existente em “Rock The Joint” seria bem repetido em “Rock Around The Clock”.

 Por desconhecimento, diversos críticos elegeram Elvis Presley como o fundador do Rock & Roll. Na verdade esse gênero musical deve muito a Jimmy Preston, ótimo baterista, saxofonista e cantor. Ele, ao lado de Fats Domino, contribuiram grandemente para lançar as raízes do Rock & Roll, na época em que somente negros brilhavam nessa seara de ritmo. Nunca mais voltou ao Show Biz, até sua morte em 1984, na Pensilvânia, aos 71 anos, Preston continuou tocando louvores ao Senhor na igreja, para onde foi em 1953.