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Luís Alberto Alves/Hourpress

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Eddie Cochran: Outra talento do Rock que, igual Buddy Holly, morreu cedo




Eddie viveu 22 anos, mas deixou sua marca no Rock
Luís Alberto Alves

 Edward Raymond Cochrane viveu apenas 22 anos, mas deixou o nome gravado no Rock. Em pouco tempo sentiu o doce gosto do sucesso, considerado um dos melhores artistas deste estilo musical, além de excelente guitarrista. Aos 15 anos formou a primeira banda, iniciando parceria com o colega de escola, Connie “Guybo” Smith, que tocava baixo.

 Bom músico logo teve a fama conhecida pela habilidade na guitarra. Suas primeiras gravações foram na Ekko Records. Em 1956 soltou o hit “ Twenty Flight Rock” trilha sonora do file The Girl Can Not Help It, de James Dean, pela Liberty Records. Por motivos desconhecidos os executivos dessa gravadora investiram no hit “Sittin ´In The Balcony”, que virou grande sucesso nos Estados Unidos.

 Em 1957, após lançar músicas de pouca expressão, gravou a bomba “Summertime Blues”, que acabou regravada por inúmeros artistas, uma das canções mais famosas do Rock and Roll. A letra Nara a angústia do adolescente dos Estados Unidos naquela época, que viviam presos dentro de casa. O riif contagiante de guitarra acabou copiado em outros remakes, numa progressão de acordes simples de E, A, B, E.

 O ano de 1958 marcou outra canção de riff inesquecível: “Let’s Get Together”. De letra simples, mas contagiante, e excelente vocal, virou outra marca na galeria das belas canções do Rock and Roll.

 Cochran visitou o Reino Unido em 1960 numa longa turnê. A pressa de voltar aos Estados Unidos para uma breve gravação e depois retornar à Europa numa longa turnê, o fez viajar de táxis, após show em Bristol. Sofreu grave acidente e morreu horas depois no hospital. O colega Gene Vincent estava ao seu lado e teve a clavícula quebrada.

 Deixou o recorde de vendas com a canção “Three Steps To Heaven”, liderando as paradas de sucesso do Reino Unido, após sua morte prematura. Assim como Buddy Holly, Cochran é citado como outro grande nome do Rock and Roll. Era músico dedicado e um dos maiores talentos desse gênero musical.




Janis Martin: A menina de "Drugstore Rock ´n´ Roll"


Janis fez muito sucesso na década e 1950

Luís Alberto Alves

 Sem ainda completar 16 anos, Janis Martin chegou à gravadora RCA logo depois de Elvis, e trazida pelo mesmo Steve Sholes, que apostara sua carreira de produtor executivo na contratação do Rei do Rock & Roll. Sholes, ao receber uma fita demo com o hit “Will You, Willyum”, logo contactou os compositores em Richmond, Virginia, de onde viera aquela pérola, para convidar a cantora para gravá-la pela RCA Victor.

 Em 1956, na mesma sessão em que registrou “Will You, Willyum” para seu primeiro single, Janis gravou para o lado B, de sua autoria, “Drugstore Rock ‘n’ Roll”. A música, cujo refrão infalível é “Drugstore’s rockin’, rock-rock; couples are boppin’, bop-bop”, estourou nas típicas festas rockers da época em que esta temática, que flerta com o fútil, mas tem boa poesia urbana, chegava à plena glória. O termo “drugstore” não se refere ao que conhecemos como farmácia, mas sim a uma mistura disso com loja de conveniência ou lanchonete, ou “o point”.

 Nos dois lados do single, Janis mostra que canta com aquele não-sei-o-quê que caracteriza o melhor Rockabilly. Em bom português, é bem o que se pode chamar de bossa.

 Toda a melhor música, em termos de emoção, é feita de momentos. Os melhores cantores populares, por não serem exatos, também são feitos disso. As cantoras, que são melhores que os cantores, são crias de momentos intensos.

 Janis Martin foi escolhida para ser a primeira de nossas Mulheres que Cantam principalmente por trechos de “Drugstore Rock ‘n’ Roll”, que a jovem Janis escreveu aos 15 anos de idade. Já na introdução cantada, “Rock-bop-jump-thump…”, o drive contido na primeira nota inspiraria gerações de seguidoras em um maravilhoso mundinho underground (que hoje é mais forte que em qualquer época).

 Janis Martin foi apelidada naquele ano “The Female Elvis” pela RCA, com permissão do próprio Rei. Nos anos seguintes ela gravou vários outros rocks fascinantes, com destaque para “Bang Bang”, de 1958.

 Os dois lados do primeiro disco 45rpm de Janis Martin, do CD The Female Elvis: Complete Recordings, 1956-60, foi editado pela Bear Family, na Alemanha, com todas as gravações da primeira cantora de Rockabilly.




quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Masta Ace: Do Brooklyn para o sucesso na Black Music



Masta Ace é outro artista nascido no bairro do Brooklyn

Luís Alberto Alves

  Duval Clear nasceu no Brookyn. Com o codinome Masta Ace virou DJ de Hip-Hop na década de 1970 até ganhar status de MC em 1983. Ganhou a gravação de um disco após vencer uma competição. Caiu nas graças do produtor Marley Marl.

 Seu álbum de estréia em 1990, Take A Look Around, teve como destaque a faixa “Me and The Biz”. O hit “ Brooklyn Battles” era uma mostra do circo decadente do RAP urbano. Ele já havia contribuído para The Brand New Heavies’ Heavy Rhyme Experience: Vol. 1. O segundo disco, lançado com o nome Masta Ace Incorporated.

 A faixa-título, "Slaughtahouse “,  paródia inteligente do machismo absurdo de gangsta rap: '99 rappers  ‘99 rappers wanna kill to sound ill, You couldn’t find their brains with a drill’.

 No entanto, a apresentação gráfica do vídeo não conseguiu impressionar MTV que proibiram. O disco incluiu os hits de rádio “Jeep Ass Niguh” e “Style Wars”. Com o projeto Crooklyn Dodgers, (ao lado de Special Ed e Buckshot of Black Moon) virou trilha sonora do filme de Spike Lee. Porém seu terceiro CD, com o hit de rádio ´Born To Roll , não estourou.


 Continuou trabalhando, lançando diversos singles e colaborando com vários artistas. Em 2001 saiu da toca. Para justificar suas atitudes, Masta Ace se julga um puritano do Hip-Hop. O CD A Long Hot Summer, sucesso de crítica em 2004, é mostra disso.

Rakim: O rapper das letras descontraídas



Descontração é a marca registrada de Rakim

Luís Alberto Alves

 William Michael Griffin Jnr., nasceu no conturbado 1968, auge da Guerra do Vietnã, em Long Island, Nova York. Entre 1987 e 1992, Rakim, seu nome artístico, lançou quatro discos numa parceria com Eric B que lhe ajudou a ganhar fama como uma das grandes figuras do RAP dos Estados Unidos.

 Logo ganho fama por causa de letras descontraídas, servindo de inspiração para nova geração de artistas de Hip-Hop na década de 1990, incluindo o enorme sucesso Wu-Tang Clan, Nas e Dr. Dre.

 Após a separação da dupla em 1992, Rakim trabalhou na trilha sonora de Homens Armados antes de sumir durante cinco anos. Retornou em 1997, com o aguardado The Letter 18, álbum de Soul Soft, ganhando elogios da crítica, destacando a faixa “The Mystery (Who Is God)”.


No início dos anos 2000, trabalhou com Dr. Dre em um novo álbum de estúdio, mas o projeto acabou por ser demolido devido a diferenças criativas entre os dois. Durante este período Rakim também lançou singles e apareceu na trilha sonora de 8 Mile de Eminem.

Gang Starr: Um das duplas mais cultas do Hip-Hop



Gang Starr é conhecida pelas letras cultas na Black Music



Luís Alberto Alves

 Gang Starr na cultura do Hip-Hop é considera um dos artistas mais culto, tanto na parte musical quanto nas composições. O grupo é formado por Guru Keith, vocalista e DJ Premier. Guru nasceu em Boston, filho de juiz, mas mudou para o Brooklyn após se formar em Administração de Empresas pela Morehouse College, em Atlanta.

 Após trabalhar como conselheiro numa casa de detenção retirou dali experiência para fazer suas letras. Porém Gang Starr já existia antes da chegada de DJ Premier, que originalmente tinha o rapper Damo D-Ski e DJ Wanna Be Down.

 Os primeiros trabalhos deles foram: The Lesson e Bust A Move, ambos produzidos pelo DJ Mark A 45 King. Ainda moravam em Boston. Premier tinha se mudado para o Texas visando estudar numa faculdade, mas deixou várias faixas demos em diversas gravadoras.

 No Texas criou o Inner City Posse e viu sua demo chamar atenção. Ganhou contrato na Wild Pitch Records, perdendo a essência de rapper de origem. A gravadora o colocou em contato com Guru, que havia gostado de uma das suas fitas.

Por meio de telefonemas a dupla conversou bastante, inclusive enviando novas fitas. Os frutos surgiram em 1989 com o álbum de estréia, No More Mr. Nice Guy, concluído em dez dias, enquanto Premier estava de férias.

 Depois veio o single “Manifest” retirado do álbum e chamou a atenção do cineasta Spike Lee. Ele estava terminando de fazer seu novo filme, Mo Better Blues. A faixa “Jazz Thing” o deixou impressionado. Lee pediu para um diretor musical, Branford Marsalis, acompanhar Gang Starr.

 Ele sugeriu que a dupla gravasse um poema de Lotis Eli versando sobre a história do Jazz, porém em ritmo de Hip-Hop, para incluir na trilha sonora do filme. A canção “Jazz Thing” serviu para popularizar o Jazz/RAP.

 Apesar da fama, Guru e Premier lutam para serem vistos como artistas fora da marca Gang Starr. A colaboração com o grupo  The Dream Warriors, no hit “I’ve Lost My Ignorance” serviu para aumentar o perfil deles em projetos solo.

 Premier produziu amplamente para KRS-One, Fu-Schnickens, Big Daddy Kane e Heavy D, entre muitos outros, enquanto Guru configura a situação Jazzmatazz vencedora. Esta última composta no seu estilo de RAP distintivo com o melhor do Jazz moderno de forma livre. Algo interessante, visto que Premier usou sempler no lugar de instrumento ao vivo.


 Durante algum circulou fofocas de que Gang Starr iria se dividir, porém a dupla desmentiu os críticos, ao retornarem num estilo livre. Em 1998 soltaram o disco The Inventive Moment Of Truth, uma visão abrangente do Hip-hop. Depois os dois tiraram férias para dedicação a projetos solos. Voltaram em 2003 com o CD Starr Gang, The Ownerz.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

A riqueza artística de cantores e bandas negras na música mundial





Earth Wind & Fire é um dos talentos dos negros no mundo da música

Luís Alberto Alves

 Sem medo de errar, 80% da música mundial tem a presença de artistas negros. O Rock ´n´Roll foi criado por um negro em 1948, o pianista Fats Domino, que gravou a incendiante “The Fat Man”. Os mestres  deste estilo tinham pele escura: principalmente o guitarrista Chuck Berry, que ensinou a arte desse instrumento ao Rolling Stone, Keith Richard, e Little Richard.

 Não se pode falar de Soul Music, deixando de lado Sam Cooke, autor da célebre “You Send Me” em 1957,  regravada inúmeras vezes. Aliás foi no seu conjunto que Bobby Womack começou a tocar. Os inventores da Funk Music (original dos Estados Unidos) foram James Brown e George Clinton.

 O que dizer do Jazz na suave voz de Billie Holiday e claro do grande maestro Duke Ellington e de Mille Davis? O Blues não pode ficar de lado e a maioria dos seus grandes cantores e músicos eram negros. Alguém se esquece Areta Franklin? Wes Montgomery é um deles, do qual George Benson herdou o estilo de  tirar sons incríveis de sua guitarra Gibson.

 Foi da Jamaica, na década de 1960, que um rapaz franzino mudou a história do Reggae. Até hoje Bob Marley é sinônimo desse belo estilo musical. Junto com ele veio também Peter Tosh. Das ruas da periferia dos Estados Unidos no final da década de 1970  Kurt Blow lançou as sementes do RAP.


 Fecho este texto citando os nomes de grandes talentos da música negra, principalmente brasileira, que ainda agitam os nossos corações: Jorge Benjor, Tim Maia, Martinho da Vila, Banda Black Rio, Cassiano, Carlos Dafé, Alcione, Clara Nunes, Clementina de Jesus, Jamelão, SPC, Paulinho da Viola, Branca di Neve, Earth Wind & Fire, Barry White, Commodores, Michael Jackson, Quincy Jones, Otis Redding, Gonzaguinha, Jovelina Pérola Negra, Public Enemy,  Roy Ayers, Marvin Gaye, Racionais MC´s , Jimmi Hendrix, Isley Brothers....