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Luís Alberto Alves/Hourpress

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Gang Starr: Um das duplas mais cultas do Hip-Hop



Gang Starr é conhecida pelas letras cultas na Black Music



Luís Alberto Alves

 Gang Starr na cultura do Hip-Hop é considera um dos artistas mais culto, tanto na parte musical quanto nas composições. O grupo é formado por Guru Keith, vocalista e DJ Premier. Guru nasceu em Boston, filho de juiz, mas mudou para o Brooklyn após se formar em Administração de Empresas pela Morehouse College, em Atlanta.

 Após trabalhar como conselheiro numa casa de detenção retirou dali experiência para fazer suas letras. Porém Gang Starr já existia antes da chegada de DJ Premier, que originalmente tinha o rapper Damo D-Ski e DJ Wanna Be Down.

 Os primeiros trabalhos deles foram: The Lesson e Bust A Move, ambos produzidos pelo DJ Mark A 45 King. Ainda moravam em Boston. Premier tinha se mudado para o Texas visando estudar numa faculdade, mas deixou várias faixas demos em diversas gravadoras.

 No Texas criou o Inner City Posse e viu sua demo chamar atenção. Ganhou contrato na Wild Pitch Records, perdendo a essência de rapper de origem. A gravadora o colocou em contato com Guru, que havia gostado de uma das suas fitas.

Por meio de telefonemas a dupla conversou bastante, inclusive enviando novas fitas. Os frutos surgiram em 1989 com o álbum de estréia, No More Mr. Nice Guy, concluído em dez dias, enquanto Premier estava de férias.

 Depois veio o single “Manifest” retirado do álbum e chamou a atenção do cineasta Spike Lee. Ele estava terminando de fazer seu novo filme, Mo Better Blues. A faixa “Jazz Thing” o deixou impressionado. Lee pediu para um diretor musical, Branford Marsalis, acompanhar Gang Starr.

 Ele sugeriu que a dupla gravasse um poema de Lotis Eli versando sobre a história do Jazz, porém em ritmo de Hip-Hop, para incluir na trilha sonora do filme. A canção “Jazz Thing” serviu para popularizar o Jazz/RAP.

 Apesar da fama, Guru e Premier lutam para serem vistos como artistas fora da marca Gang Starr. A colaboração com o grupo  The Dream Warriors, no hit “I’ve Lost My Ignorance” serviu para aumentar o perfil deles em projetos solo.

 Premier produziu amplamente para KRS-One, Fu-Schnickens, Big Daddy Kane e Heavy D, entre muitos outros, enquanto Guru configura a situação Jazzmatazz vencedora. Esta última composta no seu estilo de RAP distintivo com o melhor do Jazz moderno de forma livre. Algo interessante, visto que Premier usou sempler no lugar de instrumento ao vivo.


 Durante algum circulou fofocas de que Gang Starr iria se dividir, porém a dupla desmentiu os críticos, ao retornarem num estilo livre. Em 1998 soltaram o disco The Inventive Moment Of Truth, uma visão abrangente do Hip-hop. Depois os dois tiraram férias para dedicação a projetos solos. Voltaram em 2003 com o CD Starr Gang, The Ownerz.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

A riqueza artística de cantores e bandas negras na música mundial





Earth Wind & Fire é um dos talentos dos negros no mundo da música

Luís Alberto Alves

 Sem medo de errar, 80% da música mundial tem a presença de artistas negros. O Rock ´n´Roll foi criado por um negro em 1948, o pianista Fats Domino, que gravou a incendiante “The Fat Man”. Os mestres  deste estilo tinham pele escura: principalmente o guitarrista Chuck Berry, que ensinou a arte desse instrumento ao Rolling Stone, Keith Richard, e Little Richard.

 Não se pode falar de Soul Music, deixando de lado Sam Cooke, autor da célebre “You Send Me” em 1957,  regravada inúmeras vezes. Aliás foi no seu conjunto que Bobby Womack começou a tocar. Os inventores da Funk Music (original dos Estados Unidos) foram James Brown e George Clinton.

 O que dizer do Jazz na suave voz de Billie Holiday e claro do grande maestro Duke Ellington e de Mille Davis? O Blues não pode ficar de lado e a maioria dos seus grandes cantores e músicos eram negros. Alguém se esquece Areta Franklin? Wes Montgomery é um deles, do qual George Benson herdou o estilo de  tirar sons incríveis de sua guitarra Gibson.

 Foi da Jamaica, na década de 1960, que um rapaz franzino mudou a história do Reggae. Até hoje Bob Marley é sinônimo desse belo estilo musical. Junto com ele veio também Peter Tosh. Das ruas da periferia dos Estados Unidos no final da década de 1970  Kurt Blow lançou as sementes do RAP.


 Fecho este texto citando os nomes de grandes talentos da música negra, principalmente brasileira, que ainda agitam os nossos corações: Jorge Benjor, Tim Maia, Martinho da Vila, Banda Black Rio, Cassiano, Carlos Dafé, Alcione, Clara Nunes, Clementina de Jesus, Jamelão, SPC, Paulinho da Viola, Branca di Neve, Earth Wind & Fire, Barry White, Commodores, Michael Jackson, Quincy Jones, Otis Redding, Gonzaguinha, Jovelina Pérola Negra, Public Enemy,  Roy Ayers, Marvin Gaye, Racionais MC´s , Jimmi Hendrix, Isley Brothers....

Bahamadia: A rapper adepta da globalização musical



Bahamadia é muito respeitada na Black Music

Luís Alberto Alves

 Bahamadia é o nome de guerra de Antonia Reed, outro grande talento do Hip-Hop da Filadélfia. O início da caminhada foi como DJ para depois se tornar MC. O primeiro CD, Kollage, lançado em 1996 teve a produção de Guru.

 Como a recepção foi boa, ela prosseguiu a obra em 2001. Respeitada no mundo da Black Music, Bahamadia apresenta boas letras que caem igual luva na sua voz sedosa.

 Adepta da globalização, colaborou com o pequeno grupo Sisters of The Underground no hit “Global”, onde agradece ao Japão, Canadá, Suécia, Noruega, Tailândia entre outros pela força dada ao Hip-Hop.

 O resultado do seu talento artístico é o reconhecimento nos Estados Unidos do importante papel desempenhado no Hip-Hop. Seu último CD saiu em 2006, Good Rap Music. Já lançou nove álbuns, o primeiro em 1993.


Phil Guy: Talento do Blues do Mississippi



Grande representante do Blues do Mississippi

Luís Alberto Alves

 É da Louisiana o talentoso Phil Guy, irmão caçula de Buddy Guy. Aprendeu a tocar violão na infância. Seguiu os passos do mano, passando a tocar com artistas locais Big Poppa e Raful Neal.

 Aos 17 anos fez parte da cozinha no disco do irmão, em 1958. Onze anos depois entrou para valer na sua banda em Chicago e ali firmou base. Trabalhou com os principais artistas daquela cidade, aparecendo ao lado de Junior Wells, Byther Smith e Jimmy Dawkins.


 Na década de 1980 consolidou a própria carreira, se transformando num bluesman de Chicago, trazendo fortes influências de artistas como Guitar Slim. Lançou vários discos até morrer aos 68 anos em 2008.

Cipress Hill: A nova geração do RAP defensora do uso da maconha



A banda exalta uso criativo da droga

Luís Alberto Alves

 Outro grande nome da nova geração rap para exaltar o uso criativo da maconha. Nas canções “I Wanna Get High”, “Legalize It” e “Insane in The Brain” defendem o uso dessa droga como algo cultural em detrimento do álcool.

 Porém  a razão do seu sucesso é pela mistura de Full, Funk e R&B, em discos trazendo batidas descontraídas. O grupo inicial era formado por DJ Muggs, B/Real e Sem Dog. O trio reunia um descendente de italianos, mexicanos e cubanos.

 Dog saiu de Cuba para Los Angeles com 14 anos. Ali seu irmão mais novo, Mellow Man Ace já havia formado o protótipo do equipamento de Rap, DVX, e inventado o estilo Spanglish ´lingo´.

 O primeiro álbum saiu em 1991, disponível apenas no Reino Unido, para depois ser vendido nos Estados Unidos, ganhando Disco de Platina. Não demorou para Cypress Hill virar nova onda do RAP. Após a militância e radicalismo do Public Enemy e NWA, defendeu uma linha mais light, atraindo a atenção do rock alternativo branco.

 Veio o segundo disco, onde centraram fogo nas agressões sofridas por Rodney King ao ser parado numa blitz policial, ajudando colocar fogo em Los Angeles. O disco Black Sunday estourou nas paradas Pop e R&B dos Estados Unidos em 1993.

 Caiu no gosto do público o hit “Cock The Hammer”. A reputação de letras violentas, não promovendo, mas explicando o porquê da situação, virou trilha sonora do filme Mad Dog and Glory.

 O terceiro disco, Temples of Boom, fez Cypress Hill perder os fãs universitários, mas recuperou o respeito da comunidade Hip-Hop, além de sucesso comercial. Em 1996 Sen Dog saiu do grupo, cedendo lugar a DJ Scandalous, que já havia trabalhado no grupo.

 Dois anos depois retorna lançando o CD Cypress Hill IV, embora o álbum não tenha estourado nos Estados Unidos. O disco duplo Skull & Bones foi dividido entre o tradicional Hip-Hop. Nele está a faixa single “ Superstar”. Eles prosseguiram numa mistura RAP/Rock, soltando os CDs Stoned Raiders (2001) e Till Death Do Us Part (2004).


Afroman: A voz de “Because I Got High”


Afroman canta letras explosivas


Luís Alberto Alves

 Afroman estourou nas paradas dos Estados Unidos em 2001, com a bela “Because I Got High”, revivendo memórias do frat-boy MCs como sir Mix-A-Lot e Tone-Loc.

 Criado em East Palmdale, onde tocava bateria e guitarra na igreja, logo adotou o codinome Afroman e criou seu próprio selo no final de 1999, lançado o primeiro disco, trazendo seus temas favoritos: fumar, beber e fazer sexo.

 Depois mudou-se para Hattiesburg, Mississippi, lançando o disco Because I Got High. Nele abordava as questões da violência de gangues e do racismo nas faixas “Mississippi” e The American Dream”. Porém se manteve fiel ao Pop Rap da faixa título.

"Because I Got High” começou a pegar nas rádios após virar trilha sonora de Jay & Silent Bob Strike back. Não demorou em entrar na Universal Records, o ajudando a subir altos degraus rumo à fama.


 Na Universal Records lançou o CD The Good Times, trazendo canções antigas e inéditas. Logo o hit que falava de drogas estourou no Reino Unido, mas a relação com a gravadora gorou. Saiu e produziu o álbum duplo Afroholic.. The Even Better Times.