Reportagens com clipes descrevendo histórias de artistas famosos,
principalmente de intérpretes da Black Music, além de destacar a importância do Blues no Showbiz.
Bahamadia é o nome de guerra de Antonia Reed,
outro grande talento do Hip-Hop da Filadélfia. O início da caminhada foi como
DJ para depois se tornar MC. O primeiro CD, Kollage, lançado em 1996 teve a
produção de Guru.
Como a recepção foi boa, ela prosseguiu a obra
em 2001. Respeitada no mundo da Black Music, Bahamadia apresenta boas letras
que caem igual luva na sua voz sedosa.
Adepta da globalização, colaborou com o
pequeno grupo Sisters of The Underground no hit “Global”, onde agradece ao
Japão, Canadá, Suécia, Noruega, Tailândia entre outros pela força dada ao
Hip-Hop.
O resultado do seu talento artístico é o
reconhecimento nos Estados Unidos do importante papel desempenhado no Hip-Hop.
Seu último CD saiu em 2006, Good Rap Music. Já lançou nove álbuns, o primeiro
em 1993.
É da Louisiana o talentoso Phil Guy, irmão
caçula de Buddy Guy. Aprendeu a tocar violão na infância. Seguiu os passos do
mano, passando a tocar com artistas locais Big Poppa e Raful Neal.
Aos 17 anos fez parte da cozinha no disco do
irmão, em 1958. Onze anos depois entrou para valer na sua banda em Chicago e
ali firmou base. Trabalhou com os principais artistas daquela cidade,
aparecendo ao lado de Junior Wells, Byther Smith e Jimmy Dawkins.
Na década de 1980 consolidou a própria
carreira, se transformando num bluesman de Chicago, trazendo fortes influências
de artistas como Guitar Slim. Lançou vários discos até morrer aos 68 anos em
2008.
Outro grande nome da nova geração rap para
exaltar o uso criativo da maconha. Nas canções “I Wanna Get High”, “Legalize
It” e “Insane in The Brain” defendem o uso dessa droga como algo cultural em
detrimento do álcool.
Porém a
razão do seu sucesso é pela mistura de Full, Funk e R&B, em discos trazendo
batidas descontraídas. O grupo inicial era formado por DJ Muggs, B/Real e Sem
Dog. O trio reunia um descendente de italianos, mexicanos e cubanos.
Dog saiu de Cuba para Los Angeles com 14 anos.
Ali seu irmão mais novo, Mellow Man Ace já havia formado o protótipo do
equipamento de Rap, DVX, e inventado o estilo Spanglish ´lingo´.
O primeiro álbum saiu em 1991, disponível
apenas no Reino Unido, para depois ser vendido nos Estados Unidos, ganhando
Disco de Platina. Não demorou para Cypress Hill virar nova onda do RAP. Após a
militância e radicalismo do Public Enemy e NWA, defendeu uma linha mais light,
atraindo a atenção do rock alternativo branco.
Veio o segundo disco, onde centraram fogo nas
agressões sofridas por Rodney King ao ser parado numa blitz policial, ajudando
colocar fogo em Los Angeles. O disco Black Sunday estourou nas paradas Pop e
R&B dos Estados Unidos em 1993.
Caiu no gosto do público o hit “Cock The
Hammer”. A reputação de letras violentas, não promovendo, mas explicando o
porquê da situação, virou trilha sonora do filme Mad Dog and Glory.
O terceiro disco, Temples of Boom, fez Cypress
Hill perder os fãs universitários, mas recuperou o respeito da comunidade
Hip-Hop, além de sucesso comercial. Em 1996 Sen Dog saiu do grupo, cedendo
lugar a DJ Scandalous, que já havia trabalhado no grupo.
Dois anos depois retorna lançando o CD Cypress
Hill IV, embora o álbum não tenha estourado nos Estados Unidos. O disco duplo Skull
& Bones foi dividido entre o tradicional Hip-Hop. Nele está a faixa single
“ Superstar”. Eles prosseguiram numa mistura RAP/Rock, soltando os CDs Stoned
Raiders (2001) e Till Death Do Us Part (2004).
Afroman estourou nas paradas dos Estados
Unidos em 2001, com a bela “Because I Got High”, revivendo memórias do frat-boy
MCs como sir Mix-A-Lot e Tone-Loc.
Criado em East Palmdale, onde tocava bateria e
guitarra na igreja, logo adotou o codinome Afroman e criou seu próprio selo no
final de 1999, lançado o primeiro disco, trazendo seus temas favoritos: fumar,
beber e fazer sexo.
Depois mudou-se para Hattiesburg, Mississippi,
lançando o disco Because I Got High. Nele abordava as questões da violência de
gangues e do racismo nas faixas “Mississippi” e The American Dream”. Porém se
manteve fiel ao Pop Rap da faixa título.
"Because I Got High” começou
a pegar nas rádios após virar trilha sonora de Jay & Silent Bob Strike
back. Não demorou em entrar na Universal Records, o ajudando a subir altos
degraus rumo à fama.
Na Universal Records lançou o CD The Good
Times, trazendo canções antigas e inéditas. Logo o hit que falava de drogas
estourou no Reino Unido, mas a relação com a gravadora gorou. Saiu e produziu o
álbum duplo Afroholic.. The Even Better Times.
Criada New Haven, Akua Naru hoje é um dos
grandes nomes do Hip-Hop, na Alemanha, onde mora atualmente. Começou a compor
ainda criança. Já fez shows na Filadélfia, China e Gana, entre os vários locais
onde pisou os pés, inclusive no Brasil recentemente.
Para conhecer o talento dela é só ouvir o CD,...
The Journey A Flame. É um álbum de rara profundidade e honestidade. Atraiu a
atenção do mercado internacional.
As letras de Akua estimulam a pensar,
inspirar e trazer calma. O que se pode ver é que ela veio para aumentar o calor
do fogo existente na Black Music. Tudo sem cair no modismo da indústria
cultural, onde muitos acabam cedendo aos seus caprichos, perdendo a essência
artística.
Method Man é um dos grandes nomes da Black Music dos EUA
Luís Alberto
Alves
Clifford Smith é de Nova York,
onde nasceu em 1971. É um dos principais membros do coletivo de Hip-Hop de
Staten Island, Wu-Tang, local onde
respirou o primeiro sopro de vida.
O nome artístico Method Man justifica sua boa
voz que ficou evidente no primeiro disco, Enter The Wu-Tang. O álbum estouro
com o single “Bring The Pain”.
Depois teve duas colaborações de grande
sucesso, ganhando um Grammy no dueto feito com Mary J. Blige no hit “I’ll Be
There For You’/‘You’re All I Need To Get By” e ao lado de Redman, na canção “How
High”.
Em 2000 soltou o CD Judgement Day. O trabalho
teve produção criativa. Em 2001 apresentou, ao lado de Redman, o disco
Blackout, que fez parte da trilha sonora da série de comédia Fox, Method &
Red.
Com o seu tempo voltado à carreira de ator,
passou a aparecer em gravações de outros artistas, sem esquecer os compromissos
da Wu-Tang Clan. Em 2004 gravou o CD The Prequel.
O objetivo desta banda era
centrar fogo no Rock ´n´Roll, quando surgiu em 1958, na cidade de Liverpool,
Inglaterra, com o nome de Bluegenes. Fazia parte do time o guitarrista Ray
Ennis, o baixista Les Braid, o baterista Norman Kuhlke e Paul Moss, depois
trocado pelo guitarrista Ralph Ellis.
Essa formação virou atração no Reino Unido e
Alemanha. Na trilha dos primeiros sucessos dos Beatles, assinaram contrato com
a HMV Records. No terceiro single: “Hippy Hippy Shake” balançaram as paradas de
sucesso, ficando entre as 30 mais do US Top. Até hoje é uma das melhores
canções do grupo.
Em seguida soltaram a versão de “Good Golly
Miss Molly”. Mas a balada no estilo Soul, “You’re No Good” é que chegou ao
terceiro lugar do hit parade britânico. A regravação da canção de Dionne
Warwick, “Don´t Not Make Me Over” ficou entre as 30 mais. Lançaram diversos
singles: “Promise You’ll Tell Her” (1964) e “Crazy ’Bout My Baby” (1965), que se
destacaram.
Para tentar se manterem no auge entraram Terry
Sylvester e Mike Gregory, no lugar de Ellis. Em 1968 a banda mudou para Ray
Ennis and The Blue Jeans, mas quando Sylvester tomou o posto de Graham Nash nos
Hollies, o restante da turma resolveu se separar.
Cinco anos depois Ennis tentou reformar a
banda. Regravou “Hippy Hippy Shake” num álbum lançado pela Dart Records e
colocou o conjunto no circuito de remake do Reino Unido nos 20 anos seguintes.
Em 1992 soltou coletânea, incluindo faixas várias faixas inéditas, entre elas
versões de Little Richard, “Ready Teddy” e “Three Little Fishes”, canção
composta em 1939. Continuaram ganhando dinheiro com onda nostálgica da década
de 1960.
Freddie Garrity nasceu em Manchester,
Inglaterra em 1940. Mais tarde o cabeça da banda Freddie & The Dreamers.
Aos 19 anos criou o grupo até enfrentar um teste na BBC em 1963. Lançaram a
canção “If You Gotta Make A Fool Of Somebody”, na praia do R&B, depois
soltaram: “‘I’m Telling You Now” e “You Were Made For Me”, que chegaram ao
posto três das paradas do Reino Unido, o auge da banda.
Ele era hábil na composição de baladas fortes
como: “Send A Letter To Me”, porém inexplicavelmente suas canções não eram
usadas em gravações. Em 1964 o conjunto lançou os hits: “Over You”, “I Love You
Baby”, “Just For You”, e a favorite daquela estação “I Understand”.
Em 1965 o facho do grupo reduzir no Reino
Unido e descobriram a América, onde o hit “I’m Telling You Now” fez bonito nas
paradas. O público dos Estados Unidos ficou fascinado pelas palhaçadas de
Freddie, que resultavam em torções freqüentes nos tornozelos.
Aproveitou a deixa e soltou os hits: “It’s
Called the Freddie”, e a inocente “Do The Freddie”. Mesmo aparecendo em filmes,
o público da banda se concentrava em cabarés. No final da década de 1960 o
grupo acabou, mas dois membros ficaram juntos no programa infantil Little Big
Time.
Freddie reviveu a banda no começo da década de
1970, com outros músicos, fazendo shows em diversos países. Até final dos anos
de 1980 ele tentou se fixar numa carreira de ator, porém depois retornou ao
circuito de boates numa nova roupagem de sua banda.