Reportagens com clipes descrevendo histórias de artistas famosos,
principalmente de intérpretes da Black Music, além de destacar a importância do Blues no Showbiz.
Da Geórgia, Sul dos Estados Unidos, que
estourou para o sucesso Tommy Roe em 1942. Começou a carreira cantando em
grupos nascidos em colégios. Ganhou fama com a canção “Sheila”. Liderou as paradas dos Estados Unidos e
chegou ao Top 3 do Reino Unido, onde passou a desfrutar de grande popularidade.
Em 1963 marcou dois Top 10, “The Folk Singer”
e “Everybody”. O hit “Sweet Pea” ganhou o Airplay. Surfou em mais sucesso nos
hits “Heather Honey” e “Jam Up Jelly Tight”.
Na década de 1970 optou por discrição na
carreira artística. Algumas de suas canções, em ritmo de nostalgia, saíram do
baú, quando a música “Dizzy” retornou ao top das paradas do Reino Unido em
1992, numa versão pelo Wonder Stuff.
Com essa formação, a Earth Wind & Fire veio ao Brasil em 1980
Luís
Alberto Alves
A novela das 18 horas da Rede Globo resolveu
apostar na bela trilha sonora do final da década de 1970 e começo da de 1980. Era
o auge da Disco Music. No intervalo é massagem para os ouvidos ouvir a
metaleira da banda Earth Wind & Fire no inesquecível sucesso “September”,
que estourou nas paradas de todo o mundo em 1979 e serviu de cartão postal no
primeiro show que o grupo realizou no Brasil. O primeiro deles foi no ginásio
do Ibirapuera, em São Paulo.
Mas as boas surpresas não para por ai. Também
faz parte da trilha o balanço e os lindos arranjos de guitarra da Banda Chic,
outro meteoro dançante daquela época. Para deixar o bolo mais bonito
acrescentaram a Disco Music, carregada de Soul Music, do pessoal da KC &
The Sunshine Band, famosos no País por causa da balada “Please Don´t Go”,
responsável pelo namoro e casamentos de quem freqüentava os salões de baile.
Nesses dois exemplos é possível notar que a
Globo não brincou ao escolher as músicas para embalar a novela Boogie Oogie Oogie,
completamente ambientada nos anos de 1970 e 1980. Era o tempo de bons conjuntos musicais. The
Commodores também estão incluídos na trilha sonora, como Anita Ward, famosa
pelo hit “Ring My Bell”, que não foi suficiente forte para impedir que ela escolhesse
os bancos universitários para manter o sustento de casa.
Jovens e adolescentes de hoje não conseguem
entender a energia positiva existente naquelas festas. Nas canções, mesmo de
letras simples, porém carregadas de bons arranjos. Elas faziam o público
dançar. Oposto do existente atualmente onde a barulheira e hits sem qualquer
apelo não conseguem se eternizar. A rapaziada da Eart Wind & Fire está na
estrada há 46 anos, por exemplo. Dessa ruindade de artistas de meia tigela que
tortura nossos ouvidos, quantos conseguirão completar 5 anos de carreira?
Separei abaixo alguns do grandes sucessos daquela época. Reviva a era que as
belas canções faziam parte da festas.
Ele às vezes cantava ou dançava, mas não sabia
ler música - ainda assim foi considerado um excelente condutor, um
"dynamaestro." Também chamado de uma multa mestre de cerimônias, um
grande showman, colorido e excêntrico, inteligente e astuto. E seu grupo se diz
ter sido a maior grande banda para tocar Rhythmn and Blues.
De acordo com o
baterista Ed ("Eddie") Shaughnessy, que se juntou a Lucky no Savoy
Ballroom, em Nova York, "ele era um mestre da estimulação da música para
manter os dançarinos felizes. Quero dizer, às vezes - eu não sei qual era a
contagem ... é utilizado para parecer 1500-2000 pessoas lá em cima dançando”. Nos seus 66 anos vividos, terminados em 1966,
Millinder sacudiu o limoeiro do ShowBiz.
Em 1933 tocou em diversas residências de Monte
Carlo e Paris, antes de voltar a Nova York, quando assumiu a liderança da
Rhythmn And Blues Band com excelentes instrumentistas: Henry “Red” Allen,
Charlie Shavers, Harry “Sweets” Edison, JC Higginbotham e Billy Kyle.
Sete
anos depois aumentou o time com a entrada de Buster Bailey (clarinete), Bill
Doggett (piano), George Duvivier (baixo) e Panama Francis (bateria). Mas antes
da fama, aos 17 anos espalhou o boato, em Chicago, de que era filho de um
milionário de Nova York. Acabou contratado pelo lendário Cotton Club, ganhando
bom salário. Durante o final da década de 1920 ganhou a vida como mestre de
cerimônias.
Sua vida mudou ao ajudar o mafioso Al Capone
que havia perdido US$ 10 mil num jogo de dados. Ao recuperar parte do dinheiro,
ganhou US$ 50 mil do criminoso. Daí o apelido Lucky (sorte), pois conseguiu
assim criar a primeira banda com essa grana.
Daí para frente tudo embalou. Entrou na Decca
Records em 1941, lançando vários discos até assinar com a RCA Victor em 1949.
Nas turnês atraia grande público. Em 1953 desfez a banda. Passou a vender
bebidas em anúncios publicitários. Morreu de crise hepática em 1966.
Slim Gaillard
teve uma infância aventureira. Durante viagem de navio, no qual o pai era
mordomo, acabou deixado para trás em Creta, Grécia. Mais tarde trabalhou de
boxeador profissional, agente funerário e motorista de caminhão para
contrabandistas.
Sua base era Detroit, onde no início da década
de 1930, começou a tocar guitarra, para em seguida mudar-se para Nova York
formando dupla com o baixista Slam Stewart. Grande parte do repertório era
composta de versões. O duo teve vários discos de sucesso, incluindo “Flat Foot
Floogie”. Com a ida e Stewart para o serviço militar, Bam Brown ocupou a vaga.
Ao morar em Los Angeles, Gaillard continuou
escrevendo músicas de sucesso, muitas em parceria com Brown. É deles o hit “Opera
In Vout”, de 1946. Outra mina de ouro foi a canção “Down By The Station”, que
virou canção de ninar e clássico infantil.
Este perfil não o impediu de gravar ao lado de
Charlie Parker e Dizzy Gillespie. No final da década de 1940 permaneceu com o
excêntrico artístico, quando tocava piano com as mãos de cabeça para baixo.
Muitos o considerava maluco. No final dos anos de 1950 deixou a música de lado
para se dedicar à televisão e aparições em festivais. Além de cantar e tocar
guitarra, Gaillard era expert em piano, vibrafone e saxofone.
Ella Mae Morse foi grande cantora de Jazz e
Blues. A primeira experiência musical ocorreu na banda fundada pela mãe, que
era pianista e o pai, baterista. Aos 12 anos acabou ouvida numa Jam session por
Jimmy Dorsey. Foi logo contratada.
Ella começou a cantar aos 12 anos
Permaneceu pouco tempo com ele e voltou ao
Texas, para cantar em bandas locais. Ali encontrou com Freddie Slack, antigo
pianista do grupo de Dorsey. Foi fazer backing vocal na Capitol Records em 1942
e gravou o hit “Boogie Cow-Cow”, autoria de Gene de Paul e Don Rave.
Vendeu 1 milhão de discos. Serviu para emplacar mais sucessos: “‘Mr. Five By Five”,
“Shoo Shoo Baby”, “Tess’ Torch Song (If I Had A Man)”, “Milkman, Keep Those
Bottles Quiet”, “The Patty Cake Man”, “Captain Kidd”, “Buzz Me”, e “The House
Of Blue Lights” (1946). Ela apareceu também em alguns filmes, como South
Of Dixie , Ghost Catchers e How Do You Do. Pouco tempo depois resolveu se
aposentar.
Louis Thomas Jordan nasceu praticamente no
começo do século passado, em Los Angeles. Saxofonista popular e cantor começou
a fazer turnês ainda na adolescência, apoiado em artistas clássicos como Ma
Rainey, Ida Cox e Bessie Smith. Na década de 1930 mudou para Nova York e tocou
nas bandas de Louis Armstrong, Clarence Williams, Chick Webb e Ella Fitzgerald.
Depois passou a trabalhar nas orquestras de
gravações da RCA Victor Records, Vocalion Records, Vocalion Records e Decca
Records. Estourou nas paradas com o hit “‘Gee, But You’re Swell” e “Rusty Hinge”.
Em 1938 formou seu primeiro conjunto, Elks Rendezvous Band, após conquistar
contrato exclusivo com a Decca Records. Ganhou destaque cantando e tocando
Blues. Resolveu fazer promoção própria por meio de comédias.
No início de 1939 mudou o nome de sua banda
para The Tympany Five. Chegou
às paradas interpretando as canções: “T-Bone Blues” (1941), “Knock Me A Kiss” e
“I’m Gonna Leave You On The Outskirts Of Town” (1942). Depois sapecou “GI Jive”,
“‘Is You Is Or Is You Ain’t (Ma Baby)’ (1944), “Mop Mop”, “You Can’t Get That
No More”, “Caldonia” e “Somebody Done Changed The Lock On My Door”(1945).
Após o término
da Segunda Guerra Mundial continuou frequentando as paradas: “Buzz Me”, “Don’t
Worry Bout That Mule”, “Salt Pork, W. Va.”, “Reconversion Blues”, “Beware”, “Don’t
Let The Sun Catch You Cryin”, “Stone Cold Dead In The Market (He Had It Coming)”,
“Petootie Pie”, “Choo Choo Ch’Boogie”, ‘That Chick’s Too Young To Fry”, “Ain’t
That Just Like A Woman”, “Ain’t Nobody Here But Us Chickens” e “Let The Good Times Roll”(1946); ‘Texas And
Pacific”, “Open The Door, Richard”, “Jack, You’re Dead”, “I Like “Em Fat Like
That”, “I Know What You’re Putting Down”, “Boogie Woogie Blue Plate”, “Look Out”
e “Early In The Morning” (1947); “Barnyard Boogie”, “How Long Must I Wait For
You”, “Reet, Petit, And Gone”, “Run, Joe”, “Don’t Burn The Candle At Both Ends”,
“Daddy-O” e “Pettin’ and Pokin’’ (1948).
Jordan ficou na Decca até 1954, para assinar
com a Aladdin Records, depois com a Mercury Records. Mas o seu reinado tinha
chegado ao fim, pois a nova geração de artistas queria algo bem rápido. Os
problemas de saúde contribuíram para ele não agüentar a competição com Little
Richard e Chuck Berry. Porém muitas de suas canções acabaram regravadas por
eles, como “Run, Joe” e “Is Not That Just Like a Woman”, “Just Like a Woman”, “Buzz
Me”, “Let The Good Times Roll” entre outras.
Bill Haley chegou a admitir que seu estilo
musical revolucionário era cópia da banda de Jordan na época em que tocavam na
Decca Records. A saúde frágil obrigou Jordan a reduzir a jornada de trabalho
quando chegou aos 60 anos, e fazendo gravações esporádicas com velhos amigos
como Ray Charles, Paul Gayten e Johnny Otis. Suas últimas aparições nos
estúdios ocorreram em 1974 com o trompetista Wallace Daveport Sweet Georgia
Brown. Depois sofreu oito meses numa cama, morrendo de ataque cardíaco no
começo de 1975. Seu talento influencia até hoje filmes, peças de teatro,
publicidade televisiva e bandas de R&B, mais de 50 anos após seu auge.
Jazmine teve a proeza de receber 11 indicações ao Grammy
Luís
Alberto Alves
Jazmine Sullivan, atual estrela do R&B,
passou vários anos aprendendo como funciona a indústria da música, antes de
assinar contrato com a Jive Records, com 15 anos, onde lançou o primeiro CD
solo em 2008 e single “Need U Bad”. Cantora e compositora da Filadélfia iniciou
a carreira ainda jovem, estreando no programa de televisão Showtime at the
Apollo aos 11 anos de idade.
É tão grande o talento de Jazmine que a Jive
Records apostou no seu taco sem antes apresentar nenhum álbum gravado. Esperta,
ela trabalhou bastante nos bastidores ao lado de Missy Elliot na produção do CD
de estréia de Fantazy, Free Yourself, em 2004 e escreveu canções para o
terceiro disco de Christina Millian, So Amazin, de 2006, incluindo o hit “Say
I”.
O primeiro CD de Jazmine teve a co-produção de
Missy Elliot, em 2008, e produção de Salaam Remi e Stargate, entre outros. O álbum liderou as paradas de sucesso de
R&B e chegou ao posto seis na Billboard 200, puxado pelos hits “Bust Your
Windows” e “Lions, Tigers & Bears”, ambos os quais entreram no Top Tem da
parada de R&B.
Em 2010 soltou Love Me Back, trazendo o single
“Holding You Down (Goin ´in Circles)” que alcançou o impressionante total de 11
indicações ao Grammy na categoria Vocal e Composição. Infelizmente ela se
cansou com o Showbiz e chegou anunciar a saída do mundo da música. Mudou de
idéia e neste ano de 2014 lançou os singles “Dumb” e “Forever Don´t Last”, do
seu terceiro CD, Reality Show.
Jennifer Hudson alcançou a fama ao chegar como
finalista na terceira temporada do programa de caça talentos dos Estados
Unidos, American Idol. Como atriz fez bonito no filme Dreamgirls (2006),
ganhando Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante, um Globo de Ouro e outros prêmios.
Também apareceu nos filmes Sex and the City (2008), A Vida Secreta das Abelhas
(2008) e Winnie Mandela (2013).
Como cantora ganhou um Grammy no seu primeiro
CD de estréia, Jennifer Hudson (2008). Dele saiu o single “Spotlight”, rendendo
mais de 1 milhão de cópias. O segundo álbum, I Remember Me chegou ao mercado em 2011, ganhando Disco
de Ouro, por causa do hit “Where You At”.
Porém no final de 2008 sua mãe, o irmão e o
sobrinhos foram mortos num tiroteio. Ficou longe do público até início de 2009.
Jennifer é descrita como amiga do presidente Barack Obama, que a convidou para
participar de festa beneficente em Beverly Hills e se apresentou na Casa Branca
na celebração da música do Movimento dos Direitos Civis.
Ela já vendeu 1,2 milhão de CDs; 2,2 milhões
de álbuns e de singles no Reino Unido desde fevereiro de 2012. Para explicar tamanho sucesso, justifica
dizendo que suas influências musicais foram Aretha Franklin, Whitney Houston e
Patti LaBelle. Para aprimorar a voz, começou cantando em grupo de louvor da
igreja e fazia teatro da comunidade. Em 2002 assinou o primeiro contrato de
gravação com a Righteous Records, de Chicago.
Quatro anos depois estava na Arista Records.
Porém só em 2008 soltou o primeiro CD de estúdio. Descartou remake de canções.
Trabalhou com Ryan Tedder e Timbaland em diversas composições. O single de estréia
foi “Spotlight”, primeiro top 40 dela a chegar ao posto 24 na Billboard Hot 100
e se tornou hit top 20 no Reino Unido. No segundo semestre de 2009 já tinha
vendido 739 mil cópias, ganhando Disco de Ouro. O segundo CD de estúdio veio em
2011. Dois anos após veio com um novo single de estúdio.