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Luís Alberto Alves/Hourpress

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Stetsasonic: Primeiro grupo de RAP usar banda ao vivo



Stetsasonic foram pioneiros em usar banda ao vivo

Luís Alberto Alves

 Um dos primeiros grupos de RAP a usar uma banda ao vivo, Stetsasonic do Brooklyn nasceu em 1981, e também foram os primeiros a promover uma consciência negra positiva que encontrou a sua expressão máxima nos chamados sons margarida em idade de De La Soul e The Jungle Brothers. O grupo era composto pelos DJs "Prince Paul" Huston e Leonard "Wise" Roman, o tecladista / baterista / DJ Marvin "DBC" Nemley e rappers Glenn "Daddy O" Bolton, Martin "Delite" Wright e Bobby "Frukwan" Simmons.

 Daddy e Delite fundaram o grupo como The Stetson Brothers, depois que a Hat Company começou a se apresentar em vários clubes de Hip-Hop de Nova York, introduzindo outros membros ao longo da caminhada. O álbum de estréia foi On Fire, de 1986, mas a cereja do bolo estourou com hit “Sally”.

 Porém, Blood, Sweat & Tears, de 1991, é considerado pela crítica como o melhor álbum deles. Por loucura, talvez, Daddy O alegando falta de inspiração, resolveu dissolver a banda. Ele passou a trabalhar com Mary J. Blige, Queen Latifah, Big Daddy Kane, e os Red Hot Chili Peppers como produtor e remixer.  


 Enquanto isso, Prince Paul já havia se estabelecido como um produtor para seu trabalho com De La Soul e Fine Young Cannibals, e mais tarde trabalhou com Frukwan no Gravediggaz.

Lovebug Starski: Rapper conhecido de todos os clubes de Nova York



Starski ficou cinco anos preso

Luís Alberto Alves

 Com uma carreira que começou no início dos anos de 1970, Lovebug Starski já se apresentou em quase todos os clubes de Hip-Hop em toda a área de Nova York. Nascido no bairro barra pesada do Bronx, Starski começou como um menino recorde em 1971.

 Depois de anos, Starski tornou-se a casa de DJ no clube famoso Disco Fever, em 1978. Pouco tempo depois passou a discotecar no Club Harlem World e the Renaissance. Gravou  o primeiro single: “Positive Life” na Tayster Records. Depois soltou a trilha sonora, em 1986, do filme Rappin´ Na Atlantic Records antes de lançar o álbum House Rock, na Epic Records.


 Mas a falta de juízo o levou a ficar cinco anos preso, reduzindo suas atividades na década de 1980. Só a partir dos anos de 1990 que passou a tocar novamente com seu velho amigo DJ Hollywood.

DJ Grandmaster Flash: O revolucionário do Hip ­Hop




Flash criou o vocabulário básico que todo DJ segue até hoje

Luís Alberto Alves

 DJ Grandmaster Flash e seu grupo Furious Five inovaram o Hip-Hop, explorando novos horizontes líricos e sonoros. Joseph Saddler, nome de batismo de Grandmaster, nasceu em Barbados em 1958 e na adolescência começou a fazer as primeiras gravações, quando já moravam no bairro do Bronx, onde tocava em bailes e festas da vizinhança.

 Aos 19 anos dividia os cursos técnicos em eletrônica durante o dia e a noite trabalhava como DJ. O passar do tempo o fez desenvolver diversas séries de técnicas inovadoras, incluindo corte (deslocamento entre as faixas exatamente na batida), back­spinning (giro manual de gravação ao repetir breves trechos de som) e phasing (manipulação de velocidades de plataforma giratória). Criou o vocabulário básico que todo DJ segue até hoje.

 Até 1977 ele não colaborava com outros rappers. Sua primeira parceria ocorreu com Kurtis Blow e passou a trabalhar com The Furious Five, Melle Mel, Cowboy, Kid Creole entre outros. O grupo se tornou lendários em Nova York. Apesar da fama, só conseguiu gravar após o estourou do hit “"Rapper's Delight”, com a rapaziada do Sugarhill Gang, que no Brasil ganhou o nome de “Melô do Tagarela”.

 O mercado percebeu que existia espaço para lançamentos de Hip-Hop. Neste vácuo vieram as canções  “Superappin” para o selo the Enjoy label, de Bobby Robinson. Entraram na Sugar Hill Records, de Sylvia Robinson, que lhe prometeu uma grande oportunidade de estourar cantando RAP. O primeiro hit vendeu 50 mil cópias em 1980, depois soltaram a canção “Birthday Party”, outro estouro.

 Em 1981 veio o álbum "The Adventures of Grandmaster Flash on Wheels of Steel" foi a primeira gravação verdadeiramente marco do grupo, introduzindo técnicas de "corte" do Flash para criar uma impressionante colagem de som de trechos de músicas de Chic, Blondie e Queen. Flash e próximo esforço do Five, de 1982 "The Message", foi ainda mais reveladora - pela primeira vez, o Hip-Hop se tornou um veículo não só para se gabar e ostentando, mas para o comentário social mordaz, com Melle Mel entregando um RAP detalhando as duras realidades da vida no gueto.

 O disco foi um grande sucesso de crítica, e foi um enorme passo na solidificação RAP como uma forma importante e duradoura de expressão musical.  Após 1983, anti-cocaína polêmica "White Lines", as relações entre Flash e Melle Mel ficaram feias, e o rapper logo deixou o grupo, formando uma nova unidade também apelidado the Furious Five. Após uma série de álbuns solo Grandmaster Flash, incluindo 1985 eles disseram que não poderia ser feito de 1986 da The Source, e 1987, de Da Bop lança Bang, ele reformou a formação original do grupo num show beneficente no Madison Square Garden.

 Logo após, o grupo gravou um novo LP,  em 1988, On the Force, que ganhou uma recepção morna dos fãs e críticos. Outra reunião seguida em 1994, quando o Flash e os Five se juntaram a um pacote turístico RAP incluindo também Kurtis Blow e Run-DMC.

 Um ano depois, Flash e Melle Mel também apareceram na capa da Duran Duran de "White Lines". Com exceção de algumas compilações durante o final dos anos 90, o Flash foi relativamente calmo até 2002, quando um par de álbuns mix apareceu: The Adventures Oficial Grandmaster Flash em Strut e Essential Mix: Classic Edition em Ffrr.


quarta-feira, 11 de junho de 2014

Spoonie Gee: Talento do RAP nascido no Harlem


Spoonie Gee mostrou ter talento na adolescência

Luís Alberto Alves

 Spoonie Gee, nascido Gabe Jackson no bairro perigoso do Harlem, em Nova York, ganhou este apelido porque só comia esse alimento na infância. Na adolescência mostrou talento na poesia e passou a freqüentar o Rooftop Club, ponto de encontro dos DJs como DJ Hollywood e Brucie B.

 Sua carreira começou na Enjoy Records, onde o dono, Bobby Robinson era seu tio. Suas gravações mais famosas foram “New Rap Language”, ao lado do grupo the Treacherous Three, apoiado pelo próprio patrão, “Love Rap”. Ele cresceu junto com Robinson e sua esposa virou a mãe de aluguel, quando sua irmã morreu aos 12 anos.

  Mais tarde cortou laços familiares e uniu­se ao grupo Band of Deserters na Sugarhill Records. Lançou por este selo os álbuns Sponnie´s Back e Monster Jam, além de reedição de sua estréia com Peter Brown em New York, pelo selo Spoonin Rap.


 Na década de 1980 a carreira de Spoonie entrou em marcha lenta. Em 1984 passou a trabalhar num centro de reabilitação para deficientes mentais. Três anos depois encontrou o caminho do sucesso outra vez, na Tuff City Label, com Marley Marl. Ali produziu o álbum The Godfather, pelas mãos de Teddy Riley.

Marley Marl: O expert na produção da RAP Music


Marley é reconhecido como grande talento em produção musical

Luís Alberto Alves

 Marlon Williams, depois conhecido como Marley Marl, é do bairro do Queens, Nova York. É reconhecido por causa do grande talento em produção musical, principalmente do primo MC Shan, Big Daddy Kane, Masta Ace, Roxanne e Biz Markie, Shanté.

 A marca registrada dele é o espírito acessível e o bom gosto pela velha escola da Black Music dos EUA. Ganha vários elogios pelas inovadoras técnicas de amostragem, usando o SP1200 em trabalhos de Hip-Hop. Atua como apresentados de programa semanal de rádio Rap Attack na WBLS­FM de Nova York. Já fez produções excelentes para Kool G. Rap, Chuck D. LL Cool J, King Tee e Chubb Rock.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

George Martin: O homem que imortalizou as músicas dos Beatles


George Martin imortalizou as canções dos Beatles com arranjos simples e ao mesmo tempo muito bonitos


Luís Alberto Alves

  A alma de qualquer artista ou conjunto musical é o maestro responsável pela produção das canções, de diamante retirado da terra até se transformar numa linda jóia nas vitrines. O produtor pega composição em estado bruto, às vezes carecendo de bons arranjos, e a transforma em sucesso comercial, escolhendo o melhor instrumento para valorizar a melodia.
 George Martin fez isto com os Beatles. Ouso a dizer que sem ele, talvez os quatro meninos de Liverpool não tivessem conquistado o mundo do Showbiz, entrando para a galeria das grandes bandas. Nascido em 1926, antes de cruzar os caminhos de George, Paul, John e Ringo, Martin estudou na Guildhall School of Music de Londres, para anos depois entrar na EMI Records em 1950, aos 24 anos.

 Em 1960 entrou na Parlophone Records para produzir grande variedade de artistas, entre eles: Shirley Bassey e Matt Monro, bandas de Jazz como Temperance 7, John Dankworth, Humphrey Lyttelton e artistas de comédia. Um deles foi Peter Sellers, cujo hits: “ Right Said Fred” e “Hole In The Ground” estouraram no Reino Unido em 1962.

 Nessa época entrou nos caminhos dos Beatles e com eles ficou até o grupo se acabar em 1970, com a famosa frase de John Lennon: “O sonho acabou”. Uma das exigências de Martin foi a troca do baterista Pete Best por Ringo Starr, para que a banda pudesse assimilar suas ousadas idéias musicais em termos práticos.

 É dele os toques de música clássica para “Yesterday” e “For No One”, também criou estranho som em Revolver e Lonely Hearts Club Band do SGT. Pepper. Não parou por ai: fez dois álbuns orquestrais de músicas dos Beatles, com Brian Epstein assinando como Cilla Black, Gerry and The Pacemakers e Billy J. Kramer and The Dakotas a Parlophone. Ele supervisionou as gravações.

 Em 1965 saiu da EMI e montou seu próprio estúdio, AIR London com os colegas produtores Ron Richards (Hollies) e John Burgess (Manfred Mann). Quatro anos depois, a parceria criou outro estúdio na ilha caribenha de Montserrat, que se tornou um centro de gravação preferido para artistas como Paul McCartney, Dire Straits e os Rolling Stones.

 Ele continuou a trabalhar com vários novos artistas da EMI. Na década de 1970 produziu uma série de álbuns de sucesso pela América. Durante este período, trabalhou com Neil Sedaka, Ringo Starr, Jimmy Webb, Jeff Beck e Stackridge, produziu a trilha sonora do filme de 1978 de Lonely Hearts Club Band do Sgt. Pepper. Ele manteve a conexão Beatles, preparando o lançamento 1977 da gravação ao vivo no Hollywood Bowl, e produziu dois trabalhos solo de McCartney, Tug Of War (1981) e Pipes Of Peace (1983).

 Ele também produziu a trilha sonora do filme musical de McCartney Give My Regards To Broad Street. No final dos anos 1970, AIR foi comprada pela Chrysalis Records, com Martin se tornando diretor da empresa.

 Martin foi menos prolífico como um produtor durante a década de 1980, mas criou uma versão de Dylan Thomas "Under Milk Wood em 1988 e trabalhou com o ex-membro Dexys Midnight Runners Andy Leek em seu álbum solo de estréia. Ele foi premiado com um CBE para serviços para a indústria da música em 1988.

 Em 1990 anunciou planos para substituir AIR Studios com um 'estado da arte' complexo de áudio e vídeo no norte de Londres, e sua atenção meticulosa em remasterizar todo o trabalho dos Beatles para disco compacto, demonstrando resultados notáveis. Martin foi fundamental na produção de 1992 para televisão de um documentário para assinalar o 25 º aniversário do sargento. Lonely Hearts Club Band da Pepper.

Em meados dos anos 90, ele foi uma parte importante da série Beatles Anthology, embora estivesse desapontado por não ter sido convidado para produzir os dois novos singles, “Free As A Bird” e “Real Love”, tarefa que ficou com Jeff Lynne.

 Pelo que já fez na indústria da música, Martin já entrou para a história do Showbiz, por causa da personalidade tranqüila e talento extraordinário. Recebeu o Grammy Trustees em 1995, pelos serviços prestados a tantos artistas. Dois anos depois ao palco da Music For Monteserrat, num concerto de caridade e produziu Elton John no “Candle In The Wind ´97´, tornando o single mais vendido de todos os tempos.

 O ano de 1998 marcou o lançamento de sue último álbum, In My Life, coleção de covers dos Beatles, nas vozes de Celine Dion, Jim Carrey, Goldie Hawn e Sean Connery, grandes estrelas do cinema. Poucos produtores causaram impacto tão grande no mundo da música, como George Martin e ganharam imenso respeito.


quarta-feira, 4 de junho de 2014

Kleeer: Conjunto que foi The Universal Robot Band


No final da década de 1970 eles eram a The Universal Robot Band

Luís Alberto Alves

  Kleeer foi uma banda que nasceu em 1972 com o nome de The Band Jam, fazendo backing vocal para vários grupos de Disco Music e também de artistas solo. Tinha como integrantes: Woodrow “Woody” Cunningham (vocal e bateria), Paul Crutchfield (percursão e teclados), Richard Lee (guitarra) e Norman Durham (baixo).

 Em 1975 mudaram o nome para Pipeline e partiram para o Hard Rock no lugar da Disco Music. Porém a Columbia Records não gostou do single “Gypsie Rider”. No ano seguinte viraram a The Universal Robot Band, com os produtores Patrick Adams e Greg Carmichael. Gravaram um álbum e até 1978 fizeram turnê com esse nome artístico, inclusive estourando no Brasil com hit “Dance And Chake  Your Tambourine”. Depois adotaram o nome Kleeer.

 Entre 1979 e 1985 lançaram sete discos e emplacaram vários sucessos na Billboard Hot 100 e parada de R&B. Os mais destacados foram: “ Keep Your Workin Body”, "Tonight's the Night", "Winners", "Intimate Connection", e "Get Tough". Focaram o som mais no estilo Funk da década de 1980, abusando de instrumentos eletrônicos.

 Depois de 1985 desapareceram. A maioria dos músicos continuou trabalhando com outros artistas. Na década de 1990 se uniram e fizeram algumas apresentações. A influência dos Kleers é encontrada em várias canções de Hip­Hop e em artistas como Snoop Dogg, DJ Quik, Lil Jon e Eastside Boys.


Mtume: Banda de sucesso de Funk e Soul da década de 1980




O fundador da banda trabalhou vários anos com Miles Davis

Luís Alberto Alves

 O grupo Mtume, de Funk e Soul, teve a fase áurea no começo da década de 1980, com vários hits nas paradas de R&B dos Estados Unidos. O fundador da banda, o percussionista James Mtume, trabalhou muitos anos ao lado de Miles Davis, início de 1970. Fazia parte do conjunto Reggie Lucas e Tawatha Agee.

 Ganharam respeito da crítica ao estourar nas paradas com o hit “Juicy Fruit, que acabou regravado por vários artistas de Hip-Hop, inclusive por Notorius BIG em 1994.

  No começo da carreira do grupo, eles gravaram três álbuns independentes pela Third Street Records: Kawaida (1973), Alkebu/Lan (1975) e Rebirth Cycle (1977). Porém não conseguiram fazer sucesso na praia do Pop e do R&B. Assinaram com a Epic Records em 1978, soltando o disco Kiss This World Goodbye (1978), e In Search of the Rainbow Seekers (1980), que renderam um pouquinho de dinheiro no bolso.

 Só em 1982 que o hit “Juicy Fruit” tirou a banda da miséria, rendendo Disco de Ouro a eles. Foi a música mais conhecida do grupo. Em 1984 lançaram o álbum You, Me e ele decolou nas paradas. Dois anos as paradas de R&B receberam a canção “Breathless”, do álbum Theater of the Mind, o último gravado pela banda. Até o final de 1980 Mtume continuou na Epic Records. Em 1987 Tawatha Agee seguiu carreira solo.


 Com o final do conjunto, Mtume passou a produzir e compor para vários artistas. Ao lado do colega de banda, Reggie Lucas, escreveu o hit “Never Knew Love Like This Before”, ganhando um Grammy de Melhor Canção R&B. É deles também o famoso single imortalizado na voz de Robert Flack, “The Closer I Get to You”, de 1978. Lucas produziu a maior parte do primeiro álbum de Madonna, incluindo as músicas “Bordeline” e “Lucky Star”, também fez o mesmo com Roy Ayers e Bar­Kays.