Reportagens com clipes descrevendo histórias de artistas famosos,
principalmente de intérpretes da Black Music, além de destacar a importância do Blues no Showbiz.
Bill Perry poderia ir mais longe se não morresse em 2007
Bill Perry, guitarrista e cantor de Blues, cresceu
numa família onde seu avô tocava órgão na igreja e a mãe era percussionista.
Porém quando ouvia o pai tocar guitarra tudo mexia em sua mente. Aos seis anos
aprendeu os primeiros acordes no instrumento. Com 13 anos enfrentou o primeiro
show de Caça Talentos na escola onde estudava.
Não demorou em começar as viagens pela
Califórnia e Colorado, aumentando a confiança como cantor, pois só tinha dedicação
à guitarra. Quando voltou à Middletown, Nova York, onde nasceu, já era grande sua
fama por causa da associação com Richie Havens. Em 1995 lançou o primeiro
disco, Love Scars. Em vez de colocar canções de Jimi Hendrix e BB King que
apresentava em seus shows ao vivo, investiu em canções próprias como:” In My
Lonely Room” e “Fade To Blue”.
A crítica especializada o recebeu bem. O mesmo
não se pode dizer dos colegas músicas, por causa da versão original em Rave –
On Records, em 1996, que tinha transferido para PointBlank, nova subsidiária da
Virgin Records ´Blues. O pessoal considerou excesso de produção no álbum.
Foi para a Blues Blind Pig Records no começo
do ano 2000. Ali lançou CDs elogiados pela crítica. O destaque ficou para Raw
Deal (2004) e Don’t Know Nothin’ About Love (2006). Poderia ir mais longe, caso
um ataque cardíaco não tivesse matado em 2007, talvez provocado por overdose de
drogas.
Desde criança, o Blues Rock já fazia a cabeça de Tinsley Ellis
Tinsley Ellis despertou para
o mundo em 1957, onde nasceu em Atlanta, Geórgia, região castigada pela forte
discriminação racial contra os negros. Aos sete anos de idade começou a tocar
guitarra, enquanto as outras crianças tinham outros brinquedos. Desde aquela época,
no final da década de 1960, buscava inspiração nas bandas, entre elas Beatles,
da invasão do Blues Rock britânico.
Na praia do Rock tomou interesse pelo trabalho
de feras como Howlin Wolf, Muddy Waters e John Lee Hooker, além, claro, de
guitarristas como Freddie King, Buddy Guy e Magic Sam. Quando foi para a
Flórida, em 1979, reuniu alguns colegas de rua e criou uma banda de Blues, que
contava com o futuro baixista Fabulous Thunderbirds Preston Hubbard.
Dois anos mais tarde, ele formou os THeartfixers
com gaitista veterano Chicago Bob Nelson. O álbum de estreia ajudou a tornar-se
uma das bandas de Blues Rock mais famosa da Flórida. Com a saída de Nelson,
mudaram para Landslide e Ellis assumiu os vocais.
O lançamento do álbum ao
vivo Cool On de 1986 chamou a atenção da crítica, rendendo turnês nos Estados
Unidos e Europa no ano seguinte. Ele pensava em carreira solo, quando lançou o
disco Georgia Blue, mas seu contrato caiu nas mãos da Alligator Records. Nos
próximos discos tentaram colar sua imagem à de Stevie Ray Vaughan, mas seu
talento era suficiente para não usar este tipo de golpe baixo.
Em 2000 gravou o CD Kingpin, pela Capricorn
Records, que faliu pouco tempo depois, deixando Ellis à procura de outro
contrato. Conseguiu outro selo e soltou o álbum Hell Or High Water em 2002.
Suas convincentes apresentações de R&B, Blues e Rock o fez voltar à
Alligator Records para gravar os CDs: Live! Highwayman (2005) e Moment Of Truth
(2007).
Guitar Shorty (David William
Kearney) é de Houston, Texas, onde nasceu em 1939. Cresceu em Kissimmee,
Flórida, onde seu tio Willie Quarterman o apresentou à guitarra. Aos 17 anos já
tocava na banda do Tampa Club Royal, quando lhe batizaram de Guitar Shorty. No
ano seguinte foi para Chicago com o cantor Clarence Jolly e gravou o single: “‘You
Don’t Treat Me Right” para Cobra Records.
Voltou à Flórida e saiu em turnê com Ray
Charles, cujas palhaçadas em palco o levou a incorporar nas suas apresentações.
Com 20 anos, em 1959, estava em Los Angeles, para gravar três singles na Pull
Records. Passou os próximos cinco anos em turnê pelo Canadá, antes de fixar
residência em Seattle e casar-se com a irmã de Jimi Hendrix, Marsha.
Embora estivesse trabalhando em várias regiões
dos Estados Unidos, só em 1985 que explodiu de vez nas paradas com álbum ‘They
Call Me Guitar Shorty, dele veio o single, “On The Rampage”, que virou faixa
título em 1989, de outro disco seu.
Em 1991 pisou pela primeira vez no Langbaurgh
International Blues Festival e ali gravou My Way Or The Highway com a Otis
Grand Blues Band. Topsy Turvy foi gravado em Nova Orleans e Austin, Texas, em
abril de 1993 , com o segundo guitarrista Clarence Hollimon e sua esposa, Carol
Fran, dueto na faixa de abertura, “I’m So Glad I Met You”. Depois soltou Wise
To Yourself (1996) e I Go Wild! (2004), seguido de Watch Your Back, nesse mesmo
ano, que estourou na parada da Billboard.
Joe Louis Walker viveu a época do Flower Power, mas manteve a fidelidade ao Blues
Joe Louis Walker nasceu em San Francisco em
1949 e cresceu durante a época da romântica Flower Power. Mas seu forte bom
senso o manteve preso à tradição do Blues, apesar de que no começo da década de
1970 tenha se afastado dele para cantar no grupo gospel Spiritual Corinthians,
mas retornou ao seu primeiro amor em 1985, montando a banda The Boss Talkers.
Seus discos, até hoje, são exemplos do Blues
moderno, sem sacrifício das tendências contemporâneas. A boa formação musical
de Walker permitiu que escrevesse e organizasse o próprio material, incluindo
quadros de metais. Como produz letras isoladamente ou em várias combinações com
a equipe junto com Amy e (Dennis) Walker e Henry Oden.
Numa de suas melhores canções “You Get To
Heaven on My Own” executa solo e se acompanha com slide de guitarra. Nessa
mesma faixa deixa transparecer a essência do Blues, sem cair no clichê de
versos tradicionais. Como bom guitarrista nunca admitiu copiar ninguém em suas
gravações. É consciente de que não pode melhorar nada do que alguém já fez.
Walker, que começou sua carreira na Hightone
Records, em meados dos anos 80, pegou três WC consecutivo Prêmios úteis para
Blues Contemporâneo Artista do Ano, entre 1988 e 1990. Assinou um grande
contrato com a Verve Records em 1992, lançando uma série de álbuns inspirados como
Blues Of The Month Club (1995) e Great Guitars (1997).
Foram excelentes pontos de partida, embora os
últimos recursos de outros artistas importantes, que tendem sobrecarregar a
estrela do show. Ele se mudou para Verve’s Blue Thumb em 1999, de Silvertone
Blues. Em 2002 colaborou com Otis Grand e gravou novos CDs de estúdio,
incluindo o latino Pasa Tiempo.
A carreira de Tommy Bolin (Thomas Richard
Bolin) durou apenas 25 anos, até ser encontrado morto por overdose num quarto
de hotel em Miami em 1976. Guitarrista de rock progressivo, versátil, ainda
criança com cinco anos ficou fascinado ao assistir um show de Elvis Presley.
Logo aprendeu a tocar suas músicas na guitarra que ganhou de presente.
Participou dos grupos Denny and Triumphs e
American Standard, sem sucesso. Partiu para guitarrista de Blues com Lonnie
Mack. Em 1968, aos 17 anos, criou a Ethereal Zephyr, reduzida mais tarde para
Zephyr. Entrou na Probe Records,
gravando um álbum que chegou ao Top 50 em 1969. Não teve êxito.
Formou então o conjunto de Jazz Fusion Group
Energy com o flautista Jeremy Steig. Trabalhou, também, num disco inédito que
teve a participação de Jan Hammer e Billy Conham. Este último pediu a Bolin
para tocar guitarra no seu álbum Spectrum de 1973, que inspirou Jeffe Back.
Após conquistar fama acabou convidado para o
lugar de Domenic Troiano (estava no posto de Joe Walsh) no James Gang.
Participou de gravações do disco de 1973 e de 1974, Miami. Esteve presente nas
gravações do disco Mind Transplant, álbum de Jazz do baterista Alphonse Mouzon.
Foi contratado em 1975 pela banda Deep Purple para a vaga de Ritchie Blackmore.
Escreveu e participou da elaboração de canções
para o grupo de hard rock britânico, Taste The Band. Após o final do grupo,
Bolin seguiu carreira solo, gravando o famoso disco Teaser para Nemporer
Records e no ano seguinte Private Eyes para Columbia Records. Saiu em turnê com
a Tommy Bolin Band na promoção dos discos. Porém, no final de 1976 encontrou a
morte numa overdose de drogas.
A infância pobre não permitiu que aprendesse a ler, a música se encarregou disto
Nascido em 1930, Bobby “Blue”
Bland começou a carreira em Memphis com BB King e o cantor de baladas Johnny
Ace. Influenciado pelo Gospel e por artistas da Pop Music, como Tony Bennett e
também pelo Rhythmn and Blues, ele se tornou famoso na década de 1960. O
primeiro grande sucesso foi o hit "Farther On Up the Road," gravado
em 1957.
A infância de Bland (Robert Calvin Brooks)
teve momentos tristes: o pai lhe abandonou ainda criança. Até a mãe encontrar
outro marido cresceu sozinho. Aos três anos de idade trabalhava colhendo
algodão, permanecendo fora da escola. Aprendeu a ler por causa da música.
Aos 17 anos mudou-se para
Memphis e ali teve início sua carreira artística. Aprimorou as habilidades,
criando o grupo Beale Streeters, no qual incluía BB King e Johnny Ace. Passou a
gravar por vários selos como: Chess, Duke e Modern Após sair do Serviço Militar
em 1952 trabalhou em diversas funções: manobrista e motorista. Até assinar
contrato com a Duke Records.
Depois que ganhou o apelido de “Blue”, em
virtude da canção “Little Boy Blue”, inspirado num sermão do reverendo C.L
Franklin, pai de Aretha Franklin. O codinome é justificado pelas músicas sobre relacionamentos
comoventes. Na década de 60 permaneceu de molho, porque lutava contra o
alcoolismo. Depois lançou uma série de sucessos: "I'll Take Care of
You" (1960) e "I Pity the Fool" (1961).
Nas décadas seguintes reconheceram as
contribuições de Bland ao Blues e R&B, recebeu um Grammy em 1997 e em 2012
acabou homenageado no Memphis Music Hall of Fame. Artistas como Otis Redding e
The Allman Brothers reconheceram Bland como grande influência em suas
carreiras. No dia 23 de junho de 2013, sua voz se calou para sempre.
The Allen Brothers, dois irmãos nascidos no
começo do século passado, foi muito popular nas décadas de 1920 e 1930,
ganhando o apelido de The Boys por causa das canções citando o nome
Chattanooga. Cresceram e foram criados em Sewanee, Tennessee e logo aprenderam
a cantar e tocar instrumentos musicais. Austin Allen, o mais novo, foi para o
banjo e Lee Allen concentrou-se na guitarra e kazoo.
Não demorou em sofrerem influências do Jazz e
Blues, de artistas locais como o guitarrista Mississippi River entre outros. No
começo da década de 1920 faziam pequenos shows nas comunidades de mineração de
carvão do sul dos EUA. Logo assinaram contrato com a Columbia Records, gravando
o primeiro disco em 1927, destacando o hit “Salty Dog Blues”, vendendo 18 mil
cópias. Depois foram para Victor Records. Ali lançaram a canção “A Dog New
Salty”.
Por causa da grave crise econômica de 1929,
abandonaram a carreira em 1934, apesar de já terem vendido mais de 250 mil
discos. Foram para Nova York para trabalhar na construção civil. Na década de
1960 foram redescobertos. Austin já tinha morrido, mas Lee apareceu no palco
algumas vezes no Tennessee.
A gravadora de Suge Knight, Death Row, teve vários rappers de sucesso nas mãos
Suge Knight (Marion Hugh Knight Jr), 49 anos,
é empresário da indústria musical do Hip-Hop norte-americano, fundador e CEO da
Death Row Records. Dominou as paradas de sucesso deste ritmo após lançar o
álbum de estreia de Dr.Dre, The Chronic, em 1992.
Depois de ficar vários anos à frente do
sucesso com seus artistas: 2pac, Dr.Dre, Snoop Dogg, Tha Dogg Pound, Michel´Le,
Nate Dogg e Tha Eastsidaz, sua gravadora parou após sua prisão por violação
condicional em 1996. Suge (derivado de sugar Bear - ursinho) é o seu apelido de infância. Na
escola era ótimo aluno e atleta, rendendo bolsa de estudos para jogar futebol
americano na Universidade de Nevada, em Las Vegas, onde ficou por vários anos.
Após a formatura atuou profissionalmente na
equipe dos Los Angeles Rams durante a temporada de 1987 da NFL. Passou a
divulgar evento e fazer segurança para celebridades, como Bobby Brown. Porém
nesse mesmo ano ele começou a ter problemas com a Justiça, ao ser acusado de
roubo de carros, porte ilegal de armas e tentativa de homicídio.
Em 1989 criou o próprio selo musical e teria
ganhado muito dinheiro ao obrigar o rapper Vanilla Ice lhe ceder royalties do
seu sucesso: “Ice Ice Baby”, por causa do material que teria sampleado de artista
de sua gravadora. Logo começou a agenciar outros artistas, influenciando
cantores de Hip-Hop do Oeste dos EUA, como The D.O.C, DJ Quik e Sam Sneed.
Por meio de integrantes do grupo N.W.A,
precursores do Gangsta Rap, Suge entrou em contato com vários rappers. O
negócio começou a render quando Dr.Dre, do N.W.A, queria sair da banda e de sua
gravadora, Ruthless Records, administrada por Eazy-E, também membro do
conjunto. Mas existia um contrato a cumprir. Suge entrou no circuito e negociou
a liberação de Dr.Dre, usando armas de fogo e tacos de baseball. Ao contratá-lo
prometeu que sua gravadora seria uma nova Motown da década de 1990.
Durante algum tempo, Suge ficou bem no filme.
Firmou contrato com a distribuidora Interscope e o disco de Dr. Dre, The
Chronic se tornou um dos álbuns de RAP mais influentes de todos os tempos nos
EUA. O sucesso de Dr. Dre revelou que o rapper Snoop Doggy Dogg, cujo disco de
estreia Doggystyle arrasou nas paradas em 1993, era protegido de Suge.
O estilo G-Funk virou
marca registrada do estilo de produção de Dr. Dre e dominou o Hip-Hop. O nome
Death Row Records virou refrão entre os fãs do Gangsta Rap norte-americano, e
mesmo com lançamentos meia-boca conseguia ganhar dinheiro. Mas a falta de juízo
de Suge incomodava. Durante a gravação de The Chronic, acabou preso por agredir
dois jovens rappers que teria usado um telefone sem autorização.
Para complicar, a Death Row se declarou
inimiga do rapper Luther Campbell, do grupo 2 Live Crew. Ao viajar para Miami,
em 1993, algumas pessoas o viram armado, para participar de uma convenção de
Hip-Hop.
No ano seguinte abriu
Clube 662 casa noturna privativa em Las Vegas. O nome 662 é baseado nos números
do teclado telefônico usados para soletrar o nome da gangue de Suge, “MOB” (Mob
Piru Bloods). O ano de 1995 marcou o conflito com o ativista de extrema-
direita C. Deloris Tucker, cujas críticas à Death Row Records pela
glamourização do estilo de vida criminoso contribuíram para prejudicar
financeiramente um contrato com a Time Warner.
Todo esse tempero forte, mesclado à rixa de
Suge com o big boss da costa Leste e dono da Bad Boy Records, Puff Daddy,
explodiu na panela. Famoso por aparecer de forma errada nas músicas e clipes dos
artistas de sua gravadora, Suge desceu a lenha em Daddy, convidando os rappers
descontentes da Bad Boy Records a trocar de gravadora, onde o dono não dava
palpite no trabalho dos seus contratados, nem aparecia em suas canções e
clipes.
Nesse mesmo Suge oferece pagar fiança
milionária para o rapper Tupac Shakur para que ele assine contrato com a Death
Row Records. Ele concordou, abrindo caminho para o álbum All Eyes on Me e os
hits “California Love” e “How Do U Want It”. Shakur ajudou a Death Row ficar no
topo, quando parte desse mercado rumava ao Leste dos EUA, onde fica a Bad Boy
Records, criando seu próprio estilo de Hardcore Hip Hop, distinguindo do
Gangsta Rap da costa Oeste e do Sul.
Mas o que começa errado nunca termina bem. A
Death Row Records sofreu duro golpe quando Dr. Dre, preocupado com a fama
criminosa da gravadora e os ataques violentos de Suge, resolveu pular fora do
barco e criar sua própria empresa. Justificando o hábito ruim, Dr. Dre foi alvo
de várias canções lhe ofendendo. A situação piorou quando Shakur, em 1996,
morreu assassinado a tiros em Las Vegas. Com a morte de outro rapper, Notorious
B.I.G em Los Angeles, no ano seguinte, Suge apareceu como suspeito.
Vários artistas da Death Row Records, como
Snoop Dogg, afirmaram que Suge estaria envolvido no homicídio de Notorious
B.I.G como no de Tupac Shakur. Investigações da polícia revelaram uma rede de
conexões entre a Death Row, membros de gangue que trabalharam para a empresa e
policiais da área de Los Angeles, que algumas vezes foram segurança de
funcionários daquela gravadora e de seus artistas. Até hoje nada ficou
comprovado. Dez anos depois Suge pediu falência.
The Notorious B.I.G gravou apenas dois discos, mas deixou escrito seu nome na história da Black Music dos EUA
The Notorious
B.I.G (Bussiness Instead of Game), nascido Christopher George Latore Wallace
viveu apenas 25, mas deixou sua marca na Black Music dos EUA. Entrou para história
do RAP da costa Leste daquele país, assim como fez seu rival, também de Nova
York, Tupac Shakur, mas representou o mesmo estilo de música na costa Oeste.
Nascido no
Brooklyn foi abandonado pelo pai aos dois anos de idade. Aos 12 vendia drogas
naquela região. O sonho de virar rapper o retirou da criminalidade. Gravou uma
fita demo e entregou ao produtor musical Puff Daddy, da Bad Boy Records. Em
1994 lançou o álbum Ready to Die e ganhou fama. Ele Tupac tentavam unir rappers
das costas Leste e Oeste dos Estados Unidos. Porém tudo mudou quando Tupac
sofre atentado dentro da gravadora de Notorious, estabelecendo a guerra entre
ambos.
Com 22 anos ele se casou com a
cantora Faith Evans. Em fase de lua de mel estourou nas paradas com “Juicy/Unbelievable”,
seu primeiro single. Sua esposa tinha terminado um romanco com o baterista do
Metallica, Lars Ulrich, duas semanas antes. O disco Ready to Die ganhou quatro
Discos de Platina, além de ser lançado numa época em que o Hip-Hop da costa
Oeste era destaque nas listas de vendas dos Estados Unidos. Notorious mudou
isto. Soltou os singles: “Big Poppa” e “One More Chance”, este último num dueto
com a esposa Faith Evans. Estourou nas vendas.
Em 1995 o grupo de Notorius, conhecido
como Junior M.A.F.I.A ( Junior Masters At Finding Intelligent Attitudes)
formado por amigos de infância, soltou o primeiro álbum, Conspiracy. Ganharam
Disco de Ouro e os singles: “Player´s Anthem” e “Get Money”, na voz de
Notorius, almoçaram Disco de Ouro e Platina. Também colaborou com artistas de
R&B, como Bad Boy 112 (“Only You”) e Total (“Can´t You See”). As duas
chegaram ao Top 20 da Billboard Hot 100.
Até o final daquele ano, Notorious
vendeu muito disco. Ganhou prêmios como Melhor Artista Novo (Individual),
Letrista do Ano, Performista ao Vivo do Ano. Na Billboard Awards foi
considerado Artista Rap do Ano. Mas quando tudo vai bem, é preciso manter a
vigilância para não sofrer rasteiras. Como rei da cocada preta, Notorious
aumentou a rivalidade com o Hip-Hop da costa Oeste dos EUA por meio de Tupac
Shakur, seu ex-sócio. Ele o acusou de
Notorious e Puff Daddy, dono da Bad Boy Records, terem conhecimento de um
assalto que ele foi baleado várias vezes e perdeu muito dólares em joias no final
de 1994. Negaram a acusação, alegando que estavam num estúdio em Manhattan.
Depois de sair da cadeia, Tupac
entrou na Death Row Records em 1995. Bad Boy e Death Row viraram rivais nos
negócios, resultando em conflitos. A carreira de Notorious ficou marcada por
essas disputas. O caldo saiu da panela quando no final de 1996 ele teria sido
responsável pela de Tupac, pois numa de suas letras, a mulher de Notorious,
Faith Evans, teria se relacionado sexualmente com o rapper.
Durante a gravação do segundo
álbum, de inicio se chamou Life after Death.. ´Til Death Do Us Part, depois
resumido para Life After Death, Notoriou quebrou a perna esquerda num acidente
de carro, o obrigando a usar bengala. No início de 1997 acabou condenado a
pagar US$ 41 mil em danos envolvendo um amigo e promotor de shows, sob
acusações de sua comitiva o espancarem.
No começo de 1997 viajou para
Califórnia visando promover seu próximo disco e gravar um clipe do single “Hypnotize”.
Em março daquele mesmo esteve numa festa de prêmio à cantora Toni Braxton e
acabou vaiado por parte da plateia, mesmo assim resolveu cantar o hit “Who
Shotya” para provocar os rivais do Hip-Hop da costa Oeste norte-americana. No
dia seguinte, após a meia-noite ele e sua comitiva, dividido em dois carros,
retornaram ao hotel, acompanhado de equipe de seguranças.
Pararam no semáforo vermelho de
uma avenida, quando um Impala preto estacionou ao seu lado. O motorista do
carro disparou várias vezes contra Notorious, atingido quatro vezes. Socorrido
ao hospital morreu poucos minutos depois. Terminava de forma trágica a carreira
do rapper poderia ter ido muito longe, caso a irresponsabilidade não fosse sua
amiga íntima. Deixou gravados os álbuns: Ready to Die (1994), Life After Death
(1997), os póstumos Born Again (1999) e Duets: The Final Chapter (2005) e as
compilações Greatest Hits (2007) e Notorious: Original Motion Picture
Soundtrack Singles (2009).