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Luís Alberto Alves/Hourpress

terça-feira, 25 de junho de 2013

Ruby Murray: a nitroglicerina musical da década de 1950








 Ruby Murray brilhou intensamente na década de 1950. Foi  grande cantora popular, com sua voz rouca, resultado de uma cirurgia na garganta na infância, virando sua marca registrada. 

Como intérprete infantil, apareceu pela primeira vez na televisão em 1947, aos 12 anos de idade. Depois participou de inúmeros espetáculos, até ser descoberta pelo produtor Richard Afton.

 Porém, a Justiça irlandesa era rigorosa em matérias de crianças artistas. Retornou à Belfast, Irlanda, onde nasceu; para completar 14 anos.

  Aos 19 anos viajou a Londres com o comediante Tommy Morgan numa turnê. Encoutrou novamente Afton. Ele ofereceu a Ruby o posto de cantora residente na BBC Television, substituindo Joan Regan. 

Logo assinou contrato na Columbia Records do Reino Unido e o gerente Ray Martin colocou na praça o single “Heartbeat”, chegando ao Top 5 do Reino Unido. Em seguinda lançou “Soflty, Soflty”, primeiro lugar  e fazendo Ruby obter a incrível façanha de ter cinco singles no Top 20 ao mesmo tempo.

 No início de 1955 ela repetiu a dose com mais cinco singles no Top 20, outro recorde que nem Madonna, na década de 1980, conseguiu bater. As canções eram: “ Happy Days and Lonely Nights”, “Let Me Go Lover”, “If Anyone Finds This”, “I Love You´(com Anne Warren), “Evermore”, “I´ll Come When You Call”, “Real Love”, “Goodbye  Jimmy, Goodbye” e “You Are My First Love”.

 Durante os fervorosos anos 50, Ruby teve seu próprio programa de televisão, além de excursionar pelos Estados Unidos, Malta e Norte da África. Em 1957, durante temporada de Verão em Blackpool, conheceu Bernie Burgess, do grupo vocal Jones Boys. Casaram em segredo, dez dias depois. Ele virou seu empresário pessoal. Vinte anos mais tarde, Ruby voltou à parada com o hit “ Change Your Mind”, lançando álbum com mesmo nome, incluindo as canções como “ Raindrops Keep Falling On My Head” (regravada por BJ Thomas, tornando grande sucesso em sua voz), além de renovar alguns de seus hits antigos.

  Em 1989, a EMI Records soltou o disco Ruby Murray´s Years, incluindo músicas como “Mr. Wonderful”, “Scarlet Ribbons” e “It's The Irish In Me”. Na década de 1990, ao lado do segundo marido, Ray Lamar, ainda se apresentava em shows de cabaret e flash backs com outras estrelas da década de 1950. Morreu em 1996, aos 61 anos. Como dizia o falecido apresentador de televisão, Chacrinha, em comunicação nada se cria, tudo se copia. No final da década de 50 e início da de 60, o estilo de  Ruby influenciou a rainha do Country, de Nashville, Patsy Cline, morta num acidente áereo em 1963. Até as esticadas das frases musicais são idênticas as de Ruby. Para comparar assista o vídeo, abaixo, "Crazy", um dos grandes sucessos  de Patsy Cline.





segunda-feira, 24 de junho de 2013

Tony Orlando & Dawn: sorte o transformou num grande sucesso




 A largada para a vida artística de Tony Orlando começou aos 17 anos, em 1961, após cantar três músicas e chegar ao Top das paradas. Oito anos depois, como backing vocal de estúdio, passou a publicar canções para a abril Blackwood Music, divisão da Columbia Records.
 
  Caiu em suas mãos o hit “Candida”, após vários produtores e cantores rejeitarem a canção. Não pode gravar no início, por causa do trabalho na Blackwood Music. Por insistência do produtor Hank Medress, lançou a composição pela Sino Records, como  banda Dawn, para mascarar a dublagem nos vocais, para que ninguém percebesse que era de Tony Orlando.

  Os vocalistas envolvidos neste golpe de sorte foram Sharon Greane, Linda Jay Siegel e Toni Wine, que ajudou melhorar a letra da música. Os arranjos couberam a Norman Bergen. Resultado: “Candida” chegou ao terceiro lugar da Billboard Hot 100 chart e primeiro na Cash Box Top 100. Com uma nova banda gravou “ Knock Three Times”, outro grande sucesso.

 Como Tony Orlando não podia aparecer, a Sino Records entrou em pânico, pois precisava que ele divulgasse as canções da banda Dawn. Ele entrou em contato com as vocalistas Telma Hopkins e Joyce Vincent Wilson, que trabalharam na Motown Records, para representarem o grupo Dawn.  Com seu nome artístico de apresentações tornando se Tony Orlando & Dawn.

 Emendaram turnês e “Candida” e “Knock Three Times” chegaram aos primeiros lugares em 1971. Após viagens pela Europa, Telma e Joyce assumiram os vocais de estúdio, acrescentando, também, Pamela, irmã de Joyce. O primeiro single com as novas vozes foi “Runaway/Happy Together”, em 1972.
 
  No ano seguinte lançaram o single “ Tie a Yellow Ribbon Round The Old Oak Tree”. Vendeu muito e virou o single mais bem sucedido do grupo. Depois gravaram “Say Have Anybody Seen My Gypsy Sweet Pink”.   Chegaram ao terceiro posto na Billboard Hot 100. A emissora de televisão CBS deu um programa de variedades ao grupo, em 1974, após o término do contrato de The Sonny and Cher Comedy Hour. Ficaram no ar até 1976.

 De casa nova, na Elektra Records, continuaram a série de singles de sucessos, chegando ao Top 10 na Hot 100. É dessa época os hits “He Not Love You (Like I Love You)”, remake da canções de Jerry Butler “He´ll Break Your Heart”, e “Cupid”, cover da música de Sam Cooke, “Cupid”.  Em 1991 lançaram “With Ev´ry (Yellow Ribbob “That´s Why We Tie ´Em) e cada um seguiu seu caminho.

  Tony Orlando ainda faz turnês. As backing vocals Telma Hopkins e Joyce Vincent Wilson investiram na carreira de cantoras, com Telma dividindo tempo com trabalho de atriz. Em 2005 saiu um DVD com os maiores sucessos do grupo. No Natal daquele ano foi a primeira vez em que eles apareceram juntos num palco após 14 anos. Em 2009, Joyce  uniu se a Scherrie Payne, que participou das Supremes.




Eve Boswell: talento para cantar em nove idiomas

Eve: talento para cantar em nove idiomas diferentes


  A década de 1950 teve a beleza e o talento de Eve Boswell a sacudir o  Show Biz. Com 30 anos, ela agitou a parada Pop britânica. 

Nascida na Hungria, filha de pais músicos profissionais, a menina viajou o mundo. Após a Segunda Guerra Mundial começar, sua família saiu do Reino Unido. Casou se  e virou estrela de música popular na África do Sul. 


 Em 1949 o maestro Gerald Bright a convenceu a retornar ao Reino Unido como cantora de sua banda, muito prestiada naquele país. 

Aos 20 anos Eve colocou os pés na carreira solo. O primeiro hit foi “Sugar of Bush”, com trechos cantandos em africâner (idioma dos colonizadores da África do Sul). 


  Nessa  época viajou bastante com o comediante Derek Roy, antes de começar seu próprio programa de rádio em 1954.

 Explodiu nas paradas com o hit “Grabbing a Chicken”, canção típica sul africana. O primeiro LP (disco de vinil com 12 músicas), Sugar and Spide teve dez composições cantadas em nove idiomas diferentes. Porém, a pauleira da jornada excessiva de trabalho no rádio e turnês seguidas quase a levaram à loucura. Após pequeno declínio da Pop Music entre 1950 e 1960, saiu de cena indo morar na África do Sul onde morreu em 1998.