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#BMW - Morre #QuincyJones, o gênio da produção de grandes discos

Luís Alberto Alves/Hourpress

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Shep and The Limelites : a beleza de cantar baladas

Especialidade do grupo era cantar baladas "mela cueca"

  O grupo Shep and The Limelites surgiu em Nova York no começo da década de 1960. O cabeça da banda era James Sheppard, na época com 24 anos.  Era compositor e foi autor de várias canções do conjunto. Chegou ao top das paradas com o hit “Daddy´s Home”. Essa canção era continuação de outras composições, como “ A Thousand Miles Away” (1956), “500 Miles To Go” (1957), “ Ready For Your Love” (1961), “ Three Steps From The Altar” (1961), “ Our Anniversary” (1962). Ele usou o famoso recurso de aproveitar a linha melódica de uma canção em outra, com algumas mudanças.
  Antes de chegar ao Shep and The Limelites, Sheppard (tenor/barítono) passou pelos The Heartbeats em 1954. Ali encontrou Albert Crump (primeiro tenor), Vernon Sievers (barítono), Robbie Tatum (barítono) e Wally Roker (baixo). Destacaram-se por causa da suave harmonia vocal. Eram pródigos em interpretar baladas, as famosas canções “mela cueca” ou música de corno, bem típica dor de cotovelo.
  Seis anos depois ele saiu e formou sua própria banda, com dois veteranos: o primeiro tenor Clarence Bassett e o segundo tenor Charles Baskerville. Trouxe a experiência dos The Heartbeats, embora com harmonias vocais menos complicadas. Porém em 1966 o sonho chegou ao fim. Em 1970 Sheppard morreu assassinado. Bassett prosseguiu cantando e faleceu em 2005. Roker resolveu ser executivo de gravadora.

Naomi Shelton & The Gospel Queens: a grande dama da Black Music


Ouvir Naomi cantando Gospel é uma grande maravilha para os ouvidos, algo inesquecível
Cantar Gospel não é fácil, por ser uma música extremamente espiritual, pois é pai do Blues, também difícil de interpretar. Mas existem intérpretes que tiram de letra. É o caso de Naomi Shelton. Cresceu cantando com suas irmãs em sua igreja no Alabama e passou o restante da vida em clubes de Soul ao redor de Nova York. Atualmente diversos DJs descobriram algumas de suas canções, como “Breakdown St”, “B/W”, “Wind Your Clock”, “Talking ´Bout a Good Thing”.
   Após o lançamento de seu filme, mais pessoas puderam conhecer o talento de Naomi.  Ela tem a capacidade de transmitir compaixão e deixar a emoção invadir o coração de quem a ouve ou assiste.  Não é apenas pegar no microfone, como fazem as cantoras hipócritas. Muitas só conseguiram assinar o contrato com as gravadoras, por que antes passaram a noite em algum hotel de luxo...
   Ao se apresentar em Nova York, o público sente a diferença nos graves, quando o baixista Fred Thomas a ajuda. Durante vários anos ele acompanhou o Papa da Funk Music, James Brown.  É difícil sair de um show dela sem a alma sentir o impacto de uma grande apresentação. Diria que a grande dama da Black Music de qualidade. É lindo ver o espetáculo dirigido por Cliff Driver, inigualável no seu piano Honki-tonk, Jimmy Hill no órgão, o guitarrista Tommy “TNT” e Brenneck Bosco Mann.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Marilyn Scott: outra bela voz do Jazz

Marilyn apaixonou-se por Jazz, aos 11 anos, após a morte da mãe

   Jazz é a praia de Marilyn Scott. Aos 15 anos (1964) estava na faculdade, em San Francisco, cantando em conjuntos de Jazz e Pop. Chamou a atenção de Emilio Castillo, membro da banda Tower of Power. A chamou para trabalhar de backing vocal. Depois repetiu a dose para grupos como Spyro Gyra, The Yellowjackets, Etta James e Bobby Womack.  “God Only Knows” foi seu primeiro single num cover de Brian Wilson, sucesso nos Estados Unidos em 1979. Dois anos depois ganhou respeito da crítica e compositores de Jazz com o dueto ao lado de Bobby Caldwell no hit “Dancing Sky”, sucesso no Japão.

  Ela assinou com a Warner Bros Records em 1996 e lançou o álbum Take me With You. O disco teve a participação de Dori Caymmi, George Duke, Russell Ferrante, Ricardo Silvera, Boney James, Bob James e Jimmy Haslip. Influenciada pela mãe, pianista clássica e cantora, Marilyn nasceu na Califórnia, e aos 11 anos a perdeu. Ali descobriu a vocação de artista. Passou a ouvir rádio, inclusive Jazz, R&B e Pop. Mesclou tudo e teve como meta o sucesso.

  Após concluir o Ensino Médio foi para o norte da Califórnia e ali passou a cantar em diversas bandas, apresentando em cinco shows por noite. Chegou ao Jazz, quando conheceu os rapazes da Tower of Power. A voz emotiva a levou para o elenco do musical Dr. Martin Luther King Jr. Era a única branca nessa peça. Pouco tempo depois gravou o hit “Dreams of Tomorrow” para a Atco Records.

  Do show de Jazz escrito por Russell Ferrante surgiu um álbum. O trabalho resultou numa grande amizade entre ambos e a parceria perdura até hoje. Ao longo de dez álbuns, Marilyn contribuiu com várias trilhas sonoras de filmes como Skylark.  Uma de suas canções “I Will Love You”, do segundo disco lançado em 1983, Without Warning, entrou na galeria dos clássicos.

  O talento e a bela voz colocou Marilyn ao lado de grandes músicos de Jazz como pianista Patrice Rushen, os baixistas Brian Bromberg e Jimmy Haslip, os bateristas Vinnie Colaiuta e Terri Lyne Carrington, o guitarrista Dori Caymmi, o saxofonista Steve Tavaglione e o percussionista Lenny Castro. Sua competência a fez pôr dois CDs nas paradas da Billboard durante 14 semanas, ambos produzidos por George Duke, sobre Jazz Tradicional. Para assegurar sua independência financeira, abriu uma loja on-line de roupas orgânicas para bebês. A beleza de sua a voz já garantiu legião de fãs no Japão. Escreveu o nome na galeria dos grandes intérpretes de Jazz.



Sounds of Blackness: a banda que canta e toca tudo


A banda valoriza a Black Music norte-americana, cantando e tocando vários gêneros musicais
   A banda Sounds of Blakness (Sons da Negritude) é o refresco para quem gosta de músicas de qualidade e interpretadas por ótimos vocalistas. Nascida em 1969 em Minneapolis, são especialistas nos gêneros Gospel e R&B. Versáteis, até começo da década de 1990, nadaram de braçada quando aderiram ao estilo New Jack (mistura de R&B e Hip-Hop). Também investiram muito no RAP e Soul Music.

  Atitude corajosa, porque poucos artistas da Black Music aproveitaram a oportunidade de
 mostrar sua arte vocal. Felizmente algumas gravadoras apostaram na criação de uma nova
 geração de estrelas. Logo os produtores Jimmy Jam e Terry Lewis iriam escolher um time de
 30 cantores e dez músicos, para lançar o primeiro álbum pela recém-formada Perspective
 Records.

  O investimento teve rápido retorno. Ganharam dois Discos de Ouro, cinco indicações ao
Grammy e três Grammy no espaço de seis anos. Conquistaram o coração da crítica
especializada.  Os simpatizantes de belas canções devem se lembrar dos hits “Sex I Wanna You
 Up”, “Wrap My Body Tight”, “Do Me Again”, todos com as mãos de Jam e Lewis. Foi difícil o
álbum The Evolution of Gospel passar em brancas nuvens no show biz.

  Quando a canção “Optimistic”, composta por Jam e melodia de Gary Hines, estourou nas
paradas e pistas de dança de Londres e Los Angeles, a crítica musical percebeu algo de bom
 naquela banda. Os mais curiosos passaram a ouvir outras faixas, como “ Your Wish is My
Command”, “I´II Fly Away” e “The Pressure, Pt 2”, aumentou a procura por mais informações.

  Não demorou para acontecer uma apresentação especial em Hollywood, pouco antes do
 lançamento do álbum The Evolution of Gospel . Especialistas em Black Music entenderam que
 Jam e Lewis estavam com uma mina de ouro nas mãos. A dupla é responsável por vários
 milhões de CDs vendidos de Janet Jackson, SOS Band e Cherrelle.

  O diferencial da banda Sounds of Blackness é transitar livremente pelo Gospel, Spirituals,
Blues e R&B. Os contatos de Jam e Lewis colocaram o hit “Optimistic” nas mãos de Whoopi
 Goldberg e Quincy Jones. Logo os esforços de Gary Hines, diretor do coral do colégio St.Paul,
 Minnesota (embrião do conjunto musical), em 1971, surtiram efeitos.  Saíram do Gospel
tradicional e adotaram diversos gêneros da Black Music dos Estados Unidos.

  Renderam frutos o esforço de montar produções originais e gravar três álbuns independentes
(imagens, Imagens 2 e “Night Before Christmas”) e apresentações em diversas cidades. Jam e
 Lewis, ex-membros do The Time (banda de Prince no começo da década de 1980), foram
 testemunhas oculares da performances  iniciais do Sounds of Blackness. Ao perceber o
talento dos meninos, eles perguntaram quais os planos da banda, após um show em 1988.

  Mesmo com grande potencial, Jam e Lewis descobriram que os meninos não tinham assinado com nenhuma gravadora. Antes, eles levaram Janet Jackson para ouvir “Music of Martin”, tributo ao líder de Direitos Civis Martin Luther King. Janet ficou fascinada pelo vocal do grupo. Pediu para Jam e Lewis gravar as canções do grupo.

  Era o pontapé para as negociações com a A&M Records. A partir dai centraram fogo na produção do álbum The Evolution of Gospel. O trabalho demorou 18 meses, com o disco chegando ao mercado em 1991. O vocalista Ann Nesby lembra que tudo começou quando ele ensaiava o hit “ Your Wish is My Command” para o cantor Vesta . Jam percebeu que o hit deveria ficar na A&M Records.  Nesby acabou gravando também “Optimistic” , “ Testify” e “The Pressure”.

  Nesby já havia cantado na Broadway em meados de 1980 e pensava numa carreira-solo. Porém sua irmã Shirley Maria Grahan (membro do Sounds of Blackness) a convidou para visitar Minneapolis durante os ensaios do show The Night Before Christmas. Após o ensaio, Gary disse que Nesby iria cantar algumas canções no formato de capella. Ele ficou no grupo de 1988 até 1996, quando lançou seu primeiro álbum solo. Sua voz transformou-se em marca registrada da banda Sounds of Blackness.

  A partir dai o grupo passou a fazer shows em igrejas, escolas, presídios e casas de shows. Um dos destaques foi apresentar-se no Hammersmith Odeon de Londres, no Verão de 1991. O ótimo desempenho os levaram a participar de turnê Power of Love, de Luther Vandross. No ano seguinte ganharam o primeiro Prêmio Grammy. O sucesso os levou para programas de televisão, shows e estúdio. A banda ficou com 15 cantores e cinco músicos. Com o álbum Africa to America ganharam a comparação de fazer um som igual a Earth, Wind and Fire, pois tocam e cantam tudo.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Stephanie White: quando a beleza anda de mãos dadas com o talento

A beleza de Stephanie White anda junto com seu talento; eles são responsáveis por seu sucesso
 
Se fosse no Brasil, Stephanie White e sua banda Nova Jersey Phitl Harmonic eram certeza de sucesso absoluto. As pernas dela funcionariam como cartão postal nos shows, onde muitos não estão interessados em ouvir as canções, mas em ver a beleza das cantoras. Isto ocorre em diversos gêneros musicais. O mercado a conheceu quando lançou o CD Knee Deep Insanity em 2007. Ali o show bizz percebeu que Stephanie não precisava apenas de um corpo bonito para fazer sucesso. Tem talento.
  Sua banda mescla, muito bem, Soul, Rock, Funk (legítimo dos Estados Unidos) e Ska (pai do Reggae na Jamaica). A proposta era criar um som em que as pessoas pudesse se familiarizar com o grupo. As canções foram escritas por ela e o baterista Robbie LaFalce, para o restante da banda tocar fogo no público, com Chris Staranka (baixo), Ozolins Aleks (teclados/trompa), Tommy Spears (guitarra/bandolim), Patrick Smith (trompete), Joe Schmidt (sax) e Andrea Gonnella (trombone).
  Das nove faixas, três foram gravadas de forma acústica. O encontro com LaFalce ocorreu quando Stephanie retornou a Hollywood para competir na quinta temporada do programa de caça talentos American Idol (espécie de um programa The Voice nos Estados Unidos). LaFalce tinha uma banda de Ska, The Miasmics. Ali descobriu que ele compunha a maioria das letras da banda. Da rápida parceria, escreveram juntos o hit “Tough Enough”, reflexo da experiência de Stephanie no American Idol. Apesar de muito bonita, ela sabe suportar as pressões da indústria da música.
  Outra pérola do disco é o hit “Sustain”, balada rock que mostra a inocência e a dor quando se perde alguém querido. A letra foi inspirada num amigo de LaFalce, tragado pelo Câncer. Essa mostra revela que a banda não é fã de compor canções descartáveis, como ocorre na maioria dos conjuntos. Merecem aplausos as faixas “Here We Go Again” e “ Girls Have Expenses”, Blues e R&B descrevendo os maus tratos nas relações sentimentais. Para deixar o clima mais light, “Teardrops” é baseado no primeiro amor de Stephanie, que diga de passagem, foi um grande felizardo em ter uma mulher tão bela nos braços e entrar em seu coração.
  “Did I Change You”, última faixa do CD, descreve os efeitos do final do romance numa relação amorosa. Visto que as pessoas terminam, mas uma delas sentem os impactos da perda. Alguns conseguem se manter de pé, outros desabam perdendo o rumo da própria vida. Quem foi responsável pelo término daquela paixão, na maioria das vezes, se esquece do estrago causado na vida do outro ou outra. No final de 2007, Stephanie e sua banda saíram em turnê para mostrar ao público o resultado final deste CD. Em 2009, com outro álbum, repetiram a dose. Para quem gosta de boa música e beleza, é recomendável os shows dela.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Soulive: resgate da Black Music das décadas de 1960 e 1970


A grande sacada da Soulive é trazer ao palco a aura musical das décadas de 1960 e 1970
   A banda Soulive é a perfeita tradução do Soul/Jazz, desde 1999 quando surgiram. Ganharam diversos fãs por causa da alta qualidade do som de suas canções. Uma de suas músicas teve arranjos do competente Fred Wesley. A grande jogada da Soulive é que eles nunca se repetem. A cada apresentação despejam na plateia alta carga de energia de talento. É legal ouvir o saxofonista Sam Kininger, o baterista Alan Evans e o tecladista Neal Evans e claro, o novo componente, o guitarrista Eric Krasno. Eles trazem de volta o bom gosto característico da década de 1960, com estilo parecido com Brother Jack McDuff eGroove Holmes.
  Por causa disso ganharam respeito de feras do porte de Chaka Khan, Kweli Talib, John Scofield, Truck Derek, Susan Tedeschi, Robert Randolph, Joshua Redman, Kenny Garret, Ivan Neville entre outros.  Para conferir é bom ouvir o CD Spark. Ele traz a aura do início da década de 1970, quando estouram lançamentos de Freddie Hubbard, Grover Washington e George Benson.
  Quando se ouve o CD produzido pela própria banda, sem dedo de intrusos, como ocorre em diversos álbuns, é gratificante nossos ouvidos se deliciarem com a colaboração de pioneiros do Hip-Hop, como Black Thought, The Roots e Talib Kweli, além da grande cantora de Soul, Amel Larrieux e Dave Matthews. Para seus ouvidos tirarem a dúvida ouçam “Doin ´Something” e “Turn It Out”.
  Percebe-se pelos arranjos que a Soulive está interessada em criar algo novo, não cair na rotina que muitos grupos mergulharam e não saíram mais.  É covardia compará-los a Jimmy Smith, outro grande gênio da Black Music. A Soulive faz a mistura de Funk (o legítimo dos Estados Unidos), R&B, Soul e Jazz, mas tudo com pintura moderna.  É interessante notar que as novas linhas de baixo no órgão de Neal Evans têm outra textura. A guitarra de Eric Krasno lembra George Benson da década de 1970, quando gravou inúmeras pérolas do Jazz/Rock.
  O curioso é que Krasno misturou neste bolo um pouco de Jimmi Hendrix, Green Grant e “Wah Wah” Watson.  Sam Kininger é outra peça importante no grupo. Lembra Maceo Parker e Benny Maupin, com pitadas de Eddie Harris. O baterista Alan Evans é o pêndulo da Soulive. Tem a capacidade de fazer a batida de Funk, recheada de molho de Jazz das Big Band do passado.


The Ideals: a banda que influenciou Tim Maia

Roger Bruno, o primeiro à esquerda, e Tim Maia (terceiro), durante gravação em Nova York, em 1963
Para quem desconhece a história da Black Music, é novidade ouvir um grupo chamado The Ideals, especialistas em R&B, Soul e Funk nascida em Chicago em 1952 por alunos de uma escola de Ensino Fundamental. Durante oito anos brigaram bastante, com diversas trocas de componentes. Quando conseguiram gravar um disco em 1961 era composta por Reggie Jackson, Leonard Mitchell, Robert Tharp e Robert Steward Sam.
  O ano de 1963 marcou a chegada de Eddie Williams. Nesta época também apareceu um rapaz brasileiro, meio gordinho, que estava há quatro anos nos Estados Unidos, aonde chegou apenas com US$ 12 no bolso e a cara e coragem para começar nova vida. Era Tim Maia. Ele os conheceu na periferia de Nova York, onde o conjunto The Ideals cantava em pequenos salões e botecos, como fazem grupos de pagode e bandas de rock no início de carreira.
  Nessa época estava com os rapazes Roger Bruno. Ele ouviu as dicas de Tim Maia para colocar o molho brasileiro nas canções. O síndico descobriu que estavam em Nova York diversos músicos brasileiros para o memorável show no Carnegie Hall, quando apresentariam ao mundo a Bossa Nova, mistura de Samba com Jazz.
   Usou a conversa fiada para levar o baterista Milton Banana e junto com o contra baixista de Jazz, Don Payne para gravar uma fita demo. Tim Maia tocou guitarra nas duas faixas: “New Love” e “Go Ahead and Cry”.  Vinte anos depois (1973), “New Love” seria regravada no  LP  (disco de vinil com 12 faixas)  Réu Confesso , de Tim Maia, fruto da parceria de Bruno na época de The Ideals.
  Após a deportação de Tim Maia em 1964, ao ser pego fumando maconha num carro roubado, a banda The Ideals seguiu seu caminho. Dois anos depois chegaram às paradas com o hit “Kissin”. Depois gravaram a balada “You Los and I Won”. Não demorou muito tempo e o grupo chegou ao fim. A grande colaboração dos The Ideals é ter apresentado a Tim Maia a pegada da Black Music dos Estados Unidos, a jogada de colocar instrumento de sopro nas músicas mais lentas ou agitadas (“Azul da cor do Mar”, “Você”, "Sossego", "Venha Dormir em Casa") é dessa época.
  O mesmo se aplica na batida bem compassada em canções Funk (o ritmo original dos Estados Unidos), como no hit “Eu Gostava Tanto de Você”, "Do Leme ao Pontal", " e a guitarra nervosa em “Descobridor dos Sete Mares”.  Tudo é herança do tempo em que Tim Maia conviveu com a rapaziada dos Ideals.