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#BMW - Morre #QuincyJones, o gênio da produção de grandes discos

Luís Alberto Alves/Hourpress

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Kendra Ross: amante da boa música e dos estudos



Kendra começou cantando no grupo de louvor de sua igreja
   Kendra Ross, aos 38 anos, é cantora, compositora, produtora, executiva de negócios da música e ativista social. Nascida em Ohio, mora atualmente no bairro do Brooklin (seria a Vila Madalena dos norte-americanos por causa da quantidade de artista ali revelados e residentes), Nova York. Começou cantando na igreja e se apresentando com o grupo Civic Light Opera Mini Stars de Pittsburgh.
  Após muitos anos de trabalho em peças musicais, Kendra passou a apresentar seu talento como vocalista e compositora de artistas como Quincy Jones, Kanye West, Talib Kweli, Omar, Faith Evans, Rita Coolidge, Tamar-Kali entre outros. Abriu shows para BabyFace e Isaac Hayes. O CD New Voice, lançado em 2007, o álbum teve a participação de peso pesados como Teodross Avery, Wynton Marsalis, Rob Chris e Warner Skoota. O CD foi bem recebido pela crítica norte-americana e japonesa.
   Kendra acabou ganhando o prêmio de Artista Revelação do Ano. Talib Kweli, um dos papas do Hip-Hop atual, escreveu no encarte de seu CD de 2002, Quality, em que ela cantou e compôs, que Kweli é talentoso, bonito e um tipo de Kendra. Mas essa grande cantora também é uma feminista estudiosa e antropóloga cultura que cida Neale Hurston e Katherine Dunham como dois das maiores de suas influências acadêmicas.
  Para deixar o currículo mais rico, tornou-se bacharel em Música pela Universidade de Nova York e um Master of Arts em Estudos Liberais no Brooklyn College e Antropologia pela The New School for Social Research, em Nova York. Apesar da carga de ensino, Kendra está compondo e gravando canções para o segundo CD que logo estará no mercado.

Lydia René: talento é tudo na estrada do sucesso

Voz sensual e boas composições são algumas das marcas registradas de Lydia René
Lydia René é a prova de que talento é tudo que basta na dura estrada do sucesso. Ela apostou

sempre em Soul Music para manter-se consistente entre o público por meio de gerações.
O charme de Lydia é sua voz sensual e composições onde estão presentes honestidade e
inteligência. Lydia é além da embalagem, pois sua formação clássica transforma suas canções
em sucesso.

Nas composições de Lydia estão presentes riffs de Jazz e outros estilos alternativos. Em
2008 lançou o CD My Love is My Life, gravado ao vivo. Não demorou muito para o mercado
perceber que ela não era mais uma no mercado. Investiu em apresentações ao vivo em locais
de toda a área da Filadélfia, além de ser atração principal em diversos shows.

Para deixar o bolo mais bonito, Lydia teve a oportunidade de trabalhar com os produtores e
músicos como N Bush (trabalhou com Lauryn Hill, Aretha Franklin), BAM (Lil Mama), Damon
“Mr.Dizzy Fingers” Bennett (Jay-Z, Christina Aguilera, Just Timberlake) e Stan Davis (Soul The
Kindred Family, Kelly Rowland, Teena Marie). Também escreveu várias canções para artistas
como Toni Braxton e Lil´Mo.

O que faz o seu trabalho bonito é incluir no repertório Jazz, Gospel e Rock, tudo herança do
pai, que era professor de piano, além, claro das influências de lendas da Black Music como
Stevie Wonder e Gladys Knight. Outro ponto positivo de Lydia é não ter virado clone, visto que
teve capacidade de desenvolver sua própria musicalidade.

Tony Rich: quando bom produtor não se transforma em sucesso


Apesar de talentoso, Rich nunca atingiu o estágio máximo do sucesso comercial

Tony Rich é conhecido como compositor de talento da LaFace Records. Já escreveu canções
para artistas como Boys II Men e Toni Braxton, mas a partir de 1995 apostou numa carreira
solo. Aproveitou o fato de ter nascido em Detroit, celeiro de grandes artistas dos Estados
Unidos, mas nunca chegou ao estágio máximo do sucesso comercial no show-biz.

Seu primeiro single “ Nobody Knows” ganhou o Grammy na categoria de Melhor Performance
Vocal Masculina de R&B. Algo surpreendente para um álbum de estreia. O CD Hey Blues
acabou tornando-se joia rara no mercado musical dos Estados Unidos.

Em 1998 lançou o segundo CD, Birdseye. Desta vez não conseguiu se conectar com os fãs.
Retornou ao ofício de produtor e compositor, trabalhando com artistas de R&B e Gospel.
Mas em 2003 tentou outra vez, com outro CD, onde valorizava mais o Rock. Três anos depois

repetiu a dose e fracassou novamente nas paradas. No começo de 2008 assinou com a Hidden
Beach Records para tentar colher um bom resultado.

Jeane Ricks: outra filha pródigo de Chicago

Jeanne começou a tocar aos oito anos de idade, produziu um musical na adolescência


Jeanne Ricks é de Chicago, conhecida como cidade celeiro de grandes artistas. Começou a
tocar aos oito anos de idade. Por causa de seu grande talento, escreveu um musical em grande
escala, que produziu quando estava no último ano do Ensino Médio. O projeto foi exibido
numa emissora pública de rádio. A partir dai recebeu orientação do arranjador Thomas “Tom
Tom 84” Washington (Earth Wind &Fire, The Jacksons, Phil Collins entre outros) e começou a
fazer arranjos para big band e orquestra completa.

Ela passou a estudar no conceituado Berklee College of Music de Boston, onde saiu com o
grau de bacharel . Por ali passaram artistas como o arranjador Quincy Jones, a cantora Melissa
Etheridge, o saxofonista Branford Marsalis. Enquanto esteve ali, ganhou dois prêmios por
causa de suas performances ao vivo, além de estudar engenharia de gravação áudio.

Não demorou em marcar presença numa dúzia de filmes de curta metragem, completando
uma série de jingles de sucesso, além de produzir projetos independentes de vários
artistas desconhecidos pela mídia. Foi copista de música para o filme Street Smart, onde se
destacaram Christopher Reeves e Morgan Freeman, que acabou ganhando um Oscar.

Por causa do seu vasto repertório de música, ela emplacou o hit Love Remembers, que virou
canção título do CD de George Benson. Também passou duas músicas para Tony Ransom
(“Take it To Heart” e “Turn to Me”). Ela também escreveu músicas para o DJ Satoshi Tomiie.
Como guitarrista participou de trabalho ao lado de Al B Sure e concluiu com uma trilha sonora
para o filme Assassination Tango, de Francis Ford Coppola e estrelado por Robert Duvall, muito
aclamado pela crítica. Jeane confirma cada vez mais que é uma grande artista. Disto nenhum
crítico é capaz de desmentir. Nossos ouvidos agradecem.

Jimmie Reign: a sacada de traduzir energia negativa e positiva em belas músicas


As letras de Jimmie refletem seus sofrimentos

A grande jogada de Jimmie Reign é traduzir energia negativa e positiva da vida em músicas
que as pessoas gostam de ouvir. Ela é linda e talentosa, e consegue cantar belas canções.
Não é apenas mais um rostinho bonito tentando abrir caminho na dura estrada do show-biz.
Jimmie ficou conhecida como a Primeira Dama da Baía, porque cresceu nesta região de San
Francisco, numa casa de pai amoroso e três irmãs.

Seu pai, pastor de igreja evangélica, lhe ensinou a forma correta de cantar e harmonizar. Mas
como nada é perfeito, o seu mundo veio abaixo quando o divórcio bater às portas de sua casa.
Ela reconhece que sua vida mudou, sendo forçada a crescer rapidamente por causa das novas
responsabilidades. As letras de suas canções refletem o que sofreu naquela época.

A música foi o consolo encontrado por Jimmie. Desde os 14 anos ela trabalha com o produtor
Brian Morgan, o compositor e artista J. Valentine (J. Records), o produtor Paul Anthony (um
dos responsáveis pelo êxito dos Backstreet Boys). Atualmente, Jimmie colhe os frutos dos
hits “Make You Wait”, “Tryin ´To Be Your Girl”, “Superstar” ganharam grande destaque em
diversas rádios dos Estados Unidos.

Jimmie já dividiu o palco com vários artistas de destaque da Black Music dos Estados
Unidos. O problema é que suas experiências de vida a deixou numa luta constante entre a
mulher adulta com responsabilidade e da menina queridinha do seu pai. O lado bom é que
esses problemas contribuíram para moldar um estilo de música que agrada às massas. Ela
conseguiu preencher o espaço entre o Neo-Soul e o R&B comercial. Ganhou a simpatia de fãs
de ambos os gêneros. Jimmie centra fogo em letras que falam de questões como mãe solteira,
ressentimento de lar desfeito e a autoimagem pobre.

L.J.Reynolds: a voz de ouro dos The Dramatics


Reynolds gravou como artista solo na década de 1970

L.J. Reynolds é conhecido por causa da linda voz de barítono da época em que era vocalista
da banda The Dramatics, onde ficou 30 anos. Sua rica trajetória começou na infância, quando
ganhou diversos prêmios como bailarino. Para o bem da música, seus vocais expressivos
ganhou fama em Michigan. No Ensino Médio tornou-se vocalista do conjunto da escola onde
estudava.

No começo da década de 1970, Reynolds gravou como artista solo antes de ocupar o lugar
de William Howard no grupo The Dramatics, para em seguida transformar-se numa das
bandas mais quentes de R&B dos Estados Unidos. Antes de voltar para carreira solo em 1980,
conquistou algum sucesso, sendo o maior deles “Key to The World”, antes de retornar para
os Dramatics naquela mesma década de 1980. Ficou na banda e ocasionalmente lança algum
álbum solo.

Em 2008, Reynolds lançou o CD Gospel, The Messenger, trabalhando principalmente com o
Prêmio Grammy, o produtor Michael Powell. Ele mesmo reconheceu que o R&B é a sua praia,
mas o Gospel a grande paixão. Disse que a verdadeira mensagem do novo CD era transmitir o
poder da redenção por da música. Reynolds destacou que sofreu muito na vida, desde drogas,
bebidas e sexo fácil com mulheres. Chegou à conclusão que uma pessoa não pode viver
tentando se destruir a si mesmo.

A proposta de suas canções é inspirar as pessoas a apostar em mudança nas suas vidas. Para
quem não conhece, a banda The Dramatics, formada em Detroit em 1962, é conhecida por
inúmeras canções que estouraram nas paradas de sucesso dos Estados Unidos. Entre elas está
a linda “Be My Girl” e “In The Rain” entre outras.

Patrice Ruschen: outro grande talento da Black Music


Patrice é pianista clássica


   Patrice Rushen já tinha grande talento na juventude e foi considerada criança prodígio. Aos 18 anos, em 1972, participou do famoso Monterey Jazz Festival, que na década de 1960 revelou Janis Joplin e Jimmy Hendrix. Sua ótima apresentação rendeu contrato com a Prestige Records no ano seguinte.
   Para a cobertura do bolo ficar mais gostosa formou-se em música pela Universidade da Califórnia, sendo pianista clássica, compositora e vocalista. Quando adulta tornou-se mestre em Jazz e diretora musical. Foi a primeira mulher a ocupar o cargo de compositora na direção musical dos Prêmios Grammy e Emmy, e também na mesma função numa turnê de Janet Jackson.
   Em 1978 entrou na Elektra Records. Ali misturou Jazz, R&B e Funk, rendendo hits como “ Feels So Real”, “Watch Out”, “You Remind Me”, “Never Gonna Give You Up” de seus cinco primeiros álbuns (Patrice, Pizzazz, Posh, Straight From the Heart, Now). Em 1982 ganhou o Grammy de Melhor Performance de Vocal Feminino R&B. Toca diversos instrumentos, inclusive de percussão.  É amiga de Quincy Jones, que também acabou virando seu mentor musical. Desde 2008 é professora  do conceituado Berklee College of Music, deBoston, onde leciona “O Valor da Educação Musical”.

Maze: outra grande banda de Soul, Funk e R&B


Fundada em 1970,  a Maze continua em atividade, mas o auge do sucesso foi nas décadas de 1970 e 1980


 A banda Maze, criada por Frankie Beverly , nasceu em San Francisco, no início de 1970.  Foi fruto de um projeto anterior conhecido como The Butlers e Raw Soul, onde Frankie estava presente como compositor, produtor, arranjador, cantor, tecladista e guitarrista. Os primeiros passos ocorreram na Filadélfia quando o grupo se chamava Raw Soul. Gravaram num pequeno selo, mas sem estourar nas paradas. Dali foram para a Baía de San Francisco, Califórnia, em 1971 e com ajuda de Marvin Gaye, a banda conheceu o primeiro sucesso.
   Marvin Gaye os colocou abrindo seus shows e cinco anos depois ele sugeriu que os rapazes mudassem o nome para Maze. Assinaram contrato com a Capitol Records e lançaram o primeiro álbum: Maze Featuring Frankie Beverly em 1977.Desse disco estouraram os hits  “Happy Feelin´s ”, “While I´m Alone” e “Lady of Magic”. Ganharam o primeiro Disco de Ouro. O sucesso os acompanhou nos álbuns seguintes: Golden Time of Day (1978), Inspiration (1979) e Joy and Pain (1980).
  Em 1980 gravaram outro disco: Live in Nova Orleans. Três canções explodiram nas paradas dos Estados Unidos (“Running Away”, “Before I Let Go” e “We Need Love To Live”. Ganharam destaque em todo o país e Reino Unido, com apoio do DJ britânico Robbie Vincent. Cinco anos depois a banda lançou o álbum Can´t Stop The Love e chegou às paradas a canção R&B “Back In Stride”, além do single “Too Many Games”.
  Quatro anos depois entraram na Warner Bros e gravaram o disco Silky Soul, além de Back to Basics, em 1993, e repetindo a dose com um DVD de gravação ao vivo no Londres Hammersmith Odeon, em 1994. Ambos os álbuns ganharam Disco de Ouro. Nas paradas e bailes dos Estados Unidos embalou corações o R&B “Can´t Get Over You”.
  O ano de 2004 marca a gravação de Twilight que aparece no vídeo game Grand Theft Auto: San Andreas. Em 2009 fazem um tributo batizado de Silky Soul Music, incluindo os maiores sucessos da banda. Dois anos depois, o vocalista e percussionista McKinley “Bug” Williams morre de  ataque cardíaco. Atualmente a banda Maze continua fazendo shows. Sob batuta de Frankie Beverly, o fundador do grupo, estão Roame Lowry, Carl Wheeler, Larry Kimpel, Vance Taylor, Jubu Smith e Calvin Napper.

Sam & Ruby: quando a música brota do fundo da alma



Sintonia é o grande destaque entre Sam e Ruby, principalmente durante as gravações

  
  O ponto forte da dupla Sam & Ruby é a mistura de R&B, Folk e Pop, além do calor que eles colocam nas suas canções. Rubi Amanfu é dona de uma bela voz, onde sabe com mestria misturar Soulful e Gospel. Complementa Sam Brooker. A meta de ambos é atingir coração e cabeça dos fãs. O hit “The Here and Now” tem essa clara proposta, para que as pessoas se levantem para dançar de rosto coladinho.

  Atualmente são poucas as duplas que conseguem essa alquimia sem grande esforço. O curioso é que há dez anos, quando Ruby ouviu seu futuro parceiro cantar, sentiu-se abençoada por estar naquele clube e ouvir alguém que iria enriquecer cada vez mais a Black Music norte-americana.  Os dois viraram amigos e Nashville (a Meca da música country nos Estados Unidos) ganharia mais um grandioso ponto.

  Com o passar do tempo, ambos passaram a comungar o mesmo ideal musical. Um assistia ao show do outro. Ruby, de Gana (África), passou a maior parte de sua vida em Nashville. O pai, cientista da computação, acabou funcionário de uma empresa no Tennessee e a levou para lá quando tinha três anos de idade.

  Cristãos, os pais de Ruby não a deixavam ouvir músicas do mundo. Só permitiam Clássicos, nem o Jazz entrava nessa parada. Nessa época aprendeu a compor. Aos dez anos de idade ganhou o disco de Madonna, Like a Prayer.  Enquanto isso, Sam o futuro parceiro, crescia de outra forma em Green Bay, no Wisconsin. Em casa ouvia de tudo, inclusive Funk (o original dos Estados Unidos), como Parliament, Band Bootsy Rubber e Prince.

   O envolvimento com a Black Music foi tão elevado, que ele fundou uma banda na faculdade. Após a formatura passou a tocar em bares, casamentos e ficaram famosos na cidade. Começou a ganhar dinheiro naquilo que gostava: cantar! Fez contatos em Nashville e gravou um CD. O produtor lhe disse que o seu trabalho era ruim, mas sua voz era boa. Gravou outro álbum. Tudo isso antes de surgir a dupla Sam & Ruby.

  Mudou-se para Nova York em busca de carreira-solo. Ruby lançou um álbum solo, Smoke and Honey, no Reino Unido e chegou ao topo das paradas britânicas com o hit “Sugah”.  Com o retorno de Sam, eles se encontraram e gravaram a canção ““ The Here and Now”, lançando as bases de um futuro brilhante. Em 2005 foram convidados para tocar no Voodoo Experience Music, em Nova Orleans, onde gravaram um CD, com mixagem e masterização feitas num apartamento. Porém, a qualidade chamou atenção do mercado.

   Em 2007, o hit “The Sky is My Home” recebeu indicação ao Grammy e vários elogios da crítica especializada. O que começou como dueto vocal acabou crescendo por causa da grande harmonia entre ambos. Quando estão cantando é difícil descobrir qual é a voz de Sam ou Ruby. O segredo deles é interpretar as canções com a grande energia vida do fundo do coração. Isto poucos artistas fazem.  Este detalhe separa os bons dos medíocres, sendo os últimos frutos de esquema de marketing das gravadoras. Artistas de proveta.