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#BMW - Morre #QuincyJones, o gênio da produção de grandes discos

Luís Alberto Alves/Hourpress

quarta-feira, 4 de março de 2015

Glee: A máquina de sucesso da Columbia Records



Grupo lançou várias coletâneas pela Columbia Records

Luís Alberto Alves

 Quando Glee foi ao ar o primeiro episódio em maio de 2009 o programa de TV só atraiu uma fração dos telespectadores que sintonizaram para o American Idol, exibido no mesmo canal de apenas uma hora antes.

 Os números pareciam sombrios, mas as paradas musicais da Billboard contaram uma história diferente na semana seguinte, quando a versão Glee da jornada de "Do not Stop Believing" se tornou um hit Top Five.

 Realizada durante o piloto pelos próprios colegas de elenco, a música vendeu mais de 700 mil downloads de e pavimentou o caminho para o sucesso de Glee - não apenas como um programa de televisão, mas também como uma entidade de gravação no topo das paradas.

 Não demorou em a Columbia Records vira parceira oficial no hit da Glee. O show continuou produzindo mais hits. A maioria dos componentes já tinha dado as caras na Broadway, incluindo Lea Michele (estrela de Spring Awakening) e Matthew Morrison. 

Essa experiência os ajudou nas apresentações musicais e, espertamente, a Columbia reuniu os melhores momentos numa série de ábuns, que saiu como: Glee: The Music, Vol.1 em novembro de 2009. Depois veio o coletânea número 2, ambas ganhando Disco de Ouro e Platina. A brincadeira rendeu tanto dinheiro que chegaram ao volume 7.


A julho 2013 a morte de membro do elenco Cory Monteith lançou uma mortalha sobre o início da quinta temporada da série, mas retornou em setembro daquele ano com uma homenagem ao Fab Four lançando o CD: Glee, Sings The Beatles. No mês seguinte lançaram o EP Quarterback, num tributo a Monteith, inclusive trazendo a faixa “Seasons of Love”, dos Pretenders.

Lea Michele: A gatinha do hit "On May Way"



Lea Michele começou cedo a carreira artística

Luís Alberto Alves

 A estrela da Broadway, quando tinha nove anos, Lea Michele fez seu nome como uma atriz de teatro antes de conquistar um papel em Glee, que a transformou em uma artista de TV e Top 40 pop vocalista.

 Embora tenha sido criada em Nova Jersey, Michele passou a maior parte de sua infância em Nova York, onde se juntou ao elenco de Les Misérables em 1995. Ela eventualmente ultrapassou o papel de "Young Cosette" e trocou mostra em 1998, desta vez participando do produção original do Ragtime. Na adolescência, porém, fez uma pausa de musicais de grande orçamento e focado na escola em vez.

 Enquanto freqüentava a escola secundária em Tenafly, NJ, Michele começou a participar de oficinas para um novo musical de rock chamada Spring Awakening. Duncan Sheik havia escrito uma música para o show, cujo enredo girava em torno do despertar sexual dos adolescentes no final do século 19 na Alemanha.

 Após concluir o Ensino Médio, retornou à Broadway, após passar dois com Fiddler on The Roof, focou para Spring Awakening, pisando na Broadway em 2006 num papel principal. Muito popular, LouderSpring Awakening ganhou oito prêmios Tony em 2007 e Michele indicada ao Drama Desk. Em 2008 ganhou um Grammy.


segunda-feira, 2 de março de 2015

Laura Bell Bundy: Atriz e cantora com muitas energias positivas



Laura entrou na vida artística ainda criança

Luís Alberto Alves

 Atriz e cantora Laura de Bell Bundy parece dividir suas energias criativas entre a Broadway, onde ela teve uma série de papéis, e Nashville, onde é igualmente talentosa como um cantora de Country Music. Nascida em 1981 aprendeu a dançar quando criança e depois foi trabalhar em teatro aos nove anos.

 Ela pisou os pés na Broadway no musical Ruthless! Em 2002. Tudo parecia concordar a seu favor, quando estrelou Lagally Blonde: The Musical entre 2007 e 2008. Depois apareceu em diversos filmes,  incluindo The Adventures of Huck Finn (1993), Life with Mikey (1993) e Jumanji (1995), e em programas de televisão The Guiding Light, Veronica Mars, Happy Hour, Homens modernos, Cold Case e Strangers with Candy.


 Bundy lançou um álbum de estréia, Longing for a Place Already Gone em 2007, e depois de assinar com a Mercury Records Nashville, ela lançou um segundo álbum, Achin 'e Shakin', em 2010.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Jackie McLean: O saxofone inovador da Black Music


McLean é conhecido pela inovação na Black Music

Luís Alberto Alves

 Jackie McLean é conhecido por seu trabalho inovador como saxofonista de Jazz e para a sua carreira como educador musical. Ele dizia que: “ A pessoa tinha de se manter de pé e procurar algo mais, visto que a música é um estudo de vida..”

 Nascido em Nova York em 1931, cresceu rodeado de jazzistas, ficando famoso pela habilidade em tocar saxofone. Entrou para a história por se apresentar ao lado de artistas da Black Music do porte Charlie Parker e Miles Davis, além de lançar seus álbuns nas década de 1950 e 1960.

 Mais tarde ensinou e orientou uma nova geração de jazzistas, antes de morrer em 2006. Nascido no marginalizado bairro do Harlem, seu pai era guitarrista de Jazz. Desde a infância teve contato com música, começando a estudar saxofone aos 14 anos.

 Não demorou em formar uma banda incluindo Sonny Rollins e Art Taylor. Artistas mais antigos do bairro lhe deram orientação, como fez Bud Powell. Em 1949, aos 18 anos estreou no lendário Clube Birdland.

 Ele recebeu forte influência de Charlie Parker no inicio da carreira até se tornarem amigos. Numa das primeiras gravações de Miles Davis, McLean participou. Dois anos depois participou de shows junto com Art Blakey e Charles Mingus.

 De visão, logo passou a lançar os próprios discos. O primeiro saiu em 1955. Na época tocava no estilo Bebop. Infelizmente mergulhou no vício da heroína, droga que envolvia vários jazzman. Mais tarde conseguiu sair deste inferno.


 Na década de 1960, McLean inspirou-se no estilo Free Jazz experimental pioneira por músicos como Ornette Coleman e John Coltrane, forjando uma mistura do novo estilo Bebop e que se tornou sua assinatura. Algumas de suas gravações mais notáveis foram seus lançamentos no selo Blue Note durante a década, incluindo vários álbuns.

Trouble Funk: A banda de metaleira estilo década de 1960



O diferencial da Trouble Funk é a metaleira estilo década de 1960

Luís Alberto Alves

 A banda Trouble Funk foi muito famosa no início da década de 1980, por causa da forte linha de metais no estilo anos 60. Criada em 1978, era composta por: Emmet Nixon (bateria), Mack Carey e Timothius Davis (percursão), Chester Davis (guitarra), Tony Fisher (baixo), Gerald e Robert Reed (trombonistas), Taylor Reed (trompetista), James Avery (teclados) e David Rudd (saxofonista).

 Por causa das belas apresentações, logo ganharam muitas fãs. Em 1982 soltaram o primeiro disco, Drop the Bomb  pela Sugar Hill Records, que lançou os primeiros álbuns de Hip-Hop naquela época.

 O segundo disco saiu pela Dett Trouble Records, estourando em todos os Estados Unidos. Ao participarem do Saturday Night Live, em 1985, veio outro disco gravado ao vivo, quando estiveram no Festival de Montreux.

 Em 1987 saiu o disco Over Here Trouble, Over There, trazendo participações de Bootsy Collins e Kurtis Blow. Saíram da Island Records, mas continuaram gravando até começo da década de 1990, no estilo nostálgico. Continuaram na estrada até 2010.


Richard Davis: Autor de discos belos no Jazz



Outra lenda do contrabaixo é Richard Davis

Luís Alberto Alves

 Richard Davis é outro conhecido baixista de Jazz, famoso por gravar excelentes discos, entre eles Out to Lunch Eric Dolphy. Começou a carreira cantando ao lado dos irmãos. Logo passou a estudar contrabaixo com Rudolf Fahsbender da Orquestra Sinfônica de Chicago.

 Após sair da faculdade, tocava em bandas de baile. Neste circuito conheceu o pianista Don Shirley. Em 1954, ambos se mudaram para Nova York e tocaram juntos até 1956. No ano seguinte entrou no grupo de Sarah Vaughan e fazendo turnês com ela até 1960.

 Foi nessa década que experimentou o período mas frutífero de sua carreira. Trabalhou ao lado de Eric Dolphy, Booker Ervin, Andrew Hill e Elvin Jones, aliás esteve em sua orquestra de 1966 a 1972.

 Não esteve restrito apenas à Black Music. Também tocou em bandas de Rock e outros estilos populares, inclusive participando da gravação do disco Born de Bruce Springsteen. Deixou gravados 14 discos.


Dave Holland: O grande ícone britânico do contrabaixo


Holland gravou com as maiores estrelas do Jazz

Luís Alberto Alves

 Dave Holland nasceu no Reino Unido e premiou o ShowBiz com sua habilidade como baixista, compositor e bandleader. Viveu nos Estados Unidos mais de 40 anos. Seu trabalho varia de peças para apresentações solo a big band.

 De olho no lado financeiro, dirige a própria gravadora, Dare2, lançada em 2005. Holland já tocou ao lado dos maiores nomes do Jazz e de várias gravações de álbuns, que se tornaram clássicos.

 Aprendeu a tocar sozinho. Começou aos quatro anos no ukulele, depois passou para o violão, guitarra e baixo. Saiu da escola aos 15 anos para tocar numa banda. Após ver que Ray Brown tinha ganhado prêmio como melhor baixista, comprou um disco onde elea tocava ao lado de Oscar Peterson. Em uma semana aprendeu todos os macetes.

 Recebeu forte influência de de Charles Mingus e Jimmy Garrison. Em 1964 foi morar em Londres e passou a tocar baixo acústico em pequenos bares, além de estudar com James Edward Merrett, principal baixista da Orquestra Filarmônica, mais tarde Orquestra Filamôrnica da BBC. Holland recebeu bolsa de estudo integral durante três anos.

 Aos 20 mantinha agenda lotada na escola, estúdios e clubes de jazz de Londres, acompanhando saxofonistas de Jazz, como Coleman Hawkins, Bem Webster e Joe Henderson. Entrou no circuito do Jazz britânico, onde brilhavam o guitarrista John McLaughlin, o saxofonista Evan Parker e o baterista John Stevens. Ali nasceu longa amizade com o trompetista Kenny Wheeler.

 Em 1968  substituiu Ron Carter na banda de Mile Davis. Ao lado de feras como Herbie Hancock, seu talento brilhou. As primeiras gravações dele com Davis foram nesse ano. Em todas as três participações em álbuns de estúdio de Davis, Holland teve presença marcante. Até o final de 1969 tocou baixo elétrico, muitas vezes com pedal wah/wah e outros efeitos eletrônicos.

                                       Longa atividade
 Apesar da longa atividade do quinteto, que incluía Davis, Shorter, Corea, Holland e DeJohnette, nunca participaram de gravações de estúdio com essa formação. Após sair da banda de Davis, entrou no grupo de Jazz Avant-Garde Circle, ao lado de Corea, Barry Altschuld e Anthony Braxton, resultando numa associação de décadas com a ECM Records.

 Na década de 1970 foi líder e sideman de vários artistas de Jazz, participando de inúmeros álbuns de sucesso. Ao lado do Gateway trio lançou dois álbuns de Jazz moderno em 1975 e 1977. Em 1994 retornaram e soltaram mais dois discos.

 Nos anos de 1980 Holland criou seu primeiro quinteto de trabalho e durante quatro anos lançou diversos discos, depois formou o Dave Holland Trio ao lado de Steve Coleman e DeJohnette.

 Durante a década de 1990 e 2000 ele renovou a amizade iniciada com Joe Henderson em 1970. Também se reuniu com a vocalista Betty Carter numa gravação ao vivo em 1993 do álbum Feed the Fire. No ano anterior participou de turnê com Herbie Hancock e em 1996 entrou em sua banda. Com o CD What Goes Around ganhou o primeiro Grammy na categoria Melhor Large Jazz Ensemble Album.

 Em 2009 ajudou a criar o grupo All-Star, composto por ele no baixo, Chris Potter no saxofone, Jason Moran no piano e Eric Harland na bateria. Fizeram diversas turnês pelos Estados Unidos e Europa. Lançou 20 álbuns, o último em 2013: Prism.




George Mraz: Baixista talentoso nascido em Praga




Mraz já lançou vários discos

Luís Alberto Alves

 George Mraz tem sido um baixista muito requisitado nos Estados Unidos, para onde mudou-se em 1968. Tocou pouco tempo violino no conservatório de Praga, local que teve as primeira aulas neste instrumento.


 Já lançou os seguintes discos:  1977: Alone Together with Masaru Imada, 1992: Catching Up, 1995: Jazz with Richie Beirach, Billy Hart, Larry Willis, Rich Perry, 1995: My Foolish Heart with Richie Beirach, Billy Hart, 1997: Bottom Lines with Cyrus Chestnut, Al Foster, Rich Perry, 1999: Duke's Place with Renee Rosnes, Billy Drummond, Cyrus Chestnut, 2002: Morava with Billy Hart, Emil Viklicky, Zuzana Lapčíková, 2007: Moravian Gems with Iva Bittova, Emil Viklicky, Laco Tropp, 2012: George Mraz quartet Jazz na Hrade witch David Hazeltine, Rich Perry, Joey Baron, 2014: Together Again with Emil Viklicky.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Charles Mingus: Um dos gênios do Jazz




Charles Mingus foi outro diamante do Jazz

Luís Alberto Alves

 Um dos gênios do Jazz, Charles Mingus era conhecido pela exigência e assédio moral. Acabou famoso ao criar legado reconhecido até pelas pessoas que não gosta deste estilo musical. Viveu intensamente seus anos de vida, porém intensos.

  Excelente baixista sabia como poucos ter o senso de ritmo pulsante, capaz de elevar o instrumento para linha de frente de uma banda. Ao tocar baixo ficou conhecido pelo espírito de liderança e compositor e poder expressivo no Jazz.

 Ambiciosa, radical e tradicional, a música composta por Mingus mesclava do Gospel ao Blues, navegando pelos mares do New Orleans Jazz, Swing, Bop, Música Latina, Clássico Moderno e mesmo Avant Jazz-Garde.

 Como fazem os grandes gênios, teve como inspiração Duke Ellington, mas sua mistura sonora e harmonias o levou para mais longe desse grande mestre da Black Music, ao introduzir acelerações emocionantes, criando dinâmica própria.

 Seus primeiros discos saíram no início da década de 1950, ditando peças para seus músicos, permitindo grande espaço na arte de emprovisar, que ele fez muito bem entre 1961 e 1962. O álbum Money Jungle Along the way criou vários inimigos dentro do palco e fora.

 Para resolver os problemas, às vezes Mingus usava a força física, tirando vantagem do tamanho. Num dos concertos na Filadélfia, teve um colega morto. Terminou o show fechando violentamente a tampa do piano, quase esmagando as mãos do pianista e depois socou o rosto do trombonista Jimmy Knepper.

 Ele sentiu o peso e a dor do racismo de forma intensa. Porém descarregou essa energia negativa em suas canções. A maioria dos seus discos trazia títulos de natureza política, como Fables of Faubus, referência ao governador de Arkansas, que insistia em manter segregadas as escolas de Little Rock.

 Outro título curioso foi o do disco "Oh Lord, Don't Let Them Drop That Atomic Bomb on Me" or "Remember Rockefeller at Attica." Também poderia ser muito bem humorado, como mostra o nome do álbum: “If Charlie Parker Was a Gunslinger, There'd Be a Whole Lot of Dead Copycats”, mais tarde reduzido para Gunslinging Bird.

 Ele nasceu num acampamento do Exército Nogales, depois levado para o distrito de Watts, em Los Angeles. Ali cresceu ouvindo Gospel Music, a única permitida pela madrasta. Mesmo ameaçado de apanhar, ousou curtir Duke Ellington.

 Tentou aprender trombone, depois violoncelo, mas a incompetência dos professores o jogou para o contrabaixo quando chegou ao Ensino Médio. A partir teve grandes mestres. Iria caminhar pelo R&B na década de 1940, trabalhando com lendas do porte de Lionl Hampton.

 Passou a chamar atenção como baixista do trio Red Norvo ao lado de Tal Farlow entre 1950 e 51 até fixar moradia em Nova York trabalhando junto de Billy Taylor, Stan Getz e Art Tatum. Os fãs do Jazz lembram que Mingus era o baixista no famoso concerto de Massey Hall, em 1953, na cidade de Toronto, ao lado de Charlie Parker, Dizzy Gillespie, Bud Powell e Max Roach. Teve a honra de ser o único músico que Duke Ellington não demitiu se sua banda.

 Dois anos depois criou a própria banda, Jazz Workshop, deixando de lado a rigidez, compondo peças mais soltas. Ao soltar o álbum Pithecanthropus Erectus (1956) pela Atlantic Records, tinha encontrado a veia mestra na arte de compor, num estilo pulsante, mutável rumando ao Free Jazz do futuro.

 A década de 1970 iria ser marcante na produção de belos discos, como: New Tijuana Moods, Mingus Ah Hum, Blues and Roots e Oh Yeah; standards like "Goodbye Pork Pie Hat," "Better Git It in Your Soul," "Haitian Fight Song" e "Wednesday Night Prayer Meeting”. Nessa época se apresentava como quarteto ou big band de 11 músicos.

 O fracasso em encontrar editora para lançar sua autobiografia: Beneath the Underdog e outros contratempos deixaram sua conta bancária no vermelho. Aborrecido ficou longe da carreira artística de 1966 a 1969. Retornou por que precisava muito de dinheiro. O lançamento do disco Let My Children Hear Music, pela Columbia Records o levou novamente para junto do sucesso.

 Em 1974 criou novo quinteto, ancorado pelo baterista Dannie Richmond e com Jack Walrath, Don Pullen e George Adams. Apresentou novas composições. Ganhou mais respeito, porém sua estadia aqui na terra estava próxima do fim. Quatro depois morreu, pois não conseguia mais tocar, por causa da doença.


Enchantment: O quinteto de Detroit que sacudiu a Black Music



O quinteto surgiu em Detroit no ano de 1966
Luís Alberto Alves

 Enchantment eram cinco lindas peças do conjunto criado em Detroit, em 1966, composta por Emanuel (EJ) Johnson, Davi Banks, Joe (Jobie) Thomas, Ed (Mickey) Clanton e Bobby Green.

A carreira deles não decolou até se mudarem para Los Angeles na década de 1970, assinando contrato com a famosa United Artists Records para lançar o excelente álbum de estréia Gloria, batendo no Top 30 das paradas de sucesso dos Estados Unidos.

 Em seguida mudaram para a Roadshow, subsidiária da RCA Records, retornando ao gosto das paradas, com os singles “It´s You That I Need” e “Sunshine”.


 Participaram da trilha sonora do filme Deliver Us From Evil. Em 1983 entraram na Columbia Records, soltando um disco antes de fechar contrato com a Prelude, onde colocaram na praça o single “Feel Like Dancing” em 1984.

Sun Ra: A excêntricidade do Jazz


As roupas usadas por Sun Ra chamavam mais atenção do que suas músicas

Luís Alberto Alves

 Sem qualquer sombra de dúvida, Sun Ra foi uma das personalidades mais excêntricas e divertidas do Jazz Moderno. Maestro, compositor e tecladista, era considerado um extraterrestre de Saturno, dirigindo sua orquestra por regiões inóspitas da Música, distante do Jazz comercial.
 Ra lembrava um pouco o rei da Timbalada, Carlinhos Brown, por causa das roupas estranhas que trajava. No final da carreira vestia modelos curiosos, trazendo orelhas de Mickey Mouse, além de cantores e dançarinas exóticas. Os jazzistas de raízes torciam o nariz para ele, mas Ra conseguiu atrair muitos fãs inebriados pela sua sabedoria na arte de improvisar.
  Herman Blount nasceu na racista Birmingham, Alabama em 1914. Estudou música muito cedo e de início seguia a linha convencional, tocando na escola secundária e na Universidade do Alabama. No começo acabou atraído pela Clássico, depois enveredou para o Jazz por cauda das influências de Ethel Waters, Bessie Smith e Fletcher Henderson.
 Em Chicago Sun Ra reuniu pessoas que gostaram do seu estilo, como saxofonista John Gilmore, Marshall Allen e Pat Patrick. Embora estivesse na linha de extrapolar a esfera do Jazz, suas primeiras gravações como líder de banda pela Delmark Records, tinha um Swing , elevando a sensibilidade coletiva do grupo.
 Quando mudou para Filadélfia, em 1961, passaram a ser julgados como anomalia no mundo do Jazz. Para evitar mais problemas criou a própria gravadora, a Saturn. Diversas de suas canções ganharam nova roupagem em nova reedição de sua obra pela Evidence Records.

 Nas décadas de 1980 e começo de 1990 seus hits eram conhecidos pelo espírito festivo. Porém já cansado pelo peso da vida, começou a dar sinais que iria partir para sempre, o que ocorreu em 30 de maio de 1993, aos 89 anos. Mesmo sem ele no comando, sua banda continua fazendo shows, mantendo o mesmo vigor e bom humor do chefe. Deixou gravados nove álbuns, o último deles Mayan Temples