Reportagens com clipes descrevendo histórias de artistas famosos,
principalmente de intérpretes da Black Music, além de destacar a importância do Blues no Showbiz.
As meninas do Cherish ficaram conhecidas no mundo pelo hit: "Do It To It"
Luís Alberto Alves
O grupo Cherish, de R&B e Soul Music,
nasceu no começo do ano 2000 em Atlanta, com as quatro irmãs King, Farrah,
Neosha e as gêmeas Felisha e Fallon. Três anos depois assinaram contrato na
Ashanti Records, sob tutela do produtor Jermaine Dupri. Logo saíram escolada pelas pedras que ali
encontraram, pois naufragaram com o single “In Love Wit Chu”, autoria de Da
Brat e o primeiro disco foi cancelado nesse selo.
Conseguiram se recuperar rapidamente e
entraram na Sho´Nuff, subsidiária da Capitol Records. Desta vez saíram-se bem,
explodindo nas paradas com o belo single “Do It To It”, no Verão de 2006 e o
álbum de estréia, Unappreciated, alcançou o Top 5. Prosseguiram gravando
canções e fazendo backing vocal para trilha sonora do filme Meninas Superpoderosas.
O ano de 2008 marcou o lançamento do segundo
CD de estúdio, The Truth, que não atingiu o Top 20 da Billboard 200, mas o hit “Killa”
chegou à posição 39 na Billboard Hot 100. Acabaram conhecidas em todo o mundo
por causa do hit “Do It To It”, principalmente no Brasil.
Christina Milian é cantora, compositora, produtora musical e dançarina
Luís Alberto Alves
Christine Milian, nascida em New
Jersey em 1981 é filha de cubanos e cresceu em Waldorf, Maryland. Criança
prodígio, logo se mudou para a Califórnia para entrar no mundo do ShowBiz por
meio do musical Annie Warbucks, depois de fazer uma ponta no programa Disney
Channel As Movie Surfers.
Depois trabalhou em televisão e
cinema, além de pequenos papeis em American Pie e The Wood. Estreou no musical de Ja Rule, “Between Me And
You”. Ela é cantor, compositora, atriz, produtora
musical e dançarina. Seu primeiro CD, Def Soul, lançado em 2001, explodiu nas
paradas, com várias canções de sua autoria, incluindo o single “ Am 2 Pm” e “Get
Way”, em parceria com Ja Rule.
A
partir daí estouraram os hits: “ Dip It Low”, “When You Look At Me”, “Whatever
U Want”, “Say I” e “Gonna Tell Everybody”. Em 2004
saiu o segundo CD no Reino Unido. Ela escreveu várias músicas para Jennifer
Lopez, participou do clipe da canção “A Public Affair”, de Jessica Simpson ao
lado de Eva Longoria e Christina Applegate.
Também participou de filmes como:
Love Don´t Cost a Thing, Mano f The House, Be Cool e Pulse, além de trabalhar
em vários clipes do enredo de Need for Speed Undercover em 2008. Em 2012 juntou
forças com a equipe do The Voice como apresentadora de backstage. Lançou os seguintes CDs: Christina Milian
(2001), It´s About Time (2004), So Amazin´(2006), Elope (2010).
Monica Arnold foi o maior sucesso da nova geração de R&B urbano na década de 1990
Luís Alberto Alves
Monica Denise Arnold, igual Amerie, nasceu em
1980, só que em Atlanta. Juntamente com Brandy, ela foi o maior sucesso da nova
geração do R&B urbano no final da década de 1990. Crescida na periferia do
Atlanta College Park, desde infância estava envolvida com a Gospel Music, visto
que sua mãe era ministra de louvor na igreja e aos 12 anos Monica já
participava do coral de 12 vozes, conhecido como Charles Thompson And The
Majestics.
Por causa da voz, passou a ser cover de
Whitney Houston interpretando o hit “The Greatest Love of All”. Doze anos
depois acabou descoberta pelo executivo Dallas Austin da Rowdy Records. Ele já
havia trabalhado com artistas do porte de TLC, Grace Jones e Madonna.
Porém Monica foi para a Arista Records e
Austin assumiu a produção e supervisão de seus primeiros álbuns. O primeiro
single: “Don’t Take It Personal (Just One Of Dem Days)”, chegou ao topo da
Billboard de R&B em junho de 1995 e um mês depois estava na segunda posição
da parada nacional. Repetiu a dose
com “Before You Walk Out Of My Life” no final daquele ano.
Acompanhada de um tutor em tempo integral na
sua comitiva, Monica embarcou em várias turnês, apoiada no primeiro disco de estréia.
Seus vários singles não fizeram
feio nas paradas. Explodiram: “Why I Love You So Much’/‘Ain’t Nobody’
(em 1996) e “For You I Will” (quarta posição em 1997).
O segundo disco teve a produção de Austin e
Rodney Jerkins e composições de Jermaine Dupri e Darryl Simmons. O dueto com
Brandy, na faixa “The Boy Is Mine” esteve durante 13 semanas no topo da
Billboard Hot 100. No Exterior a canção fez muito sucesso. O hit “The First
Night”, autoria de Dupri, chegou aos primeiros lugares nos Estados Unidos e
alcançou o Top 10 britânico. O mesmo ocorreu com a regravação da canção “Angel
Of Mine”.
O terceiro álbum, All Eyes On Me, não emplacou
no final de 2002. Uma versão melhorada dele amenizou um pouco a situação, porém
não conquistou dois Discos de Platina, como com os CDs anteriores. Ele gerou os
singles “So Gone” e “U”.
Em 2003 saiu o quarto CD, After The Storm,
marcando o quinto single, “So Gone”. O sexto disco, Still Standing, veio em
2010 e single “Everything to Me” fez bonito nas paradas. Monica já vendeu mais
de 25 milhões de discos em todo o mundo, incluindo 10 milhões nos Estados
Unidos, nos seus 15 anos de carreira.
Amerie invadiu as paradas Pop dos Estados Unidos em 2002
Luís Alberto Alves
Amerie Marie Rogers, nascida em 1980 em
Massachusetts, é considerada pela crítica a nova Mary J.Blige. Criada numa
família militar, que viajava por todo o mundo, antes de fixar residência em
Washington, ela invadiu as paradas Pop dos EUA em 2002.
Estudou inglês e Belas Artes na Universidade
de Georgetown, mas ao mesmo tempo participava de concursos de talentos locais
visando entrar no Showbiz. Para tanto juntou forças com o produtor e compositor
Rich Harrison, que já havia trabalhado com Mary J. Blige.
Ele gostou do seu material de demonstração e
fez força para Amerie ganhar um contrato com a Columbia Records. Participou do
primeiro álbum de estréia. O single “Why Don’t We Fall In Love” caiu na boca do
povo na Primavera de 2002. A partir daí ficou mais para Amerie andar na sinuosa
e perigosa estrada do sucesso.
Em 2005 retornou com o belo single “1 Thing”,
que teve a parceria com Harrison. O segundo CD, Touch, atingiu o EUA Top
5. No terceiro álbum ela deixou Harrison
de fora para ficar ao lado dos produtores e compositores Bryan Michael Cox,
Quran Goodman, DJ Premier e Cee-Lo. O disco saiu em maio de 2007 no Reino Unido
e depois no restante do mundo.
King Floyd nasceu em 1945 e ficou famosa por
ser um cantor de Soul Music de New Orleans. Seu maior sucesso foi a canção “Groove
Me”, de 1970. O início da carreira de Floyd teve como ponta pé cantor num bar
de Bourbon Street. Depois de passar pelo Serviço Militar, mudou para a
Califórnia e ali conheceu o produtor Harold Battiste.
O álbum
de estréia dele foi A Man In Love, com várias músicas escritas por Dr. John.
Não teve impacto nas paradas e ele voltou a New Orleans para trabalhar de
carteiro. Em 1970, Wardell Quezergue o
convenceu a gravar “Groove Me”, na Malaco Records, em Jackson, Mississippi.
Depois Jean Knight lançou “Mr. Big Stuff”, no mesmo estúdio.
Logo as
rádios da região começaram a tocar a canção e ela virou hit local. A Atlantic
Records passou a distribuir o disco e ela virou febre em todos os Estados
Unidos, chegando ao sexto lugar na Billboard Hot 100, repetindo a dose no Reino
Unido. Vendeu mais de 1 milhão de cópia e ganhou Disco de Ouro. Floyd deixou o
emprego de carteiro para fazer várias turnês. Em 1971 repetiu o feito com “Baby
Let Me Kiss You”.
Mas quando o dinheiro passa a sobrar na conta
corrente aparecem ciúmes. Floyd passou a estranhar Quezergue e o resultado
disto surgiu no disco lançado em 1973, Think About It, que apesar de bem
produzido fracassou nas paradas. A sorte é que a Atlantic Records soltou o
single "Woman Don't Go Astray".
Saiu do prejuízo em 1975, com o álbum I Feel
Like Dynamite, pela TK Records e distribuído pela Atlantic Records. A produção
teve as mãos de Larry Hamilton. Por causa da Disc Music, os hits de Floyd
apareceram pouco nas paradas, mas música “Boombastic”, regravada por Shaggy, em
1995, garantiu o leite de seus filhos.
Em 2000 ele se reuniu na Malaco Records e
soltou o CD Old Skool Funk, sem causar grande impacto, mas a composição "Don't
Leave Me Lonely" ganhou destaque nas paradas no disco de Wu-Tang Clan.
Seis depois Floyd partiu para sempre do Showbiz provocado por AVC.
O auge da Chocolate Milk foi durante a Disco Music
Luís Alberto Alves
A banda Chocolate Milk, de Soul e Funk, surgiu
em New Orleans. Fez muito barulho na década de 1970 e começo dos anos de 1980.
O pessoal influenciado pela Kool and The Gang, que nasceu em 1964, resolveu
colocar os pés na estrada em 1974. Tinha oito músicos: Frank Richard
(vocalista), Amadee Castenell (sax), Joseph Fox (trompete), Mario Tio
(guitarra), Earnest Dabon (baixo), Robert Dabon (piano) e Dewight Richard
(bateria.
Eles trabalharam como grupo de estúdio com o
compositor e produtor Allen Toussaint. Em 1976 tiveram seu apoio para
participar do New Orleans Jazz e Heritage Festival. Fizeram cozinha num dos
discos de Paul McCartney.
Assinaram contrato com a RCA
Records e lançaram oito álbuns, um deles incluindo mensagem política, na faixa
título “Action Speaks Louder Than Words", um trecho dela acabou incluído
no álbum Move The Crowd, lançado em 1987 por Eric B & Rakim. Outra canção
de sucesso do conjunto foi “Don't Let Your Mouth Write A Check Your Ass Can't
Cash".
Em 1978 estouraram nas paradas com "Girl
Callin” , "Say Won't Cha" (1979) e "I'm Your Radio" (1980).
A banda era conhecida pela versatilidade em vários estilos musicais, mais tarde
mesclada por frases de Disco Music. Exemplo disto é hit “Blue Jeans” de 1981.
Dois anos depois o grupo chegou fim com a queda da Disco Music, influenciada
por mudanças de produtores e troca de músicos.
A Black Heat foi uma banda de Funk Music que
apareceu na década de 1970. Fundada por Raymond Green e descoberta mais tarde
por Phillip Guilbeau. Gravaram
os álbuns Black Heat, No Time To Burn e Keep On Runnin´, que saiu em 1975.
Na
curta existência do grupo conseguiram emplacar seu único hit, “No Time to Burn”
na Billboard Singles Chart. Em 2001 saiu uma reedição de seus dois primeiros
discos lançados pela Label M, com o nome de Declassified Grooves.
Depois ocorreu um concerto em memória de Joel
Dorn, produtor que trabalhou com a banda na Atlantic Record. Foi a primeira vez
que se reuniram após mais de 34 anos. A
Black Heat era composta por Johnell Gray (teclados, vocais), Bradley Owens
(guitarra, vocal), Chip Jones (baixo, guitarra e vocal), King Raymond Green
(congas, timbales, gaita e vocal), Esco Cromer (bateria, vocal), Ray Thompson (woodwinds),
Rodney Edwards (trompete) e Ken Carroll (sax tenor)
A crítica jamais poderá negar o grande feito
da banda Guy: a criação do lindo e gostoso estilo Swingbeat, fusão de Hip Hop,
com vocais Gospel e Soul, mais tarde conhecido como Newjackswing. O grupo,
formado por Teddy Riley, Aoron Hall e Timmy Gatling, surgiu no final da década
de 1980.
O grande fôlego de Aaron e o know-how de
produção de Riley selaram a característica musical do trio. Como acontece
sempre com as boas novidades, o som e imagem do Guy logo foram copiados por
artistas e consumidores.
Riley ganhou muito dinheiro, mas a fama o fez
separar do parceiro de negócios Gene Griffin, que colocou veneno em algumas
faixas dos discos à base de RAP, quando Damion tomou o lugar de Gatling. Porém
o trio não conseguiu repetir o sucesso inicial, tanto nos Estados Unidos quanto
no Reino Unido.
O primeiro álbum solo de Aaron, The Truth,
lançado em 1993, incluiu o clássico Swingbeat “Don’t Be Afraid”. Riley foi
trabalhar com Michael Jackson, Jodeci, Mary J. Blige, DJ Jazzy, Jeff and The
Fresh Prince, WreckxN-Effect e James Ingram, antes de retornar ao grupo, em
1994, como o bem sucedido BLACKstreet. Já Riley uniuse com os irmãos Hall, em
2000, para lançar o péssimo álbum Guy III. Infelizmente o orgulho venceu o
talento de uma grande banda.